247 – Durante o evento Google For Brasil 2025, realizado na terça-feira (10) em São Paulo, o Google anunciou a integração do navegador Chrome ao sistema Pix, plataforma de pagamentos instantâneos do Banco Central. Segundo a big tech, a novidade permitirá que usuários realizem pagamentos diretamente na tela de busca, sem precisar sair da página de resultados ou do site de e-commerce. Essa funcionalidade está sendo testada com 500 varejistas, incluindo grandes nomes como Amazon, Americanas, Magalu, Droga Raia e Drogarias Pacheco, e utiliza o Google Pay como plataforma de pagamento.
<blockquote>&nbsp;“A jornada no e-commerce deve ser fluida para facilitar tanto a vida do usuário quanto a dos comerciantes. Depois de inovarmos trazendo o Pix, meio de pagamento favorito do brasileiro, para a Carteira do Google, damos um passo em direção à maior conveniência nas transações digitais durante compras on-line e offline”, afirmou Natacha Litvinov, Head de Parcerias de Pagamentos para a América Latina no Google.</blockquote>
Além da integração com o Chrome, a carteira digital Android também poderá ser utilizada para pagamentos via QR Code Pix, escaneados pelo Google Lens. Ao reconhecer uma chave Pix no código, a ferramenta permitirá que o usuário inicie a digitação do valor e finalize a transação. Esse recurso, no entanto, exige dispositivos com sistema operacional Android 9 ou superior.
Outro recurso interessante é a utilização de inteligência artificial na funcionalidade chamada Circule para pesquisar, que agora também poderá identificar chaves Pix dentro de textos e permitir a execução da transferência instantânea, segundo informa o <a href="https://br.cointelegraph.com/news/google-integrates-pix-into-chrome-and-enables-payments-directly-on-the-search-screen">portal Cointelegraph</a>.
Em relação à segurança, o Google também anunciou a adição de uma camada extra: um PIN que, se ativado, solicita uma senha de quatro dígitos antes da confirmação de qualquer pagamento.
A integração com o Pix ocorre num momento em que o sistema de pagamentos do Banco Central segue quebrando recordes. Na última sexta-feira (6), foram realizadas 276,7 milhões de transferências em um único dia, movimentando R$ 135,6 bilhões. Segundo o BC, esse volume representa o quarto maior valor diário já registrado na história do Pix. O recorde de valores foi alcançado em 20 de dezembro de 2024, com R$ 162,9 bilhões movimentados.
<blockquote>&nbsp;“Os números são mais uma demonstração da importância do Pix como infraestrutura digital pública, para a promoção da inclusão financeira, da inovação e da concorrência na prestação de serviços de pagamentos no Brasil”, declarou o Banco Central em comunicado.</blockquote>
Lançado em novembro de 2020, o Pix atingiu, ao final de maio de 2025, a marca de 175,47 milhões de usuários. Desses, 159,92 milhões são pessoas físicas e 15,56 milhões pessoas jurídicas. Somente no mês de abril, o sistema movimentou mais de R$ 2,6 trilhões.
Durante a abertura da Febraban Tech 2025, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, revelou que novas funcionalidades do sistema serão incorporadas ainda este ano, no que chamou de “Pix 2.0”, sinalizando a continuidade do avanço da infraestrutura de pagamentos digitais no Brasil.
Com a nova funcionalidade integrada ao Chrome, o Google se posiciona na vanguarda da digitalização dos meios de pagamento e fortalece a sinergia entre suas ferramentas de busca, carteira digital e soluções baseadas em inteligência artificial. A medida também representa um passo significativo na consolidação do Pix como principal meio de pagamento no cotidiano do brasileiro.

Redação Brasil 247

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Economia

Google integra Pix ao Chrome e transforma busca em ferramenta de pagamento instantâneo

Reuters - O Pix superou em 2024 o dinheiro e o cartão de débito como forma de pagamento mais utilizada no Brasil, de acordo com a pesquisa “O brasileiro e sua relação com o dinheiro”, divulgada nesta quarta-feira pelo Banco Central.
O levantamento mostrou que o serviço de pagamento instantâneo passou a ser usado por 76,4% da população, sendo também utilizado com maior frequência por 46,1% dos entrevistados.
Na edição anterior da pesquisa, em 2021, o Pix tinha entrado em operação há poucos meses e era usado por 46,1% da população, com percentual de frequência de 16,7%.
Em segundo lugar no levantamento atual está o cartão de débito, agora usado por 69,1% das pessoas, contra 61,7% em 2021, sendo o mais frequente agora para 17,4%.
Já o dinheiro em espécie (cédulas e moedas) é utilizado por 68,9% da população e o mais frequente para 22%. Em 2021 ele era o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, por 83,6% da população.
Na sequência aparecem cartão de crédito, débito automático, outras transferências eletrônicas e vale-refeição ou alimentação.
As cédulas e moedas de real ainda são usadas de forma mais intensa pelas pessoas com menor renda: 75% dos que recebem até dois salários mínimos e 69% entre os que ganham entre dois e cinco salários mínimos.
O uso do dinheiro em espécie se torna menos frequente conforme a renda aumenta, com 59,4% entre pessoas que recebem entre cinco e dez salários mínimos e 58,3% entre quem ganha mais de dez salários.
De acordo com o BC, a pesquisa ouviu duas mil pessoas entre 28 de maio e 1 de julho deste ano, sendo que mil compõem o público específico de caixas de estabelecimentos comerciais. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 3,1%.

Pix se tornou a principal modalidade de pagamentos do país 

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