247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta terça-feira (17), de uma reunião bilateral com o primeiro-ministro canadense Mark Carney, durante sua viagem ao país para a cúpula do G7. Lula chegou ao Canadá na noite de segunda-feira (16).
Nas redes sociais, Lula informou que o encontro abordou temas como democracia, multilateralismo, transição energética e o fortalecimento do comércio entre Brasil e Canadá. O presidente também agradeceu o convite para participar da cúpula e destacou que Carney confirmou presença na COP30, marcada para novembro, em Belém (PA).
“Reunião bilateral com o Primeiro-Ministro canadense Mark Carney. Conversamos sobre democracia, multilateralismo, transição energética e o estímulo ao comércio entre nossos países”, escreveu no X. “Agradeço o convite para participar do G7, Primeiro-Ministro. Fico feliz com a confirmação de sua ida à COP 30 em novembro, em Belém”.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Reunião bilateral com o Primeiro-Ministro canadense, <a href="https://twitter.com/MarkJCarney?ref_src=twsrc%5Etfw">@MarkJCarney</a>. Conversamos sobre democracia, multilateralismo, transição energética e o estímulo ao comércio entre nossos países. Agradeço o convite para participar do G7, Primeiro-Ministro. Fico feliz com a confirmação de sua… <a href="https://t.co/PCP7QHf8uJ">pic.twitter.com/PCP7QHf8uJ</a>&mdash; Lula (@LulaOficial) <a href="https://twitter.com/LulaOficial/status/1935072527128424467?ref_src=twsrc%5Etfw">June 17, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Bianca Penteado

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, é recebido pelo Primeiro-Ministro do Canadá, Mark Carney

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Mundo

Lula participa de reunião bilateral com primeiro-ministro do Canadá

KANANASKIS, ALBERTA (Reuters) - Em uma atitude surpreendente, o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, disse nesta segunda-feira que havia concordado com o presidente dos EUA, Donald Trump, que os dois países deveriam tentar fechar um novo acordo econômico e de segurança em 30 dias.
O anúncio foi feito apenas algumas horas depois de autoridades canadenses dizerem que ambos os lados ainda tinham muito trabalho pela frente antes de poderem fechar o acordo.
Carney, que venceu a eleição de abril com a promessa de lutar contra as tarifas de Trump, está pressionando por um novo relacionamento econômico e de segurança com os EUA.
Os dois líderes se encontraram anteriormente à margem de uma cúpula do G7 em Alberta, com Trump reiterando sua preferência por tarifas.
"O primeiro-ministro Carney e o presidente Trump... compartilharam atualizações sobre questões-chave levantadas nas negociações sobre um novo relacionamento econômico e de segurança entre o Canadá e os EUA", disse o gabinete de Carney em um comunicado.
"Para esse fim, os líderes concordaram em prosseguir com as negociações para um acordo dentro dos próximos 30 dias."
Um porta-voz de Carney confirmou que o texto da declaração significava que os dois lados queriam um acordo nos próximos 30 dias.
O gabinete de Carney não respondeu imediatamente quando questionado se a declaração significava que Ottawa havia aceitado a ideia de que algumas tarifas dos EUA seriam mantidas.
Trump disse anteriormente que um novo acordo com o Canadá era possível, mas enfatizou que as tarifas tinham que desempenhar um papel -- posição à qual o governo canadense se opõe fortemente.
"Eu tenho um conceito de tarifa. Mark tem um conceito diferente... vamos ver se conseguimos chegar ao fundo disso", disse Trump. "Eu gosto de tarifas."
O Canadá, principal fornecedor de aço e alumínio para os Estados Unidos, enfrenta tarifas impostas por Trump sobre metais e sobre exportações de automóveis.
Carney disse na semana passada que os países estavam em negociações intensas sobre as tarifas. Ao mesmo tempo, ele afirmou que o Canadá estava preparando represálias para o caso de as negociações não terem sucesso.
O otimismo de que um acordo poderia ser concluído rapidamente diminuiu nos últimos dez dias, com autoridades canadenses dizendo reservadamente que os Estados Unidos não parecem ter pressa.
"Estamos no meio de uma discussão -- não chegamos ao fim dela. Nossa posição é que não devemos impor tarifas sobre as exportações canadenses para os Estados Unidos", disse Kirsten Hillman, embaixadora do Canadá em Washington.
"Continuaremos conversando até encontrarmos um acordo que seja o melhor que possamos conseguir para o Canadá", acrescentou ela aos repórteres, depois que Carney se encontrou com Trump.

