<p><b>Cristina Indio do Brasil - Agência Brasil </b>- A Orquestra Petrobras Sinfônica (OPES) vai comemorar os seus 50 anos com um concerto, nesta sexta-feira (9), às 19h, e amanhã (10), às 17h, na tradicional Sala Cecília Meireles, um espaço Fundação de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj), no centro do Rio.</p>
<p>A escolha de O Messias, de George Friedrich Händel, para a apresentação não foi à toa. A obra marcou a estreia, no mesmo palco da OPES, fundada pelo maestro Armando Prazeres, em 1975. A orquestra OPES, que atualmente tem como diretor artístico o maestro Isaac Karabtchevsky, será acompanhada pelo Coro da Associação Canto Coral, com regência de Jesus Figueiredo, e convidará ao palco os solistas Michele Menezes (soprano), Lara Cavalcanti (contralto), Guilherme Moreira (tenor) e Marcelo Coutinho (barítono).</p>
<p>Quando os 50 anos começaram a ser contados, ainda havia o nome de Orquestra Pró-Música do <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Rio+de+Janeiro">Rio de Janeiro</a>, que tinha na regência o seu fundador, Armando Prazeres. A violoncelista Atelisa de Salles disse que, no início da Pró-Música, eram apenas 12 músicos que aderiram à proposta do maestro nos anos 60. O projeto foi evoluindo até se tornar a OPES, que tem o patrocínio da Petrobras.</p>
<p>“Começou uma orquestra bem pequenininha, que parecia um conjunto de igreja, com 12 pessoas e a gente acompanhava um coral pequeno que o Armando tinha e íamos fazendo as apresentações. Até quando Armando achou que podíamos fazer um pouco mais e começou a trabalhar com corais. Começamos as apresentações primeiro em igrejas até que chegamos a este teatro. O aniversário dos 50 anos é comemorado a partir de 1975, justamente por causa da primeira apresentação, na época, com o Coral da Uerj [Universidade do Estado do Rio de Janeiro] na Sala Cecília Meireles”, disse à Agência Brasil.</p>
<h3>Emoção</h3>
<p>Atelisa estava no primeiro concerto em 1975 e se emociona ao lembrar da sua trajetória desde o começo da orquestra - que se chamava inicialmente Orquestra Pró-Música do Rio de Janeiro - e dos projetos sociais que ela desenvolve.</p>
<p>“Hoje com 83 anos, ainda me sinto motivada pela paixão que eu tenho pela Orquestra Petrobras, de tocar, estar presente, ter construído devagarinho, mas o grande nome disso tudo a gente não pode esquecer é o Armando Prazeres. Ele lutou muito para chegar onde a gente chegou. Foi aquele cara que trabalhou igual a uma formiguinha, migalhinha, migalhinha até chegar. Não sei se outra pessoa teria tido essa paciência e esse amor que ele teve de transformar a coisinha pequenina que era de 12 músicos a esta orquestra que é referência nacional”, frisou.</p>
<p>“É uma coisa muito emocionante, tanto que, quando me falaram que eu tinha que participar de alguma forma, minha cabeça rodou, porque aí você cai na real. Até então, vai passando o tempo, mas, de repente, alguém chega e diz que a orquestra tem 50 anos. Você olha para trás e vê 50 anos seus passarem e você ser fiel àqueles 50 anos, sempre presente ajudando a fazer. É muito emocionante e foi muito complicado para mim pensar assim. Eu disse: se forem fazer alguma coisa e citar meu nome, me avisem antes porque, na minha idade, vou ficar muito emocionada e eu sou muito chorona”, revelou Atelisa, completando que pediu para não ter surpresas nas comemorações.</p>
<p>A violoncelista trabalhou também no projeto social da Orquestra Mirim Armando Prazeres que recebia crianças de comunidades situadas ao redor do bairro do Flamengo, no Rio. “Dessa Orquestra Mirim várias crianças hoje em dia são formadas em música. Trabalham com música e em outros projetos sociais no Rio. É muito bonito ver esse crescimento todo dessa orquestra de 12 membros ter chegado a isso”, analisou.</p>
<h3>De pai para filho</h3>
<p>Hoje, no mesmo palco, quem estará à frente da orquestra é o maestro Felipe Prazeres, filho de Armando e atual regente associado da Petrobras Sinfônica.</p>
<p>“Penso que - desde a sua criação - foi tudo feito com muito amor, amor pela música, pela causa para levar a música com muito afeto para toda a população. Todos esses sentimentos nobres foram colocados no embrião que era a Orquestra Pró-Música do Rio de Janeiro. Depois, ela evoluiu como grupo e continua sendo essa orquestra que faz concertos para todos, sem exceção. Essa foi a premissa quando ela foi fundada”, disse Felipe.</p>
<p>Na visão do maestro, as orquestras sinfônicas são um organismo secular e, por isso, têm que acompanhar os tempos. Felipe Prazeres destacou que, na época em que a orquestra foi criada, não havia internet e se vivia em um mundo completamente distinto. Ao longo do tempo, segundo ele, a Petrobras Sinfônica acompanha a evolução da humanidade.</p>
