<p>O Brasil inicia 2025 colhendo frutos promissores de uma virada estratégica em sua economia. Dados recentes revelam não apenas um recorde histórico na geração de empregos formais, como também um crescimento econômico de destaque global — o segundo maior entre os países da OCDE no primeiro trimestre do ano, à frente inclusive da China, que cresceu 1,2% no período. Com um avanço de 1,4% no PIB trimestral, o Brasil se afirma como uma economia em recuperação sustentada e, <i>pari passu</i>, em busca da sua reinvenção industrial.</p>
<p>Esse desempenho segue uma trajetória consistente sob a gestão Lula-Haddad, que já havia registrado crescimentos de 3,4% em 2023 e 2,9% em 2024 — ambos acima da média mundial. Agora, em 2025, o Brasil consolida seu protagonismo com uma combinação rara: crescimento econômico, criação massiva de empregos e inflação sob controle.</p>
<p>O motor dessa retomada está em grande parte no setor industrial, que vem apresentando desempenho expressivo, decisivo para os progressos do PIB. Trata-se de um claro sinal de reativação da capacidade produtiva nacional, impulsionada por políticas públicas de reindustrialização, estímulo ao investimento produtivo e apoio ao desenvolvimento tecnológico.</p>
<p>O mercado de trabalho reflete essa dinâmica. No primeiro trimestre de 2025, foram criadas mais de 650 mil vagas formais de emprego, segundo dados do Caged — o maior volume trimestral da série histórica. Somente em fevereiro, foram 432 mil novos postos, o maior saldo mensal desde 2020. A indústria de transformação liderou a geração de empregos, confirmando seu papel de destaque nessa nova fase de desenvolvimento.</p>
<p>Esse avanço ocorre em um cenário de inflação controlada, o que reforça a solidez do momento econômico. Em maio, o índice de preços ao consumidor ficou em 0,36%, abaixo das expectativas do mercado. A estabilidade de preços, combinada ao crescimento e ao aumento do emprego, é um indicativo claro de que o país está conseguindo aliar responsabilidade macroeconômica com desenvolvimento inclusivo.</p>
<p>Parte fundamental desse novo ciclo é o plano Nova Indústria Brasil (NIB), lançado pelo governo federal para reverter o processo de desindustrialização e fomentar uma industrialização moderna, digital, sustentável e competitiva. Com previsão de investimentos públicos e privados de R$ 300 bilhões até 2026, o NIB mira setores estratégicos como agroindústria, saúde, infraestrutura urbana, tecnologia da informação, transportes, equipamentos da indústria do petróleo, bioeconomia e defesa.</p>
<p>Nesta semana, importante evento promovido por este Brasil 247 no auditório do BNDES reforçou o compromisso de diversos relevantes atores, estatais e privados, com a nova política industrial. Com a presença de autoridades centrais como o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e a presidenta da Petrobras, Magda Chambriard, o encontro aprofundou o debate sobre os caminhos concretos para a transformação econômica do país. Mais que simbólico, foi um marco de articulação institucional e de visão estratégica para o futuro do Brasil.</p>
<p>Mais do que anfitrião, o Brasil 247 tem se consolidado como espaço relevante para o debate público livre do credo colonialista que condena o país ao atraso da produção de bens primários e nega o papel do Estado no desenvolvimento econômico e industrial avançado. Com este e outros eventos, o Brasil 247 afirma sua missão de ser um fórum plural, aberto às ideias que recolocam o Brasil no centro de seu próprio projeto nacional de desenvolvimento.</p>
<p>O Brasil está fadado a crescer com inclusão, fortalecer a indústria nacional e ocupar um lugar de destaque entre as economias que melhor se posicionam no novo ciclo global. Que esses resultados de Lula 3 não sejam pontuais, mas sim o início de uma trajetória duradoura de desenvolvimento com soberania, emprego e inovação.</p>

Redação Brasil 247

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Editoriais

Além de despontar entre os países que mais crescem em 2025, Brasil de Lula lança bases de uma economia industrial

