Londres, 15 de junho (Reuters) – Três pesquisas de opinião britânicas divulgadas no sábado à noite apresentaram um cenário desanimador para o Partido Conservador do Primeiro-Ministro Rishi Sunak, com um dos institutos de pesquisa alertando que o partido enfrenta uma "extinção eleitoral" nas eleições de 4 de julho.
As pesquisas foram divulgadas pouco mais da metade da campanha eleitoral, após uma semana em que tanto os Conservadores quanto os Trabalhistas apresentaram seus manifestos, e pouco antes dos eleitores começarem a receber as cédulas de votação por correio.
Sunak surpreendeu muitos em seu próprio partido ao anunciar uma eleição antecipada em 22 de maio, contra as expectativas generalizadas de que ele esperaria até mais tarde no ano para permitir mais tempo para a recuperação dos padrões de vida após a maior inflação em 40 anos.
A empresa de pesquisa de mercado Savanta encontrou 46% de apoio para o Partido Trabalhista de Keir Starmer, um aumento de 2 pontos em relação à pesquisa anterior realizada cinco dias antes, enquanto o apoio aos Conservadores caiu 4 pontos, para 21%. A pesquisa foi conduzida de 12 a 14 de junho para o Sunday Telegraph.
A vantagem de 25 pontos dos Trabalhistas foi a maior desde o governo da predecessora de Sunak, Liz Truss, cujos planos de corte de impostos levaram os investidores a vender títulos do governo britânico, aumentando as taxas de juros e forçando uma intervenção do Banco da Inglaterra.
“Nossa pesquisa sugere que esta eleição pode ser nada menos do que uma extinção eleitoral para o Partido Conservador”, disse Chris Hopkins, diretor de pesquisa política da Savanta.
Uma pesquisa separada da Survation, publicada pelo Sunday Times, previu que os Conservadores poderiam acabar com apenas 72 assentos na Câmara dos Comuns, que tem 650 membros – o menor número em seus quase 200 anos de história – enquanto os Trabalhistas ganhariam 456 assentos. A pesquisa foi conduzida de 31 de maio a 13 de junho.
Em termos percentuais, a pesquisa da Survation tinha os Trabalhistas com 40% e os Conservadores com 24%, enquanto o partido Reform UK de Nigel Farage – um desafiante de direita aos Conservadores – estava com 12%.
Uma terceira pesquisa, da Opinium para o Observer, também mostrou os Trabalhistas com 40%, os Conservadores com 23% e o Reform UK com 14%, com os dois maiores partidos perdendo terreno para rivais menores.

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