247 - O programa Crédito do Trabalhador, lançado em março pelo governo federal, já movimentou cerca de R$ 30,2 bilhões em empréstimos voltados a trabalhadores com carteira assinada. Segundo a <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/credito-consignado-para-clt-supera-r-30-bilhoes-em-emprestimos/">CNN Brasil</a>, mais de 6,2 milhões de contratos já foram firmados desde o início da iniciativa.
Na última quinta-feira (21), o Comitê Gestor das Operações do Crédito do Trabalhador realizou sua primeira reunião e aprovou o regimento interno do programa. De acordo com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, entre os principais pontos de discussão está a redução da taxa média de juros aplicada nas operações. “Acredito que, quando entrarem os 4 milhões de contratos de consignados antigos, os juros serão puxados para baixo”, afirmou o ministro.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a migração de contratos antigos de crédito consignado — que somam mais de R$ 40 bilhões — já está em andamento e deve ser concluída até novembro. Esses contratos passarão a fazer parte do programa, ampliando a base de negociação e fortalecendo a possibilidade de redução gradual dos juros. Atualmente, a taxa média praticada é de 3,59% ao mês, e o valor médio contratado por trabalhador é de R$ 7.179,18.
Outro fator que deve impactar na diminuição dos juros é a inclusão do FGTS como garantia. A partir de novembro, até 10% do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço poderá ser utilizado como respaldo para as operações de crédito, aumentando a segurança para as instituições financeiras e, consequentemente, favorecendo condições mais acessíveis.
Dados oficiais mostram que o programa tem alcançado majoritariamente trabalhadores de menor renda. Atualmente, 60% dos empréstimos foram concedidos a pessoas que recebem até quatro salários mínimos, enquanto, no modelo antigo por convênio, a maior parte dos contratos (65%) era destinada a profissionais com renda superior a oito salários mínimos.
Podem participar do programa todos os trabalhadores com carteira assinada, incluindo domésticas e rurais, além de microempreendedores individuais (MEIs). Como se trata de crédito consignado, as parcelas são debitadas diretamente na folha de pagamento, com limite de até 35% do salário para evitar o comprometimento excessivo da renda.

Paulo Emilio

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Economia

Crédito consignado para trabalhadores CLT já movimenta mais de R$ 30 bilhões

247 - Em apenas 13 dias de funcionamento, o programa de empréstimo consignado privado criado pelo governo federal para trabalhadores da iniciativa privada movimentou R$ 3,1 bilhões, conforme dados do Dataprev. A iniciativa, batizada de “Crédito do Trabalhador”, já contabiliza 501.301 contratos firmados, com aproximadamente 500 mil beneficiários.
De acordo com a <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/emprestimo-consignado-privado-ultrapassa-r-31-bi-em-operacoes/">CNN Brasil</a>, a média dos valores concedidos por trabalhador é de R$ 6.284,45, com parcelas mensais que giram em torno de R$ 350,11. Segundo o governo federal, o prazo estimado para quitação dos débitos é de 18 meses.
Uma das diretrizes do programa é o limite de comprometimento da renda: as prestações não podem ultrapassar 35% do salário do trabalhador. A regra busca evitar o superendividamento das famílias que optarem pela linha de crédito.
Os bancos que operam o programa avaliam uma combinação de fatores antes de liberar o crédito: tempo de vínculo empregatício, faixa salarial e garantias apresentadas. Entre as opções de garantia, o trabalhador pode ofertar até 10% do saldo do FGTS ou 100% da multa rescisória prevista em caso de demissão sem justa causa. Também é possível contratar o empréstimo sem oferecer garantias.
A contratação do Crédito do Trabalhador pode ser feita pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. A partir de 25 de abril, todas as instituições financeiras estarão autorizadas a disponibilizar essa linha de crédito por meio de suas plataformas digitais.