Presidente dos EUA, Donald Trump, e primeiro-ministro canadense, Mark Carney, durante encontro do G7, em Kananaskis, Alberta, Canadá
16/06/2025


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Primeiro-ministro do Canadá e Trump concordam em buscar acordo econômico em 30 dias

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, e confirmou oficialmente sua participação na 51ª cúpula do G7, marcada para ocorrer entre os dias 15 e 17 de junho, na cidade de Kananaskis, no estado canadense de Alberta, destaca a <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/politica/em-conversa-com-premier-canadense-lula-confirma-ida-ao-g7/">CNN Brasil.</a>&nbsp;
O Brasil, que havia sido excluído das reuniões do grupo por anos, voltou a ser convidado a participar em 2023. Na ocasião, Lula esteve presente como convidado nos debates realizados na Itália. A edição deste ano pode marcar o primeiro encontro presencial entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que assumiu o segundo mandato no início deste ano.
Durante entrevista recente na França, Lula ironizou os planos expansionistas do líder estadunidense ao confirmar sua ida ao Canadá. “Vou participar do G7 antes que os EUA anexem o Canadá como estado americano. Aproveitar esse pouco tempo de respiro que o Canadá tem como soberano”, disse Lula, numa crítica às intenções declaradas por Trump em diversas ocasiões.&nbsp;
A aproximação com Mark Carney, que assumiu o cargo de primeiro-ministro em abril deste ano, também está no centro da estratégia diplomática do Brasil. Ao parabenizá-lo pela vitória eleitoral, Lula manifestou o interesse em fortalecer os laços comerciais entre o Mercosul e o Canadá, sinalizando que a viagem à cúpula será mais do que protocolar.

Paulo Emilio

Brasil

Lula confirma presença em reunião do G7 no Canadá

Por David Ljunggren e Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, visitou a Casa Branca nesta terça-feira para suas primeiras conversas com Donald Trump e disse sem rodeios ao presidente dos Estados Unidos que o Canadá nunca estará à venda.
Carney venceu a eleição de 28 de abril com a promessa de enfrentar Trump, que impôs tarifas sobre alguns produtos canadenses e frequentemente cogita anexar o país.
Embora Carney tenha repetidamente chamado essas atitudes de traição, os dois líderes demonstraram pouca animosidade durante uma sessão de abertura no Salão Oval em que ambos elogiaram-se mutuamente.
Trump disse que os dois lados não iriam discutir a possibilidade de o Canadá se tornar parte dos Estados Unidos, mas avaliou que seria "um casamento maravilhoso".
Carney rejeitou a ideia com firmeza.
"Não está à venda, não estará à venda -- nunca", disse ele.
"Nunca diga nunca, nunca diga nunca", disse Trump.
Trump, cuja política tarifária abalou os mercados mundiais, disse que ele e Carney iriam discutir "pontos difíceis", em alusão à crença do presidente de que os EUA podem prescindir dos produtos canadenses, ponto abordado longamente por ele durante a conversa no Salão Oval.
"Independentemente de qualquer coisa, seremos amigos do Canadá. O Canadá é um lugar muito especial para mim", disse, acrescentando que os Estados Unidos sempre protegerão o país vizinho.
O Partido Liberal de Carney prometeu aos eleitores criar uma nova relação econômica e de segurança bilateral com Washington e diversificar uma economia fortemente dependente das exportações aos EUA.
Antes da visita, Carney minimizou as expectativas de um avanço nas negociações. De fato, quando questionado se Carney poderia dizer algo para persuadi-lo a suspender as tarifas, Trump respondeu: "Não".
ACORDO COMERCIAL EM FOCO - Os comentários de Carney sobre uma nova relação econômica colocaram em dúvida o futuro do Acordo EUA-México-Canadá, assinado por Trump durante seu primeiro mandato na Casa Branca, mas do qual se distanciou. Ele deverá ser revisado em 2026.
Carney evitou sugerir uma grande reforma, dizendo apenas que alguns pontos sobre o pacto precisavam ser mudadas, enquanto Trump descreveu o acordo como bom e ótimo para todos os países.
Trump tinha relações notoriamente ruins com Justin Trudeau, o antecessor de Carney, e durante a reunião criticou ele e a ex-ministra das Relações Exteriores, Chrystia Freeland, pela forma como negociaram o USMCA.
Apesar do abismo entre as duas nações em questões importantes, a reunião não deu sinais de que iria descambar para as trocas acaloradas que marcaram a visita do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy em 28 de fevereiro.
O Canadá é o segundo maior parceiro comercial individual dos EUA, depois do México, e o maior mercado de exportação de produtos norte-americanos. Mais de US$760 bilhões em mercadorias circularam entre os dois países no ano passado.

