Por Elizabeth Piper e Andrew MacAskill
LIVERPOOL, INGLATERRA (Reuters) - O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, pediu neste domingo que seu Partido Trabalhista pare de "olhar para o próprio umbigo" e se una contra o Reform UK, acusando o partido populista em ascensão de planejar uma "política racista" de deportação em massa se chegar ao poder.
O Partido Trabalhista está bem atrás do Reform nas pesquisas de opinião, e Starmer deu início à sua conferência anual na cidade de Liverpool exortando os membros a direcionarem sua raiva ao partido adversário, liderado pelo ativista do Brexit Nigel Farage, e não à sua própria liderança.
"Temos a luta das nossas vidas pela frente, porque precisamos enfrentar o Reform. Precisamos vencê-la, então agora não é hora de introspecção ou de olhar para o próprio umbigo", disse ele à BBC News. "Precisamos estar unidos nessa luta."
A próxima eleição nacional não ocorrerá antes de 2029, mas com a popularidade crescente do Reform, Starmer busca uma narrativa positiva após semanas difíceis, quando seu vice-líder e seu embaixador nos EUA foram forçados a renunciar.
A conferência lhe dá a chance de mobilizar o Partido Trabalhista e redirecionar as frustrações dos críticos que querem sua substituição, incluindo o prefeito de Manchester, Andy Burnham.
Mas a batalha é difícil.
Starmer e sua ministra das Finanças, Rachel Reeves, estão sob pressão dentro do partido para aumentar os gastos e relaxar as regras fiscais autoimpostas, que visam equilibrar as despesas com a receita tributária até 2029. Mas espera-se que o governo aumente os impostos em um orçamento em 26 de novembro para aderir às regras.
"O orçamento é um ponto absolutamente crítico para sabermos se a direção vai mudar", disse Sharon Graham, chefe do Unite, um dos maiores sindicatos do Reino Unido.
"Deveríamos parar de enrolar e fazer isso (mudar as regras fiscais). Se esse orçamento for essencialmente nada... Acho que temos um problema real nas mãos, porque sem o dinheiro para fazer a mudança, nada vai mudar."
STARMER CRITICADO À ESQUERDA E À DIREITA
Mas enquanto os membros do partido de esquerda criticam Starmer por não conseguir melhorar os padrões de vida como prometeu na eleição do ano passado, os centristas temem que os mercados possam punir o governo se ele elevar os gastos.
A política central do Reform UK é restringir a imigração, uma das principais preocupações dos eleitores.
Starmer voltou seu fogo contra o grupo de Farage.
"Uma coisa é dizer que vamos remover imigrantes ilegais, pessoas que não têm o direito de estar aqui. Eu concordo com isso", disse.
"É algo completamente diferente dizer que vamos abordar pessoas que estão legalmente aqui e começar a removê-las... Eu acho que é uma política racista, eu acho que é imoral."
De acordo com a empresa de pesquisas Ipsos, apenas 13% dos eleitores estão satisfeitos com Starmer, enquanto 79% estão insatisfeitos -- a pior pontuação de qualquer primeiro-ministro desde que os dados começaram a ser coletados, em 1977.
Starmer disse que não estava simplesmente ignorando as críticas e que seria julgado por três coisas: melhoria nos padrões de vida, melhores serviços públicos e se as pessoas se sentiam seguras em suas casas.
(Reportagem de Elizabeth Piper e Andrew MacAskill)

Leonardo Lucena

Primeiro-ministro britânico, Keir Starmer 

original

1250x600

610x380

1280x490

300x400

500x240

321x200

square

360x640

320x320

3000x1800

thumbnail

viewImage

Mundo

Starmer pede que Partido Trabalhista do Reino Unido se una na "luta de nossas vidas"

247 - O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, do Partido Trabalhista, derrotou neste sábado (3) o conservador Peter Dutton, do Partido Liberal, ex-policial conhecido por sua retórica linha-dura e admirador do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a quem já chamou de “um grande pensador”.
“Obrigado ao povo da Austrália pela oportunidade de continuar servindo ao melhor país do mundo. Nesta época de incerteza global, os australianos escolheram o otimismo e a determinação”, disse Albanese à multidão em uma festa de campanha em Sidney.
Com o resultado, Albanese foi o primeiro premiê a vencer eleições consecutivas em mais de 20 anos na Austrália. Previsões oficiais indicaram que os trabalhistas devem ter cerca de 85 das 150 cadeiras da Câmara Baixa.
O premiê australiano reforçou que tocará uma agenda com foco em propostas como energias renováveis, combate à crise da moradia e mais investimentos no sistema público de saúde.

