(Reuters) – Os Jogos de Paris 2024 chegaram ao fim como começaram, com chuva, mas em meio a uma atmosfera festiva com uma festa eletrônica no Stade de France para encerrar as Paralimpíadas neste domingo.
Cerca de 24 DJs franceses, incluindo o pioneiro da música eletrônica Jean-Michel Jarre, além de Cassius, tocaram na parte final do evento.
Antes, as 169 delegações desfilaram ao som de clássicos franceses, que animaram o público a cantar junto.
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, entregou a bandeira paralímpica ao presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Andrew Parsons, que a passou à prefeita de Los Angeles, Karen Bass – a primeira mulher negra a receber a bandeira paralímpica durante a cerimônia de encerramento.
O hino nacional dos Estados Unidos foi interpretado por Ali Stroker.
"Ninguém quer que esses Jogos cheguem ao fim", disse Tony Estanguet, presidente de Paris 2024, enquanto Paris passa o bastão para Los Angeles, sede dos próximos Jogos de Verão.
"Batemos muitos recordes, então hoje à noite vamos bater mais um. Peço que vocês deem aos atletas paralímpicos a ovação mais longa, mais alta e mais maluca que eles já receberam", acrescentou ele, sob aplausos ensurdecedores dos 64.000 espectadores, em forte contraste com as vaias ao presidente francês, Emmanuel Macron.
Estanguet também pediu aos espectadores e telespectadores que não se esquecessem "deste verão em que a França estava feliz."
A pira olímpica, que deveria ser erguida no céu em um balão de ar quente uma última vez no Jardim das Tulherias, perto do Museu do Louvre, foi impedida pela chuva, antes de a chama ser apagada, a única nota triste da noite.

Paralimpíadas de Paris 2024 - Cerimônia de Encerramento - Paris, França - 8 de setembro de 2024 

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Esporte

Encerramento dos Jogos de Paris tem vaias a Macron, festa de música eletrônica e chuva

247 - O presidente Lula parabenizou neste domingo (8) os paratletas brasileiros, que, nos Jogos de Paris 2024, conquistaram seu recorde de medalhas na história de uma edição de Jogos Paralímpicos, com 89 pódios.&nbsp;
O presidente destacou que o Brasil alcançou o quinto lugar no ranking geral de medalhas e elogiou o desempenho dos atletas.&nbsp;
"O Brasil fez história em mais uma Paralimpíadas. Nossos e nossas atletas conquistaram 89 medalhas, ficando no top 5 no ranking. Foi a melhor campanha até agora: 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze. Meus parabéns aos nossos esportistas que deram um show. Viva os nossos paratletas", escreveu Lula na rede social Instagram.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro com Atletas Paralímpicos e Olímpicos, no Palácio do Planalto, em Brasília - DF

Lula parabeniza paratletas brasileiros por campanha histórica nas Paralimpíadas de Paris

