CGTN – O presidente de Moçambique, Daniel Chapo, <a href="https://portuguese.cgtn.com/2025/08/16/ARTI1755335588701154">concedeu recentemente uma entrevista exclusiva ao Grupo de Mídia da China</a> (CMG, na sigla em inglês), diretamente da capital Maputo.
Este ano marca o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre China e Moçambique. Como ele define a amizade “fraternal” entre os dois países? Tendo visitado a China mais de sete vezes, desde que era prefeito até se tornar presidente, qual viagem mais o marcou? De que forma a tecnologia agrícola chinesa tem contribuído para que Moçambique enfrente os desafios da segurança alimentar? Para saber mais, assista ao vídeo completo.
Fonte: CMG

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China

Presidente de Moçambique concede entrevista exclusiva ao CMG

247 - Em declaração contundente feita nesta terça-feira (23) durante visita oficial a Moscou, a ministra das Relações Exteriores de Moçambique, Maria Manuela Lucas, defendeu que a África deve recuperar não apenas os artefatos culturais saqueados por potências coloniais europeias, mas também sua dignidade, soberania e capacidade de decidir seus próprios rumos econômicos. A informação é da agência estatal russa RT.
Após se reunir com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, Lucas destacou que os efeitos da colonização não podem ser sanados apenas por gestos simbólicos e que os países africanos precisam de mudanças estruturais. “Tudo que foi levado da África deve ser devolvido ao continente”, afirmou. “Não estou falando apenas de artefatos tangíveis, [mas também] de uma política que leve à nossa independência econômica... Queremos nos sentir africanos, trabalhar como africanos, ser africanos.”
A chanceler moçambicana enfatizou a necessidade de que a participação da África na economia global não se limite à exportação de matérias-primas, e sim que se invista em produção com valor agregado nos próprios países africanos.
Repatriação cultural e reconstrução identitária
A fala de Maria Manuela Lucas ocorre após a solicitação formal feita por Moçambique em maio para a devolução de aproximadamente 800 objetos culturais retidos em museus europeus. Entre os itens requisitados estão máscaras tradicionais, esculturas e arquivos rituais retirados durante o período colonial. Segundo a ministra da Educação e Cultura do país, Samaria Tovela, a restituição dessas peças é fundamental para a reconstrução da identidade cultural moçambicana.
Moçambique conquistou sua independência de Portugal em 1975, após uma luta armada de dez anos liderada pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo). Como outras nações africanas que emergiram da dominação colonial, o país tem reiterado pedidos por reparações e pelo retorno de bens culturais apropriados por colonizadores.
Exemplo recente: arte africana devolvida pela Holanda
A demanda moçambicana se soma a um movimento mais amplo em curso no continente. Em junho deste ano, a Holanda devolveu 119 artefatos à Nigéria — entre eles, esculturas humanas e animais, placas, regalias reais e um sino histórico — saqueados durante o domínio colonial, há mais de um século.
Com essas iniciativas ganhando força, cresce também a expectativa de que a restituição de bens culturais seja apenas o ponto de partida para um processo mais profundo de revalorização da África no cenário global — tanto no campo simbólico quanto no econômico.

Luis Mauro Filho

Ministra dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, Maria Manuela Lucas

Sul Global

Chanceler de Moçambique exige devolução de bens e soberania econômica: “Queremos ser africanos”