Crédito consignado para trabalhadores com carteira já soma R$ 3,1 bilhões em menos de duas semanas

Marina Verenicz e Paulo Barros, <a href="https://www.infomoney.com.br/politica/juro-alto-causou-endividamento-e-consignado-para-clt-e-questao-de-justica-diz-haddad/">Infomoney</a> - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (24) que a nova modalidade de consignado para trabalhadores CLT e MEI, batizado pelo governo de Crédito do Trabalhador, é uma “questão de justiça”, e está inserido em uma agenda microeconômica que está descolada da discussão macro, em meio a juros altos.
“Por que o trabalhador do setor privado não pode ter o mesmo benefício do servidor público e dos aposentados? Não foi a dívida que superendividou a pessoa, foram os juros”, disse o ministro durante o evento Rumos 2025, promovido pelo jornal Valor Econômico.
Haddad também citou o teto para os juros rotativos, mencionando que se trata de uma medida para “evitar a superexploração da parte mais vulnerável, que é justamente aquela pessoa que está precisando de um crédito para uma emergência e cai numa trama que o impede de respirar”.
“Essa medida é estrutural, não tem a ver com a conjuntura de juros Selic. Precisamos criar condições macro e microeconômicas para o Brasil” falou o chefe da Fazenda. “Sem essa agenda micro, acompanhada da macro, essas receitas mais ortodoxas não vão ajudar a economia brasileira”.
“Ficamos muito tempo prisioneiros de um modelo com altos déficits primários, com cerca de R$ 2 trilhões de déficit acumulado. Vinha faltando uma agenda microeconômica do país para ajudar a nossa economia”, disse Haddad.

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Juro alto causou endividamento e consignado para CLT é questão de justiça, diz Haddad

247 - Desde sua entrada em operação na sexta-feira (21), o novo modelo de crédito consignado para trabalhadores do setor privado, batizado de Crédito do Trabalhador, registrou 29,3 milhões de simulações de empréstimos e 2,9 milhões de pedidos de propostas encaminhados às instituições financeiras. Os dados são da Dataprev e foram divulgados pelo Ministério do Trabalho no início da noite de sábado (23), de acordo com o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2025/03/22/consignado-para-clt-tem-29-milhoes-de-simulacoes-e-29-milhoes-de-pedidos-de-emprestimo-diz-ministerio-do-trabalho.ghtml">O Globo</a>.&nbsp;
Segundo a pasta, 6.683 contratos já foram firmados com base nas simulações feitas. Além disso, o acesso ao aplicativo da Carteira de Trabalho Digital disparou com o lançamento da nova ferramenta. “O volume de acesso à CTPS Digital está 12 vezes acima da referência semanal, considerando os últimos 3 meses”, informou o Ministério do Trabalho em nota oficial.
A nova linha de crédito é voltada a trabalhadores com carteira assinada — sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) — e também a microempreendedores individuais (MEIs). O público potencial é estimado em 47 milhões de pessoas.
Com a novidade, o governo busca democratizar o acesso ao crédito consignado no setor privado, modalidade que permite desconto direto na folha de pagamento. Essa característica reduz os riscos de inadimplência para os bancos, possibilitando a oferta de taxas de juros mais baixas. Na prática, porém, o modelo tradicional ainda é restrito e alcança uma parcela pequena dos trabalhadores celetistas.
Para garantir melhores condições ao tomador, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, orientou que os trabalhadores esperem o prazo mínimo para receber todas as propostas das instituições habilitadas antes de fechar negócio. “O trabalhador precisa ter cautela, calma para analisar a melhor proposta”, alertou o ministro. Segundo ele, aguardar pelo menos 24 horas pode garantir taxas mais vantajosas.
O programa estabelece um teto de comprometimento e a prestação mensal do empréstimo não poderá ultrapassar 35% do salário do trabalhador.

Crédito do Trabalhador tem mais de 29 milhões de simulações em dois dias de operação

