247 - O grupo ativista pró-Palestina Palestine Action classificou como "chocante" a intenção de Londres de incluí-lo na lista de organizações terroristas, afirmando que a medida representa uma repressão ao direito de protestar. A informação é da agência Sputnik.
Nesta segunda-feira, a secretária do Interior do Reino Unido, Yvette Cooper, anunciou a intenção do governo de designar o Palestine Action como organização terrorista.
“Se for verdade, trata-se de uma tentativa chocante e perigosa de reprimir o direito das pessoas no Reino Unido de protestarem contra o genocídio contínuo de Israel em Gaza. A proposta de proscrição do Palestine Action – um grupo de ação direta comprometido com a justiça para a Palestina – é inconcebível e não deve ser permitida [...] Ao continuar fornecendo cooperação em inteligência e peças de reposição para jatos F-35 a Israel, por meio de um pool global de suprimentos, o governo do Reino Unido não está apenas sendo cúmplice – está ativamente facilitando os crimes de atrocidade em massa de Israel em Gaza”, disse o grupo em uma carta conjunta com outras seis organizações, endereçada a Cooper nesta segunda-feira.
A tentativa do governo britânico de banir o grupo ativista ocorre após um incidente na sexta-feira, em que ativistas invadiram a maior base da Força Aérea Real (RAF), em Brize Norton, Oxfordshire. Eles danificaram dois aviões-tanque Airbus Voyager com um pé de cabra e borrifaram tinta vermelha nas turbinas. O grupo afirmou que as ações foram motivadas pelos voos regulares da Força Aérea britânica entre Brize Norton e a base de Akrotiri, no Chipre, que estaria sendo utilizada em operações militares em Gaza.

Bianca Penteado

Bandeira do Reino Unido do lado de fora do Parlamento britânico em Londres

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Mundo

Palestine Action chama de ‘chocante’ intenção do governo do Reino Unido de classificar grupo como terrorista

LONDRES, 23 de junho (Reuters) - A Grã-Bretanha disse na segunda-feira que usaria leis antiterrorismo para banir a organização de campanha Palestine Action, tornando crime pertencer ao grupo depois que seus ativistas danificaram dois aviões militares britânicos em protesto contra o apoio de Londres a Israel.
A proibição colocaria o grupo pró-palestino em pé de igualdade com o Hamas, a Al-Qaeda ou o ISIS sob a lei britânica, tornando ilegal a promoção ou a filiação de qualquer pessoa. Aqueles que descumprirem a proibição podem pegar até 14 anos de prisão.
A Palestine Action tem como alvo regular sites britânicos conectados à empresa de defesa israelense Elbit Systems, bem como outras empresas britânicas ligadas a Israel, desde o início do conflito em Gaza em 2023.
Em sua ação mais recente e de maior repercussão, dois de seus membros entraram em uma base da Força Aérea Real no centro da Inglaterra na sexta-feira, pulverizando tinta nos motores da aeronave de transporte Voyager e danificando-os ainda mais com pés de cabra.
"O vergonhoso ataque a Brize Norton... é o mais recente de uma longa história de danos criminais inaceitáveis ​​cometidos pela Palestine Action", disse a Secretária do Interior (ministra do Interior) Yvette Cooper em uma declaração escrita ao parlamento.
"A iniciativa de defesa do Reino Unido é vital para a segurança nacional do país e este governo não tolerará aqueles que colocam essa segurança em risco."
Ela disse que as ações do grupo se tornaram mais agressivas e causaram milhões de libras em danos.
Segundo a lei britânica, o Ministro do Interior pode proscrever um grupo se houver suspeita de que ele cometa, incentive ou "esteja de alguma forma envolvido em terrorismo". A ordem de proibição será apresentada ao parlamento em 30 de junho e entrará em vigor se aprovada.
A Palestine Action, que afirma que a Grã-Bretanha é uma "participante ativa" no conflito em Gaza devido ao apoio militar que fornece a Israel, chamou a proibição de "uma reação descontrolada" que ela contestaria, e acusou Cooper de fazer uma série de "alegações categoricamente falsas".
"O verdadeiro crime aqui não é a tinta vermelha sendo pulverizada nesses aviões de guerra", disse em um comunicado.
Mais cedo na segunda-feira, o grupo foi forçado a mudar o local de um protesto planejado depois que a polícia o proibiu de realizar uma manifestação em frente ao parlamento, que de outra forma seria um local popular para protestos em apoio a uma série de causas.
Reportagem de Sarah Young, Sachin Ravikumar e Sam Tabahriti; edição de William James, Alexandra Hudson

Luis Mauro Filho

Policiais detêm um manifestante enquanto manifestantes pró-palestinos se reúnem para protestar contra os planos da Secretária do Interior britânica, Yvette Cooper, de proibir o grupo "Ação Palestina" nas próximas semanas, em Londres, Grã-Bretanha, 23 de junho de 2025

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Governo britânico considera classificar grupo pró-Palestina como organização terrorista

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