Partido Trabalhista derrota conservador alinhado a Trump na Austrália

247 - Em uma vitória histórica para o Partido Trabalhista australiano, o primeiro-ministro Anthony Albanese garantiu neste sábado (3) um segundo mandato consecutivo de três anos, algo que não ocorria há 21 anos no país. A informação foi divulgada inicialmente pela agência Australian Broadcasting Corporation (ABC) - e repercutida pelas agências The Associated Press e Reuters - que também projetou o novo mapa político da Câmara dos Representantes com base nos dados da Comissão Eleitoral Australiana.
O líder da oposição, Peter Dutton, reconheceu a derrota na noite da eleição e declarou: “nós não fizemos o suficiente durante esta campanha, isso está claro nesta noite, e eu assumo total responsabilidade por isso". Em seguida, afirmou ter ligado para Albanese para parabenizá-lo: “é uma ocasião histórica para o Partido Trabalhista e nós reconhecemos isso".
De acordo com as projeções oficiais, o Partido Trabalhista, de centro-esquerda, conquistou 70 cadeiras na Câmara Baixa do Parlamento, composta por 150 assentos. A coalizão conservadora da oposição ficou com apenas 24, enquanto partidos menores e candidatos independentes devem ocupar 13 cadeiras. O respeitado analista Antony Green, da ABC, estimou que os trabalhistas devem alcançar ao menos 76 cadeiras, o número necessário para formar maioria absoluta, enquanto a oposição não teria sequer margem para tentar um governo minoritário.
Discurso de vitória e foco em “valores australianos” - Em seu discurso de vitória, Albanese celebrou o resultado como uma afirmação do povo australiano diante de tempos difíceis. “Neste momento de incerteza global, os australianos escolheram otimismo e determinação”, afirmou o premiê, que acrescentou: “nosso governo escolherá o caminho australiano porque temos orgulho de quem somos... Não buscamos inspiração no exterior. Encontramos aqui, em nossos valores e em nosso povo".
Albanese agradeceu à população pela renovação de seu mandato: “servir como seu primeiro-ministro é a maior honra da minha vida. É com um profundo senso de humildade e responsabilidade que digo obrigado ao povo da Austrália pela oportunidade de continuar a servir à melhor nação da Terra".
Ele também ressaltou os princípios que guiarão sua administração: “hoje, o povo australiano votou por valores australianos. Por justiça, aspiração e oportunidade para todos. Pela força de mostrar coragem na adversidade e bondade com os que precisam. E os australianos votaram por um futuro fiel a esses valores, construído com tudo o que nos une como nação e nos diferencia do mundo".
Crise do custo de vida e disputa sobre política energética - A eleição foi marcada por um debate acalorado sobre inflação e crise no custo de vida. Ambas as campanhas reconheceram o impacto do cenário econômico, com destaque para o dado alarmante da Foodbank Australia: em 2024, cerca de 3,4 milhões de lares — em um país de 27 milhões de habitantes — enfrentaram insegurança alimentar.
A taxa básica de juros, reduzida pelo banco central em fevereiro para 4,1%, deve sofrer novo corte em maio, como forma de estimular investimentos em meio à instabilidade provocada pelas políticas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
No campo energético, enquanto os trabalhistas apostam na ampliação das fontes renováveis, como energia solar e eólica, a coalizão de Dutton defende o uso crescente de energia nuclear como forma de conter o custo da eletricidade. O Partido Trabalhista acusou os conservadores de imitarem políticas de inspiração trumpista, chamando Dutton de “DOGE-y Dutton” — um trocadilho pejorativo com seu nome e a criptomoeda Dogecoin. Para os trabalhistas, a oposição pretende “importar” um modelo de cortes radicais em serviços públicos para bancar seus planos energéticos.
Em sua resposta, Albanese criticou esse tipo de abordagem: “vimos a tentativa de implantar aqui um estilo de política americano, de divisão e de colocar os australianos uns contra os outros, e acho que isso não é o jeito australiano".
Nova composição parlamentar pode exigir negociação - Antes da eleição, os trabalhistas detinham uma estreita maioria de 78 assentos em uma câmara com 151 cadeiras. Agora, com a redistribuição do número total para 150, a perda de mais de duas cadeiras poderia forçar a formação de um governo minoritário, a depender do apoio de parlamentares independentes.
Nos últimos cem anos, apenas em duas ocasiões o país teve governos minoritários — a mais recente em 2010, e a anterior durante a Segunda Guerra Mundial. Em 2010, foram necessários 17 dias de negociação até que independentes decidissem apoiar a formação de um governo trabalhista.
Concessão e reconhecimento da oposição - Apesar da derrota contundente, Dutton manteve o tom institucional e reconheceu o gesto do adversário: “agradeço a Peter por suas palavras generosas ao final de uma campanha muito disputada e quero aproveitar esta oportunidade para lhe desejar o melhor no futuro”, afirmou Albanese.
Geração em transição e apelo à juventude - Outro fator decisivo nesta eleição foi a mudança demográfica: pela primeira vez, os Baby Boomers, nascidos entre o pós-guerra e 1964, foram superados em número pelos eleitores mais jovens. Os dois campos apresentaram propostas voltadas à juventude, com foco especial em facilitar o acesso à casa própria em um mercado imobiliário cada vez mais inacessível.

