247 - A Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, registrou desempenho acima das expectativas em 2025. Segundo informações publicadas pela IstoÉ Dinheiro, a entidade encerrou agosto com rentabilidade acumulada de 8,6% no ano, o que contribuiu para a elevação do patrimônio, que passou de R$ 136,8 bilhões, em dezembro de 2024, para R$ 143,9 bilhões em julho.
O resultado obtido pela Petros ultrapassa em mais de dois pontos percentuais a meta de retorno médio estabelecida para o período, de 6,3%. Em nota, a entidade destacou que “todos os planos administrados estão acima da meta, refletindo as estratégias de investimentos adotadas”. Somente em agosto, a rentabilidade foi de 1,13%, frente a um objetivo de 0,25%.
<h3>Renda variável impulsiona desempenho</h3>
Entre os segmentos que mais contribuíram para o avanço, a renda variável se destacou com valorização de 6,26% em agosto e ganhos acumulados de 20,22% em 2025. Já a renda fixa, influenciada principalmente pelos títulos públicos com marcação na curva, apresentou rendimento de 0,77% no mês e retorno acumulado de 7,92%.
Nos planos de benefício definido, a carteira de imunização blindou os ativos diante da instabilidade do mercado acionário, levando a uma rentabilidade de cerca de 7,5% até agosto, acima da meta de 6,33%. O PP-2, maior plano de contribuição variável do país, acumulou ganhos de 10,04%, também superando o objetivo previsto de 6,34%.
<h3>Multimercados e imóveis em alta</h3>
Os fundos multimercado reforçaram os resultados do portfólio. O segmento de investimentos estruturados avançou 2,25% em agosto e acumulou 9,8% no ano. Já os investimentos imobiliários tiveram alta de 5,16% em 2025.
As operações de crédito com participantes, como os empréstimos, também mostraram crescimento de 7,23% no ano. Em contrapartida, a única retração veio dos investimentos no exterior, que registraram queda de 8,62% até agosto, evidenciando a estratégia de diversificação frente às oscilações internacionais.
Com o resultado, a Petros reforça sua posição como um dos maiores fundos de pensão do país, alcançando desempenho sólido mesmo diante das instabilidades do cenário financeiro.

Luis Mauro Filho

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Brasil

Petros supera meta de retorno e patrimônio atinge R$ 143,9 bi

247 - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) encerrou a vigília em frente à sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, após 15 dias de protesto em defesa dos aposentados e pensionistas da empresa. A ação buscava pressionar por uma solução para os descontos impostos pelos Programas de Equacionamento de Déficits (PEDS) do fundo de pensão Petros, que têm impedido o pagamento integral dos benefícios.&nbsp;
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e a diretora de Assuntos Corporativos, Clarice Coppetti, comprometeram-se a formar uma comissão quadripartite com representantes da Petrobras, Petros, Fórum em Defesa dos Participantes e Assistidos da Petros e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC).
“A comissão já foi formalizada e deve se reunir na próxima semana”, destacou Deyvid Bacelar, coordenador geral da FUP, que reforçou a independência sindical da entidade: “Muitas pessoas questionaram a atual gestão da FUP por ter um direcionamento de apoio ao governo Lula. Alegaram que não faríamos mais paralisações, atos ou greve por estarmos apoiando o governo. Destacamos o nosso vigor em cumprir o princípio da autonomia e independência sindical diante dos governos e diante dos patrões”. Bacelar afirmou que, caso as reuniões não avancem, a vigília será retomada e a luta será deslocada para Brasília.
Bacelar também criticou a gestão da Petros e defendeu os trabalhadores: “É inadmissível que tenhamos ainda trabalhadores e trabalhadoras que contribuíram por 40 anos, ou seja, durante toda sua vida laboral, cheguem agora aos seus 65, 70 ou até mesmo 80 anos, sem direito a receber uma aposentadoria digna. Temos aposentados e aposentadas que estão sem receber o benefício para pagar suas contas”, lamentou.&nbsp;
Ele destacou que o déficit de R$ 42 bilhões da Petros não pode ser responsabilidade dos trabalhadores, que não têm acesso à gestão do fundo, diferente de outros fundos de pensão como a Funcef. Bacelar enfatizou a necessidade de pressão sobre o governo Lula para garantir que ele cumpra seu programa de governo, apesar das pressões da direita e do mercado.

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