247- O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, classificou como "extremamente grave" o plano golpista revelado pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (19). Em entrevista ao programa à <a href="https://g1.globo.com/politica/blog/andreia-sadi/post/2024/11/19/gilmar-mendes-entrevista-estudio-i.ghtml">GloboNews</a>, o ministro afirmou que “tudo indica participação de militares de alta patente” na conspiração, que envolvia a execução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. O esquema foi detalhado a partir de documentos apreendidos e delações de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com reportagem do <a href="https://g1.globo.com/politica/blog/andreia-sadi/post/2024/11/19/plano-de-execucao-lula-alckmin-2022-militares-presos.ghtml">G1</a>, o plano foi discutido em 12 de novembro de 2022, na casa do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro. O encontro foi confirmado pela delação premiada de Mauro Cid, braço direito do ex-presidente. Materiais apreendidos com o general de brigada Mário Fernandes corroboram a narrativa apresentada à PF. Braga Netto é apontado como um dos principais articuladores do roteiro golpista, tendo usado sua influência como ex-ministro-chefe da Casa Civil para dar suporte ao esquema.
Na manhã desta terça-feira, a operação Contragolpe prendeu Mário Fernandes e outros três militares do grupo de elite “kids pretos”, suspeitos de integrar o plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”. O objetivo seria executar o presidente e o vice no dia 15 de dezembro de 2022, antes da posse presidencial. A PF considera as evidências robustas e segue investigando o possível envolvimento de outras figuras de alta patente, reforçando a preocupação com a ameaça à democracia revelada pelo caso.

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Gilmar Mendes aponta gravidade em plano golpista e sugere envolvimento de militares de alta patente

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