Leonardo Sobreira

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, durante encontro na Casa Branca em Washington, D.C., EUA - 06/05/2025

Carney, do Canadá, diz que país não está à venda e Trump reage: "nunca diga nunca"

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, parabenizou o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, por sua vitória nas eleições antecipadas realizadas na segunda-feira (28), durante uma conversa telefônica. Segundo informou nesta terça-feira (29) o gabinete de Carney, os dois líderes concordaram em se reunir pessoalmente em breve.
“O presidente Trump parabenizou o primeiro-ministro Carney por sua recente eleição. Os líderes concordaram sobre a importância de Canadá e Estados Unidos trabalharem juntos – como nações independentes e soberanas – para o bem mútuo. Com esse objetivo, os dois concordaram em se encontrar pessoalmente em um futuro próximo”, afirmou o gabinete em nota oficial.
Na segunda-feira, a emissora CTV News informou que o Partido Liberal do Canadá, liderado por Carney, venceu as eleições ao conquistar cadeiras suficientes no parlamento para formar governo.
Em seu discurso de vitória, Carney declarou que o Canadá está “superando o choque da traição americana”, e acrescentou que o país “nunca deve esquecer as lições”.
Carney tornou-se primeiro-ministro do Canadá em 14 de março, após a renúncia de Justin Trudeau, e anunciou eleições parlamentares antecipadas uma semana depois. Seu principal adversário foi o Partido Conservador, liderado por Pierre Poilievre.
A vitória de Carney surge após constantes ameaças de anexação do Canadá feitas por Trump. Além disso, a partir de março, o governo Trump implementou tarifas de 25% sobre produtos canadenses, incluindo aço e alumínio, automóveis e diversos outros itens não contemplados pelo Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA). Em retaliação, o Canadá impôs suas próprias tarifas de 25% sobre produtos fabricados nos Estados Unidos. (Com informações da Sputnik).&nbsp;

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Após tensões, Trump parabeniza Mark Carney por vitória eleitoral no Canadá