Por Tatiana Alves, repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro
O Brasil atingiu seu recorde de medalhas na história de uma edição de Jogos Paralímpicos: 89 pódios em Paris 2024, superando os 72 conquistados nos jogos Rio 2016 e em Tóquio 2020. São 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze. Com isso, o país se consolida entre as cinco maiores potências em Jogos Paralímpicos.
Nesse último dia da competição, a halterofilista carioca Tayana Medeiros levantou 156 quilos e conquistou o ouro da categoria até 86 quilos nos Jogos Paralímpicos de Paris, com direito a recorde paralímpico.
Já a Paracanoagem teve uma dobradinha histórica nos Jogos neste domingo: Fernando Rufino conquistou o bicampeonato, enquanto Igor Tofalini faturou a medalha de prata. É a primeira vez na história que ocorre uma dobradinha em Paralimpíadas numa prova masculina da modalidade que usa tronco e braços na remada.
No sábado, a acreana Jerusa Geber deu mais uma demonstração de que, aos 42 anos de idade, vive o ápice de sua carreira esportiva. Conquistou mais uma medalha de ouro no atletismo nos 200 metros classe T11, destinada a deficientes visuais, com o tempo de 24s51, igualando o recorde paralímpico da britânica Libby Clegg nos Jogos Rio 2016.
Outra conquista brasileira no atletismo no sábado foi o bronze que o paulista Thomaz Ruan alcançou na prova dos 400 metros classe T47, para amputados de braço. Ele conseguiu o tempo de 47s97, ficando atrás somente de dois marroquinos, Ayoub Sadni, prata com 47s16, e Aymane El Haddaoui, ouro com 46s65.
O Brasil conta com uma delegação de 280 atletas, que representaram o país em 20 das 22 modalidades da competição.
A primeira edição dos Jogos Paralímpicos aconteceu em 1960, em Roma. O Brasil ganhou sua primeira medalha em Jogos Paralímpicos em 1976, uma prata, em Toronto, na modalidade Lawn Bowls, um esporte semelhante à bocha.

Delegação brasileira na Cerimônia de Abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris

Brasil bate recordes e fecha Paralimpíada em quinto lugar no quadro de medalhas

247 - O Brasil alcançou neste sábado (7) sua melhor campanha na história dos Jogos Paralímpicos, superando marcas anteriores em número de medalhas, pódios e ouros. Com um total de 86 medalhas, sendo 23 de ouro, o país garantiu seu lugar entre as seis melhores nações do mundo no quadro geral. O destaque foi o desempenho no judô, com a conquista de oito medalhas, incluindo quatro ouros, o que garantiu ao Brasil a primeira colocação no quadro de medalhas da modalidade.
A participação das mulheres também foi fundamental, representando mais da metade das medalhas brasileiras, com 12 ouros femininos entre as conquistas. Além disso, o país garantiu pódios em 12 das 20 modalidades em que competiu, com estreias marcantes no badminton, tiro esportivo e triatlo. O programa Bolsa Atleta, presente em todas as conquistas, foi essencial para o sucesso dos atletas brasileiros, que competiram em Paris com apoio direto do governo federal.
Entre os atletas que brilharam, destacam-se Wilians Araújo e Arthur Silva, que conquistaram o ouro no judô, além de Rayane Soares e Jerusa Geber, que se sagraram campeãs no atletismo. O desempenho excepcional do Brasil nos Jogos de Paris consolida o país como uma potência no esporte paralímpico, com um futuro promissor pela frente.

Brasil alcança melhor campanha de sua história nos Jogos Paralímpicos

247 - O Brasil garantiu mais cinco pódios nesta quinta-feira nos Jogos Paralímpicos de Paris, com três medalhas de prata na natação e dois bronzes, no judô e no goalball masculino. A nadadora Carol Santiago se despediu da competição com uma prata nos 100m peito, somando um total de cinco medalhas, sendo três ouros. O catarinense Talisson Glock e a potiguar Cecília Araújo também conquistaram pratas nas suas provas de natação. No judô, Rosicleide Andrade garantiu um bronze na categoria até 48kg, enquanto a seleção masculina de goalball venceu a China e também levou o bronze.
Com esses resultados, o Brasil alcançou 62 medalhas no total, com 15 ouros, 18 pratas e 29 bronzes, ocupando a oitava colocação no quadro geral de medalhas. A delegação brasileira ainda tem três dias para tentar superar o desempenho histórico de 72 medalhas conquistadas em Tóquio 2021. No futebol de cegos, a seleção brasileira sofreu uma derrota nos pênaltis para a Argentina, sendo eliminada da final pela primeira vez desde 2004, mas ainda disputará a medalha de bronze contra a Colômbia.
O programa Bolsa Atleta foi um fator crucial para o sucesso da delegação brasileira, com 97,8% dos atletas brasileiros em Paris sendo beneficiados pelo programa. O apoio garantiu o desenvolvimento de atletas como Carol Santiago e Talisson Glock, que continuam a representar o Brasil no cenário internacional com excelência.