Guilherme Levorato

Albanese conquista reeleição e lidera primeiro governo trabalhista consecutivo em duas décadas na Austrália

247 – Com o encerramento da votação na costa leste da Austrália, os primeiros sinais indicam que o primeiro-ministro Anthony Albanese e seu Partido Trabalhista devem garantir um novo mandato nas eleições federais de 2025. A <a href="https://www.reuters.com/world/asia-pacific/australians-head-polls-with-their-sights-trump-living-costs-2025-05-02/">informação é da agência Reuters</a>, que acompanha em tempo real a apuração dos votos no país.
O pleito ocorre em um momento crucial para a política australiana, com temas como mudanças climáticas, habitação e crescimento econômico dominando o debate público. Segundo as últimas pesquisas de intenção de voto antes da abertura das urnas, os trabalhistas mantinham uma liderança confortável sobre a coalizão liberal-nacional, que tenta retornar ao poder após a derrota em 2022.
Anthony Albanese, que assumiu o cargo em 2022 após anos de oposição, buscou consolidar sua imagem como um líder moderado e focado em políticas sociais e ambientais. Durante seu primeiro mandato, o governo enfrentou desafios como a alta do custo de vida e eventos climáticos extremos, que reacenderam a discussão sobre a transição energética no país.
A votação, que cobre três fusos horários, teve início ainda na sexta-feira à noite no horário de Brasília e se estende por todo o território australiano até o fechamento das urnas no oeste do país. Os resultados finais são esperados nas próximas horas, com a apuração concentrada nas zonas mais populosas como Sydney e Melbourne.
O processo eleitoral na Austrália é marcado pelo voto obrigatório e pela preferência dos eleitores por partidos de centro, o que torna a reeleição de Albanese um indicativo de aprovação moderada à condução do governo. A expectativa agora se volta para a composição do Parlamento e a margem de apoio que o primeiro-ministro poderá reunir para o novo mandato.

