247 – A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a estatal brasileira está pronta para transformar a preservação ambiental em oportunidade econômica, com a geração e comercialização de créditos de carbono. A declaração foi feita nesta semana, ao lado do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, no lançamento do programa ProFloresta+, uma iniciativa que alia reflorestamento em larga escala à transição energética.
<blockquote>&nbsp;“Um tempo atrás eu disse para vocês o seguinte: a Petrobras vai entrar nos créditos de carbono. Esse é o início. E eu disse também que nós vamos fazer dinheiro com isso”, afirmou. “Por enquanto, o que estamos fazendo aqui é o nosso compromisso com a captura de carbono. Mais adiante, vamos entrar no negócio firme e vamos ganhar dinheiro com isso.”</blockquote>
O ProFloresta+ prevê a restauração de 50 mil hectares de áreas degradadas da Amazônia, com potencial de gerar aproximadamente 15 milhões de créditos de carbono. Para Chambriard, trata-se de um projeto estruturante e revolucionário, que inaugura um novo padrão de mercado no Brasil, com benefícios diretos à biodiversidade, ao clima e à economia verde.
<blockquote>&nbsp;“Vamos fazer preço, gente. Olha só que coisa importante. Não temos até hoje um preço para crédito de carbono de reflorestamento. Vamos passar a ter. E graças à parceria Petrobras-BNDES”, disse. “Esse projeto é pioneiro. Marca a estreia da Petrobras na compra de créditos de carbono de reflorestamento de longo prazo e estabelece um novo padrão de mercado.”</blockquote>
O programa contará com financiamento a juros simbólicos, subsidiados pelo BNDES, voltado para empreendedores verdes. Segundo Mercadante, os financiamentos poderão ter taxas de até 1% ao ano, o que foi ressaltado com entusiasmo por Chambriard:
<blockquote>&nbsp;“Quem não quer um crédito de 1%? Estamos com Selic a 14%. Vejam do que se trata esse projeto. Não é só Petrobras-BNDES, é um convite para que todo o Brasil participe da construção de um futuro mais sustentável.”</blockquote>
A presidente aproveitou para reforçar que a Petrobras atua há décadas na área ambiental. Lembrou da criação do Proálcool nos anos 1970, do desenvolvimento do biodiesel nos anos 2000 e de projetos como o Polo Arara, na Amazônia, onde a empresa levou atividades legais e estruturadas de produção de petróleo em áreas remotas.
Chambriard também destacou o plantio de 1,4 milhão de mudas em Urucu, no Amazonas, em 2023, e mencionou projetos contínuos de reflorestamento em diversos biomas:
<ul>
 <li>&nbsp;Mata Atlântica: parceria com a SOS Mata Atlântica já resultou no plantio de mais de 40 milhões de mudas</li>
 <li>&nbsp;Cerrado: ações de restauração em milhares de hectares</li>
 <li>&nbsp;Manguezais: projetos voltados à preservação de ecossistemas costeiros</li>
</ul>
<blockquote>&nbsp;“Nós atuamos em restauração e conservação de todos os ecossistemas brasileiros. É óbvio que a floresta tem papel de destaque. Mas a nossa atuação é ampla. Está tudo documentado: temos um caderno no meu LinkedIn e na página da Petrobras com todos os projetos.”</blockquote>
Durante o evento, a executiva também anunciou uma redução de R$ 0,17 no preço do diesel, o que representa uma queda de 4,6%. Ela comparou os preços atuais com os de dezembro de 2022, apontando que:
<ul>
 <li>&nbsp;Diesel: redução nominal de 20,9% e, corrigida pela inflação, de 29%</li>
 <li>&nbsp;Gasolina: queda real de 11,7%</li>
 <li>&nbsp;Querosene de aviação (QAV): redução real de 36,4%</li>
</ul>
<blockquote>&nbsp;“A Petrobras está comprometida com a sociedade brasileira no replantio de florestas, no enfrentamento do clima, na captura de CO₂, na redução das emissões e na oferta de combustíveis mais acessíveis.”</blockquote>
Por fim, Magda Chambriard reforçou o compromisso da estatal em alcançar neutralidade de carbono até 2050 (net zero). Segundo ela, 15% dos investimentos do plano estratégico 2024–2028 estão direcionados à transição energética. Assista:
<blockquote> </blockquote>
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Redação Brasil 247

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Brasil Sustentável

"A Petrobras vai ganhar dinheiro com reflorestamento e crédito de carbono", diz Magda Chambriard