04.09.24 -  MARIA CAROLINA SANTIAGO - Jogos Paralímpicos Paris 2024 - Prova de Natação na Arena La Defense, em Paris 

Brasil soma cinco novos pódios nos Jogos Paralímpicos de Paris

247 - O Brasil teve um desempenho histórico nesta segunda-feira (2) durante os Jogos Paralímpicos de Paris, alcançando 11 pódios, com quatro ouros, quatro pratas e três bronzes. Entre os destaques, Claudiney Batista conquistou o tricampeonato no lançamento de disco, enquanto Beth Gomes brilhou com ouro e recorde mundial no lançamento de disco, além de uma prata na prova de arremesso de peso, mesmo competindo em uma classe acima da sua.
Nas piscinas, Gabriel Araújo e Carol Santiago continuaram a impressionar. Gabrielzinho, como é conhecido, conquistou seu terceiro ouro em Paris, desta vez nos 200m livre da classe S2, enquanto Carol Santiago se tornou a mulher brasileira com mais ouros na história dos Jogos Paralímpicos, totalizando cinco após vencer os 50m livre na classe S13. Além disso, as irmãs Débora e Beatriz Carneiro garantiram prata e bronze nos 100m peito da classe SB14.
Em modalidades coletivas, o Brasil continuou sua trajetória vitoriosa. A seleção masculina de goalball avançou para a semifinal após uma vitória dominante sobre o Egito, enquanto a seleção feminina de vôlei sentado manteve 100% de aproveitamento na fase de grupos. No futebol de cegos, o Brasil venceu a França por 3 a 0, reforçando sua busca pelo sexto título paralímpico consecutivo.
Além das conquistas individuais e coletivas, o Brasil celebrou a prata inédita no triatlo com Ronan Cordeiro e o bronze histórico de Vitor Tavares no badminton. Essas vitórias reafirmam a força e a diversidade da delegação brasileira, que segue firme na competição, agora ocupando a quarta posição no quadro geral de medalhas.
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Gabrielzinho: quatro provas, três ouros e um carisma que conquistou Paris

Brasil faz história com quatro ouros e recordes nos Jogos Paralímpicos de Paris

<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2024-09/alexandre-galgani-ganha-medalha-inedita-para-o-pais-no-tiro-esportivo">Agência Brasil</a> - Potência no esporte paralímpico, o Brasil tem histórico vencedor em muitas modalidades. Porém, neste domingo (1º), viveu algo inédito. Nos Jogos Paralímpicos de Paris, enfim, veio a primeira medalha do tiro esportivo brasileiro, obra de Alexandre Galgani, que foi prata na prova R5 carabina de ar 10 metros posição deitado misto. Galgani é atleta da classe SH2, para atiradores de carabina que necessitam de suporte para a arma.
O paulista de 41 anos somou 254,2 pontos, ficando atrás do francês Tanguy de la Forest (255,4). O japonês Mika Mizuta completou o pódio, com 232,1 pontos.
O tiro esportivo faz parte do programa paralímpico desde os Jogos de Toronto, em 1976. No entanto, em Paris, o Brasil faz apenas sua sexta participação na modalidade na história.
Alexandre Galgani, que entrou para o esporte em 2013, está em sua terceira edição de Jogos Paralímpicos na carreira.