Redação Brasil 247

Na Austrália, é permitido votar em trajes de banho

Austrália vota sob expectativa de reeleição de Anthony Albanese

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta segunda-feira (22), no Palácio do Planalto, o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. Durante a conversa de aproximadamente 45 minutos, eles discutiram a volta do Partido Trabalhista, partido de Blair, ao poder, após 14 anos de governos conservadores, e a importância dessa transição no cenário atual.
Lula também mencionou a reunião de governos democráticos contra o extremismo, que será organizada paralelamente à Assembleia Geral da ONU em setembro. Eles comentaram sobre as mudanças na geopolítica mundial.
O presidente destacou seu otimismo com o crescimento econômico do Brasil, que tem superado expectativas com a criação de mais de 2,5 milhões de empregos formais em 17 meses e um crescimento de 11,7% na renda, além de anunciar investimentos significativos na indústria automobilística, que planeja investir cerca de 120 bilhões de reais nos próximos anos.
Eles também falaram sobre os trabalhos do G20 e as agendas promovidas pelo Brasil, como a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a taxação de super-ricos, a presidência brasileira dos BRICS e a organização da COP30 em Belém, no próximo ano. Lula e Blair já haviam se reunido em setembro do ano passado, no Palácio do Planalto, focando na ocasião em questões políticas globais e na luta contra as mudanças climáticas.

Brasil

Lula e Tony Blair conversam sobre retorno dos trabalhistas no Reino Unido

Reuters - O novo primeiro-ministro, Keir Starmer, disse que a Grã-Bretanha precisa redescobrir sua identidade e passar por uma redefinição mais ampla, em suas primeiras palavras fora de seu novo escritório no número 10 da Downing Street, prometendo lutar para restaurar a confiança na política e servir a todos os eleitores.
Recebido na Downing Street por uma grande multidão de assessores e apoiadores aplaudindo após aceitar formalmente o convite do Rei para se tornar primeiro-ministro, o primeiro discurso de Starmer defendeu uma política moderada para reparar a confiança quebrada dos eleitores.
"É certamente claro para todos que nosso país precisa de uma redefinição maior, uma redescoberta de quem somos, porque, não importa quão ferozes sejam as tempestades da história, uma das maiores forças desta nação sempre foi nossa capacidade de encontrar um caminho para águas mais calmas", disse ele.
"Isso depende dos políticos, especialmente daqueles que defendem a estabilidade e a moderação, como eu".
Ele acrescentou: "meu governo lutará todos os dias até que vocês acreditem novamente. A partir de agora, vocês têm um governo desimpedido por doutrinas, guiado apenas pela determinação de servir aos seus interesses. Para desafiar silenciosamente aqueles que já descartaram nosso país".
"Vocês nos deram um mandato claro. E nós o usaremos para entregar mudanças".

"Nosso país precisa de uma redescoberta de quem somos", diz Starmer, novo primeiro-ministro do Reino Unido

247 - Após a vitória esmagadora do Partido Trabalhista, de centro-esquerda, nas eleições do Reino Unido, o presidente Lula (PT) cumprimentou o líder da legenda, Keir Starmer, pelo X, antigo Twitter. Starmer é o novo primeiro-ministro britânico.
"Quero saudar Keir Starmer, novo primeiro-ministro eleito do Reino Unido pelo Partido Trabalhista. Desejo um ótimo mandato. Conte com o Brasil para o fortalecimento dos laços diplomáticos entre nossos países, o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento da democracia", publicou Lula.
Mais cedo, Rishi Sunak renunciou ao cargo de primeiro-ministro britânico, anunciando que se encontraria com o Rei Charles nesta sexta-feira (5) para formalizar sua saída.&nbsp;
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Quero saudar <a href="https://twitter.com/Keir_Starmer?ref_src=twsrc%5Etfw">@Keir_Starmer</a>, novo primeiro ministro eleito do Reino Unido pelo Partido Trabalhista. Desejo um ótimo mandato. Conte com o Brasil para o fortalecimento dos laços diplomáticos entre nossos países, o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento da democracia. 🇧🇷🇬🇧… <a href="https://t.co/lQLtKrXfsB">pic.twitter.com/lQLtKrXfsB</a>&mdash; Lula (@LulaOficial) <a href="https://twitter.com/LulaOficial/status/1809181458637914337?ref_src=twsrc%5Etfw">July 5, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Lula cumprimenta Keir Starmer pela vitória do Partido Trabalhista no Reino Unido