247 - O Parlamento de <a href="https://www.brasil247.com/search?term=mo%C3%A7ambique">Moçambique</a> aprovou por unanimidade, na semana passada, o Compromisso Político para o Diálogo Nacional Inclusivo, marco legal que visa instaurar plataformas de discussão sobre reformas políticas e constitucionais no país.&nbsp;
A informação é da organização Human Rights Watch, que acompanha a crise moçambicana desde as eleições gerais realizadas em outubro de 2024, marcadas por intensa instabilidade política e repressão violenta a manifestações populares.
O contexto da nova legislação está diretamente ligado à resposta das forças de segurança aos protestos que eclodiram após a divulgação dos resultados eleitorais, considerados fraudulentos por parte da população e da oposição. A repressão, segundo a organização da sociedade civil Plataforma Decide, resultou em mais de 300 mortes, incluindo manifestantes e civis atingidos durante as operações policiais.
As denúncias contra a atuação das forças de segurança são graves. Há evidências do uso desproporcional da força, execuções extrajudiciais e prisões arbitrárias. Diante da escalada da violência, a recém-empossada ministra da Justiça criticou publicamente o comportamento das autoridades policiais, condenando o uso de força letal na repressão aos protestos. Ela também apelou para que os agentes de segurança “evitem novas perdas de vidas”.
A lei aprovada tem como base um acordo firmado em 5 de março entre o presidente<a href="https://www.brasil247.com/search?term=daniel+chapo"> Daniel Chapo </a>e nove partidos políticos. Entre os principais objetivos do pacto estão a revisão da Constituição, a limitação dos poderes presidenciais e a anistia de manifestantes pacíficos que foram condenados por sua participação nos protestos após o pleito presidencial.
Embora Venancio Mondlane, principal candidato opositor e contestador do resultado eleitoral, não tenha assinado o acordo, ele se reuniu com o presidente Chapo no dia 23 de março. O encontro foi visto como um gesto importante para a abertura de um diálogo mais amplo e inclusivo, ainda que persistam divergências políticas profundas.
A iniciativa legislativa, conforme ressaltado pela Human Rights Watch, é fundamental para superar a crise pós-eleitoral, mas dependerá da efetiva inclusão de diferentes setores da sociedade moçambicana nos debates. Para garantir legitimidade ao processo, os organizadores do diálogo deverão garantir que a comissão gestora e os participantes reflitam a diversidade social, política e regional do país.
Outro ponto central do debate será o reconhecimento dos direitos das vítimas da repressão, com a definição de mecanismos de reparação e responsabilização dos agentes do Estado envolvidos em violações. A construção de um caminho para a justiça e a verdade será determinante para restaurar a confiança nas instituições democráticas moçambicanas.

Presidente moçambicano Daniel Chapo em discurso - 16/01/2025

Mundo

Parlamento de Moçambique aprova lei para diálogo inclusivo após onda de violência pós-eleitoral

247 - Pelo menos oito pessoas morreram nesta quarta-feira (15) nas manifestações da oposição em Moçambique, informou o jornal Diário de Notícias. Tomou posse nesta quarta o novo presidente moçambicano, Daniel Chapo.
Registaram-se três mortos nas manifestações desta quarta-feira na província de Maputo, dois na cidade de Maputo, sul do país, e três em Nampula, no norte.&nbsp;
Os protestos pós-eleitorais, segundo a contagem de uma ONG, já deixaram mais de 300 mortos. Ao menos 619 sofreram ferimentos a bala.&nbsp;
Uma eleição geral foi realizada em Moçambique em 9 de outubro de 2024, com resultados preliminares indicando Daniel Chapo, candidato da Frelimo, na liderança para a presidência. O candidato independente Venancio Mondlane rejeitou o resultado e convocou a desobediência civil.
O Conselho Constitucional de Moçambique certificou os resultados das eleições no final de dezembro, o que desencadeou protestos em todo o país.&nbsp;

Leonardo Sobreira

Tensões continuam após posse de Chapo em Moçambique e novos protestos deixam 8 mortos

247 – O pastor evangélico e líder opositor moçambicano, Venâncio Mondlane, declarou nesta terça-feira (14) que a oposição vai "paralisar" o país em protesto contra os resultados das eleições de outubro, que são acusados de fraude. Na segunda-feira, ele convocou manifestações por três dias, com previsão de término na quarta-feira (15), dia da posse presidencial.
Segundo os resultados oficiais das eleições de 9 de outubro, Daniel Chapo, candidato do partido Felimo, foi eleito presidente. A legenda está no poder em Moçambique há meio século.
“Se isso significa paralisar o país durante todo o mandato, paralisá-lo-emos durante todo o mandato. Vamos ver como é que eles pretendem governar. Quem é que eles pensam que vão governar se matam exatamente as mesmas pessoas?”, questionou durante uma transmissão em direto no Facebook.
Desde outubro, a violência pós-eleitoral já causou cerca de 300 mortes, conforme a Plataforma Decide.&nbsp;
Mondlane, que se autoproclamou presidente de Moçambique em contestação à vitória de Daniel Chapo, retornou ao país na quinta-feira (9), após dois meses e meio de exílio, por temer pela própria segurança diante do assassinato de dois de seus associados. (Com informações de AFP).