Alexandre Galgani ganha medalha inédita para o país no tiro esportivo

<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2024-09/gabrielzinho-bate-recorde-em-eliminatoria-da-natacao-na-paralimpiada">Agência Brasil</a> - Na manhã deste domingo (1º) em Paris, o nadador Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, mostrou que não está mesmo para brincadeira nestes Jogos Paralímpicos. Já vencedor de dois ouros nas piscinas parisienses, ele nadou a eliminatória dos 150 metros medley com atletas das classes S1, S2 e S3 (variados graus de comprometimento físico-motor) e, mesmo ainda não valendo medalha, registrou o novo recorde mundial da classe S2, com o tempo de 3min15s06. Ele baixou a própria marca anterior em quase nove segundos (3min23s83).
"O recorde era a ideia, mas com esse tempo jamais, foi bastante forte. Vamos ver o que acontece a tarde", disse Gabrielzinho, em referência à final, programada para as 14h20 (horário de Brasília). A declaração foi dada ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Vale lembrar que nesta prova o brasileiro, que geralmente compete pela S2, enfrenta atletas da S3, com limitações menos severas que as dele. Por este motivo, mesmo batendo um recorde da própria classe, Gabriel passou com a quarta melhor marca no geral nas eliminatórias.
Neste domingo, o Brasil estará em mais cinco finais. Na agenda, o primeiro a cair na água para buscar uma medalha é Phelipe Rodrigues. O nadador - maior medalhista paralímpico do país em atividade - tenta seu décimo pódio na carreira a partir das 12h44, na final dos 100 metros livre classe S10, para atletas com comprometimento físico e motor mais leve. Phelipe, que tem duas pratas e um bronze nesta prova em Paralimpíadas passadas, passou com o terceiro melhor tempo nas classificatórias (53s29).
Às 14h10, Lídia Cruz e Patrícia Pereira nadam a final dos 150 metros medley na classe SM4, para atletas com deficiência física moderada. Lídia fez o quarto melhor tempo das eliminatórias e Patrícia, o sexto.
Às 14h47, Roberto Rodriguez faz a final dos 100 metros peito SB5, para atletas com nível de comprometimento físico e motor um pouco menor que os da S4. Às 14h55, Laila Suzigan disputa a mesma prova entre as mulheres.
Fechando a programação do domingo, às 15h19, o Brasil estará representado no revezamento 4x100 metros livre da classe S14, para atletas com deficiência intelectual. Os adversários serão Hong Kong, Grã-Bretanha, Austrália e Japão. Em Tóquio, o Brasil levou o bronze nesta prova.

Gabrielzinho bate recorde em eliminatória da natação na Paralimpíada

<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2024-08/gabrielzinho-domina-os-50m-costas-e-leva-mais-um-ouro-na-natacao">Agência Brasil </a>- O roteiro foi parecido com o dos 100 metros, dois dias atrás. Neste sábado (31), em sua segunda prova nos Jogos Paralímpicos de Paris, o mineiro Gabriel Araújo, o Gabrielzinho não deu chances aos adversários nos 50 metros costas classe S2 (atletas com elevado nível de limitação físico-motora) e garantiu sua segunda medalha de ouro na França.
Agora, o atleta de apenas 22 anos já soma cinco medalhas paralímpicas na carreira, três douradas e duas de prata. Nos 50 costas, ele agora é bicampeão paralímpico.
Mesmo sendo uma prova com apenas uma volta na piscina, Gabrielzinho abriu grande vantagem logo de cara e só foi abrindo cada vez mais. Ele fechou os 50 metros em 50s93, melhor marca pessoal e recorde das Américas. O segundo colocado, o russo Vladimir Danilenko, que compete sob bandeira neutra, chegou mais de seis segundos depois (57s54). O terceiro colocado, o chileno Alberto Caroly Abarza Díaz, fechou com 58s12.
Gabrielzinho, responsável por quase um terço dos sete ouros do Brasil em Paris até o momento, ainda compete em outras três provas nas piscinas da Arena La Defense. Neste domingo (1), ele disputa os 150 metros medley pela classe S3, para atletas com comprometimento físico e motor um pouco menor. Na segunda (2), ele nada os 200 metros livre, de volta à S2. Por último, no dia 6, o brasileiro participa dos 50 metros livre na S3.

