247 - A Bahia registrou uma queda de 8,5% nas mortes por intervenção policial em 2024, interrompendo uma tendência de alta que vinha desde 2015, após a implementação de câmeras corporais em tropas da Polícia Militar, informou a Folha de São Paulo neste domingo (9). 
O estado, que ainda lidera o ranking nacional de mortes em ações policiais, contabilizou 1.557 casos em 2024, ante 1.702 no ano anterior. 
O Ministério Público da Bahia disse, em nota, que ainda não é possível estabelecer um vínculo direto entre o uso das câmeras e a queda nas mortes, devido à implementação inicial e restrita da tecnologia. 
Na avaliação do governo estadual, além das câmeras corporais, investimentos em inteligência, capacitação e ações integradas são fatores complementares para a melhoria na segurança pública.

Leonardo Sobreira

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Nordeste

Bahia tem queda na letalidade policial após adoção de câmeras corporais

247 - Um menino de apenas 11 anos foi baleado na cabeça enquanto jogava bola no bairro da Calçada, em Salvador (BA). De acordo com a Polícia Militar, o garoto foi atingido de raspão na noite de quarta-feira (4). 
A PM socorreu o menino para o Hospital Santo Antônio. Investigadores informaram que um homem, não identificado pela polícia, que saiu atirando após tentar furtar uma moto.
A Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca) investiga o caso. Policiais civis tentam identificar e localizar o suspeito.

Assassinatos crescem apesar da quarentena

Criança é atingida por disparo de arma de fogo enquanto jogava bola em Salvador

247 - Salvador e sua Região Metropolitana atingiram, nesta terça-feira (6), a marca de mil mortes decorrentes de ações e operações policiais desde julho de 2022, conforme levantamento divulgado pelo Instituto Fogo Cruzado. O marco trágico foi alcançado em 2 de agosto, com a morte de Luiz Felipe Silva Soares, de 18 anos, durante uma operação na periferia de Salvador, no bairro Mata Escura. Luiz Felipe foi atingido por tiros enquanto se dirigia para a casa da namorada.
O Instituto Fogo Cruzado apontou que a Bahia superou o Rio de Janeiro em índices de letalidade policial, destacando a gravidade da situação. "Este levantamento é um sinal de alerta. O modelo de segurança pública na Bahia opera sob a lógica do confronto, refletindo uma prática que há muito se mostra ineficaz na proteção da população. A elevada mortalidade é resultado de uma política que não preserva vidas," afirmou Tailane Muniz, coordenadora regional do Instituto Fogo Cruzado na Bahia.
O estudo revelou que, desde julho de 2022, a média mensal de mortes em ações policiais é de 40 pessoas. Dentre os mil mortos, apenas cinco eram agentes de segurança, representando 0,5% do total. Entre as vítimas estão também um motorista de aplicativo, um vendedor ambulante e um entregador/motoboy. A maioria das vítimas era adulta, com 974 mortes registradas entre adultos, além de uma criança, 11 adolescentes e três idosos. Gabriel Silva da Conceição Júnior, de 10 anos, foi uma das vítimas fatais, atingido no rosto enquanto brincava em frente à sua casa no bairro de Portão, em Lauro de Freitas, no dia 23 de julho do ano passado.
O relatório ainda aponta que 11 pessoas foram vítimas de balas perdidas e 202 foram mortas em chacinas policiais, onde três ou mais civis foram mortos na mesma ação. O levantamento detalha também os locais mais afetados, com 40 mortes registradas dentro de residências, 16 dentro de veículos e quatro em bares.
Os números por município na região metropolitana são alarmantes:
<ul>
 <li>Salvador: 775 mortos</li>
 <li>Camaçari: 54 mortos</li>
 <li>Lauro de Freitas: 49 mortos</li>
 <li>Simões Filho: 40 mortos</li>
 <li>Candeias: 24 mortos</li>
 <li>Vera Cruz: 21 mortos</li>
 <li>Dias D’Ávila: 13 mortos</li>
 <li>São Francisco do Conde: 8 mortos</li>
 <li>Mata de São João: 9 mortos</li>
 <li>Itaparica: 2 mortos</li>
 <li>Pojuca: 2 mortos</li>
 <li>São Sebastião do Passé: 2 mortos</li>
 <li>Madre de Deus: 1 morto</li>
</ul>
O Instituto Fogo Cruzado utiliza tecnologia para coletar e divulgar dados sobre violência armada, fornecendo um banco de dados aberto e colaborativo que é o único de seu tipo na América Latina. Com uma metodologia própria, o Instituto tem se empenhado em destacar e combater a violência armada, promovendo a transformação social e a preservação da vida.
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Salvador e Região Metropolitana ultrapassam a marca de mil mortos em operações policiais

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