247 - O Partido Liberal do Canadá, liderado por Mark Carney, saiu vitorioso das eleições gerais realizadas nesta segunda-feira (28), derrotando o Partido Conservador, comandado por Pierre Poilievre. As informações são da agência Reuters. Embora os liberais não tenham alcançado maioria absoluta na Câmara, a vitória marca o início de um novo ciclo político no país, com fortes sinais de rompimento da dependência aos Estados Unidos sob a presidência de Donald Trump.
“Estamos mais uma vez em um daqueles momentos decisivos da história”, declarou Carney em seu discurso na sede do Partido Liberal, em Ottawa, na noite da eleição. “Nosso antigo relacionamento com os Estados Unidos, um relacionamento baseado em uma integração cada vez maior, acabou.”
Segundo o novo primeiro-ministro canadense, o modelo de comércio global liderado por Washington está esgotado. “Esse sistema, embora não seja perfeito, ajudou a trazer prosperidade ao nosso país por décadas. Mas acabou”, afirmou.
Em um discurso repleto de afirmações contundentes e com forte apelo nacionalista, Carney foi direto ao apontar a postura hostil do atual governo norte-americano: “Como venho alertando há meses, a América quer nossa terra, nossos recursos, nossa água, nosso país. O presidente Trump está tentando nos destruir para que os Estados Unidos possam nos dominar. Isso nunca, jamais acontecerá.”
O futuro das relações bilaterais com os EUA foi um dos temas centrais da campanha e dominou o pronunciamento da vitória. “Quando eu me sentar com o presidente Trump, será para discutir o futuro relacionamento econômico e de segurança entre duas nações soberanas”, declarou. “Temos muitas, muitas outras opções além dos Estados Unidos para construir prosperidade para todos os canadenses.”
Carney enfatizou que o Canadá está pronto para defender seus interesses com autonomia e determinação. “Lutaremos com tudo o que temos para conseguir o melhor acordo para o Canadá. Protegeremos nossos trabalhadores e empresas e, acima de tudo, construiremos um futuro independente para o nosso grande país”, disse. “Aqui é o Canadá e nós decidimos o que acontece aqui.”
A vitória liberal foi celebrada com entusiasmo por seus apoiadores. Apesar da campanha marcada por tensões e fortes polarizações, Carney adotou um tom respeitoso ao mencionar seu adversário: “Quero parabenizar Pierre Poilievre por uma campanha árdua, justa e boa, e por seu comprometimento com o país que ambos amamos.”
Ao final, reafirmou seu compromisso com a governabilidade e a construção de consensos: “Para aqueles que foram eleitos, especialmente os liberais que foram eleitos, estou ansioso para trabalhar juntos para fazer a diferença para os canadenses.” Ele também prometeu cooperar “construtivamente com todos os partidos do parlamento”.
Ao todo, os eleitores escolheram 343 membros do parlamento. A eleição foi acompanhada de perto em razão de temas sensíveis como o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos e os debates internos sobre a eventual transformação de províncias em um “51º estado” norte-americano — questão que gerou polêmica durante a campanha.
A formação do novo governo liberal sem maioria absoluta colocará à prova a capacidade de Carney de construir pontes no Parlamento e de reafirmar a soberania canadense em um cenário geopolítico cada vez mais volátil.

José Reinaldo

Mark Carney faz o discurso da vitória nas eleições canadenses

Liberais vencem eleição no Canadá e prometem nova era de soberania frente aos EUA