Bianca Penteado

Pastor que reivindica vitória eleitoral em Moçambique promete "parar o país" na véspera da posse de seu rival

247 - A Assembleia da República de Moçambique empossou, nesta segunda-feira (13), os deputados eleitos. Durante a cerimônia, o presidente eleito, Daniel Chapo, destacou a importância de preservar a paz e a estabilidade no país e fez um apelo à cooperação do novo parlamento para enfrentar os desafios nacionais.&nbsp;
A cerimônia ocorreu em meio a contínuos protestos sangrentos da oposição, que contesta os resultados oficiais da eleição presidencial.
“O apelo que eu queria aproveitar para fazer (…) é realmente a necessidade de mantermos a paz, a estabilidade social, econômica, política ao nível do nosso país, de forma que possamos continuar a desenvolver o nosso país”, afirmou Chapo, conforme citado pela agência RTP.&nbsp;
A cerimônia de posse de Chapo está marcada para o dia 15 de janeiro, mas a violência persiste, com relatos crescentes de repressão policial contra os apoiadores do candidato independente Venâncio Mondlane, um entusiasta de figuras da extrema-direita brasileira como Jair Bolsonaro e Nikolas Ferreira.&nbsp;
A eleição presidencial em Moçambique ocorreu em 9 de outubro. Chapo venceu o pleito com mais de 70% dos votos, de acordo com os resultados oficiais, enquanto Mondlane, até recentemente apoiado pelo PODEMOS, ficou em segundo lugar, com cerca de 20%. Os resultados desencadearam agitação civil e uma onda de protestos em todo o país.&nbsp;

Presidente eleito de Moçambique pede paz em meio a protestos sangrentos dias antes da posse

247 - O pastor evangélico Venâncio Mondlane, que se autoproclamou presidente de Moçambique em contestação à vitória de Daniel Chapo, do partido governante FRELIMO, nas últimas eleições presidenciais, retornou ao país após mais de dois meses no exterior.
O conturbado processo eleitoral no país do sudeste africano desencadeou protestos sangrentos, resultando em dezenas de mortes. O Conselho Constitucional e a Comissão Nacional de Eleições confirmaram a vitória de Chapo, mas Mondlane rejeitou os resultados e, ao desembarcar em Maputo na quinta-feira (9), manteve suas contestações e sua já conhecida excentricidade.&nbsp;
“Se eles quiserem tomar posse no dia 15, então em Moçambique vamos ter dois presidentes. Vamos ter um presidente da CNE e outro Presidente de quê? Do povo. Vamos ter um Presidente do Conselho Constitucional e outro Presidente de quê? Do Povo”, declarou Mondlane ao desembarcar.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Momento da chegada do Candidato Presidencial Venâncio Mondlane, no aeroporto de Mavalane dois meses depois.<a href="https://twitter.com/hashtag/MozambiqueElections?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#MozambiqueElections</a> <a href="https://t.co/SSR6GHmQ8c">pic.twitter.com/SSR6GHmQ8c</a>&mdash; Wilker Dias🇲🇿 (@wilkerDias13) <a href="https://twitter.com/wilkerDias13/status/1877250215154958651?ref_src=twsrc%5Etfw">January 9, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
A cerimônia de posse de Chapo está marcada para o dia 15 de janeiro, mas a violência persiste, com relatos crescentes de repressão policial contra os apoiadores de Mondlane nas ruas. Durante os protestos de quinta-feira, pelo menos três pessoas morreram e várias foram baleadas.&nbsp;
A eleição presidencial de Moçambique ocorreu em 9 de outubro. Chapo venceu o pleito com mais de 70% dos votos, de acordo com os resultados oficiais, enquanto o candidato independente Mondlane, até recentemente apoiado pelo PODEMOS, ficou em segundo lugar, com cerca de 20%. Os resultados desencadearam agitação civil e uma onda de protestos em todo o país.&nbsp;
As referências internacionais de Mondlane sugerem que o cenário pode se agravar, enquanto países vizinhos, como a África do Sul, tentam intermediar o conflito. Em um vídeo gravado ainda durante a campanha presidencial, Mondlane elogiou figuras da extrema-direita brasileira, chamando Jair Bolsonaro de "homem de Deus" e referindo-se a Nikolas Ferreira como seu "irmão mais novo". (Com informações de agências).&nbsp;

Venâncio Mondlane chega a Maputo - 09/01/2025

Pastor bolsonarista, líder da oposição de Moçambique, retorna ao país e gera novos protestos sangrentos