<p><b>247 –</b> Durante a celebração do Dia da Indústria no Teatro do BNDES, realizada com apoio do Brasil 247, da TV 247 e da Agenda do Poder, o presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Venilton Tadini, fez uma ampla análise sobre o papel estratégico da infraestrutura na reindustrialização do Brasil. Em sua exposição, Tadini reconheceu avanços importantes, mas alertou para o abismo entre os investimentos realizados e os necessários para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento social.</p>
<blockquote>&nbsp;“A infraestrutura tem tido nos últimos quatro anos uma recuperação de investimento muito significativa”, afirmou. “Saímos de um piso de R$ 158 bilhões, em valores constantes, para R$ 260 bilhões, superando o pico de 2014. Mas ainda estamos muito aquém do necessário. O déficit é de aproximadamente R$ 246 bilhões.”</blockquote>
<h3>Avanço liderado pela iniciativa privada</h3>
<p>Tadini destacou que a retomada dos investimentos foi puxada majoritariamente pelo setor privado. Em 2024, cerca de R$ 212 bilhões dos R$ 260 bilhões aplicados vieram da iniciativa privada, enquanto apenas R$ 48 bilhões foram provenientes do setor público. Ele criticou o teto de gastos e o modelo fiscal que tratava os investimentos como variável de ajuste:</p>
<blockquote>&nbsp;“Chegamos a um ponto em 2020 em que o Brasil só investia mais que o Haiti, em termos de gasto público sobre o PIB. Algo estava claramente errado.”</blockquote>
<h3>Críticas à política energética</h3>
<p>O presidente da Abdib também foi enfático ao apontar distorções no setor elétrico. Apesar do Brasil contar com uma das matrizes mais baratas do mundo, o custo para o consumidor está entre os mais altos. Isso se deve, segundo ele, à má formulação de subsídios e ao crescimento desordenado das fontes renováveis, como solar e eólica:</p>
<blockquote>&nbsp;“Faltou política industrial. Praticamente não temos cadeia produtiva nacional nesses segmentos. Foi uma oportunidade desperdiçada de fomentar a indústria brasileira.”</blockquote>
<p>A falta de planejamento levou à sobreoferta de energia em locais com pouca demanda, encarecendo os custos de transmissão e onerando os consumidores de baixa renda.</p>
<h3>Transporte, saneamento e desafios estruturais</h3>
<p>Tadini ressaltou que o setor de transporte e logística reúne os maiores volumes previstos de investimento, mas lamentou a lentidão na expansão ferroviária e a fraca presença da indústria nacional na produção de locomotivas. No saneamento, por outro lado, destacou avanços importantes desde a aprovação do novo marco legal:</p>
<blockquote>&nbsp;“O saneamento tem recebido incentivos e a indústria tem acompanhado. Mas ainda temos um hiato enorme entre o que foi feito e o que é necessário.”</blockquote>
<p>O investimento saltou de cerca de R$ 17 bilhões para mais de R$ 30 bilhões, com a meta de chegar a R$ 50 bilhões anuais para alcançar a universalização do serviço.</p>
<h3>Financiamento robusto, mas execução ainda é gargalo</h3>
<p>O dirigente da Abdib apontou como avanço inédito a participação simultânea de bancos de fomento, mercado de capitais e recursos externos no financiamento de longo prazo. O BNDES ampliou sua carteira de R$ 75 bilhões para R$ 136 bilhões, podendo atingir até R$ 270 bilhões. Ele também elogiou o crescimento das debêntures incentivadas e a aprovação das debêntures de infraestrutura.</p>
<blockquote>&nbsp;“Pela primeira vez temos uma combinação de funding realmente ampla. Mas sem bons projetos, agências reguladoras atuantes e capacidade técnica no licenciamento ambiental, esse capital não se transforma em investimento real.”</blockquote>
<h3>Governança e articulação institucional</h3>
<p>Tadini finalizou sua apresentação com um alerta sobre a necessidade de articulação entre os órgãos responsáveis pela execução do programa Nova Indústria Brasil. Ele destacou ainda a importância do “Livro Azul da Infraestrutura”, que reúne 495 projetos aptos para investimento privado, somando R$ 750 bilhões.</p>
<blockquote>&nbsp;“Não dá para ter um programa dessa magnitude sem agências reguladoras fortes e sem capacidade do Ibama de conceder licenças ambientais com rapidez e consistência técnica.”</blockquote>
<p>Ele defendeu a revisão da legislação de licenciamento ambiental, desde que mantenha critérios técnicos e evite brechas que possam comprometer o rigor e a sustentabilidade dos projetos.</p>
<p>Com sua fala, Venilton Tadini reforçou que o Brasil vive uma rara convergência de oportunidades para reerguer sua infraestrutura, com financiamento disponível e programas bem concebidos. O desafio agora é transformar planejamento em execução — e garantir que os investimentos sejam motores de competitividade, emprego e desenvolvimento sustentável. Assista:</p>
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Nova Indústria Brasil

Venilton Tadini: infraestrutura teve recuperação significativa nos últimos anos

<p><b>247 –</b> Durante a celebração do Dia da Indústria no BNDES, realizada com apoio do Brasil 247, da TV 247 e da Agenda do Poder, o engenheiro Francis Bogossian, presidente do Clube de Engenharia, defendeu com veemência o papel estratégico da engenharia nacional no processo de reindustrialização do país.&nbsp;</p>
<p>Logo no início de sua fala, Bogossian foi direto ao ponto: “Não há industrialização sem engenharia nacional forte. A engenharia é inteligência aplicada da indústria.” E explicou: “É ela que transforma ciência em produto, inovação em processo produtivo, projeto em política pública.”</p>
<p>O engenheiro lembrou que a história do Brasil oferece exemplos concretos da centralidade da engenharia no avanço industrial, como a construção da ponte Rio-Niterói, em que atuou diretamente, além de projetos como Itaipu, as plataformas da Petrobras e o programa Proálcool. “Esses marcos não foram espontâneos, resultaram de política de Estado, formação de engenheiros e investimentos coordenados em P&amp;D”, frisou.</p>
<h3>Desmonte da engenharia e consequências</h3>
<p>Ao tratar do desmonte do setor, Bogossian fez críticas contundentes: “A engenharia consultiva perdeu espaço para firmas estrangeiras. A descontinuidade de obras públicas eliminou milhares de empregos qualificados. Os grandes projetos estruturantes foram desmobilizados. A Lava Jato foi um agente importante do desmonte do parque industrial e de toda a engenharia.”</p>
<p>Segundo ele, o resultado desse processo foi a desindustrialização, a perda de complexidade produtiva e a fuga de cérebros. “As grandes, médias e pequenas empresas sofreram. E os trabalhadores também.”</p>
<h3>Sinais positivos de retomada</h3>
<p>Apesar do cenário adverso, Bogossian reconheceu mudanças recentes que apontam para um novo ciclo. “O novo PAC reincorpora obras estruturantes com exigência de engenharia nacional. A Petrobras retomou encomendas com conteúdo local e engenharia integrada. O BNDES e a Finep voltaram a apoiar projetos industriais com inovação embutida.”</p>
<p>Ele destacou, ainda, que o programa Nova Indústria Brasil “reconhece a centrabilidade da engenharia como ativo estratégico” e apontou: “Estamos assistindo a um movimento de revalorização da engenharia como vetor da neoindustrialização. O desafio agora é transformar esses sinais em política de Estado com continuidade e ambição estratégica.”</p>
<h3>Reconstruir a capacidade de sonhar grande</h3>
<p>Para Bogossian, retomar a engenharia significa mais do que reativar um setor: “É reconstruir a capacidade do Brasil de sonhar grande, executar com competência e competir com soberania.” Ele defendeu que a reindustrialização do país exige recolocar a engenharia no centro do projeto nacional.</p>
<p>O presidente do Clube de Engenharia lembrou o papel histórico da entidade, fundada em 1880, e sua missão agregadora: “Temos por princípio uma política unificadora, sediando entidades de todo o Brasil unidas pela luta pelo fortalecimento da engenharia.”</p>
<h3>Prevenção de desastres e foco social</h3>
<p>Francis Bogossian também ressaltou o papel da engenharia em áreas essenciais como habitação, saúde, saneamento e, especialmente, prevenção de desastres naturais. “É melhor prevenir do que remediar. Você gasta muito menos fazendo a prevenção do que mitigando depois do acidente, sem falar nas vidas perdidas.”</p>
<p>Ele defendeu projetos públicos que aproximem moradia e local de trabalho, e criticou entraves parlamentares motivados por interesses pessoais ou partidários. “Nós engenheiros estamos apostos, com forte disposição e movidos por muita esperança. Queremos ser soldados nessa luta desenvolvimentista brasileira.”</p>
<h3>Lula e a valorização da engenharia</h3>
<p>Ao final, Bogossian citou o presidente Lula, em discurso recente no Fórum Empresarial Brasil-China, como inspiração: “Quantos milhões de engenheiros os chineses formaram nos últimos anos? [...] Quando você exporta engenharia, você está exportando serviço e está ganhando dinheiro.”</p>
<p>E concluiu com um agradecimento direto: “Encerramos com os agradecimentos da Engenharia Nacional ao Brasil 247, um grande aliado nesse nosso propósito de alavancar a engenharia à estatura que ela sempre teve, tem e merece em prol do desenvolvimento da nação brasileira.” Asssita:</p>
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Francis Bogossian: retomada da indústria é também da engenharia