247 – Em pronunciamento contundente feito na última quinta-feira (3), o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou que o país está preparado para assumir o protagonismo na liderança econômica global, diante do que classificou como um “rompimento” do sistema comercial internacional liderado pelos Estados Unidos. As declarações foram publicadas <a href="https://www.rt.com/news/615252-us-canada-world-leader/">originalmente pela RT</a>.
A fala de Carney veio em resposta ao novo pacote de tarifas imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que iniciou seu segundo mandato em 2025. As medidas incluem sobretaxas de até 49% sobre produtos de diversos países, além de um aumento específico de 25% sobre veículos e peças automotivas canadenses que não cumpram com as normas do USMCA – o acordo de livre comércio entre Estados Unidos, Canadá e México.
Segundo Carney, “o sistema de comércio global ancorado nos Estados Unidos, no qual o Canadá confiou desde o fim da Segunda Guerra Mundial, acabou. Um sistema que, embora imperfeito, proporcionou prosperidade ao nosso país por décadas, chegou ao fim. Nosso antigo relacionamento de integração cada vez mais profunda com os EUA terminou”.
O primeiro-ministro classificou as ações dos Estados Unidos como uma “tragédia” que alterou profundamente a realidade econômica mundial, mas destacou que o Canadá está preparado para preencher o vazio de liderança deixado por Washington. “O Canadá deve buscar novos parceiros para expandir nosso comércio, fortalecer nossa economia e proteger nossa soberania. Estamos prontos para liderar a construção de uma coalizão de países com valores semelhantes aos nossos”, afirmou.
A decisão de Trump foi anunciada em uma cerimônia chamada por ele de “dia da libertação”, em referência ao suposto desequilíbrio na balança comercial dos Estados Unidos. Para o presidente norte-americano, os novos impostos visam corrigir a diferença entre importações e exportações. No entanto, Carney alertou que a medida poderá “romper a economia global”.
Além disso, Trump acusou o Canadá de receber um “subsídio implícito” de aproximadamente US$ 200 bilhões anuais por parte de Washington e sugeriu, de maneira provocativa, que a melhor solução para o impasse comercial seria tornar o Canadá o 51º estado dos Estados Unidos – uma ideia que tem sido veementemente rejeitada por líderes canadenses e pela opinião pública.
Uma pesquisa recente conduzida pela YouGov revelou que 77% dos canadenses se opõem à ideia de uma fusão com os Estados Unidos, enquanto apenas 15% se mostram favoráveis.
A resposta do governo canadense às tarifas norte-americanas incluiu retaliações específicas: todos os veículos e componentes automotivos importados dos EUA que não estejam em conformidade com as regras do USMCA passarão a ser taxados. O objetivo, segundo Carney, é proteger a indústria canadense e reafirmar a independência econômica do país.
Com esse posicionamento, o Canadá se reposiciona no cenário internacional como uma voz ativa em defesa do multilateralismo e da cooperação entre nações que compartilham valores democráticos e comprometimento com regras justas de comércio.

Redação Brasil 247

Carney diz que Canadá está pronto para liderar a economia global

OTTAWA (Reuters) - O novo primeiro-ministro canadense, Mark Carney, convocou no domingo eleição antecipada para 28 de abril, dizendo que precisa de um mandato forte para lidar com a ameaça que as tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, representam para a economia.
Embora a próxima eleição não estivesse marcada para antes de 20 de outubro, Carney espera capitalizar a recuperação notável de seu partido Liberal nas pesquisas desde janeiro, quando Trump começou a ameaçar o Canadá e o ex-primeiro-ministro Justin Trudeau anunciou sua renúncia.
"Estamos enfrentando a crise mais significativa de nossas vidas devido às ações comerciais injustificadas do presidente Trump e suas ameaças à nossa soberania", disse Carney.
"Há muito mais a ser feito para proteger o Canadá. Investir no Canadá, construir o Canadá, unir o Canadá. É por isso que estou pedindo um forte mandato positivo dos meus compatriotas canadenses. Acabei de solicitar que a governadora geral dissolva o Parlamento e convoque uma eleição para 28 de abril, e ela concordou", afirmou Carney aos repórteres depois que a governadora geral -- representante pessoal do rei Charles, chefe de Estado do Canadá -- aprovou seu pedido de eleição.
Carney, ex-banqueiro central por duas vezes e sem experiência anterior em campanhas políticas ou eleitorais, conquistou a liderança Liberal há duas semanas ao convencer os membros do partido de que era a melhor pessoa para enfrentar Trump.
Agora, ele tem cinco semanas para conquistar os canadenses. As pesquisas sugerem que os liberais, que estão no poder desde 2015 e apareciam muito atrás dos conservadores da oposição no início do ano, agora estão ligeiramente à frente de seus rivais.
"Passamos de uma eleição em que as pessoas queriam mudanças para uma eleição que é realmente muito mais sobre liderança", disse Darrell Bricker, presidente-executivo da Ipsos Public Affairs.
"A capacidade dos conservadores de atacar os liberais diminuiu muito, porque as pessoas estão concentradas no aqui e agora e no futuro próximo, e não no que aconteceu nos últimos 10 anos", afirmou ele por telefone.

