247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), deixou claro ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que uma proposta de anistia ampla, geral e irrestrita para os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro não deve prosperar no Legislativo. A informação foi divulgada pela coluna de Igor Gadelha, no <a href="https://www.metropoles.com/colunas/igor-gadelha/motta-avisa-tarcisio-que-anistia-ampla-nao-passa-na-camara">Metrópoles.</a>
A conversa ocorreu por telefone na manhã de segunda-feira (1º/9), véspera do início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito do golpe. O diálogo contou ainda com a participação do deputado federal Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, que estava reunido com Tarcísio no Palácio dos Bandeirantes.
Segundo relatos, Tarcísio apelou pela aprovação do projeto de anistia, mas ouviu de Motta uma resposta cautelosa. O presidente da Câmara teria afirmado que o assunto é “complexo” e que precisaria analisar o texto com atenção, frisando que uma proposta de perdão irrestrito dificilmente teria apoio suficiente para ser aprovada na Casa.
Aliados próximos interpretaram a declaração como um recado de que qualquer tentativa de anistia ampla enfrentará resistência entre os deputados, sobretudo por envolver diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Após o telefonema com Motta, Tarcísio e Marcos Pereira entraram em contato com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para discutir os próximos passos. Ambos garantiram ao filho do ex-presidente que se engajariam pessoalmente na articulação política em defesa da anistia.

Laís Gouveia

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Brasil

Motta avisa Tarcísio que anistia ampla não tem chance de avançar na Câmara

247 - O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) anunciou nesta quinta-feira (27) que a Frente Povo Sem Medo vai convocar uma série de manifestações de rua contra o que chamou de "Congresso inimigo do povo". Segundo Boulos, as mobilizações serão uma resposta direta ao avanço de pautas conservadoras e impopulares aprovadas pelo Legislativo nas últimas semanas, além do boicote sistemático ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As datas e locais dos protestos devem ser divulgados em breve.
"A cada dia fica mais claro que temos um Congresso que não apenas boicota o governo Lula, mas trabalha ativamente contra os direitos do povo brasileiro. Não podemos aceitar calados", disse Boulos nas redes sociais ao anunciar as manifestações.
O estopim da reação veio após uma série de derrotas do governo no Parlamento, incluindo a derrubada do decreto presidencial que limitava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investimentos no mercado financeiro — uma medida que buscava reduzir a desigualdade tributária.&nbsp;
Parlamentares da oposição e da base ruralista, com o apoio do Centrão, articularam a revogação do decreto, abrindo espaço para manter benefícios ao sistema financeiro.
Além disso, o Congresso aprovou medidas altamente criticadas por movimentos sociais e especialistas, como o aumento no número de deputados federais — o que representa mais gastos públicos — e o uso contínuo e indiscriminado do chamado orçamento secreto, prática considerada antidemocrática e que já foi alvo de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) no passado.
Outro ponto que gerou indignação foi o reajuste da conta de luz para consumidores, aprovado com o argumento de cobrir rombos no setor elétrico.&nbsp;
Para Boulos e outros líderes de movimentos populares, as medidas compõem um cenário de "chantagem política", no qual o Congresso pressiona o governo federal a liberar verbas e emendas, em especial para aliados, sob ameaça de bloquear pautas importantes ou aprovar retrocessos.PSOL vai ao STF contra&nbsp;
Congresso
Em outra frente, o PSOL também anunciou que entrará hoje com uma ação no Supremo Tribunal Federal para tentar reverter a derrubada do decreto do IOF, considerada inconstitucional pela legenda. Juristas apontam que o Congresso não tem competência para revogar diretamente esse tipo de decreto presidencial, o que abre espaço para questionamentos judiciais."

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Boulos anuncia série de manifestações contra boicotes e medidas antipopulares do Congresso

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