<p><b>247 –</b> Durante o evento promovido por Brasil 247, Agenda do Poder e BNDES, o sociólogo e assessor das centrais sindicais Clemente Ganz Lúcio destacou a urgência de um projeto nacional de desenvolvimento que promova transformação estrutural, gere justiça social e assegure sustentabilidade ambiental. Em sua fala, Clemente apontou a necessidade de um pacto de longo prazo entre governo, mercado e trabalhadores, capaz de viabilizar políticas duradouras e eficazes.</p>
<blockquote>&nbsp;“Nós estamos devendo ao país a possibilidade e a realização de pactuações que sejam capazes de colocar a nossa estratégia de desenvolvimento em prática no longo prazo”, afirmou.</blockquote>
<h3>Um diagnóstico do mundo do trabalho</h3>
<p>Clemente traçou um panorama crítico do mercado de trabalho brasileiro. Segundo ele, o país conta com aproximadamente 110 milhões de pessoas na força de trabalho, das quais cerca de 40% estão na informalidade. Há ainda 20 milhões de brasileiros e brasileiras que desejam trabalhar, mas não encontram oportunidades. Apenas 11 milhões atuam na indústria — setor estratégico para o desenvolvimento nacional.</p>
<p>A renda média per capita da população brasileira, segundo dados apresentados com base na paridade do poder de compra, é de US$ 3 mil por ano. Para atingir o nível da Espanha, seria necessário dobrar esse valor; para chegar à Alemanha, triplicá-lo.</p>
<blockquote>&nbsp;“Mantido o atual padrão de crescimento econômico, com essa base de investimento que nós estamos fazendo, nós levaríamos 23 anos para dobrar a renda média no Brasil”, alertou.</blockquote>
<h3>Proposta de transformação estrutural com pacto social</h3>
<p>A solução, segundo Clemente, passa por uma transformação estrutural sustentada por uma visão de longo prazo, construída a partir de pactuações entre governo, empresários e trabalhadores. Essas pactuações envolveriam não apenas metas econômicas, mas também políticas sociais, condições de trabalho e distribuição dos frutos do crescimento.</p>
<blockquote>&nbsp;“A proposta que eu quero trazer aqui em nome das centrais sindicais é que nós sejamos capazes de abrir um espaço permanente de diálogo social entre governo, empresários e trabalhadores”, propôs. “E que sejamos capazes de transformar essa visão de longo prazo em planos, políticas e projetos duradouros o suficiente para promover transformação substantiva.”</blockquote>
<h3>Três propostas concretas para começar</h3>
<p>Clemente apresentou três iniciativas que poderiam ser adotadas de imediato para impulsionar esse processo:</p>
<ol>
  <li>&nbsp;<b>Criação de um sistema nacional de formação profissional</b> articulado entre o setor público e o privado, especialmente através do Sistema S e das escolas técnicas federais e estaduais. O objetivo seria formar uma força de trabalho capacitada para lidar com as inovações e mudanças tecnológicas.</li>
  <li>&nbsp;<b>Redirecionamento de recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador)</b>. Hoje, cerca de R$ 25 bilhões por ano são utilizados para financiar a previdência social. Clemente defende que esse montante seja revertido ao BNDES para financiar investimentos produtivos que gerem emprego e desenvolvimento.</li>
  <li>&nbsp;<b>Fortalecimento da negociação coletiva</b>, com estímulo à celebração de acordos e convenções entre sindicatos e empresas. Esses instrumentos, segundo ele, têm valor legal e são fundamentais para assegurar segurança jurídica e promover mudanças pacíficas no mundo do trabalho.</li>
</ol>
<blockquote>&nbsp;“Nós temos na mão o instrumento para fazer essas transformações acontecer de forma pacífica”, afirmou. “Essas inovações transformam radicalmente o mundo do trabalho [...] e vão gerar inseguranças jurídicas monumentais.”</blockquote>
<h3>Um chamado à ação</h3>
<p>Clemente finalizou sua fala com um apelo por engajamento coletivo:</p>
<blockquote>&nbsp;“A forma de entendimento, de pactuação, de acordo, é aquilo que nós sabemos fazer”, concluiu. “Se combinarmos nossa força com políticas públicas pactuadas com o governo, teremos mais capacidade de transformar essas propostas em políticas de Estado.”</blockquote>
<p>A fala do dirigente sindical foi uma das mais contundentes do evento, trazendo uma perspectiva do mundo do trabalho que articula produtividade, inclusão e sustentabilidade como pilares inseparáveis de um novo projeto nacional de desenvolvimento. Assista:</p>
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Clemente Ganz Lúcio defende pacto nacional por desenvolvimento com justiça social e sustentabilidade