Gabrielzinho domina os 50m costas e leva mais um ouro na natação

247 - O brasileiro Gustavo Carneiro perdeu por 2 sets a 0, parciais de 6-4 e 7-5, para o sul-africano Sikhosana Alwande em 1h38 de confronto, nos Jogos Paralímpico de Paris. O tenista brasileiro é o número 36 do mundo e o seu adversário, o número 20 no ranking, e tem menos da metade da sua idade (51 a 24 anos). 
No Brasil, o Ministério do Esporte divulgou o guia Paris 2024 com informações sobre atletas, procedimentos e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro. Com informações sobre programas e leis de incentivo aos atletas, a cartilha apresenta dados sobre conquistas com o apoio desses investimentos, como medalhas e ascensão no ranking mundial do paradesporto.
A cartilha também explica adaptações feitas nos esportes, considerando as classificações das deficiências. As modificações variam de acordo com o esporte e nível de suporte necessário pelo atleta. No atletismo, os atletas têm a possibilidade de usarem o cordão de ligação. Na bocha, o uso de hastes, calhas e instrumentos de auxílio, além da presença de assistentes esportivos.
Nos Jogos Paralímpicos de Paris, que começaram nesta quinta-feira (29), o Brasil vai competir com a maior delegação da história em evento fora do país. Do total de 280 atletas, 274 pertencem ao programa Bolsa Atleta, 98% foram convocados.
Entres as 22 modalidades, a delegação brasileira está presente em 20 categorias, sendo: tênis de mesa, ciclismo, futebol de cegos, badminton, bocha, canoagem, esgrima, halterofilismo, hipismo, judô, goalball, natação, remo, taekwondo, tênis, tênis de mesa, tiro com arco, tiro esportivo, triatlo e vôlei sentado (com informações da Agência Brasil).

Jogos Paralímpicos de Paris-2024: Brasil estreia com derrota no tênis em cadeira de rodas

<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2024-08/julio-cesar-agripino-e-ouro-e-bate-recorde-mundial-na-corrida-dos-5-km">Agência Brasil </a>- O Brasil estreou em grande estilo no primeiro dia do atletismo na Paralimpíada de Paris com dobrandinha no pódio no Stade de France. O paulista Júlio César Agripino, nascido em Diadema, faturou a medalha de ouro, com direito a recorde mundial e paralímpico, ao concluir a prova dos 5.000 metros da classe T11 (deficiências visuais) em 14min48s85, com três segundos de vantagem sobre o japonês Kenya Karasawa (14min51s48), que ficou com a prata. O sul-matogrossense Yeltsin Jacques, arrematou o bronze, com a terceira posição (14min52s61).
<blockquote>“Estou muito feliz, é muita emoção ser campeão paralímpico e quebrar o recorde mundial. Mostra a força da periferia, comecei a treinar só tinha um campinho. Mas com muita força e determinação eu consegui vencer, sempre tem altos e baixos na vida, mas agora sou campeão paralímpico. Dedico também essa medalha para o meu avô”, disse Agripino, de 33 anos, emocionado após conquistar a primeira ouro na carreira em Jogos Paralímpicos, em depoimento ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).&nbsp;</blockquote>
Em maio, Júlio César, de 33 anos, já se destacara com a prata na mesma prova dos 5.000m no Mundial de Kobe (Japão), vencida pelo compatriota Yeltsin. Aos sete anos de idade, o paulista de Diadema foi diagnosticado com ceratocone, doença degenerativa na córnea.
<blockquote>“Sempre tive dificuldade para controlar a parte mental, me concentrar. Eu chegava bem condicionado, mas falhava na concentração. Conversei ontem com minha psicóloga, falei que estava um pouco nervoso, mas hoje acordei e pensei, vou ganhar. Ela falou que eu iria reagir bem e foi o que aconteceu”, comemorou Júlio César.</blockquote>
Recuperado de uma lesão, o sul-matogrossensse Yeltsin Jacques, campeão dos 5.000m nos Jogos de Tóquio, também festejou sua medalha de bronze.
<blockquote>“Muito feliz pelo Júlio. Eu tive uma lesão, peguei uma virose, o que acabou atrapalhando um pouco a preparação. Mas como minha esposa disse, você ou chupa o limão azedo ou faz a limonada. Estou com sentimento de missão cumprida”, disse Yeltsin, de 32 anos, que nasceu com baixa visão.</blockquote>
Recordista mundial nos 1.500m classe T11, com o tempo de &nbsp;3min57s60 – que lhe valeu o ouro nos Jogos de Tóquio – Yeltsin voltará à pista na próxima segunda-feira (2 de setembro). Ele competirá a prova classificatória dos 1.500m, assim como Júlio César Agripino, campeão mundial da prova em Kobe (Japão).
O atletismo é a modalidade que soma mais medalhas para o Brasil na história dos Jogos Paralíimpicos. O total de pódios, com o ouro e bronze conquistados nesta sexta (30), subiu pra 172 ( 49 de ouro, 70 de prata e 53 de bronze ).

