247 – O sistema de transporte metroviário do Distrito Federal (Metrô-DF) atingiu, em 2024, a marca de 42,5 milhões de passageiros transportados. A estimativa revela a importância da Companhia do Metropolitano para a mobilidade urbana na capital brasileira, que movimenta em média 3,5 milhões de usuários por mês. No ano passado, os dados mostram que a arrecadação tarifária chegou a R$ 187 milhões, refletindo o aumento expressivo no número de passageiros. Conforme noticiado pela Agência Brasília, o Metrô-DF também registrou R$ 5,57 milhões em receitas extratarifárias, o que reforça a relevância das operações em todo o Distrito Federal.
A Estação Central, situada na Rodoviária do Plano Piloto, continua sendo a mais movimentada, com quase meio milhão de usuários mensais. Em segundo lugar, aparecem as estações Arniqueira (267.314), Águas Claras (262.352) e Shopping (260.642), enquanto a Praça do Relógio ocupa a quinta posição no ranking de maior movimento de passageiros.
Em relação ao número de viagens, foram 108.952 ao longo de 2024, com destaque para os meses de abril e agosto, quando houve maior concentração de operações. Para o diretor-presidente do Metrô-DF, Handerson Cabral, os resultados são fruto dos esforços diários para aprimorar o serviço prestado à população. “São ações que impactam a melhoria dos trens da Série 1000, por exemplo, na manutenção dos trilhos e na rede elétrica, bem como licitações para a aquisição de novos painéis informativos das estações”, enfatiza o gestor. “E iniciamos estudos para a aquisição de novos trens e também para determinar a viabilidade de implantação da Linha 2.”
<h3>Ampliação e modernização</h3>
A futura Linha 2 prevê a interligação de Gama, Santa Maria, Riacho Fundo, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante, Candangolândia e Cruzeiro à Rodoviária do Plano Piloto e à Esplanada dos Ministérios, expandindo consideravelmente o alcance do Metrô-DF. Paralelamente, já foi concluída a licitação para o prolongamento da Linha 1 em Samambaia, com contrato assinado e projetos executivos em fase de elaboração.
Enquanto isso, outro trecho da Linha 1, na região de Ceilândia, aguarda autorização do Tribunal de Contas do DF (TCDF) para a republicação do edital licitatório. A migração para o sistema de 138kV também segue em análise, cumprindo exigências de documentação técnica antes de iniciar o processo de licitação para contratação de estudos e projetos.
Para 2025, a meta do Metrô-DF é instalar 248 novos painéis digitais de informações sobre a chegada e a partida dos trens em todas as 27 estações. O investimento, orçado em R$ 13,7 milhões, foi viabilizado em dezembro, com a implantação dos equipamentos prevista para começar ainda neste ano.
<h3>Obras em Samambaia</h3>
A expansão da Linha 1 na região de Samambaia, que soma 3,6 km a partir da Estação Samambaia, também está em foco. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 400 milhões para a construção, enquanto o Governo do Distrito Federal (GDF) arcará com 10% do valor total.
Nesse novo trecho, serão criadas duas estações (nº 35 e nº 36), próximas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) local e ao Centro Olímpico. Além disso, o projeto contempla uma subestação retificadora, a implantação dos sistemas fixos referentes à expansão, três viadutos com passagem de pedestres integrada e quatro passarelas aéreas para pedestres e bicicletas nos principais pontos de circulação popular. O consórcio responsável pela obra, contratado em 2024, está finalizando os projetos executivos, e a previsão é de que cerca de 10 mil pessoas sejam beneficiadas, com conclusão estimada em quatro anos.

Redação Brasil 247

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Brasília

Metrô-DF ultrapassa 42,5 milhões de passageiros em 2024 e prepara ampla expansão em 2025

247 - O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (Sindmetrô-DF) realizou nesta quarta-feira (7) uma ação na estação Ceilândia Centro para alertar a população sobre o sucateamento intencional do Metrô de Brasília, atribuído ao governo do Distrito Federal sob a administração de Ibaneis Rocha. De acordo com o sindicato, desde 2019, quando o governador anunciou uma parceria público-privada, os usuários têm enfrentado problemas crescentes, que vão desde trens pegando fogo até frequentes atrasos e falta de funcionários. A categoria denuncia que apenas este ano, dois trens pegaram fogo, e houve inúmeras ocorrências de trens quebrados no meio do trajeto, falhas no sistema de energia, além de escadas rolantes e elevadores fora de operação. Segundo o Sindmetrô-DF, esses problemas são reflexo direto de uma queda significativa nos investimentos na companhia. “Comparado aos governos anteriores, o balanço patrimonial publicado no Diário Oficial do DF mostra uma redução de R$ 1,173 bilhões nos investimentos aplicados”, aponta a diretoria em seu perfil no Instagram. A situação é agravada pela falta de funcionários. O último concurso público para a contratação de novos empregados foi realizado em 2013, resultando em uma escassez de pessoal que impacta diretamente a venda de bilhetes e a arrecadação da empresa. O Sindmetrô-DF acusa o governo de usar essas deficiências operacionais para difamar a empresa pública e manipular a opinião pública em favor da privatização do serviço. “É um projeto que tem como intuito difamar a empresa pública e colocar a opinião da sociedade a favor da privatização,” afirma o sindicato. “E quem sofre é a população que fica refém de um sistema que se torna cada vez mais excludente.”  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20240807140852_bc10abf2ce10c285dd66630a26a05cfc881cd3deabe31291b798a722c264a06f.jpg" data-media-id="editor_0" data-image-id="20240807140852_bc10abf2ce10c285dd66630a26a05cfc881cd3deabe31291b798a722c264a06f" data-rendition-name="original" width="906" height="1600" loading="lazy" alt="sindimetro-df"></figure>