<p><b>247 –</b> Durante a celebração do Dia da Indústria no BNDES, realizada com apoio do Brasil 247, da TV 247 e da Agenda do Poder, o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, defendeu uma profunda transformação da base produtiva nacional. Em entrevista concedida no evento e também veiculada no canal da Abimaq no YouTube, Velloso elogiou o governo Lula pela retomada de uma política industrial ativa e cobrou ações estruturantes para reverter a desindustrialização do Brasil.</p>
<p>“A recriação do MDIC foi uma decisão acertada do presidente Lula. Agora, com o presidente Mercadante no BNDES e o presidente Pansera na Finep, temos uma oportunidade histórica de recuperar os instrumentos de financiamento da indústria”, afirmou Velloso. Segundo ele, o Brasil precisa urgentemente investir mais: “Tivemos um longo período de estagnação, especialmente após a troca da TJLP pela TLP. Isso minou a capacidade de investimento produtivo no país.”</p>
<h3>O declínio da indústria e a urgência da retomada</h3>
<p>Velloso apresentou dados alarmantes sobre a perda de protagonismo da indústria no PIB brasileiro. Em 2023, a taxa de investimento nacional foi de apenas 17% do PIB, enquanto a média mundial chegou a 26%. Nos países de renda média, o índice foi de 33%. “O Brasil está ficando para trás. Em 2013, comprávamos R$ 570 bilhões em máquinas, com a indústria nacional respondendo por 70%. Hoje compramos R$ 370 bilhões, e a participação da indústria nacional caiu para 54%”, denunciou.</p>
<p>Para ele, o desmonte do parque industrial tem relação direta com a política de juros e a ausência de incentivos ao investimento produtivo. “O custo competitivo dos financiamentos antigos, como os do FINAME, fazem muita falta”, observou.</p>
<h3>Baixa produtividade e parque industrial obsoleto</h3>
<p>A baixa produtividade do trabalhador brasileiro é outra consequência da falta de investimentos em capital e tecnologia. “Nos Estados Unidos, o investimento em capital por trabalhador é três vezes maior. E, coincidentemente, a produtividade do trabalho também é três vezes maior”, comparou.</p>
<p>Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) citado por Velloso, 38% das máquinas utilizadas no Brasil já ultrapassaram a idade recomendada pelos fabricantes. “A idade média das máquinas é de 14 anos. Isso compromete toda a competitividade da nossa indústria”, alertou.</p>
<p>Apesar disso, ele reconheceu avanços recentes: “A Finep de hoje é como se fosse uma nova empresa. Está operando com uma eficiência que nunca vimos antes”.</p>
<h3>Automação, robótica e empregos do futuro</h3>
<p>Para Velloso, o Brasil ainda não entrou plenamente na era da automação, um atraso que compromete sua competitividade internacional. “Estamos falando de automação desde os anos 1980, mas não entramos nem na indústria 3.0. E já estamos na 4.0”, criticou.</p>
<p>Os dados são preocupantes: o Brasil tem apenas 10 robôs industriais para cada 10 mil trabalhadores. A média mundial é de 162. A Coreia do Sul lidera com 1.000 robôs por 10 mil trabalhadores. “E o mais interessante: a robotização não elimina empregos. Cada robô, segundo a OIT, gera entre 1,2 e 1,4 novos empregos, mais qualificados, com melhores salários”, afirmou.</p>
<h3>Custo Brasil e competitividade</h3>
<p>Entre os principais entraves ao desenvolvimento industrial, Velloso destacou o custo de capital, a carga tributária e o preço dos insumos. “Os insumos industriais no Brasil chegam a ser 50% mais caros do que na Alemanha, por causa da alta proteção. Isso tira nossa competitividade”, argumentou.</p>
<p>Ele também defendeu uma reforma da escalada tarifária. “Hoje, uma máquina paga 6% de tarifa efetiva, enquanto seus insumos pagam 18%. Isso é uma escalada tarifária negativa, que penaliza quem agrega valor no Brasil”, explicou.</p>
<h3>Caminho para a reindustrialização</h3>
<p>Ao encerrar sua fala, José Velloso reiterou que o Brasil está no rumo certo com a retomada de políticas industriais pelo governo Lula, mas alertou para a necessidade de ação contínua e firme. “A reindustrialização é o único caminho para garantir produtividade, bons empregos e competitividade internacional. Precisamos investir em automação, digitalização, inovação e na formação de uma nova mão de obra”, concluiu.</p>
<p>A celebração do Dia da Indústria no BNDES consolidou-se como um marco da retomada da agenda industrial brasileira, reunindo lideranças públicas e empresariais em torno de um objetivo comum: reconstruir a base produtiva nacional com visão de futuro. Assista:&nbsp;</p>
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José Velloso: o Brasil precisa de uma revolução industrial

<p><b>247 –</b> Durante a celebração do Dia da Indústria no BNDES, realizada com apoio do <i>Brasil 247</i>, da <i>TV 247</i> e da <i>Agenda do Poder</i>, Ana Paula Torquato, executiva da WEG, apresentou os avanços da companhia em inovação tecnológica voltada à sustentabilidade. A WEG, multinacional brasileira do setor eletroeletrônico, demonstrou como tem liderado o processo de transição energética no Brasil e no mundo, com foco em competitividade e responsabilidade ambiental.</p>
<blockquote>&nbsp;“Mais de 70% da nossa receita foi gerada a partir de produtos sustentáveis em 2024”, afirmou Torquato, destacando o alinhamento da empresa às grandes tendências globais de descarbonização.</blockquote>
<h3>Inovação como pilar estratégico</h3>
<p>Com 47 mil colaboradores distribuídos em 66 fábricas localizadas em 18 países e exportações para mais de 135 nações, a WEG mantém a inovação como um dos principais pilares de sua estratégia global. Segundo a executiva, somente no ano passado a empresa investiu mais de R$ 1 bilhão em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, o que correspondeu a cerca de 3% da receita operacional líquida.</p>
<p>Um indicador importante do impacto desses investimentos é que 55% da receita da companhia em 2024 veio de produtos lançados nos últimos cinco anos. “É um resultado direto do nosso esforço contínuo em pesquisa e inovação”, observou Torquato.</p>
<h3>Liderança em eficiência energética</h3>
<p>Ana Paula Torquato destacou também a importância dos motores elétricos como eixo da eficiência energética industrial. Citando um estudo da Eletrobras, ela explicou que os motores elétricos respondem por cerca de 70% da energia elétrica consumida na indústria — o que equivale a cerca de 25% do total consumido no país.</p>
<blockquote>&nbsp;“Desde 2013, a WEG já disponibilizava motores com índice de rendimento IE4, dez anos antes de a Europa adotar esse padrão como exigência mínima”, ressaltou, ao ilustrar a capacidade da empresa de se antecipar às regulamentações internacionais.</blockquote>
<h3>Tecnologia com menos impacto ambiental</h3>
<p>Entre as inovações recentes da WEG, Torquato destacou o motor de fluxo axial, que permite uma drástica redução no uso de materiais. Essa nova topologia viabiliza motores com o mesmo desempenho, porém utilizando até 30 vezes menos matéria-prima — um motor que antes pesava uma tonelada pode, com essa tecnologia, pesar apenas 50 quilos.</p>
<p>Essa eficiência no uso de recursos naturais reforça o compromisso da WEG com a sustentabilidade e a competitividade. “A inovação só consegue dar esse salto quando está alinhada com as grandes tendências globais voltadas à descarbonização e à transição energética”, concluiu Ana Paula Torquato.</p>
<p>A apresentação da executiva reforçou o papel estratégico da indústria brasileira em um cenário internacional cada vez mais orientado pela sustentabilidade, pela tecnologia e pela busca por modelos produtivos de baixo impacto ambiental. Assista:</p>
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<p><br/></p>