Reuters - Rishi Sunak, o primeiro-ministro britânico, anunciou que se encontrará com o Rei Charles nesta sexta-feira para formalizar sua renúncia como primeiro-ministro. Ele também deixará o cargo de líder do Partido Conservador, derrotado nas eleições, após a vitória esmagadora do Partido Trabalhista de Keir Starmer.
“Eu dei o meu melhor neste trabalho, mas vocês enviaram um sinal claro de que o governo do Reino Unido deve mudar, e o seu julgamento é o único que importa,” disse Sunak em um discurso aos eleitores em frente ao gabinete do primeiro-ministro em Downing Street.
“Eu ouvi sua raiva, sua decepção, e assumo a responsabilidade por esta derrota. A todos os candidatos e apoiadores conservadores que trabalharam incansavelmente, mas sem sucesso, lamento que não pudemos entregar o que seus esforços mereciam".

Rishi Sunak ladeado por sua esposa, Akshata Murty

Sunak renuncia ao cargo de primeiro-ministro do Reino Unido

247 - O Partido Trabalhista, de centro-esquerda, confirmou a vitória esmagadora nas eleições para o Parlamento britânico depois de 14 anos. A legenda ultrapassou o mínimo necessário de assentos para compor a maioria durante a madrugada desta sexta-feira (5).
Os Trabalhistas garantiram a maioria parlamentar, com 326 assentos e poderão indicar o próximo primeiro-ministro — que muito provavelmente será o líder Keir Starmer. A apuração completa da votação ainda está em andamento.
De acordo com a C<a href="https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/partido-trabalhista-tem-vitoria-historica-e-reino-unido-tera-novo-primeiro-ministro/">NN Brasil,</a> o líder Trabalhista disse que o país está “pronto para a mudança” depois de conquistar o seu assento no Parlamento do Reino Unido, pelo norte de Londres.
“Eu prometo o seguinte: quer você tenha votado em mim ou não, servirei todas as pessoas neste distrito eleitoral”, disse Starmer.
O primeiro-ministro e líder do Partido Conservador, Rishi Sunak, admitiu a derrota, dizendo às pessoas na contagem do seu assento: “Sinto muito”.

Eleições no Reino Unido: Partido Trabalhista vence com maioria esmagadora e retorna ao poder após 14 anos

(Reuters) - Keir Starmer será o próximo primeiro-ministro do Reino Unido, já que seu Partido Trabalhista deverá conquistar uma maioria esmagadora na eleição parlamentar desta quinta-feira, segundo uma pesquisa de boca de urna, enquanto os conservadores do atual premiê, Rishi Sunak, deverão sofrer perdas históricas.
A pesquisa mostrou que os trabalhistas conquistarão 410 cadeiras no Parlamento de 650 lugares, pondo fim a 14 anos de governo liderado pelos conservadores.
A previsão é de que o partido de Sunak conquistará apenas 131 cadeiras, ante as 346 que tinha quando o Parlamento foi dissolvido, já que os eleitores estavam punindo os conservadores por uma crise de custo de vida e anos de instabilidade e brigas internas, que resultaram em cinco primeiros-ministros diferentes desde 2016.
Nas últimas seis eleições nacionais, apenas uma pesquisa de boca de urna errou o resultado -- em 2015, quando a pesquisa previu um Parlamento indefinido quando, na verdade, os conservadores obtiveram a maioria. Os resultados oficiais serão divulgados nas próximas horas.

Partido Trabalhista britânico terá vitória esmagadora, mostra pesquisa de boca de urna no Reino Unido