Sindmetrô-DF denuncia sucateamento intencional do Metrô de Brasília pelo governo Ibaneis Rocha

247– Nos últimos dias, o Metrô do Distrito Federal enfrentou novos episódios críticos que reacenderam a discussão sobre o estado do sistema e a possível privatização defendida pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). No sábado (13), um incêndio na Estação 114 Sul interrompeu os serviços, seguido por um problema nos freios de um trem na Estação Guará, na manhã de segunda-feira (15), que também gerou fumaça e atrasos significativos para os usuários.
A Companhia do Metrô-DF minimizou o segundo incidente, afirmando que não houve fogo, apenas fumaça causada por um vazamento de óleo nos freios. No entanto, a população sofreu com a interrupção do serviço, aumentando as críticas sobre a gestão e a manutenção do sistema, destaca reportagem do <a href="https://www.brasildefatodf.com.br/2024/07/17/novo-incendio-e-falhas-reaquecem-discussao-sobre-o-sucateamento-do-metro-df-no-governo-ibaneis">Brasil de Fato.</a>
Bruno Garcia, morador de Águas Claras, expressou sua frustração com a situação. "Escolhi morar perto de uma estação para ir ao trabalho de trem. Agora, virou uma constante essas falhas, que geram atrasos e, em alguns casos, incêndios, como vimos neste final de semana", disse Bruno, que contestou a explicação oficial do Metrô-DF, insistindo que o incidente de segunda-feira foi, de fato, um incêndio. "O Metrô de Brasília já foi muito bom, mas agora virou uma vergonha. O governo quer privatizar e, para ganhar apoio, deixou de investir no mínimo necessário, colocando a população em risco", afirmou Bruno.
SindMetroDF denuncia sucateamento
O Sindicato dos Metroviários do DF (SindMetro/DF) tem sido uma voz ativa na denúncia de falta de investimentos e na crítica ao que considera um projeto de sucateamento do sistema para justificar a privatização. Neiva Lopes, secretária de Comunicação e Mobilização do SindMetroDF, alertou para a gravidade da situação. "Estamos diante de uma tragédia anunciada. Se não houver investimentos maciços, poderemos perder vidas por descaso do Estado", destaca Neiva. Em abril, os metroviários se mobilizaram na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para chamar a atenção para a falta de profissionais e investimentos no sistema, que não realiza concursos há 11 anos.
Max Maciel, presidente da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU), também destacou a crise. "Os problemas atuais são resultado de anos de negligência. O sucateamento vem acontecendo há muito tempo, com recursos destinados às rodovias enquanto o metrô é negligenciado", afirmou Maciel. Ele mencionou a falta de profissionais essenciais e de manutenção adequada como fatores críticos.
<h3>Resposta do Metrô-DF</h3>
Em notas oficiais, a Companhia do Metrô-DF explicou as falhas recentes, afirmando que as ocorrências não envolveram fogo, mas sim problemas técnicos que geraram fumaça. Handerson Cabral, presidente da Companhia, destacou que o incêndio na Estação 114 Sul foi rapidamente controlado e que os trens envolvidos estavam com manutenções preventivas em dia. Ele mencionou um processo para aquisição de 15 novos trens, que está tramitando no Ministério das Cidades, com expectativa de financiamento pelo BNDES.
Cabral garantiu que não falta dinheiro para manutenção e que o governo tem honrado seus compromissos. Segundo ele, desde 2019, os investimentos em manutenção têm aumentado, com um orçamento previsto de até R$ 180 milhões para 2024.
O SindMetroDF questionou as declarações da Companhia, alegando que o sucateamento é uma estratégia para privatizar o modal. "Onde estão indo parar estes investimentos? Se foram para manutenção dos trens, por que as falhas vêm sendo recorrentes? E mais ainda, devemos questionar qual a responsabilidade dos gestores do Metrô-DF em permitir que os trens continuem circulando desta maneira, colocando a vida dos usuários e empregados do metrô em risco? Toda essa destruição faz parte do pacote, o projeto de difamação do metrô. Deixam tudo em ruínas para convencer que é necessário privatizar. Não podemos cair nessa armadilha. A população do Distrito Federal merece um transporte de qualidade e o Metrô, merece uma gestão que a respeite", &nbsp;questiona do Sindmetro/DF
Na manhã da última terça-feira (16), um ônibus articulado da Viação Marechal pegou fogo em Ceilândia. Apesar do susto, os 30 passageiros conseguiram sair a tempo e ninguém ficou ferido. O incidente foi registrado por transeuntes e divulgado pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
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Incêndios e falhas no Metrô-DF reacendem debate sobre sucateamento e privatização do transporte

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