Ana Paula Torquato, da WEG: mais de 70% da nossa receita já vem de produtos sustentáveis

<p><b>247 – </b>Durante a celebração do Dia da Indústria no BNDES, realizada com apoio do <i>Brasil 247</i>, da <i>TV 247</i> e da <i>Agenda do Poder</i>, o secretário de Desenvolvimento Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Uallace Moreira, fez uma contundente defesa da política industrial como instrumento essencial para o crescimento sustentável do Brasil.</p>
<p>Em sua intervenção, Moreira abordou o desafio estrutural enfrentado pelo país há décadas: “O Brasil não está preso à armadilha da renda média por mais de 40 anos à toa. Os países que tiveram êxito em ultrapassar essa armadilha foram os que adotaram políticas industriais. Nós precisamos, podemos e acredito muito que estamos plantando a semente para que isso aconteça.”</p>
<h3><b>Crítica ao desmonte da política industrial e defesa da reconstrução</b></h3>
<p>O secretário lembrou que o país enfrentou um período de seis anos sem política industrial ativa, o que causou retrocessos severos na estrutura produtiva nacional. “Ao abdicar de política industrial, nós incorporamos um discurso dos anos 1980 que dizia que a melhor política industrial é não ter política industrial. E o Brasil pagou um preço muito alto: desindustrialização e fragilidade de cadeias produtivas”, destacou.</p>
<p>Segundo ele, o abandono de instrumentos como compras públicas, conteúdo local, margem de preferência e linhas de crédito específicas, como as atreladas à TR, comprometeu seriamente a capacidade do país de inovar e competir. “A destruição pode ser feita num espaço temporal muito curto, mas a construção demanda tempo e muito diálogo. E é isso que o vice-presidente Geraldo Alckmin vem fazendo com muita transparência.”</p>
<h3><b>Nova Indústria Brasil e o “Plano Mais Produção”</b></h3>
<p>Uallace Moreira destacou que a <i>Nova Indústria Brasil</i> (NIB) está estruturada com base em missões e 25 cadeias produtivas estratégicas, voltadas à construção de uma indústria de futuro. “Não podemos ficar reféns apenas do crescimento puxado pela demanda. Precisamos de crescimento puxado pela oferta, com base em uma revolução tecnológica guiada pela indústria 4.0”, afirmou.Um dos pilares dessa estratégia é o <i>Plano Mais Produção</i>, articulado pelo governo federal com a participação de instituições como BNDES, Banco do Brasil, FINEP, BASA, BNB, Caixa e Embrapii. Lançado inicialmente com R$ 300 bilhões em crédito, o plano foi ampliado para R$ 548 bilhões após a incorporação de novos bancos públicos.</p>
<p>“Se o agronegócio tem um êxito hoje de ser competitivo, não é por uma vantagem comparativa herdada, ela é construída. Garanto que, se a indústria brasileira tivesse um instrumento como este, ela também estaria na fronteira da competitividade internacional”, afirmou Moreira.</p>
<h3><b>Resultados já visíveis e apelo por continuidade</b></h3>
<p>O secretário anunciou que já foram desembolsados mais de R$ 400 bilhões em crédito industrial desde o lançamento do plano, o que contribuiu diretamente para o crescimento de 3,8% da indústria no último período. Nos próximos dias, será apresentado um balanço detalhado dos investimentos realizados, por missão, setor, estado e região.</p>
<p>Encerrando sua fala, Uallace Moreira fez um apelo para que a <i>Nova Indústria Brasil</i> seja reconhecida como uma política de Estado, e não apenas de governo. “Qualquer governo que tem o mínimo de responsabilidade com o desenvolvimento econômico do país vai prezar pela manutenção da política industrial de inovação construída neste governo”, disse.</p>
<p>A celebração no BNDES marcou um importante momento de reflexão sobre o papel estratégico da indústria para o futuro do Brasil — e Uallace Moreira foi categórico ao afirmar que esse futuro passa, necessariamente, por uma política industrial forte, contínua e estruturante. Assista:&nbsp;</p>
<div class="embed-block"><div><div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><iframe src="https://cdn.iframe.ly/api/iframe?url=https%3A%2F%2Fyoutu.be%2FWmYjYHrxCiM&key=87ca3314a9fa775b5c3a7726100694b0" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute; border: 0;" allowfullscreen scrolling="no" allow="accelerometer *; clipboard-write *; encrypted-media *; gyroscope *; picture-in-picture *; web-share *;"></iframe></div></div></div>
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Uallace Moreira: política industrial deve ser política de estado