MAPUTO (Reuters) - Um motim em uma prisão na capital de Moçambique, Maputo, deixou 33 mortos e 15 feridos, disse o comandante geral da polícia do país, Bernardino Rafael, nesta quarta-feira.
Cerca de 1.534 pessoas fugiram da prisão durante o tumulto. Desse número, 150 foram recapturadas, disse Rafael.
Moçambique está passando por uma escalada de distúrbios civis ligados à eleição disputada de outubro, que prolongou a permanência do partido Frelimo, há muito tempo no poder. Grupos de oposição e seus apoiadores alegam que a votação foi fraudada.
Enquanto Rafael culpou os protestos fora da prisão por incentivar o motim, a ministra da Justiça, Helena Kida, disse à emissora local Miramar TV que a agitação começou dentro da prisão e não teve nada a ver com os protestos do lado de fora.
"Os confrontos posteriores resultaram em 33 mortes e 15 feridos nas proximidades da prisão", disse Rafael a jornalistas. As identidades dos mortos e feridos não estavam claras.
O ministro do interior de Moçambique disse na terça-feira que pelo menos 21 pessoas foram mortas em tumultos depois que o tribunal superior do país confirmou na segunda-feira a vitória do partido Frelimo.

Motim em prisão do Moçambique deixa 33 mortos

247 - O número de mortes provocadas pelo Ciclone Chido no norte de Moçambique, aumentou para 120, com 868 pessoas feridas e mais de 680.000 afetadas. Foi o que apontaram números divulgados pela agência nacional de socorro a desastres de Moçambique.
Nas províncias do norte do país banhado pelo Oceano Índico e localizado na África Oriental, mais de 150.000 casas foram destruídas ou parcialmente danificadas. Também sofreram danos mais de 200 escolas, quase 90 edifícios públicos e 52 instalações de saúde. Quase 110.000 estudantes foram impactados.&nbsp;
"O Ciclone Chido destaca mais uma vez a vulnerabilidade da infraestrutura social às mudanças climáticas e a necessidade de um planejamento resiliente para mitigar os impactos futuros", informou o Instituto Nacional de Gestão e Redução de Riscos de Desastres (INGD). O governo criou dois abrigos de emergência, que atualmente abrigam 1.349 pessoas.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">O <a href="https://twitter.com/UNICEF_Moz?ref_src=twsrc%5Etfw">@UNICEF_Moz</a> está em Pemba avaliando o impacto do ciclone tropical <a href="https://twitter.com/hashtag/Chido?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Chido</a>, que atingiu <a href="https://twitter.com/hashtag/Mo%C3%A7ambique?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Moçambique</a> no domingo, deixando famílias desalojadas e infraestruturas destruídas. Os ventos e as chuvas fortes causaram a interrupção do fornecimento de energia elétrica no norte do país: <a href="https://t.co/FrcNd10nkK">pic.twitter.com/FrcNd10nkK</a>&mdash; ONU News Português (@ONUNews) <a href="https://twitter.com/ONUNews/status/1868808327272317424?ref_src=twsrc%5Etfw">December 17, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Leonardo Lucena

Sobe o número de mortes causadas pelo Ciclone Chido, em Moçambique

<a href="https://www.rfi.fr/en/africa/20241224-mozambique-faces-more-unrest-after-high-court-confirms-frelimo-victory">RFI - </a>O apelo foi feito após uma noite de protestos em que delegacias de polícia, agências bancárias e praças de pedágio foram atacadas e incendiadas. Rotas comerciais para a África do Sul também foram alvo, enquanto a polícia, em veículos blindados, patrulhava o centro da capital, Maputo.
Nas redes sociais, Mondlane, candidato do Podemos, que está escondido no exterior desde as eleições, classificou o governo como ilegal.
"Devemos continuar a luta, permanecer unidos e fortes", declarou ele.
O Hospital Central de Maputo está operando em condições críticas, com mais de 200 membros da equipe impossibilitados de chegar ao local, informou Mouzinho Saíde, diretor do hospital, à AFP.
Ele relatou ter recebido quase 90 feridos, sendo 40 com ferimentos por armas de fogo e quatro por armas brancas.
O Conselho Constitucional, o mais alto tribunal de Moçambique, confirmou na segunda-feira os contestados resultados das eleições de 9 de outubro, que prolongaram o domínio de 50 anos do partido Frelimo no poder.
Daniel Chapo, o candidato presidencial da Frelimo, que foi declarado vencedor, imediatamente apelou ao diálogo para superar as diferenças. No entanto, seu apelo parece ter caído em ouvidos surdos.
Ossufo Momade, líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), também rejeitou os resultados e pediu à população que se mobilize para salvar a democracia.
Chapo obteve 65% dos votos, segundo a decisão dos sete juízes, revisando para baixo os resultados iniciais de quase 71%, anunciados em novembro pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Mondlane permaneceu em segundo lugar com 24,19% dos votos (comparado a cerca de 20%, segundo os resultados da CNE).
<h3>Mais temores</h3>
O cientista político Justino Quina disse à RFI que houve uma escalada de tensões de ambos os lados. No entanto, ele alerta que o país não pode suportar períodos de instabilidade cíclica.
O analista de riscos políticos e de segurança, Johann Smith, com sede em Maputo, disse à AFP estar convencido de que haverá violência.
"Todo o jogo muda na segunda-feira", disse Smith. "Será muito mais intenso e sangrento.
"É quase como a Primavera Sul-Africana", acrescentou Smith, em referência aos protestos anti-governo nos países do norte da África no início dos anos 2010.
<h3>Apelo à calma</h3>
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) pediu nesta terça-feira às partes envolvidas no processo eleitoral em Moçambique que ajam com calma e responsabilidade. A organização afirmou estar disposta a apoiar iniciativas que promovam a paz e a estabilidade.
"Apelamos a todas as partes envolvidas para que ajam com calma e responsabilidade, priorizando o diálogo construtivo como o caminho mais eficaz para superar as diferenças e promover a estabilidade."
Em comunicado, a presidência rotativa da CPLP, ocupada por São Tomé e Príncipe, declarou estar acompanhando os resultados definitivos anunciados pelo Conselho Constitucional de Moçambique.
No domingo, o Papa Francisco também pediu que o diálogo e a boa vontade prevaleçam sobre a desconfiança e a discórdia em Moçambique.
Moçambique tem sido abalado por agitações desde que a comissão eleitoral anunciou a vitória de Chapo. Mais de 130 pessoas morreram em protestos, de acordo com organizações da sociedade civil.

