247 - Durante reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (9), o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) condenou o que chamou de “lógica perversa” no tratamento dado às denúncias que têm sido direcionadas à ministra da Cultura, <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Margareth+Menezes">Margareth Menezes</a>.&nbsp;
Segundo o parlamentar, setores políticos estariam tentando distorcer o propósito de uma audiência pública marcada para o dia 16 de abril, quando a ministra comparecerá à comissão para apresentar os resultados das ações do <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Minist%C3%A9rio+da+Cultura">Ministério da Cultura</a> em 2024 e as diretrizes para o ano seguinte. A audiência foi requerida pelo próprio deputado, mas, de acordo com ele, há uma tentativa de transformar o encontro em um instrumento de ataque político.
“Primeiro se mente, depois se dá ampla repercussão à mentira. E, enquanto a verdade tenta emergir, ela é abafada pelo barulho artificial criado em torno da falsidade”, afirmou Jerry. Para ele, o cenário atual é de “guerra permanente entre a verdade e a mentira, alimentada por essa cultura terrível das fake news”.
As críticas de Márcio Jerry surgem <a href="https://www.brasil247.com/search?term=M%C3%A1rcio+Jerry">após a publicação de</a> uma reportagem que sugere favorecimento a grupos culturais com vínculos anteriores com a ministra Margareth Menezes. O Ministério da Cultura, no entanto, esclareceu que a titular da pasta não participa das decisões sobre os projetos contemplados pela Lei Rouanet e que todos os processos seguem critérios técnicos definidos em regulamento.
O deputado reforçou que a audiência da próxima semana será uma oportunidade de restabelecer a verdade diante das informações distorcidas que circulam nas redes e na imprensa. “Ela virá a esta comissão e esclarecerá, de forma clara e transparente, todos os pontos levantados. Com isso, restabeleceremos a verdade — inclusive sobre questões que já foram, em parte, esclarecidas”, disse.
Para Jerry, as acusações infundadas são sintomas de uma estratégia política que utiliza a desinformação como arma. E concluiu: “Não se constrói política com mentira”.

Luis Mauro Filho

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Brasil

Deputado reage a ataques contra ministra Margareth Menezes: “Não se constrói política com mentira”

247 - A ministra da Cultura, Margareth Menezes, visitou nesta quinta-feira (6), em Salvador, a Igreja de São Francisco de Assis, onde parte do forro desabou na quarta-feira (5), causando a morte da turista Giulia Panchoni Righetto e deixando outras cinco pessoas feridas. Acompanhada do presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, e de frades da Ordem Primeira de São Francisco, responsável pela gestão e manutenção da edificação, a ministra anunciou obras emergenciais.
"A primeira coisa de tudo é prestar solidariedade à família da Giulia, afinal de contas é a dor pela perda de uma pessoa”, declarou a ministra. Nesta quinta, ela falou por telefone com o pai de Giulia, a fim de prestar condolências à família da jovem paulista.
E completou: “E eu, como soteropolitana, tenho o sentimento pelo que aconteceu nessa igreja, que é tão importante para o nosso patrimônio. E nós vamos reconstruir a igreja”, concluiu.
Por meio de uma dispensa de licitação, que deve ser publicada no início da próxima semana, as obras emergenciais do templo serão realizadas. Na tarde desta quinta-feira, uma equipe do Iphan vinda de Brasília chegou à capital baiana para fazer scanner da construção, localizada no Centro Histórico da capital baiana, e a memória dos danos - dando início ao processo de mapeamento da extensão do desabamento.
Plano de fiscalização - Também hoje, em reunião realizada na sede do Iphan, que contou com representantes da Defesa Civil, ficou acertado que na próxima semana terá início, em Salvador, uma ação para autuar e interditar imóveis que estejam em situação semelhante à da igreja. O plano integrado de fiscalização será implementado por meio das superintendências do Instituto.
“Iremos eleger bens onde estejam detectados médio ou alto risco, e junto com as defesas civis, prefeituras e governos estaduais poderemos intervir nesses imóveis - em especial monumentos - nesses espaços públicos, tipo museus, teatros, igrejas. E o que estiver em condição de risco, vamos orientar a interdição e o tratamento”, explicou o presidente do Iphan, Leandro Grass
O Iphan tem atuado na preservação do bem. O restauro dos painéis de azulejaria portuguesa foi concluído em maio de 2023, e a elaboração do projeto de restauração do edifício está em andamento.
A construção em estilo barroco colonial, datada entre os séculos 17 e 18, tem o teto ornamentado com ouro e pinturas religiosas, o que a fez a receber o apelido de “Igreja de Ouro” e ser reconhecida como patrimônio mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O prédio ainda contém painéis de azulejos portugueses, que reproduzem o nascimento de São Francisco, e talhas de madeira moldadas em ouro em pó.
A Igreja e Convento de São Francisco são considerados uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no mundo. Ambos também foram tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
MinC e Iphan aguardam a conclusão do inquérito sobre o incidente para adotar as medidas cabíveis.
Fonte: Agência GOV/Ministério da Cultura

Guilherme Paladino

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Ministra da Cultura visita Igreja de São Francisco de Assis e anuncia obras emergenciais

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