<p><b>247 –</b> Durante a celebração do Dia da Indústria no BNDES, realizada com apoio do Brasil 247, da TV 247 e da Agenda do Poder, a professora Patrícia Iglecias, diretora de Meio Ambiente da Universidade de São Paulo (USP) e ex-secretária do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, destacou o papel central da descarbonização para o futuro da indústria brasileira.&nbsp;</p>
<p>A fala foi marcada por uma defesa firme de uma nova política industrial com base na sustentabilidade, na inovação e na cooperação entre os setores público, privado e acadêmico.</p>
<h3>Descarbonização como motor de inovação</h3>
<p>Patrícia iniciou sua fala agradecendo ao presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e ao jornalista Leonardo Attuch, pela organização do evento e pela constante articulação em torno de pautas estratégicas. Ela apontou que a descarbonização já não pode ser vista apenas como uma obrigação ambiental, mas como uma necessidade de mercado e uma grande oportunidade para o país.</p>
<blockquote>&nbsp;“A descarbonização é uma vantagem competitiva, uma exigência de mercado e um motor de inovação para o nosso país”, afirmou.</blockquote>
<p>Segundo a pesquisadora, a indústria é responsável por cerca de 20% das emissões globais de gases de efeito estufa e, no Brasil, por aproximadamente 16% das emissões diretas. “Os dados mostram que a inação pode representar perdas de até 4% do PIB mundial até 2050”, alertou, citando estudos da McKinsey.</p>
<h3>Agenda estratégica para 2025</h3>
<p>A professora elencou os riscos enfrentados pela indústria diante das mudanças climáticas e das novas exigências regulatórias internacionais, como o desabastecimento, a insegurança alimentar e a perda de investimentos. Por outro lado, destacou os benefícios da transição verde: “A Agência Internacional de Energia estima que a descarbonização pode gerar mais de 35 milhões de empregos globais até 2030”.</p>
<p>Patrícia ressaltou ainda os setores que enfrentam maiores desafios, como o de cimento, metalurgia e química, e apontou soluções como tecnologias de captura de carbono, novos combustíveis e economia circular. Como exemplo prático, citou o avanço na eliminação da queima na colheita da cana-de-açúcar em São Paulo, que evitou emissões equivalentes a “160 mil ônibus circulando durante um ano”.</p>
<h3>Conexão entre indústria, ciência e inovação</h3>
<p>A professora apresentou iniciativas desenvolvidas pela USP, como o centro de pesquisa USP Pro Clima, criado em parceria com a empresa Ambipar. “A USP é hoje a quinta universidade mais sustentável do mundo e a única brasileira entre as 100 mais sustentáveis, segundo ranking internacional”, destacou.</p>
<p>Ela também participa como <i>co-chair</i> do grupo de economia circular criado pela CNI para preparar propostas para a COP 30, reforçando a presença da ciência na formulação de políticas industriais sustentáveis. Segundo ela:</p>
<blockquote>&nbsp;“Hoje a academia não pesquisa mais em teoria. A academia busca soluções concretas para o setor público e para o setor privado”.</blockquote>
<p>Patrícia frisou a importância de sistemas de rastreabilidade, compensações ambientais com integridade e inventários de emissões ancorados em tecnologias como blockchain. “Não podemos mais falar só em escopo 1, mas olhar toda a cadeia”, completou.</p>
<h3>Um novo modelo industrial</h3>
<p>Ao concluir sua intervenção, Patrícia Iglecias afirmou que o Brasil tem a oportunidade de assumir uma liderança global na economia de baixo carbono, aproveitando sua matriz energética limpa e seu potencial em bioeconomia. E deixou uma mensagem clara:</p>
<blockquote>&nbsp;“A nova indústria será circular, será descarbonizada ou não será”.</blockquote>
<p>Sua fala foi aplaudida por representantes do governo, da indústria e da academia, reforçando o tom de otimismo e responsabilidade ambiental que marcou o evento no BNDES. Assista:</p>
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Patrícia Iglecias defende protagonismo do Brasil na indústria sustentável e circular

<p><b>247 –</b> Durante a celebração do Dia da Indústria no BNDES, realizada com apoio do Brasil 247, da TV 247 e da Agenda do Poder, o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Celso Pansera, apresentou um balanço inédito de investimentos em ciência, tecnologia e inovação e anunciou que o programa Nova Indústria Brasil poderá mobilizar até R$ 60 bilhões.&nbsp;</p>
<p>“Estamos colocando recursos em subvenção para empresas e universidades como nunca antes na história da FINEP”, afirmou Pansera. Ele destacou que, somente em 2023, os investimentos não reembolsáveis saltaram 80% em relação a 2022, e que em 2024 haverá novo avanço de 28%, com mais 16% projetados para 2025. Segundo ele, esses números superam, em apenas um ano, todo o volume de investimentos dos quatro anos anteriores do governo anterior.</p>
<h3><b>Explosão de demanda e novo patamar de financiamento</b></h3>
<p>Pansera destacou a explosão da demanda após o lançamento do programa Nova Indústria Brasil, que oferece linhas de financiamento com juros abaixo da Taxa Referencial (TR). “Tivemos um salto extraordinário. A indústria nacional tem projetos bons, mas não havia recursos. Agora temos R$ 20 bilhões em demanda apenas na FINEP”, afirmou.</p>
<p>A previsão inicial era de R$ 44 bilhões em financiamentos, mas, com a reestruturação da legislação do FNDCT e a liberação de estoques represados, esse número já subiu para R$ 51 bilhões. Com novas liberações, o valor pode chegar a R$ 60 bilhões. “O programa existe, é sólido, está mudando a relação entre o setor produtivo e a FINEP”, completou.</p>
<h3><b>Seis missões estruturantes</b></h3>
<p>O programa Nova Indústria Brasil está estruturado em seis missões principais: cadeias agroindustriais (R$ 7,8 bilhões), saúde (R$ 5 bilhões), infraestrutura e mobilidade (R$ 5,1 bilhões), transformação digital (R$ 4,1 bilhões), transição energética (R$ 6,8 bilhões) e defesa (R$ 2,7 bilhões). “São áreas estratégicas para uma reindustrialização robusta e tecnológica”, explicou.</p>
<p>Pansera citou ainda que já foram aprovados 2.572 projetos, com R$ 30 bilhões da FINEP e quase R$ 5 bilhões de contrapartida do setor privado. “Hoje, o dinheiro da FINEP chega rápido, como disseram nossos parceiros da ABIMAQ”, relatou.</p>
<h3><b>Integração com universidades e combate à fuga de cérebros</b></h3>
<p>A política de inovação também promove maior articulação entre governo, empresas e universidades. Em 2024, o setor produtivo deve investir R$ 1,4 bilhão em PD&amp;I externo (realizado em universidades e institutos) e R$ 3,5 bilhões em PD&amp;I interno. “Estamos vendo um crescimento expressivo da chamada tríplice hélice: governo, academia e setor produtivo atuando juntos”, apontou.</p>
<p>Pansera também anunciou uma chamada pública de R$ 500 milhões em subvenção à empresa para atrair de volta pesquisadores brasileiros que atuam no exterior. “A fuga de cérebros acontece por falta de oportunidades. Estamos mudando essa lógica”, declarou. Segundo ele, só nos projetos diretos da FINEP entre 2023 e 2024 foram gerados quase 3 mil empregos para mestres e doutores.</p>
<p>A conclusão de Pansera foi enfática: “Estamos construindo uma política ativa de financiamento à indústria, algo que o Brasil nunca teve. Isso vai transformar a nossa manufatura, gerar mais e melhores empregos e impulsionar nossa economia”. Assista:</p>
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Pansera anuncia até R$ 60 bilhões para inovação com a Nova Indústria Brasil