247 - O Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta quinta-feira (13)que as instituições financeiras vão disputar entre si para “conquistar” os trabalhadores da iniciativa privada que buscarem um empréstimo consignado. O programa, batizado de "Crédito do Trabalhador", lançado nesta quarta-feira (12), amplia a oferta do empréstimo consignado a empregados do regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), incluindo trabalhadores rurais e domésticos, além de microempreendedores.
Segundo Marinho, o papel mais importante do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital) será estimular a competição entre as instituições financeiras (ou seja, os bancos). “Vai ter uma disputa entre elas [instituições financeiras] para poder te conquistar. E a conquista, seguramente, será pela menor taxa que cada um oferecer. Dessa forma, achamos que vai reduzir bastante os juros praticados no dia de hoje”, afirmou Marinho durante o programa “Bom dia, Ministro”, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), de acordo com o <a href="https://www.metropoles.com/brasil/economia-br/marinho-diz-que-bancos-competirao-para-oferecer-consignado-privado">Metrópoles</a>.
A partir de 21 de março, pelo aplicativo da CTPS Digital, o trabalhador poderá solicitar propostas de crédito diretamente às instituições financeiras credenciadas pelo governo federal. Para isso, vai precisar autorizar o acesso a dados pessoais (como nome, CPF, margem salarial disponível para consignação e tempo de empresa). Depois, o trabalhador vai receber ofertas em até 24h, podendo analisar as condições e escolher a melhor opção, finalizando a contratação diretamente no canal do banco.
As parcelas serão descontadas na folha de pagamento, por meio do eSocial, limitando-se à margem de 35% do salário. De acordo com o governo, essa mudança vai permitir que as taxas de juros sejam inferiores às praticadas atualmente nos consignados por convênio. 
A partir de 25 de abril, o trabalhador também poderá fazer contratações pelos canais eletrônicos dos próprios bancos. Atualmente, 3,8 milhões de trabalhadores privados têm acesso ao crédito, de um universo de 47 milhões.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) estima que 19 milhões de celetistas devem optar pela consignação dos salários no período de quatro anos, o que pode representar mais de R$ 120 bilhões em empréstimos contratados.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho

Bancos com menores taxas disputarão empréstimos consignados aos trabalhadores, diz Luiz Marinho

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em discurso nesta quarta-feira (12), enfatizando sua importância para a condução da economia do país e elencando as medidas adotadas pelo seu governo. Em tom descontraído, Lula também brincou sobre a habilidade oratória do ministro.
"Já fui presidente duas vezes, já tive dois ministros da Fazenda no período passado e conheço pessoalmente muitos ministros da Fazenda deste país. Conheço das pessoas mais importantes até as mais insignificantes. Conheço até ministro que hoje dá palpite, mas que quando era ministro a inflação era de 80% ao mês e dá palpite na inflação de 5%. Tenho a felicidade de ter o companheiro Haddad como ministro da Fazenda, a felicidade de ter um companheiro que nem sempre é o mais feliz quando pega o microfone", disse Lula nesta quarta-feira (12), durante a cerimônia de lançamento do 'Programa Crédito do Trabalhador', que amplia a oferta de crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada.
Lula destacou que Haddad tem desempenhado um papel fundamental na gestão da economia e mencionou o impacto de suas decisões no governo. "Eu fico pensando se as pessoas têm noção do que o companheiro Haddad já nos patrocinou como ministro da Fazenda nestes dois anos. Eu estava listando para trazer aqui e não quis falar de tudo porque a notícia vai ser o Haddad e não o nosso 'Programa de Crédito para o Trabalhador', mas nesses dois anos, sem contar o programa Acredita e outros, nós já fizemos 24 ações só para tratar de economia, e que nem todas elas estão ainda totalmente funcionando, porque mudança na política econômica leva um tempo", observou.
O presidente também citou a PEC da Transição, aprovada ainda em 2022, antes da posse, como um marco da atuação do ministro. "O Haddad foi o companheiro que organizou a PEC da Transição para que eu pudesse começar a governar este país antes de tomar posse. É verdade que o outro presidente correu para não me dar posse, mas é verdade que a gente começou a governar em novembro este país, conversando com um Congresso que não tinha sido eleito conosco", disse Lula sem citar o nome do ex-presidente.
Em seu discurso, Lula também destacou a importância das ações implementadas pela equipe econômica, como o novo arcabouço fiscal, e o desafio de aprovar a reforma tributária. "Não é possível fazer reforma tributária em regime democrático. Sempre que ela é feita é em regime autoritário. E nós conseguimos fazer, com a participação de todos os deputados e senadores", afirmou. "Nós só temos nove senadores em um Senado com 81 e só temos 70 deputados em 513. E nós fizemos isso, muito por conta da competência dos nossos deputados", disse.
Em resposta a críticas sobre a condução da política econômica e ao ministro Fernando Haddad, Lula rebateu o que chamou de especulações mal-intencionadas. "Fiquei muito chateado com muitas matérias no jornal. Não sei se são plantadas ou se não são. Acho que tem muito agiota fazendo sacanagem com o Brasil. Não sei se é gente que vive com a especulação do dólar, que quer ganhar na Bolsa, mas tem tanta notícia cretina, falsa, que não tem explicação", criticou.
O presidente também ressaltou a seriedade do governo e a continuidade das políticas econômicas. "Tenho compromisso com este país, com a soberania deste país e compromisso com o povo brasileiro. Podem ficar certos de que vai vir muito mais coisa, porque o nosso dicionário de boas políticas públicas ainda tem muitas páginas que não foram lidas", assegurou.