247 – O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, reafirmou nesta semana que o Brasil está preparado para assumir um papel de liderança na agenda ambiental global. A declaração foi feita durante o evento de lançamento de um ambicioso programa de restauração florestal, realizado em parceria com a Petrobras.
A iniciativa, chamada ProFloresta+, prevê a restauração de até 50 mil hectares de áreas degradadas na Amazônia e a geração de aproximadamente 15 milhões de toneladas de créditos de carbono. O projeto visa tanto fortalecer a economia verde quanto contribuir de maneira decisiva para as metas de descarbonização do Brasil. A Petrobras será responsável por garantir a compra dos créditos de carbono gerados, enquanto o BNDES oferecerá financiamento aos projetos por meio de linhas de crédito com taxas especiais, como o Fundo Clima.
Durante seu discurso, Mercadante alertou para o agravamento da crise climática: “Nos últimos 18 meses, a temperatura da Terra aumentou 1,5ºC. Nenhum estudo científico previa esse aquecimento com essa intensidade, e não há segurança de que isso é reversível.” O presidente do BNDES também destacou que, caso nenhuma ação relevante seja tomada, o mundo poderá enfrentar um aumento de 2,5ºC até 2050, o que traria eventos extremos ainda mais severos do que os atuais.
Mercadante fez questão de apontar a importância da COP 30, que será realizada no Brasil, como ponto de inflexão: “Nosso desafio é fazer dessa COP um marco de compromissos mais ambiciosos para enfrentar o aquecimento global. O Brasil pode e deve liderar essa agenda.” Para alcançar essa meta, o BNDES tem investido na redução do desmatamento, na descarbonização da indústria e da agricultura e no fortalecimento de biomas como a Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal e Caatinga.
A presidenta da Petrobras, Magda Chambriard, também participou do evento e sublinhou a importância da colaboração entre as duas instituições: “Essa é uma iniciativa muito importante para a Petrobras e para o Brasil. Ela possibilitará atendermos os compromissos climáticos com créditos de carbono de alta qualidade e, ao mesmo tempo, fomentaremos o desenvolvimento do setor de restauração no país.”
Além dos ganhos ambientais, o projeto também prevê benefícios sociais e econômicos para as comunidades envolvidas, especialmente povos originários, quilombolas e moradores de periferias. Mercadante lembrou que plantar árvores é uma resposta estratégica para enfrentar as mudanças climáticas: “A árvore sequestra carbono, preserva o ecossistema e presta inúmeros serviços ambientais. Estamos trabalhando para que o restauro florestal seja uma atividade estruturante no Brasil.”
Ao final, Mercadante ressaltou que a aliança entre BNDES e Petrobras resgata a vocação histórica de ousadia e inovação do banco público de desenvolvimento. “A imprensa brasileira precisa se alinhar nesse esforço. Precisamos transformar a COP 30 em um grande encontro do planeta para reverter a atual trajetória e puxar uma agenda estratégica de enfrentamento à crise climática. Estamos fazendo isso pelas nossas futuras gerações”, concluiu.
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"O Brasil quer liderar a agenda ambiental global", afirma Mercadante

247 – “O Brasil tem potencial para ser a grande referência mundial nessa área de restauro florestal.” A afirmação da diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, durante o lançamento de um ousado programa de reflorestamento, sintetiza a ambição do projeto conjunto com a Petrobras, que pretende reposicionar o país na vanguarda da economia verde. A iniciativa ProFloresta+, anunciada nesta semana, marca um passo histórico para o fortalecimento do mercado brasileiro de crédito de carbono.
Com investimento estimado em R$ 1,5 bilhão ao longo de 20 anos, o programa-piloto visa restaurar ao menos 15 mil hectares de áreas degradadas na Amazônia, com o plantio de 25 milhões de árvores nativas. O impacto ambiental será acompanhado de um robusto efeito socioeconômico: 6.700 empregos verdes devem ser criados ao longo do processo. Segundo Campello, “não estamos tratando de doações ou projetos de desmatamento evitado; trata-se de reflorestamento com espécies nativas e modelo de negócios sustentável”.
A proposta inverte a lógica do setor, ao introduzir contratos firmes de compra de créditos de carbono — por parte da Petrobras — e financiamentos estruturados e acessíveis — via BNDES. O objetivo é dar previsibilidade às empresas e fortalecer a cadeia produtiva da restauração florestal, especialmente em regiões como o Arco da Restauração, onde a degradação ambiental foi mais intensa.
“Estamos criando uma demanda firme que atrairá empresas sérias para um setor que ainda engatinha, mas que tem enorme potencial. O contrato que estamos colocando em consulta pública será referência para todo o mercado brasileiro”, afirmou Campello. O edital do primeiro leilão de crédito de carbono está previsto para julho, e a expectativa é que essa iniciativa sirva de modelo para futuras ações no Brasil e no mundo.
Alinhado ao Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg) e às metas climáticas do Brasil (NDC), o projeto visa apresentar resultados concretos até a COP 30, que será realizada em Belém, em 2025. Trata-se da maior iniciativa de pagamento por serviços ambientais já realizada por uma empresa brasileira, com alto potencial de replicação e fortalecimento da posição do Brasil como protagonista na transição ecológica global. Assista:
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“O Brasil tem potencial para ser a grande referência mundial em restauro florestal”, diz Tereza Campello