<p><b>247 -</b> O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou na manhã deste domingo (25) uma mensagem nas redes sociais em celebração ao Dia da Indústria. No texto, Lula exaltou o papel do setor industrial na recuperação econômica do país e destacou as políticas do governo federal voltadas para a reindustrialização do Brasil, com foco em inovação e sustentabilidade.</p>
<p>“Quero me juntar aos empresários e às empresárias, aos trabalhadores e às trabalhadoras do setor, para comemorar nossas muitas vitórias”, escreveu o presidente. Segundo ele, o setor tem sido um dos protagonistas da retomada do desenvolvimento desde o início de seu mandato, em 2023.</p>
<p>Lula citou como principal instrumento da nova política industrial o programa Nova Indústria Brasil (NIB), coordenado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. A NIB prevê um conjunto de incentivos e instrumentos para apoiar a modernização e transformação do parque industrial brasileiro, com foco em tecnologia, inovação e sustentabilidade.</p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Neste 25 de maio, Dia da Indústria, quero me juntar aos empresários e às empresárias, aos trabalhadores e às trabalhadoras do setor, para comemorar nossas muitas vitórias. <br/><br/>Quando tomei posse, em 2023, assumi o compromisso de recolocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento… <a href="https://t.co/Zd1cDsflpM">https://t.co/Zd1cDsflpM</a></p>&mdash; Lula (@LulaOficial) <a href="https://twitter.com/LulaOficial/status/1926611917814087987?ref_src=twsrc%5Etfw">May 25, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<p>“Parceria entre Governo Federal e iniciativa privada, a NIB mobiliza um conjunto de instrumentos para apoiar a modernização da indústria brasileira”, afirmou o presidente. Ele também ressaltou que, apesar dos muitos desafios ainda existentes, o país tem avançado de forma significativa após “anos de estagnação da indústria”.</p>
<p>A fala de Lula ocorre em meio a um esforço do governo para estimular setores estratégicos da economia e ampliar os investimentos públicos e privados na indústria nacional, com especial atenção à transição energética, digitalização, defesa e saúde.</p>
<p>O Dia da Indústria é comemorado anualmente em 25 de maio, data de falecimento do empresário Roberto Simonsen, um dos principais articuladores da industrialização brasileira no século XX.</p>

Guilherme Paladino

Luiz Inácio Lula da Silva e atividades na indústria

Economia

No Dia da Indústria, Lula celebra avanços e diz que setor é protagonista da retomada econômica