<p>“Então, tem-se vários projetos [visando] entender o grupo da orquestra como se não fosse preso a um tipo de repertório. Ser vista como um grande instrumento musical mais complexo de todos, que pode abarcar qualquer tipo de repertório. A forma como ela faz isso faz com muita excelência, transita estilos diferentes para alcançar públicos diferentes e atrai também para a música de concerto, que é pouco divulgada comparada à música mais comercial. Populariza e desmistifica também. Quando se fala em orquestra já remetem a uma época ou uma coisa que precisa ter alguma erudição para curtir isso. Em vários projetos da Petrobras Sinfônica toca-se muito repertório em que o público que nunca viu uma orquestra se sente pertencente a isso e acaba instigando também a curiosidade de saber mais coisas que uma orquestra pode abarcar”, observou.</p>
<p>Um outro projeto social desenvolvido pela OPES é o Academia Juvenil do qual o maestro é um dos fundadores e trabalhou durante sete anos. Felipe Prazeres tem orgulho de ter contribuído para a formação de talentos.</p>
<p>“Acho que qualquer orquestra hoje tem que ter um projeto social e um projeto educativo. Isso integra a sociedade, abre mercado de trabalho para as pessoas. A gente fez isso há 12 anos e tem um oboísta que entrou agora para a orquestra que é ex-academista. Vários alunos meus integram hoje a Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro e tocam comigo, porque sou regente lá também e tem os expoentes Miguel Braga, violoncelista aqui do Rio de Janeiro; Nathan Amaral, um violinista excelente que está nos Estados Unidos; Felipe Freitas, um trompista que está em Rotterdam, na Holanda tocando na principal orquestra [de lá] e todos que estão aqui no Brasil contribuindo para a fruição da música de concerto e da música de orquestra”, afirmou.</p>
<p>A Orquestra Petrobras Sinfônica tem uma proposta administrativa inovadora. É a única do país que tem a gestão feita pelos próprios músicos. O Conselho Diretor da OPES tem três diretores: o presidente Carlos Mendes, violinista; o financeiro Philip Doyle é violinista e o executivo, João Luiz Areias, trombonista. “Nós somos um modelo único no Brasil. Essa é uma tarefa difícil porque, além de tocar, tem que fazer a gestão. Tem que estar preocupado com transporte, contratos, com várias coisas”, assegurou João Luiz Areias.</p>
<h3>Manutenção</h3>
<p>Para ele, que também é o primeiro trombone da OPES, a manutenção da orquestra por tantos anos se deve ao compromisso com a qualidade e com a cultura nacional.</p>
<p>“A gente tem sempre a preocupação da divulgação da música brasileira, da música clássica e também de trazer para o público novos estilos musicais como, por exemplo, o rock, o frevo, outros tipos de músicas mais populares.</p>
<p>“O trombone está em quase todos os tipos de música que se pode pensar. Por exemplo, na música popular, no frevo, no samba e no choro tem representação do trombone em todos esses ritmos. No jazz, na big band, na banda sinfônica, na orquestra sinfônica, é um instrumento muito utilizado. As grandes trilhas de filmes utilizam muitos metais, como é o caso do trombone. Existe um certo mito de que esses instrumentos são mais difíceis”, acentuou, apontando que ainda há desconhecimento do grande público sobre o trombone, o que começa a diminuir porque atualmente esse instrumento é procurado por jovens, inclusive nas bandas e blocos de carnaval.</p>
<p>“Com essa coisa de bandas de carnaval tem muita gente tocando, homem, mulher, todo mundo participando e podendo tocar [trombone]”, destacou.</p>
<p>Areias afirmou que os programas sociais desenvolvidos pela OPES também contribuem para a longevidade da orquestra, “com a criação de vários projetos educacionais. Tem-se um programa social que é a Orquestra Jovem da Petrobras Sinfônica que proporciona oportunidade a jovens para que se preparem para as universidades”, frisou.</p>
<h3>Organismo sinfônico</h3>
<p>A Petrobras é patrocinadora oficial da OPES desde 1987, o que permite a manutenção da orquestra como um dos principais organismos sinfônicos do continente. Assim, desenvolve relevante trabalho de acesso à música clássica e formação de jovens talentos cuja origem é de diversos projetos sociais. “Ao incentivar diversos projetos, a Petrobras coloca em prática a crença de que a cultura é uma importante energia que transforma a sociedade. Por meio do Programa Petrobras Cultural, [ela] apoia a cultura brasileira como força transformadora e impulsionadora deste desenvolvimento, nas áreas de artes cênicas, música, audiovisual e múltiplas expressões”, indicou a empresa, que também patrocina a Temporada 2025 da Sala Cecília Meireles.</p>