Moçambique enfrenta mais agitação após tribunal superior confirmar vitória da Frelimo

247 – A África do Sul demonstrou preocupação, nesta terça-feira (24), com o aumento dos protestos e a escalada das tensões em Moçambique.
Por meio de um comunicado emitido pelo Departamento de Relações Internacionais e Cooperação (DIRCO), o governo sul-africano fez um apelo por diálogo no país vizinho, mostrando-se disposto a colaborar para facilitar as negociações.
"Após a proclamação dos resultados eleitorais finais pelo Conselho Constitucional de Moçambique, a África do Sul observou com preocupação a violência contínua e os protestos disruptivos subsequentes em reação ao anúncio", afirmou o DIRCO.
"O governo sul-africano continuará trabalhando com a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral e outras agências multilaterais para apoiar uma solução duradoura para o atual impasse", continuou. "A África do Sul pede a todas as partes que exerçam moderação e mantenham a calma."
O Conselho Constitucional de Moçambique oficializou, nesta segunda-feira (23), a vitória de Daniel Chapo, candidato do partido governista Frelimo, nas eleições gerais realizadas em 9 de outubro. Ele sucederá o atual presidente, Filipe Nyusi.
Segundo relatos da mídia local, o cenário pós-eleitoral foi marcado por episódios de violência, resultando na morte de mais de 100 civis e deixando centenas de feridos. (Com informações de Xinhua).

África do Sul pede diálogo urgente em Moçambique

247 – O Conselho Constitucional de Moçambique oficializou, nesta segunda-feira (23), a vitória de Daniel Chapo, candidato do partido governista Frelimo, nas eleições gerais realizadas em 9 de outubro. Ele sucederá o atual presidente, Filipe Nyusi.
De acordo com os números apresentados por Lúcia Ribeiro, presidente do Conselho Constitucional, Chapo obteve 65,17% dos votos, uma porcentagem menor que os 70,67% divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) em 24 de outubro.
Venâncio Mondlane, apoiado pelo partido extraparlamentar Podemos, ficou em segundo lugar, com 24,19%, superando os 20,32% inicialmente apontados pela CNE. Já Ossufo Momade (Renamo) recebeu 6,62% dos votos, enquanto Lutero Simango (MDM) conquistou 4,02%.
O partido Frelimo, além de garantir a presidência, também assegurou a maioria na Assembleia da República, conquistando 171 dos 250 assentos disponíveis nas eleições parlamentares.
Ribeiro destacou que, embora tenham sido identificadas irregularidades durante o processo eleitoral, elas não foram suficientes para invalidar o resultado.&nbsp;
Segundo relatos da mídia local, o cenário pós-eleitoral foi marcado por episódios de violência, resultando na morte de mais de 100 civis e deixando centenas de feridos.

Daniel Chapo, candidato presidencial do partido governante Frelimo, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e o ex-Presidente de Moçambique, Joaquim Chissano

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