<p><b>247 – </b>Neste 25 de maio, data em que se celebra o Dia da Indústria no Brasil, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, detalhou os avanços do programa Nova Indústria Brasil (NIB) e os mecanismos que têm impulsionado a reindustrialização do país. Em <a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/2025/05/bndes-ja-aprovou-80-da-verba-para-industria-ate-2026-diz-mercadante.shtml"><u>entrevista</u></a> à coluna <i>Painel S.A.</i>, da <i>Folha de S.Paulo</i>, Mercadante revelou que o banco já aprovou mais de R$ 205 bilhões em crédito dentro do programa — o equivalente a cerca de 80% da meta estabelecida até o fim de 2026.</p>
<p>A estratégia do BNDES, segundo ele, foi viabilizada por um conjunto de medidas do governo do presidente Lula e pela criação de novos instrumentos financeiros. “Esse avanço só foi possível porque implementamos novos instrumentos, como o financiamento para inovação via TR [Taxa Referencial], com aprovação pelo Congresso, e o Novo Fundo Clima, com recursos para a descarbonização”, afirmou Mercadante. Os dados ganham ainda mais relevância no contexto da data, que convida à reflexão sobre os rumos da indústria nacional.</p>
<h3><b>Seminário no BNDES debate os caminhos da Nova Indústria Brasil</b></h3>
<p>Como parte das celebrações do Dia da Indústria e do esforço de mobilização em torno da agenda industrial, o BNDES sedia nesta segunda-feira (27), no Rio de Janeiro, o seminário “Nova Indústria Brasil – Desenvolvimento, inclusão e sustentabilidade”, uma parceria entre o <i>Brasil 247</i>, a <i>TV 247</i> e a <i>Agenda do Poder</i>. O evento, além de Mercadante, reunirá representantes do governo, como o vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann, a presidenta da Petrobras, Magda Chambriard, além de empresários, economistas e sindicalistas para discutir os desafios e oportunidades da reindustrialização do país.</p>
<p>Entre os temas em pauta estarão a transição energética, inovação tecnológica, crédito para exportações, financiamento à pequena e média empresa e as estratégias para fortalecer a soberania produtiva brasileira. O seminário é mais uma iniciativa que reforça o protagonismo do BNDES no novo ciclo de desenvolvimento nacional.</p>
<h3><b>Do crédito à inovação: o novo papel do BNDES</b></h3>
<p>Com uma indústria fragilizada após anos de desinvestimento, Mercadante assumiu o BNDES com a missão de resgatar o protagonismo produtivo nacional. “Com os juros exorbitantes e a indústria em frangalhos, coube a nós criar mecanismos para capitalizar o banco”, disse. Entre as soluções adotadas estão as Letras de Crédito de Desenvolvimento (LCDs), que já captaram mais de R$ 13 bilhões entre dezembro de 2024 e o primeiro trimestre de 2025.</p>
<p>A atuação do banco tem priorizado setores estratégicos. “As empresas nacionais estão investindo em tecnologias disruptivas. O carro voador da Embraer, por exemplo, já recebeu mais de R$ 700 milhões em financiamento”, destacou. Outros exemplos incluem o plano de transformação digital com inteligência artificial da Positivo, além de iniciativas do Instituto Butantan para desenvolvimento de produtos biológicos.</p>
<h3><b>Emprego, exportação e salto na competitividade</b></h3>
<p>O impacto da política industrial já pode ser medido em números. Em 2023, o BNDES contribuiu para a criação de 2,3 milhões de empregos, dos quais 35% foram na indústria. O Brasil também subiu 20 posições no ranking global da indústria de transformação, saltando do 45º para o 25º lugar em 2024. “A NIB apoia setores como o da saúde, que bateu recorde de financiamento para medicamentos, vacinas e insumos, com R$ 6,9 bilhões investidos nos últimos dois anos”, ressaltou Mercadante.</p>
<p>O apoio à exportação também avançou: de janeiro de 2023 a abril de 2025, foram R$ 37 bilhões aprovados, superando a soma dos sete anos anteriores. “Juntos, BNDES, Finep e Embrapii já apoiaram mais de R$ 47 bilhões em inovação para o setor empresarial nesses dois anos”, acrescentou.</p>
<h3><b>Desafios persistem, mas há novas soluções</b></h3>
<p>Apesar dos bons resultados, Mercadante admite que o cenário ainda impõe dificuldades. “É evidente que as taxas de juros elevadas impactam negativamente e continuam sendo um desafio”, disse, lembrando que 68% dos desembolsos do BNDES em 2024 foram feitos com taxas de mercado, o que, segundo ele, desmente a crítica de que o banco distorce a política monetária.</p>
<p>Em relação à transição energética, o presidente do BNDES foi enfático: “Não é promessa. É realidade.” Em 2023, a produção de etanol e biodiesel ultrapassou 43 bilhões de litros. O banco também apoia projetos de combustível sustentável para aviação e navegação, além de motores híbridos, com destaque para parcerias com Volkswagen e Stellantis.</p>
<h3><b>Defesa da indústria nacional e visão estratégica</b></h3>
<p>Mercadante também comentou sobre a necessidade de proteger a indústria brasileira em meio à guerra tarifária global. E elogiou a atuação do vice-presidente Geraldo Alckmin na Camex: “Está claro que a ampla maioria dos países retomou medidas de política industrial. O governo tem agido com precaução e analisado todos os impactos.”</p>
<p>Ao final, comparou o Brasil com países vizinhos que têm atraído investimentos, como o Paraguai, e defendeu ações assertivas. “Lançamos edital de R$ 5 bilhões para transformação de minerais e já recebemos projetos que somam mais de R$ 85 bilhões. Também temos edital para combustível sustentável que atraiu R$ 160 bilhões em projetos.”</p>

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Geraldo Alckmin, durante posse do presidente do banco no Rio de Janeiro

Mercadante destaca o papel do Estado e do BNDES para a retomada da indústria no Brasil

<p><b>247 –</b> A Toyota anunciou nesta terça-feira (18) um investimento de R$ 11,5 bilhões para a expansão de sua fábrica em Sorocaba (SP), voltada à produção de veículos híbridos-flex. O anúncio ocorreu durante uma cerimônia com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. A informação foi divulgada pela Agência Gov e pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).</p>
<p>Durante o evento, Alckmin destacou que a ampliação da montadora japonesa é um reflexo da retomada da indústria nacional após anos de retração. “O investimento de hoje vai gerar mais 2 mil empregos diretos, fora os empregos indiretos”, afirmou. O vice-presidente também enfatizou que a política industrial do governo Lula tem sido decisiva para a recuperação do setor. “A indústria, que vinha encolhendo nos últimos dez anos, perdendo emprego, diminuindo, com o presidente Lula voltou”, disse, citando que a indústria de transformação cresceu 3,8% em 2024, impulsionada pelo programa Nova Indústria Brasil (NIB).</p>
<p>O presidente Lula, por sua vez, ressaltou a importância da parceria entre Brasil e Japão e destacou o papel estratégico da Toyota no desenvolvimento da indústria automotiva nacional. “Eu saio daqui para o Japão. E posso dizer que a Toyota tem os trabalhadores brasileiros e japoneses que fabricam um carro de melhor qualidade que o mundo fabrica”, declarou. Ele também recordou sua experiência como metalúrgico nos anos 1980, quando conheceu o conceito de Toyotismo, e defendeu a necessidade de mais investimentos no setor. “E nós queremos mais, mais investimento e mais desenvolvimento”, afirmou.</p>
<p>Com a nova unidade, a fábrica de Sorocaba ganhará 160 mil metros quadrados adicionais e terá capacidade para produzir 100 mil veículos por ano, um aumento de 50% em relação à produção atual. As operações devem começar em 2026 e estarão alinhadas às diretrizes do Programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), iniciativa do governo federal para incentivar a descarbonização e a adoção de tecnologias mais sustentáveis.</p>
<p>O presidente da Toyota no Brasil, Evandro Maggio, destacou que a montadora está comprometida com a transição para uma economia mais sustentável. “Vale ressaltar que estamos alinhados com as diretrizes dos programas do Combustível do Futuro e do Mover, já que somos pioneiros no desenvolvimento e fabricação da tecnologia híbrida-flex”, afirmou. Ele também reforçou que os incentivos da Nova Indústria Brasil são fundamentais para impulsionar a reindustrialização verde do país.</p>
<p>A fábrica de Sorocaba, inaugurada há 67 anos como a primeira unidade da Toyota fora do Japão, se consolida como um dos polos estratégicos da indústria automobilística brasileira. Com a ampliação anunciada, a montadora reafirma seu compromisso com a inovação tecnológica e a sustentabilidade, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia nacional e a geração de empregos.</p>

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