Luis Mauro Filho

Orquestra Petrobras Sinfônica comemora 50 anos

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Cultura

Orquestra Petrobras Sinfônica comemora 50 anos com concerto no Rio

<p><b>247 – </b>No dia 27 de janeiro de 1813, morria em Milão na Itália, um dos maiores compositores de todos os tempos: Giuseppe Verdi. Conhecido como o mestre da ópera romântica italiana, Verdi deixou um legado que transcendeu séculos, influenciando não apenas a música clássica, mas também a cultura popular e a identidade nacional italiana. Suas obras, repletas de emoção, drama e profundidade humana, continuam vivas e relevantes, conquistando plateias ao redor do mundo até os dias de hoje.</p>
<p>Nascido em Roncole, uma pequena aldeia no Ducado de Parma, Verdi cresceu em um ambiente humilde, mas sua paixão pela música foi evidente desde cedo. Aos sete anos, já tocava órgão na igreja local, e seu talento logo chamou a atenção de patronos que o apoiaram em seus estudos. Apesar de enfrentar tragédias pessoais, como a morte precoce de sua esposa e dois filhos, Verdi encontrou na música uma forma de expressar sua dor e resiliência. Sua primeira grande ópera, <i>Nabucco</i> (1842), foi um sucesso estrondoso, especialmente pelo coro <i>"Va, pensiero"</i>, que se tornou um hino não oficial da unificação italiana. Ao longo de sua carreira, Verdi compôs obras-primas como <i>Rigoletto</i> (1851), <i>La Traviata</i> (1853) e <i>Aida</i> (1871), que exploram temas universais como amor, traição, poder e redenção. Sua habilidade em criar melodias cativantes e personagens complexos fez dele um dos compositores mais amados e respeitados de sua época.</p>
<h3><b>A atualidade de Verdi</b></h3>
<p>Mais de dois séculos após seu nascimento, a música de Verdi permanece incrivelmente atual. Suas óperas são encenadas regularmente nos principais teatros do mundo, desde o Metropolitan Opera de Nova York até o Teatro alla Scala de Milão. A força emocional de suas composições e a universalidade de seus temas continuam a ressoar com o público moderno.</p>
<p>Além disso, Verdi transcendeu o mundo da música clássica. Suas obras foram adaptadas para o cinema, televisão e até mesmo para a cultura pop. Trechos de suas óperas são frequentemente usados em comerciais, filmes e programas de TV, demonstrando como sua música ainda é capaz de evocar emoções profundas e imediatas.</p>
<p>Verdi também é celebrado por seu papel na história e na cultura italiana. Durante o Risorgimento, o movimento de unificação da Itália no século XIX, suas óperas foram interpretadas como símbolos de resistência e esperança. Hoje, ele é visto não apenas como um grande artista, mas também como um ícone nacional, cuja música ajudou a moldar a identidade italiana.</p>
<h3><b>Celebrando Verdi no Século XXI</b></h3>
<p>Em 2023, o mundo celebrou o 210º aniversário de nascimento de Verdi, com festivais, concertos e produções especiais de suas óperas. A data serviu como um lembrete de que a arte verdadeiramente grandiosa nunca envelhece. Verdi continua a inspirar novas gerações de músicos, diretores e amantes da música, provando que sua genialidade é atemporal.</p>
<p>Em um mundo cada vez mais acelerado e digital, a música de Verdi oferece um refúgio de beleza e profundidade. Suas óperas nos convidam a refletir sobre a condição humana, a explorar nossas emoções mais profundas e a nos conectarmos com algo maior que nós mesmos. Giuseppe Verdi não foi apenas um compositor do século XIX; ele é um artista para todas as épocas, cujo legado continuará a encantar e inspirar por muitos séculos vindouros. Confira o trecho mais conhecido de La Traviata:</p>
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Redação Brasil 247

