Reuters - A arrecadação do Brasil com royalties da indústria de petróleo e gás vai crescer 9,7% entre 2025 e 2029, enquanto o recolhimento de participações especiais, que incidem apenas sobre campos com grande volume de produção ou grande rentabilidade, vai recuar no período.
O Brasil deverá arrecadar cerca de R$ 74,6 bilhões em royalties do petróleo e gás em 2029, contra aproximadamente R$ 68 bilhões estimados para este ano, apontaram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta quinta-feira.
Os royalties são compensações financeiras pagas mensalmente pelas empresas que produzem petróleo e gás no território brasileiro e incidem sobre o valor da produção do campo.
A estimativa para 2029 leva em consideração um Brent a US$ 66,50 e o dólar a R$ 5,92 naquele ano, segundo as informações publicadas no site da reguladora.
Para a estimativa de 2025, a ANP considera o Brent a US$ 74,52 e om câmbio a R$ 5,93 por dólar.
No período estimado, entretanto, a ANP informou que 2028 será o ano com a maior arrecadação de royalties do petróleo e gás, somando cerca de R$ 75,8 bilhões.
Já o recolhimento das participações especiais -- que são compensações financeiras pagas trimestralmente pelas empresas apenas para campos com grande volume de produção ou grande rentabilidade -- deverá somar aproximadamente R$ 25 bilhões em 2029, queda de 22,8% ante o estimado para 2025 (R$32,4 bi).

Paulo Emilio

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Economia

Arrecadação do Brasil com royalties do petróleo e gás deve crescer 9,7% entre 2025 e 2029, diz ANP

Paulo Barros, <a href="https://www.infomoney.com.br/onde-investir/petrobras-retorna-a-lista-das-maiores-pagadoras-de-dividendos-do-mundo/">Infomoney</a> - A Petrobras voltou a integrar a lista das empresas que mais distribuem dividendos no mundo, de acordo com um levantamento da gestora Janus Henderson. A petrolífera brasileira ficou na 14ª posição entre as 20 companhias globais que mais remuneraram seus acionistas em 2024, considerando a conta em dólares.
Entre as empresas do setor de petróleo e gás, a Petrobras ocupou a quarta posição, ficando atrás apenas das gigantes ExxonMobil e Chevron, dos Estados Unidos, e da chinesa PetroChina.
O retorno da estatal ao ranking reflete sua política de distribuição de proventos, que somou R$ 75,8 bilhões no ano passado, segundo dados da companhia. Desse montante, R$ 73,9 bilhões foram pagos na forma de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), enquanto R$ 1,9 bilhão foi destinado à recompra de ações.
A Petrobras voltou a figurar no ranking anual após ter ficado de fora em 2023, na esteira de um corte de R$ 50 bilhões em proventos naquele ano, na comparação com 2022, quando a estatal chegou a ocupar a segunda posição no ranking global, impulsionada pelo forte fluxo de caixa gerado pelos altos preços do petróleo naquele período.
Em 2024, a volta da Petrobras à lista de maiores já era esperada, após a empresa aparecer seguidamente nos levantamentos trimestrais realizados pela Janus Henderson.
O levantamento da Janus Henderson aponta ainda que os dividendos pagos por empresas brasileiras recuaram 9% em 2024 na comparação com o ano anterior, levando em conta os valores distribuídos convertidos para dólar. Esse desempenho negativo foi puxado, em grande parte, pela Vale (VALE3), que acompanhou a tendência de menor distribuição de proventos observada entre as empresas do setor de mineração ao redor do mundo.

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