247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou nesta segunda-feira (12) do Seminário Empresarial China-Brasil: Fortalecendo a Parceria Estratégica, realizado em Pequim, como parte da agenda oficial da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China. Silveira integrou o painel temático "Transição Energética e Sustentabilidade", onde ressaltou o papel do Brasil como protagonista na criação de uma matriz energética limpa, segura e atrativa para investidores.
Durante sua intervenção, o ministro enfatizou a importância da colaboração entre Brasil e China para o desenvolvimento de projetos estruturantes, como os voltados à exploração de minerais críticos. “Neste momento de transição energética, em que o mundo se volta para as terras raras e para os minerais essenciais, a China avançando na produção de urânio e energia nuclear, esses encontros entre nossos empresários são fundamentais. Eles não apenas aceleram a integração geopolítica, mas também impulsionam o desenvolvimento econômico e político, dando maior robustez às nossas economias”, afirmou Silveira.
O ministro também reforçou o compromisso do Governo Federal com uma transição energética justa e inclusiva, destacando que a mensagem do presidente Lula é clara: o fortalecimento do multilateralismo e do diálogo internacional. “Contem conosco sempre para promover pontes e criar um ambiente propício aos investimentos”, disse.
O seminário, organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com os ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, contou com a presença de aproximadamente 700 empresários de ambos os países, além de autoridades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, o vice-presidente da Conferência Consultiva de Política do Banco da China, Gao Yunlong, e o presidente do Conselho Chinês para Promoção de Investimentos Internacionais, Fang Aiqing. A programação incluiu painéis sobre investimentos e segurança alimentar, além de uma Sessão Ministerial com diversos representantes do governo brasileiro.
“Este fórum é mais uma prova de que China e Brasil constroem juntos uma história de sucesso. A minha delegação, com ministros, governadores e parlamentares aqui presentes, reflete a importância da parceria entre os dois países para um futuro compartilhado, mais justo e sustentável. Em 50 anos de relações bilaterais, nosso comércio cresceu aproximadamente 30 vezes, e isso demonstra que o potencial da relação é inesgotável”, declarou o presidente Lula, ao encerrar o seminário.
Atualmente, a China é o principal destino das exportações brasileiras, representando 28% do total exportado pelo Brasil. Além disso, é o maior investidor da Ásia no país. A ApexBrasil aponta que há mais de 400 oportunidades para diversificar as exportações brasileiras ao mercado chinês, com destaque para alimentos industrializados, proteína animal, bioenergia e produtos de maior valor agregado.
Ainda na segunda-feira, o ministro Alexandre Silveira participou da assinatura de um acordo entre a ApexBrasil e a Envision Energy, líder mundial em tecnologia verde. O acordo, que prevê a destinação de R$5 bilhões para projetos de Combustível Sustentável de Aviação (SAF, na sigla em inglês), é um dos maiores investimentos no setor. Esse acordo é resultado de um diálogo contínuo entre o Governo Federal e a empresa chinesa, iniciado em 2024. 
Em abril deste ano, Silveira esteve na China para discutir com lideranças da Envision Energy as oportunidades de investimentos e desenvolvimento entre os dois países, com foco em soluções para reduzir custos de produção e armazenamento de energia renovável, como turbinas eólicas inteligentes e sistemas integrados de Hidrogênio Verde e Amônia Verde.

Paulo Emilio

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Brasil Sustentável

Alexandre Silveira reforça importância de minerais críticos e energia renovável durante seminário empresarial na China

247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um volume recorde de financiamentos para projetos de biocombustíveis em 2023, totalizando R$ 2,6 bilhões. O valor é o mais alto em nove anos e está alinhado com a agenda verde do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), focada na descarbonização da economia, e reflete a importância atribuída aos biocombustíveis, como etanol, biometano e biodiesel, no contexto da Nova Política Industrial.&nbsp;
“A área de biocombustíveis é uma das prioridades da Nova Política Industrial. Com isso, há um movimento, dentro do banco, de se aproximar do agro e da cadeia de biocombustíveis como um todo. E temos percebido que há uma resposta do setor, que tem nos procurado para fazer investimentos e expandir a capacidade”, disse o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, ao jornal <a href="https://www.estadao.com.br/economia/bndes-biocombustiveis-desembolso-recorde/">O Estado de S. Paulo</a>.&nbsp;
Os financiamentos foram distribuídos por meio de quatro linhas principais: Finem, Mais Inovação, Renova Bio e Finame Direto, todas oferecendo condições atrativas com prazos e carências alongadas e juros mais acessíveis. Entre os projetos apoiados, destaca-se a construção de uma fábrica de etanol a partir de trigo e milho em Passo Fundo (RS), com um financiamento de R$ 729,7 milhões.
Além disso, foram destinados R$ 385 milhões para três plantas de biometano, com duas localizadas em São Paulo e uma no Rio Grande do Sul. Um dos projetos mais notáveis é a instalação de uma planta de biometano no maior aterro sanitário da América Latina, em Caieiras (SP), onde o biogás extraído do lixo será purificado para a produção de biometano, visando substituir o diesel em veículos pesados e máquinas agrícolas.
Para 2024, de acordo com a reportagem, o BNDES projeta superar o recorde de 2023 com o apoio do Fundo Clima, que dispõe de R$ 10,4 bilhões captados por meio de títulos soberanos sustentáveis no mercado internacional. No entanto, a alocação exata para os biocombustíveis ainda não foi definida.
O governo Lula planeja aumentar a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes de 21,4% para 50% até 2033. Este plano inclui várias iniciativas, como mudanças regulatórias no setor automotivo, o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) e a promoção de biocombustíveis marítimos. Gordon destacou que o biocombustível marítimo, em particular, pode impulsionar significativamente a demanda por etanol, especialmente após um acordo internacional visando zerar as emissões líquidas de carbono do transporte marítimo até 2050.
A legislação também está em foco, com o Congresso Nacional analisando a proposta de adição de biometano ao gás natural, similar às políticas de mistura de etanol na gasolina e biodiesel no diesel. Esta proposta, porém, enfrenta resistência da Petrobras e da indústria química, que calculam um aumento de custos de R$ 1,7 bilhão caso a adição atinja o limite máximo de 10%.
A estratégia de transição energética do governo, que prevê R$ 250 bilhões em financiamentos do BNDES até 2026 visando modernizar a matriz energética brasileira.&nbsp;

Economia

BNDES aprova R$ 2,6 bi em projetos de financiamentos para biocombustíveis em 2023, maior valor em 9 anos

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Alexandre Silveira reforça importância de minerais críticos e energia renovável durante seminário empresarial na China

BNDES aprova R$ 2,6 bi em projetos de financiamentos para biocombustíveis em 2023, maior valor em 9 anos

Cortes 247

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