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Giuseppe Verdi: O gênio da ópera que continua a encantar o mundo

<p><b>247 –</b> No mesmo dia em que o mundo celebra o nascimento de Wolfgang Amadeus Mozart, 27 de janeiro, o Brasil também reverencia um de seus maiores gênios musicais: Radamés Gnattali. Nascido em 1906, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Gnattali foi um compositor, arranjador e maestro que desempenhou um papel fundamental na construção de uma identidade musical brasileira, unindo a tradição erudita às raízes populares do país.</p>
<p>Radamés Gnattali foi um verdadeiro pontífice entre os mundos da música erudita e popular. Em uma época em que esses dois universos eram frequentemente vistos como opostos, ele os harmonizou com maestria. Sua obra é um reflexo da diversidade cultural do Brasil, incorporando elementos do choro, do samba, da bossa nova e do frevo em composições que transitam entre o clássico e o contemporâneo.</p>
<p>Formado em piano e violino, Gnattali começou sua carreira como instrumentista, mas logo se destacou como arranjador e compositor. Sua habilidade em orquestrar e adaptar gêneros populares para formações eruditas foi revolucionária, abrindo caminho para uma nova forma de pensar a música brasileira.</p>
<h3><b>A Ponte Entre o Erudito e o Popular</b></h3>
<p>Gnattali foi um dos primeiros a levar o choro para as salas de concerto. Sua série de <i>"Concertos para Violão e Orquestra"</i>, composta para o lendário violonista Dilermando Reis, é um exemplo perfeito de sua capacidade de integrar a linguagem clássica com a sensibilidade popular. Ele também colaborou com grandes nomes da música brasileira, como Pixinguinha, Ary Barroso e Tom Jobim, criando arranjos que elevavam suas composições a novos patamares.Sua obra-prima, a <i>"Brasileira"</i>, composta em 1956, é uma celebração da cultura nacional. A peça, escrita para piano e orquestra, combina ritmos e melodias tipicamente brasileiros com uma estrutura clássica, resultando em uma música que é ao mesmo tempo sofisticada e acessível.</p>
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<p><b>O Legado de um Visionário</b></p>
<p>Radamés Gnattali não apenas compôs e arranjou; ele também educou e inspirou. Como professor e maestro, ele formou gerações de músicos, transmitindo sua visão de uma música brasileira que valorizasse suas raízes sem abrir mão da excelência técnica. Sua influência pode ser vista em compositores como Heitor Villa-Lobos e Antônio Carlos Jobim, que também buscaram integrar o popular e o erudito em suas obras.</p>
<p>Além disso, Gnattali foi um dos primeiros a utilizar a tecnologia de gravação para preservar e difundir a música brasileira. Seus trabalhos como arranjador e diretor musical em estúdios de gravação ajudaram a consolidar a indústria fonográfica no Brasil, garantindo que a riqueza da música nacional fosse documentada e compartilhada com o mundo.</p>
<h3><b>Celebrando Radamés Gnattali em 27 de Janeiro</b></h3>
<p>Neste 27 de janeiro, enquanto celebramos o aniversário de Radamés Gnattali, somos lembrados da importância de sua contribuição para a cultura brasileira. Ele foi um artista que não apenas refletiu o espírito de seu tempo, mas também ajudou a moldá-lo, criando uma ponte entre o erudito e o popular que continua a inspirar músicos e compositores até hoje.</p>
<p>Sua música é um convite a explorar as múltiplas facetas da identidade brasileira, celebrando a diversidade e a riqueza de nossas tradições. Radamés Gnattali nos mostrou que a música não precisa escolher entre ser erudita ou popular; ela pode ser ambas, e muito mais. Confira:</p>
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Radamés Gnattali: o maestro que abrasileirou a música erudita

