247 - O estudo realizado pela Neogrid, empresa de tecnologia especializada no varejo, trouxe uma boa notícia para os brasileiros em julho: os preços de produtos essenciais no supermercado apresentaram uma leve queda. As informações são da jornalista Míriam Leitão, do jornal <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/miriam-leitao/post/2025/08/estudo-mostra-queda-de-precos-de-cafe-ovos-arroz-e-feijao-em-julho.ghtml">O Globo</a>.
A pesquisa intitulada “Variações de Preços: Brasil &amp; Regiões” revelou que categorias de itens básicos, como ovos, arroz e feijão, registraram redução nos preços médios no último mês. O levantamento é um alívio após meses de altas consecutivas, especialmente para aqueles que enfrentam dificuldades devido à inflação dos produtos alimentícios.
Entre os destaques, os ovos, que sofreram uma alta significativa nos meses anteriores, apresentaram uma queda de 8,2% de junho para julho. O preço médio do item passou de R$ 6,85 para R$ 6,29, trazendo um pequeno respiro ao bolso dos consumidores. Os grãos essenciais na alimentação diária também ficaram mais baratos: o arroz teve uma redução de 4,9%, passando de R$ 5,40 para R$ 5,14. Já o feijão, que teve uma pequena retração de 3%, baixou de R$ 6,61 para R$ 6,41 no período.
A maior redução registrada foi nos legumes, que tiveram uma queda de 11,2%, com o preço médio caindo de R$ 6,06 para R$ 5,38. O café, que é um dos itens mais caros da cesta básica, também apresentou uma leve diminuição de aproximadamente 2,5%. O preço do café em pó e em grãos caiu de R$ 76 para R$ 74,14, trazendo alívio para quem consome o produto regularmente.
Porém, quando analisamos o acumulado de dezembro de 2024 a julho de 2025, o café ainda lidera as altas de preço, com um aumento de 38,4%. O preço médio do café subiu de R$ 53,90 para R$ 74,14 nesse período. Itens como margarina (alta de 4,4%), creme dental (3,7%), leite em pó (2%) e pão (1,2%) também apresentaram aumentos, embora em menor proporção.

Otávio Rosso

Vendedora segura ovos em um mercado de rua no Rio de Janeiro, Brasil

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Economia

Estudo aponta queda nos preços de café, ovos, arroz e feijão em julho

247 - Diante da alta nos preços dos alimentos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu que a população evite comprar produtos considerados caros, como forma de pressionar a redução dos valores e ajudar no controle da inflação. Em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia, Lula destacou que o “próprio povo” pode contribuir para equilibrar os preços ao evitar consumir itens com valores abusivos.
“Se todo mundo tivesse a consciência e não comprar aquilo que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, senão vai estragar. Isso é da sabedoria do ser humano. Esse é um processo educacional que nós vamos ter que fazer com o povo brasileiro”, afirmou o presidente. Ele também incentivou os consumidores a optarem por produtos similares e mais acessíveis: “Tenho dito que uma das pessoas mais importantes para a gente controlar os preços é o próprio povo. Se você vai num mercado aí em Salvador e você desconfia que tal produto está caro, você não compra”.
Inflação dos alimentos e diálogo com empresários
Lula expressou confiança de que a inflação dos alimentos será solucionada em breve. “Estou convencido de que a gente vai resolver esse problema logo, logo”, declarou. O presidente ressaltou que o governo está em diálogo com empresários e ministérios responsáveis para encontrar soluções. “Nós estamos trabalhando, conversando com empresários, utilizando a competência da Fazenda, do Ministério da Agricultura, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, para que a gente encontre uma solução de como reduzir preço”, explicou.
A declaração do presidente ocorre em um momento em que o cenário inflacionário preocupa os brasileiros. Na última terça-feira (4), o Banco Central informou que a inflação de curto prazo segue adversa, com destaque para a alta significativa nos preços dos alimentos, que tende a persistir no médio prazo.
A sugestão de Lula de que a população evite comprar produtos caros como forma de pressionar o mercado reflete uma estratégia de conscientização do consumidor. O presidente acredita que, ao reduzir a demanda por itens com preços elevados, os comerciantes serão forçados a ajustar os valores para evitar perdas.
Apesar das críticas de especialistas, que apontam a complexidade do cenário inflacionário e a necessidade de políticas públicas mais amplas, a fala de Lula destaca a importância do papel do consumidor na economia. Enquanto o governo busca soluções em conjunto com setores produtivos, a população é convidada a adotar práticas que possam contribuir para o equilíbrio dos preços.

Camila França

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Lula sugere que população evite comprar alimentos caros para conter inflação

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