Lula rasga elogios a Haddad: 'as pessoas não têm noção do que ele já nos patrocinou nestes dois anos'

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (12) que o Brasil está dando um "passo importante" na inclusão financeira da população com o lançamento do Programa 'Crédito do Trabalhador'. Segundo Lula, a iniciativa tem potencial para transformar a economia e combater a exclusão social por meio da ampliação do acesso ao crédito.
"Esse 12 de março de 2025 pode passar para a história como dia marcante na política de crédito e de cuidado com o povo brasileiro", afirmou o presidente durante o evento de lançamento. Lula defendeu que a distribuição mais equitativa de recursos é essencial para o crescimento econômico. "Não há nada mais milagroso para uma economia do que o dinheiro circular na mão de todos. Quando o dinheiro se concentra na mão de poucos, a gente sabe o resultado da história do Brasil, de muitos países e da humanidade", disse Lula nesta quarta-feira (12), durante a cerimônia de lançamento do programa que amplia a oferta de crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada.
Lula ressaltou que o programa busca corrigir distorções históricas e ampliar o acesso ao crédito para trabalhadores e pequenos empreendedores. "Aqui estamos dando um passo importante, um passo em que a gente pode demonstrar para a humanidade e outros países que é possível consertar as coisas que estão erradas", afirmou.&nbsp;
O presidente também destacou a importância de uma mudança de mentalidade no setor bancário, para que trabalhadores sejam tratados de forma igualitária na busca por crédito. "Sou de uma geração em que eu nem pensava em entrar em um banco. [...] É preciso que a gente eduque eles para que deem a mesma importância ao cidadão que chega de chinelo Havaianas quebrado que dá ao cidadão que chega com um carro sofisticado para tomar um empréstimo”, destacou.&nbsp;
Ao reforçar a necessidade de divulgação da nova iniciativa, Lula fez um apelo aos sindicatos e trabalhadores para que divulguem o programa. "Os dirigentes sindicais que estão aqui têm que pegar um carro de som, ir para a porta da fábrica e dizer para os trabalhadores que agora eles podem ter crédito barato, para que possam sair do endividamento que se meteram, sair da mão do agiota, sair da mão de banco que cobra 10% ou 12%”, argumentou
O presidente ressaltou, ainda, que o crédito deve ser usado com responsabilidade. "Não é para a gente convocar o povo a gastar o que não tem. É importante que vocês saibam que o empréstimo é muito bom quando a gente pega para utilizar em uma coisa que vai aumentar o nosso patrimônio. [...] A gente tem que fazer um empréstimo para comprar alguma coisa que melhore a nossa capacidade de viver melhor, melhorar a nossa casa, a educação dos nossos filhos, a qualidade de roupa que nossos filhos vestem."
Lula também rebateu críticas de que estaria priorizando o consumo em detrimento da industrialização. "Tem gente que vai dizer o seguinte: 'o Lula não pensa em desenvolvimento industrial, só pensa no consumo'. E eu queria dizer para vocês que é exatamente a capacidade de consumo que tem um povo que pode gerar a capacidade de industrialização que esse povo pode fazer. [...] Se ele perceber que não tem consumo ele não vai investir o dinheiro”, afirmou.&nbsp;
O presidente ressaltou a dimensão do programa e sua expectativa de impacto na economia, afirmando que "isto será uma revolução neste país. Eu não tenho condições de quantificar quanto dinheiro pode entrar em circulação neste país, mas posso dizer que jamais, em nenhum momento da história, conseguimos fazer uma política de crédito que pudesse colocar no curto e no médio espaço de tempo tanto dinheiro em circulação."
Em seu discurso, Lula também criticou a desigualdade global e citou o contraste entre os altos gastos militares e a fome no mundo. "É isto que explica ter um mundo tão desenvolvido, que gastou no ano passado R$ 2,4 trilhões em armas, e ter, ao mesmo tempo, 730 milhões de seres humanos que vão dormir sem ter o que comer. Não é falta de conhecimento científico e tecnológico, não é falta de produção de alimentos. A única falta é a falta de dinheiro”, disse.&nbsp;

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de lançamento do Programa “Crédito do Trabalhador”. Palácio do Planalto, Brasília - DF.

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