<p><b>247 – </b>Em um dia como hoje, há 269 anos, o mundo recebia um presente que mudaria para sempre o curso da história da música. Wolfgang Amadeus Mozart, nascido em 27 de janeiro de 1756, em Salzburgo, Áustria, não foi apenas um compositor; foi um fenômeno que redefiniu os limites da criatividade humana. Sua música, atemporal e universal, continua a ecoar em salas de concerto, filmes, teatros e até mesmo nos dispositivos digitais da era moderna.</p>
<p>Mozart não precisa de aniversários para ser lembrado. Sua presença é constante, viva em cada acorde de suas sinfonias, em cada ária de suas óperas, em cada movimento de seus concertos. No entanto, datas como hoje nos convidam a refletir sobre a magnitude de sua contribuição para a arte e a cultura.</p>
<p>Sua genialidade não reside apenas na quantidade impressionante de obras que produziu — mais de 600 composições em apenas 35 anos de vida —, mas na qualidade e na inovação que cada uma delas carrega. Mozart era um mestre da forma e da emoção, capaz de transformar notas em narrativas, melodias em sentimentos.</p>
<h3><b>A criança que encantou a Europa</b></h3>
<p>Mozart começou a compor antes de aprender a escrever. Aos cinco anos, já criava minuetos; aos seis, se apresentava para reis e rainhas. Sua infância foi marcada por turnês pela Europa, onde ele e sua irmã, Nannerl, encantavam plateias com sua virtuosidade. Essas viagens não apenas exibiram seu talento precoce, mas também o expuseram às influências musicais de diferentes culturas, que mais tarde se refletiriam em sua obra.</p>
<p>Aos 12 anos, ele compôs sua primeira ópera, <i>"Bastien und Bastienne"</i>, e aos 17, já era um músico maduro, capaz de rivalizar com os maiores compositores de sua época. Sua capacidade de assimilar e transcender os estilos musicais de seu tempo é uma das marcas de sua genialidade.</p>
<h3><b>A revolução musical em Viena</b></h3>
<p>Em 1781, Mozart mudou-se para Viena, a capital cultural da Europa. Foi lá que ele atingiu o ápice de sua carreira, compondo algumas de suas obras mais icônicas. <i>"As Bodas de Fígaro"</i> (1786), <i>"Don Giovanni"</i> (1787) e <i>"A Flauta Mágica"</i> (1791) são exemplos de sua habilidade em unir complexidade técnica e profundidade emocional, criando peças que são ao mesmo tempo acessíveis e revolucionárias.</p>
<p>Sua música era inovadora. Ele expandiu as formas clássicas, como a sinfonia e o concerto, infundindo-as com uma expressividade sem precedentes. Sua capacidade de explorar a psicologia humana através da música é especialmente evidente em suas óperas, onde cada personagem ganha vida através de melodias únicas e cheias de personalidade.</p>
<h3><b>O Mistério do "Requiem" e o Fim Prematuro</b></h3>
<p>A vida de Mozart foi tão intensa quanto breve. Ele faleceu em 5 de dezembro de 1791, aos 35 anos, deixando inacabada sua última obra, o <i>"Réquiem"</i>. A história por trás dessa composição — encomendada anonimamente e cercada de mistério — apenas acrescenta à aura de genialidade que cerca seu nome.O <i>Réquiem</i> é uma obra de profunda beleza e dramaticidade, que parece resumir toda a grandeza de Mozart. Mesmo inacabada, ela se tornou um dos marcos da música ocidental, uma prova de que a genialidade de Mozart transcende até mesmo a morte.</p>
<h3><b>Mozart no Século XXI</b></h3>
<p>Hoje, em um mundo dominado por tecnologia e mudanças aceleradas, a música de Mozart permanece relevante. Suas obras são executadas por orquestras em todo o mundo, estudadas em conservatórios e adaptadas em produções contemporâneas. Sua influência pode ser ouvida em compositores como Beethoven, que o considerava um mestre, e até em gêneros modernos, como o jazz e o rock.</p>
<p>Neste 27 de janeiro, enquanto celebramos o aniversário de seu nascimento, somos lembrados de que a verdadeira genialidade não conhece limites de tempo ou espaço. Mozart não pertence apenas ao século XVIII; ele pertence à humanidade. Sua música é um convite à reflexão, à emoção e à celebração da vida. Confira:</p>
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Mozart: o eterno gênio da música que renasce a cada nota

