247 - A Concessionária Allegra, responsável pela gestão do Pacaembu (SP), notificou a SAF da Portuguesa para o pagamento de uma dívida calculada em cerca de R$ 1,1 milhão referentes a jogos do clube no estádio. A informação foi publicada neste sábado (3) na <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2025/05/saf-da-portuguesa-deve-r-11-milhao-por-jogos-no-pacaembu-e-e-notificada.ghtml">coluna de Lauro Jardim</a>. A notificação foi enviada na última segunda-feira (28). A Lusa comentou sobre a decisão e afirmou que o valor “a ser pago é substancialmente inferior ao indicado pela concessionária, de modo que temos envidado esforços administrativos para os devidos esclarecimentos”.
A Allegra e Portuguesa fizeram um acordo para que a Lusa disputasse seis partidas na Mercado Livre Arena Pacaembu. Pela proposta, os valores devidos pela SAF deveriam ser quitados em cinco dias após cada jogo. Mas algumas regras não teriam sido cumpridas.
O débito é referente principalmente aos custos da concessionária com o duelo entre Portuguesa e Corinthians. Segundo a notificação, foram negociados R$ 250 mil pelo uso do estádio e R$ 250 mil adicionais como compensação pela operação fora do modelo de "Matchday". Os custos operacionais chegaram a R$ 665 mil, apontou o documento.
A Allegra disse que a Lusa não fez uma parte dos pagamentos e deu um prazo de 10 dias para a Portuguesa quitar a dívida. Em nota, a Portuguesa disse ter informado "diversas vezes aos representantes da Allegra sobre cobranças indevidas e não previstas no acordo assinado para utilização do estádio”.&nbsp;
“Adicionalmente, houve descumprimento contratual por parte da concessionária pela utilização de fornecedores credenciados por ela, que praticaram preços abusivos e acima do mercado, afrontando o previsto contratualmente. Importante ressaltar também a demora comprovada da concessionária em prestar informações necessárias para o encontro de contas, algo previsto para ser realizado após cada partida”, continuou.&nbsp;
Segundo o comunicado, “a Portuguesa SAF vem conduzindo de boa-fé conversas com a concessionária no sentido de apuração justa e contratualmente correta para o acerto final de contas”. “Desde março foram realizadas reuniões, além de constantes trocas de e-mail, para chegarmos a um acordo com a Allegra. Inclusive, recentemente sugerimos um novo encontro para alinhamento final, mas fomos surpreendidos por uma notificação extrajudicial. A Portuguesa SAF reafirma sua postura ética e profissional e segue acreditando em um acerto justo entre as partes, mas não aceitará que o acordo seja desrespeitado, tampouco pagará valores indevidos por conta disso."
<h2>Modelo SAFs e algumas estatísticas</h2>
Nos modelos SAFs, os clubes deixam de ser associação civil, privada, sem fins lucrativos, e viram instituições empresariais. Associações não podem ser vendidas para investidores e ficam sob a gestão do quadro de sócios. Já uma SAF permite a venda parcial ou total de um clube.&nbsp;
Na administração mais tradicional, os sócios dos clubes elegem um presidente e representantes para os conselhos Deliberativo e Fiscal. O conselho é uma espécie de "Poder Legislativo" da equipe e a diretoria, o "Poder Executivo". O presidente de um clube tem um mandato, entre dois e quatro anos. Pode ou não ter direito à reeleição.
No "clube-empresa", a estrutura contratada por seu dono. A equipe tem especialistas nas principais áreas: CEO (chief executive officer) ou diretor-geral; CLO (chief legal officer) ou diretor jurídico; CFO (chief financial officer) ou diretor financeiro; CMO (chief marketing officer) ou diretor de marketing; e Diretor de futebol.
Em uma das estatísticas mais recentes sobre o tema, o Instituto Brasileiro de Estudos e Desenvolvimento da Sociedade Anônima do Futebol (Ibesaf) informou no ano passado que o país tem pelo menos 95 SAFs - 40 na região Sudeste, 21 no Sul, 13 no Centro-Oeste, 17 no Nordeste e 4 no Norte. Os números poderão ser ainda maiores quando os próximos levantamentos forem divulgados.&nbsp;

Leonardo Lucena

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Esporte

Concessionária Allegra e SAF da Portuguesa divergem sobre valores pelo uso do Pacaembu