Júlio César Agripino é ouro e bate recorde mundial na corrida dos 5 km

247 - Esportistas brasileiros começaram os Jogos Paralímpicos de Paris-2024 nesta quinta-feira (29), com três medalhas no primeiro dia de competições. O nadador Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, conquistou a medalha de ouro nos 100m costas da classe S2 (limitações físico-motoras) e chegou à marca de quatro medalhas olímpicas na carreira - dois ouros no 50m e 200m livre, e uma prata nos 100m costas, em Tóquio-2020.
O brasileiro acabou a prova em 1min53s67, quase dez segundos à frente de Vladimir Danilenko. O atleta russo que disputa os Jogos Paralímpicos com bandeira neutra levou a medalha de prata com tempo de 2m01s34. O chileno Alberto Diaz levou o bronze com 2m01s97.
Da natação saíram outras duas medalhas brasileiras. Nos 50m livre S10 (limitações físico-motoras) masculino, Phelipe Andrews Rodrigues ganhou a prata (23s54). A primeira posição foi do australiano Thomas Gallagher (23s40). Rowan Crothers, também da Austrália, com 23s79.
Na classe S14 (deficiência intelectual), Gabriel Bandeira conquistou a medalha de bronze nos 100m estilo borboleta (55s08), atrás do dinamarquês Alexander Hillhouse (54s61), que ficou com o ouro, e do britânico William Ellard (54,86), medalhista de prata.
No tênis de mesa, o Brasil assegurou pelo menos uma medalha de bronze. Cátia Oliveira e Joyce Olivera, da categoria de duplas femininas na classe WD5 (esportistas cadeirantes) ganharam por 3 sets a 0 de Fawzia Elshamy e Ola Soliman, do Egito. Com o resultado, as brasileiras foram para a semifinal. Se Cátia e Joyce venceram na semifinal desta sexta, as duas vão concorrer à medalha de ouro. Se forem derrotadas, levam o bronze. O tênis paralímpico garante a medalha para os semifinalistas eliminados.
No vôlei sentado feminino, a seleção brasileira ganhou de Ruanda por 3 sets a 0 (parciais de 25/13, 25/10 e 25/07). No Tiro com Arco, dois brasileiros foram para as oitavas de final: Juliana Cristina Ferreira, representante da classe W1 feminino (atletas com deficiências graves, em três ou quatro membros), e Eugênio Franco, na classe W1 masculina.
No Goalball masculino, o Brasil venceu a França por 8 a 5. No feminino, a seleção brasileira empatou com a Turquia em 3 a 3. Nas duplas mistas na classe XD 17, Bruna Alexandre e Paulo Salmin irão à próxima fase. Nas duplas masculinas da classe MD18, Luiz Filipe Manara e Claudio Massad também garantiram a vaga na próxima etapa.

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