<p><b>247 – </b>O desabamento de parte da Ponte Juscelino Kubitschek (JK) na divisa entre Tocantins e Maranhão, que causou mortes e mergulhou caminhões com cargas químicas no Rio Tocantins, segue mobilizando autoridades e empresas especializadas em resposta a emergências. Em entrevista à TV 247, o líder da área de resposta a emergência da Ambipar, Dennys Spencer, detalhou as ações de monitoramento e retirada de possíveis produtos químicos submersos para prevenir a contaminação do manancial.</p>
<p>Empresa com atuação global em resposta a emergências ambientais, a Ambipar foi acionada imediatamente após o acidente pelas transportadoras e pelas empresas responsáveis pelos produtos químicos. “Nossas equipes vêm realizando um trabalho forte de monitoramento e coleta de amostras de água para detectar possíveis vazamentos”, explica Spencer. Segundo ele, até o momento não há indícios de grande contaminação no rio – o que também foi confirmado pela Agência Nacional de Águas.</p>
<h2>Prioridade: resgate de vítimas e segurança ambiental</h2>
<p>Dennys Spencer destacou que a prioridade inicial, conduzida pelo Corpo de Bombeiros e pela Marinha do Brasil, é o resgate dos corpos das vítimas que ainda se encontram na área. Somente depois, segundo o especialista, deve começar a retirada dos veículos e das cargas químicas. “Todo esforço será feito para evitar a contaminação do Rio Tocantins”, assegura.</p>
<p>Spencer relatou que, até agora, foram confirmados quatro caminhões transportando produtos químicos que caíram junto com a ponte. São duas carretas com ácido sulfúrico e duas com pesticidas, além do combustível presente nos tanques desses veículos. “Pelas análises iniciais, as embalagens e os tanques parecem estar íntegros, o que indica a possibilidade de não haver vazamentos significativos”, afirma.</p>
<p>O representante da Ambipar mencionou casos internacionais e nacionais em que a empresa atuou em circunstâncias semelhantes. “Já tivemos alguns casos parecidos, como uma colisão de navio com uma ponte em Baltimore, nos Estados Unidos”, conta, frisando que a operação atual segue protocolos globais de emergência e envolve a cooperação entre empresas privadas e órgãos públicos. “Existe um esforço conjunto das autoridades públicas e privadas. A Marinha do Brasil está coordenando o posto de comando local.”</p>
<h2>Logística complexa e previsão de conclusão</h2>
<p>A extração dos veículos e dos produtos químicos submersos exige estudo detalhado do leito do rio, profundidade e condições de segurança para os mergulhadores, além de barreiras de contenção para eventuais vazamentos. O especialista estima que a conclusão dos trabalhos possa se estender por mais de 45 dias, dependendo dos resultados das inspeções subaquáticas e da disponibilidade de equipamentos na região.</p>
<p>“Precisamos definir a estratégia de remoção com base nas condições de profundidade, correnteza e estrutura dos tanques”, ressalta Spencer. Segundo ele, a Agência Nacional de Águas (ANA) também poderá auxiliar reduzindo o fluxo hídrico, o que minimiza riscos às equipes e ao meio ambiente.</p>
<h2>Estrutura de resposta a emergências no Brasil</h2>
<p>Sobre a capacidade do país de lidar com eventos desse porte, Spencer enfatiza que o Brasil tem avançado, mas ainda enfrenta desafios, especialmente diante de eventos climáticos extremos. “O país precisa se preparar para eventos extremos. A Ambipar vem investindo há anos em estrutura para atender a desastres de grande porte”, conclui.</p>
<p>Enquanto o resgate e a análise das condições ambientais prosseguem, as autoridades reforçam que, até o momento, não há confirmação de contaminação severa no Rio Tocantins. A orientação é para que a população e os órgãos competentes sigam acompanhando o monitoramento oficial e aguardem novas informações das equipes em campo. Assista, abaixo, a entrevista de Spencer à TV 247:</p>
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Redação Brasil 247

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Meio Ambiente

Desabamento da ponte JK: equipe da Ambipar monitora danos ambientais e prepara retirada dos caminhões e produtos químicos

<p><b>247 –</b> O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou que o governo federal publicará um decreto emergencial para custear a reconstrução da ponte que desabou na divisa entre Tocantins e Maranhão. A notícia foi confirmada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que estima o custo da obra em pelo menos R$ 100 milhões.</p>
<p>Durante uma vistoria na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, realizada na manhã de hoje, Renan Filho afirmou que o decreto de emergência visa "agilizar os procedimentos necessários" para uma "pronta resposta". Segundo o DNIT, o órgão possui "todos os recursos técnicos e financeiros" para a realização da obra, que inclui a reconstrução da ponte e "demais serviços" previstos para serem concluídos ainda em 2024.</p>
<p>O ministro Renan Filho explicou que o custo da reconstrução depende de diversos fatores. "Nós ainda vamos avaliar o que está submerso, como será retirado, quais serão os custos adicionais advindos de outros serviços além da obra", declarou. Além disso, uma sindicância foi aberta para apurar "causas e responsabilidades", investigando, por exemplo, se havia algum alerta sobre o risco de colapso da ponte e por que não foi interditada previamente.</p>
<p>A queda da ponte, ocorrida neste domingo, resultou na morte de pelo menos três pessoas, conforme informou a Defesa Civil de Estreito (MA). Outras 16 pessoas continuam desaparecidas, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Corpo de Bombeiros do Tocantins. Os dois primeiros mortos encontrados são uma jovem de 25 anos e um homem de 42 anos que trafegavam em motos. A identidade da terceira vítima ainda não foi divulgada.</p>
<p>Três carretas, três motos e dois carros de passeio caíram no rio Tocantins durante o desabamento. As buscas estão sendo realizadas apenas com botes devido ao risco associado a um dos caminhões que transportava ácido sulfúrico. Vídeos feitos por testemunhas capturaram o momento da queda da ponte. "Essa ponte tem mais de 60 anos e a gente sempre apontando essa estrutura precária. Fomos lá hoje para cobrar os órgãos competentes", afirmou o vereador Elias Junior (Republicanos), de Aguiarnópolis (TO), que foi uma das pessoas que registrou o desabamento.</p>
<p>A reconstrução da ponte é considerada vital para a região, que depende dessa ligação para o transporte de pessoas e mercadorias entre os dois estados. O DNIT assegura que a obra será realizada com a máxima urgência e dentro do prazo estipulado, visando minimizar os impactos causados pelo desabamento.</p>

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