247 - A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) aceitou nesta quarta-feira (26) o pedido feito pela Portuguesa (SP) para aprovar a mudança para Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O grupo Portuguesa SAF assumirá os ativos da atual Associação Portuguesa de Desportos. A oferta por 80% das ações da SAF prevê a reestruturação das dívidas do clube que chegam a R$ 450 milhões, investimento de R$ 263 milhões no futebol da equipe até 2029, e reformas no complexo do estádio do Canindé, com cerca de R$ 500 milhões destinados a uma arena multiuso.
A SAF é formada por empresários da Tauá Partners (responsáveis pela gestão), XP Investimentos (investimento financeiro) e Revee (administração do espaço do Canindé).
A Portuguesa SAF também ficará com os direitos econômicos e federativos dos atletas, valores de premiação, direitos de transmissão e registro em instituições como a Federação Paulista de Futebol (FPF) e a CBF. A Tauá Partners, XP Investimentos e Revee apresentou a proposta, que já havia sido aprovada pelo Conselho Deliberativo e pelos sócios em outra assembleia.
“É um marco para nós. Essa homologação traduz a vontade dos nossos torcedores, que nos apoiam desde o início do projeto. Temos segurança jurídica”, afirmou o presidente da Portuguesa SAF, Alex Bourgeois.&nbsp;
Em novembro do ano passado, o Instituto Brasileiro de Estudos e Desenvolvimento da Sociedade Anônima do Futebol (Ibesaf) informou no ano passado que o país tem pelo menos 95 SAFs - 40 na região Sudeste, 21 no Sul, 13 no Centro-Oeste, 17 no Nordeste e 4 no Norte. O número total de SAFs está subindo para acima de 100. Clubes como Santa Cruz (PE) e Náutico (PE) estão em negociação para a aplicação de novos investimentos.
O Atlético-MG é um dos clubes que viraram SAF, com orçamento acima de R$ 3 bilhões. Outra equipe que adotou este modelo de gestão foi o Botafogo, em um negócio de quase R$ 2 bilhões.&nbsp;
O Cruzeiro e o Vasco da Gama foram outros dois clubes que viraram SAFs, ambas com orçamentos acima de R$ 1 bilhão. Também seguiram esta forma de administração alguns times como Bahia, Fortaleza, América-MG. Esses três últimos clubes têm SAFs que aportes entre R$ 600 milhões e R$ 900 mihões. A do Coritiba ficou acima de R$ 400 milhões.&nbsp;
Nas SAFs, os clubes deixam de ser associação civil, privada, sem fins lucrativos, e viram instituições empresariais. Associações não podem ser vendidas para investidores e ficam sob a gestão do quadro de sócios. A SAF permite a venda parcial ou total de um clube.&nbsp;
Na gestão mais tradicional, os sócios dos clubes elegem um presidente e representantes para Conselhos Deliberativo e Fiscal. O conselho é uma espécie de "Poder Legislativo" da equipe e a diretoria, o "Poder Executivo". O presidente de um clube tem um mandato, entre dois e quatro anos. Pode ou não ter direito à reeleição.
O chamado "clube-empresa" tem estrutura contratada por seu dono. A equipe tem especialistas nas principais áreas: CEO (chief executive officer) ou diretor-geral; CLO (chief legal officer) ou diretor jurídico; CFO (chief financial officer) ou diretor financeiro; CMO (chief marketing officer) ou diretor de marketing; e Diretor de futebol.

CBF aceita pedido feito pela Portuguesa para homologação de SAF

247 – A Portuguesa de Desportos, um dos clubes mais tradicionais de São Paulo, vai receber um investimento de R$ 1 bilhão para revitalizar o estádio Canindé e reestruturar sua operação. A informação foi <a href="https://www.estadao.com.br/economia/coluna-do-broad/portuguesa-recebera-r-1-bi-para-modernizar-caninde-e-voltar-a-serie-a/">revelada pelo serviço Broadcast</a>. O projeto é liderado pela Tauá Futebol, em parceria com a XP Investimentos, enquanto a execução da modernização ficará a cargo da Revee, uma empresa especializada em real estate.
A reforma transformará o Canindé em uma arena moderna e multiuso, inspirada em grandes estádios da cidade, como o Allianz Parque e a Neo Química Arena. Além de sediar os jogos da Portuguesa, atualmente na Série D do Campeonato Brasileiro, o espaço também será preparado para eventos culturais e shows, ampliando suas possibilidades de uso.
"A localização privilegiada do Canindé, próxima à Marginal Tietê, torna o projeto ainda mais atrativo para investidores e eventos de grande porte", afirmou um dos líderes do projeto. A expectativa é que essa transformação não apenas eleve o nível da infraestrutura, mas também ajude o clube a retomar seu lugar entre os grandes do futebol nacional.
A reestruturação inclui a conversão da Portuguesa em uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF), com a Tauá Futebol assumindo a gestão do clube. A nova administração será responsável pelas contratações e pelo planejamento esportivo, com o objetivo claro de levar o time de volta à Série A do Campeonato Brasileiro.

Portuguesa receberá investimento bilionário da XP para modernizar Canindé e tentar voltar à elite do futebol brasileiro

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