247 - O Financial Times, um dos principais jornais sobre negócios e economia do mundo, declarou apoio ao Partido Trabalhista nas eleições gerais do Reino Unido. &nbsp;Em um editorial intitulado “Grã-Bretanha precisa de um novo começo”, o folhetim afirmou que os conservadores chegaram ao “fim da linha” e os trabalhistas “devem ter a chance de governar” o país.
O Partido Trabalhista é favorito para vencer as próximas eleições parlamentares do Reino Unido. As eleições gerais para o Parlamento do Reino Unido serão realizadas em 4 de julho. No início de maio, o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak admitiu pela primeira vez que o Partido Conservador poderia ser derrotado nas próximas eleições.
O anúncio surge após a derrota dos Conservadores nas eleições locais, que os viu perder quase metade dos seus assentos nos conselhos regionais. Mais tarde, o primeiro-ministro expressou confiança de que o partido Conservador tem hipóteses de vencer.
O Reino Unido adota um sistema parlamentar de eleições, onde os eleitores votam apenas para escolher seus representantes parlamentares, não um presidente. O país é dividido em 650 distritos eleitorais, cada um elegendo um parlamentar para representá-lo.
O líder do partido que obtiver a maioria no Parlamento é convidado pelo rei Charles III a formar o novo governo, tornando-se o primeiro-ministro, que lidera o governo britânico.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">🇬🇧 ATENÇÃO: Financial Times, um dos principais jornais sobre negócios e economia do mundo, declara apoio ao Partido Trabalhista nas eleições gerais do Reino Unido. Em um editorial intitulado “Grã-Bretanha precisa de um novo começo”, FT afirmou que os conservadores chegaram ao… <a href="https://t.co/4IJG9hB8dP">pic.twitter.com/4IJG9hB8dP</a>&mdash; Eixo Político (@eixopolitico) <a href="https://twitter.com/eixopolitico/status/1807575078273491187?ref_src=twsrc%5Etfw">July 1, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Bandeira do Reino Unido é vista à frente do Parlamento Britânico

Jornal "Financial Times" declara apoio ao Partido Trabalhista nas eleições gerais do Reino Unido

Londres, 15 de junho (Reuters) – Três pesquisas de opinião britânicas divulgadas no sábado à noite apresentaram um cenário desanimador para o Partido Conservador do Primeiro-Ministro Rishi Sunak, com um dos institutos de pesquisa alertando que o partido enfrenta uma "extinção eleitoral" nas eleições de 4 de julho.
As pesquisas foram divulgadas pouco mais da metade da campanha eleitoral, após uma semana em que tanto os Conservadores quanto os Trabalhistas apresentaram seus manifestos, e pouco antes dos eleitores começarem a receber as cédulas de votação por correio.
Sunak surpreendeu muitos em seu próprio partido ao anunciar uma eleição antecipada em 22 de maio, contra as expectativas generalizadas de que ele esperaria até mais tarde no ano para permitir mais tempo para a recuperação dos padrões de vida após a maior inflação em 40 anos.
A empresa de pesquisa de mercado Savanta encontrou 46% de apoio para o Partido Trabalhista de Keir Starmer, um aumento de 2 pontos em relação à pesquisa anterior realizada cinco dias antes, enquanto o apoio aos Conservadores caiu 4 pontos, para 21%. A pesquisa foi conduzida de 12 a 14 de junho para o Sunday Telegraph.
A vantagem de 25 pontos dos Trabalhistas foi a maior desde o governo da predecessora de Sunak, Liz Truss, cujos planos de corte de impostos levaram os investidores a vender títulos do governo britânico, aumentando as taxas de juros e forçando uma intervenção do Banco da Inglaterra.
“Nossa pesquisa sugere que esta eleição pode ser nada menos do que uma extinção eleitoral para o Partido Conservador”, disse Chris Hopkins, diretor de pesquisa política da Savanta.
Uma pesquisa separada da Survation, publicada pelo Sunday Times, previu que os Conservadores poderiam acabar com apenas 72 assentos na Câmara dos Comuns, que tem 650 membros – o menor número em seus quase 200 anos de história – enquanto os Trabalhistas ganhariam 456 assentos. A pesquisa foi conduzida de 31 de maio a 13 de junho.
Em termos percentuais, a pesquisa da Survation tinha os Trabalhistas com 40% e os Conservadores com 24%, enquanto o partido Reform UK de Nigel Farage – um desafiante de direita aos Conservadores – estava com 12%.
Uma terceira pesquisa, da Opinium para o Observer, também mostrou os Trabalhistas com 40%, os Conservadores com 23% e o Reform UK com 14%, com os dois maiores partidos perdendo terreno para rivais menores.

Tudo sobre partido-trabalhista