<p><b>247 –</b> Composta no final do século XVII, o Cânone em Ré Maior de Johann Pachelbel (1653-1706) é uma obra que resistiu ao teste do tempo, mantendo-se relevante e emocionante até os dias atuais. Sua melodia serena e estrutura harmônica cativante conquistaram não apenas os amantes da música clássica, mas também influenciaram gerações de músicos e artistas de diversos gêneros.</p>
<p>Johann Pachelbel, um compositor e organista alemão do período barroco, é mais conhecido por esta peça, embora tenha escrito uma vasta obra sacra e secular. O Cânone em Ré Maior foi composto por volta de 1680, originalmente como parte de uma peça maior para três violinos e baixo contínuo. No entanto, ao contrário de muitas obras da época, o cânone não ganhou fama imediata. Na verdade, a peça ficou esquecida por séculos, até ser redescoberta no início do século XX.</p>
<p>A estrutura do cânone é baseada em um tema repetido, onde as vozes dos violinos se entrelaçam de forma contrapontística sobre uma linha de baixo contínua, conhecida como <i>basso ostinato</i>. Essa progressão harmônica simples, mas profundamente emotiva, é o segredo por trás de sua atemporalidade.</p>
<h3>Por que o Cânone em Ré ainda emociona?</h3>
<p>Simplicidade e beleza: A melodia do Cânone em Ré é acessível e fácil de reconhecer, mas sua simplicidade esconde uma profundidade emocional que ressoa com ouvintes de todas as idades.</p>
<p>Versatilidade: A peça tem sido adaptada e reinterpretada em diversos contextos, desde casamentos e cerimônias religiosas até trilhas sonoras de filmes e versões pop e rock.</p>
<p>Influência cultural: A progressão harmônica do Cânone em Ré influenciou inúmeras músicas modernas, de artistas como The Beatles, Green Day e até mesmo no hip-hop. Sua estrutura é frequentemente citada como uma das mais replicadas na história da música.</p>
<h3>O renascimento da obra</h3>
<p>Após sua redescoberta no século XX, o Cânone em Ré ganhou popularidade massiva, tornando-se uma das peças mais gravadas e executadas da música clássica. Sua presença em casamentos, especialmente, solidificou sua reputação como uma música que celebra amor e união. Além disso, sua aparição em filmes e séries, como <i>"Ordinary People"</i> (1980) e <i>"Master and Commander"</i> (2003), ajudou a reintroduzi-la ao público moderno.</p>
<p>O Cânone em Ré não é apenas uma peça musical; é um fenômeno cultural que transcende gêneros e épocas. Sua capacidade de evocar emoções profundas — seja nostalgia, alegria ou reflexão — é um testemunho do gênio de Pachelbel. Além disso, a obra serve como um lembrete de como a arte pode conectar pessoas através do tempo e do espaço.</p>
<p>Mais de 300 anos após sua criação, o Cânone em Ré continua a emocionar e inspirar. Seja em uma igreja, em um concerto ou em uma playlist moderna, sua melodia atemporal prova que a verdadeira arte não envelhece. Como disse o maestro Leonard Bernstein: "A música pode dar nome ao inominável e comunicar o desconhecido". E o Cânone em Ré faz exatamente isso, tocando a alma de quem a escuta, geração após geração. Confira:</p>
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Brooklyn Duo executa o Canône em Ré Maior

Canône em ré maior: uma composição de mais de 300 anos que ainda hoje emociona (vídeo)

<p><b>247</b> - O pianista Arthur Moreira Lima morreu nesta quarta-feira (30), aos 84 anos, em Florianópolis (SC) após um câncer de intestino que médicos tratavam nele desde o ano passado. A revista La Suisse chamou o artista de o “Pelé do piano”.</p>
<p>O pianista tem mais de 60 discos em sua trajetória. Um de seus principais trabalhos foi a interpretação de compositores como Chopin e Liszt, dois grandes pianistas globais da música clássica, sendo o primeiro (1810-1849) da Polônia e o segundo (1811-1886) da França.</p>
<p>Segundo relatos históricos, a música clássica nasceu na Europa medieval, em um tempo estimado entre os séculos 5 e 15 depois de Cristo (d.C.), ou séculos V e XV. Do Renascentismo (final do século 14, ou XIV, ao final do século 16, ou XVI/</p>
<p>e de obras modernistas de compositores como Prokofiev e Villa-Lobos. Notabilizou-se também como um intérprete da música popular brasileira, gravando Ernesto Nazareth e clássicos do repertório do choro e do samba.</p>
<p>Nascido no município do Rio de Janeiro (RJ) em 1940, Moreira é um dos pianistas mais respeitados do piano brasileiro. Tem mais de 60 discos gravados. Com seu talento, o artista teve passagens no exterior - Leningrado e Moscou, na Rússia, e por Varsóvia, na Polônia.</p>
<p>O pianista participou das sinfônicas de Berlim (Alemanha), Viena (Áustria) e Praga (República Tcheca), além das orquestras da BBC de Londres (Inglaterra) e a Nacional da França. A carreira também dele gravações em países como Japão, Estados Unidos, Bulgária e Suíça.</p>

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