247 - O sociólogo Michel Misse, professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos mais respeitados especialistas do país em violência, criminalidade e segurança pública, morreu nesta quinta-feira (14), aos 74 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pelo <a href="https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/08/14/michel-misse-sociologo-morre-no-rio.ghtml">g1</a>. Misse, que lutava contra um câncer no pulmão, estava internado desde o fim de julho no Hospital Unimed Rio, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. A causa da morte não foi informada.
Misse foi fundador e coordenador do Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana (NECVU/UFRJ), referência acadêmica no tema. Filho de imigrantes libaneses e nascido em Cachoeiro de Itapemirim (ES), mudou-se para o Rio em 1967 para estudar. Em 1972, quando já era aluno da UFRJ e militante do PCdoB, foi preso e torturado no Quartel do Exército da Barão de Mesquita, na Tijuca. Mais tarde, tornou-se um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT).
Apaixonado pelo carnaval de rua carioca, Misse foi um dos criadores do bloco Maracangalha, que neste ano realizou seu 24º desfile em Botafogo, na Zona Sul. Sua trajetória uniu produção acadêmica, militância política e defesa da cultura popular.
Ele deixa a companheira, a socióloga Joana Vargas, três filhos — André, Daniel e Michel Filho — e dois netos, Laila e Tom. O velório será realizado nesta sexta-feira (15), no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), no Centro do Rio, das 10h às 15h. A cerimônia de cremação será restrita a familiares e amigos próximos.

Guilherme Levorato

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