247 – O diretor de Sustentabilidade e Transição Energética da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, afirmou que a recém-lançada parceria entre a estatal e o BNDES “vai definir o preço público do carbono”. A declaração foi feita durante apresentação do programa ProFloresta+, nesta semana. A iniciativa tem como meta restaurar até 50 mil hectares de áreas degradadas na Amazônia, com geração de 15 milhões de toneladas de créditos de carbono e criação de cerca de 4.500 empregos na região.
A proposta, segundo Tolmasquim, tem como inspiração o modelo bem-sucedido de expansão do setor elétrico brasileiro, que utilizou contratos de longo prazo (PPAs) para atrair investidores. “No setor elétrico, o investidor só teve segurança para aplicar quando passou a saber, com antecedência, qual seria o preço da energia. Vamos fazer o mesmo com os créditos de carbono oriundos de restauração florestal”, disse ele.
Estrutura técnica e inovação no financiamento
Desenvolvido com apoio do Instituto Clima e Sociedade, Nature Investment Lab, Agroicone, IMAFLORA e do escritório Mattos Filho, o ProFloresta+ será estruturado com base em leilões promovidos pela Petrobras. Vencerá quem oferecer o menor preço por tonelada de carbono restaurado. Esses contratos servirão como garantia para o financiamento dos projetos junto ao BNDES, sem a necessidade de garantias corporativas – o que viabiliza a participação de pequenos empreendedores e iniciativas locais.
“Hoje é mais fácil comprar crédito de carbono de preservação do que de restauração. Isso acontece porque o restauro é caro, demanda tempo e os investidores não têm segurança sobre o retorno. O ProFloresta+ resolve essa equação”, destacou Tolmasquim.
Modelo replicável e impacto estratégico
Com a previsão de leiloar inicialmente até 5 milhões de créditos de carbono, abrangendo 15 mil hectares, a primeira etapa do programa deverá movimentar mais de R$ 450 milhões em investimentos. Os critérios de seleção dos projetos envolvem integridade ambiental, benefícios sociais e inclusão produtiva de comunidades amazônicas.
A diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, que também participou da apresentação, detalhou os próximos passos do edital, que está em fase de consulta pública. O objetivo é criar um padrão de referência para o mercado, estabelecendo um valor transparente e confiável para os créditos de carbono de restauração – algo que ainda não existe no Brasil.
Segundo Tolmasquim, “a previsibilidade do preço do carbono e a estruturação de um pipeline de projetos permitirão ao país transformar a restauração florestal em um ativo econômico de impacto global”.
A iniciativa marca um passo decisivo rumo à consolidação de um mercado nacional de carbono, alinhado às metas climáticas do Brasil e ao fortalecimento da bioeconomia amazônica. Assista:
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Mauricio Tolmasquim: “A parceria Petrobras-BNDES vai definir o preço público do carbono”

247 - A Petrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) formalizam nesta segunda-feira (31), um importante passo para impulsionar o mercado de carbono e fortalecer iniciativas de reflorestamento na Amazônia. As duas instituições assinarão um Protocolo de Intenções voltado à aquisição de créditos de carbono, com presença confirmada dos presidentes Magda Chambriard e Aloizio Mercadante.
O evento também marcará o lançamento do programa ProFloresta+, uma nova iniciativa que busca fomentar a contratação de créditos de carbono oriundos de projetos de restauração florestal em áreas da Amazônia. A proposta é conectar a política de transição energética da Petrobras com a agenda de sustentabilidade do BNDES, alinhando ações de compensação ambiental com desenvolvimento regional sustentável.
O ProFloresta+ surge em um momento estratégico para o Brasil, que busca consolidar sua liderança no combate às mudanças climáticas por meio de soluções baseadas na natureza. A restauração florestal é considerada uma das ferramentas mais eficazes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e preservar a biodiversidade.&nbsp;
Ao estimular a compra de créditos de carbono certificados, o novo programa também pretende atrair investimentos privados para projetos ambientais, promovendo uma cadeia de valor verde. A Petrobras, com sua atuação crescente no campo da transição energética, e o BNDES, com expertise em financiamento de iniciativas sustentáveis, juntam forças para estruturar mecanismos mais robustos de compensação e financiamento climático.
A expectativa é de que, com o avanço do ProFloresta+, o país fortaleça sua imagem internacional como protagonista da economia de baixo carbono, ao mesmo tempo em que beneficia comunidades locais.

Guilherme Levorato

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, e a presidente da Petrobras, Magda Chambriard

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"A Petrobras vai ganhar dinheiro com reflorestamento e crédito de carbono", diz Magda Chambriard

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