Premiê do Canadá convoca eleições antecipadas e pede mandato para enfrentar Trump

247 - O novo primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou nesta sexta-feira que não tem planos de visitar os Estados Unidos, mas que espera poder conversar com o presidente norte-americano Donald Trump no momento oportuno. As informações são da agência Sputnik.
"Com relação ao presidente, não tenho planos de ir aos Estados Unidos. Estou ansioso para falar com ele no momento apropriado", disse Carney aos jornalistas após ter tomado posse.
Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro afirmou que viajará para a França e o Reino Unido para discutir questões econômicas e de segurança com o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer.
"Recebi perguntas sobre uma viagem a Paris e Londres nos próximos dias. Recebi um convite do presidente da França para discutir diversos temas, tanto econômicos quanto comerciais, para reforçar essas relações, e também questões relacionadas à segurança na Europa e no Canadá. Discussões semelhantes ocorrerão com o primeiro-ministro do Reino Unido", afirmou Carney.
Trump disse na terça-feira (11) que instruiu seu governo a impor uma tarifa de 25% sobre todo o aço e alumínio provenientes do Canadá, aumentando posteriormente essa tarifa para 50%. Mais tarde, nesta semana, Ottawa anunciou que aplicará tarifas recíprocas de 25% sobre importações adicionais dos Estados Unidos no valor de 29,8 bilhões de dólares.

Luis Mauro Filho

Novo primeiro-ministro canadense diz que não planeja visitar os EUA

247 - Nesta sexta-feira (14), o economista Mark Carney foi empossado oficialmente como primeiro-ministro do Canadá, marcando uma nova era na política canadense. Ex-dirigente do Banco do Canadá e do Banco da Inglaterra, Carney assume o cargo em um momento delicado, com o país enfrentando tensões comerciais com os Estados Unidos, liderados por Donald Trump, cujas tarifas podem impactar significativamente a economia canadense, altamente dependente do comércio com o vizinho, destca da Reuters.
A cerimônia de posse ocorreu na presença da governadora-geral Mary Simon, representante do rei Charles 3º, chefe de Estado do Canadá. Carney, de 59 anos, prestou juramento e anunciou uma reformulação em seu gabinete, com o objetivo de enfrentar os desafios impostos por Washington. Entre as mudanças, destacam-se a nomeação de Dominic LeBlanc para a pasta de Comércio Internacional e a substituição de LeBlanc no Ministério das Finanças por Francois-Philippe Champagne. A chanceler Melanie Joly permaneceu em seu cargo.
"Estamos construindo um governo que atende ao momento. Os canadenses esperam ação —e é isso que esta equipe vai entregar", afirmou Carney em uma publicação no X (antigo Twitter). "Um gabinete menor e experiente que se move mais rápido protege nossa economia e o futuro do Canadá."
A ascensão de Carney ao cargo de primeiro-ministro é histórica, já que ele se torna o primeiro premiê canadense sem experiência política formal. Sua trajetória como ex-presidente do Banco do Canadá e do Banco da Inglaterra foi decisiva para convencer o Partido Liberal de que ele é a pessoa ideal para lidar com as tensões comerciais com os EUA.
Carney já anunciou que viajará a Londres e Paris na próxima semana, em uma tentativa de fortalecer alianças com a Europa, enquanto as relações com os Estados Unidos atingem níveis críticos. O novo premiê também deixou claro que está pronto para dialogar com Trump, mas apenas quando "houver respeito pela soberania canadense" — uma referência às declarações do presidente americano, que já sugeriu anexar o Canadá como o "51º estado americano".
"Manteremos tarifas retaliatórias sobre produtos dos EUA até que o vizinho mostre respeito", afirmou Carney em entrevista coletiva na quarta-feira (12). A chanceler Joly confirmou que esforços estão em andamento para marcar uma ligação entre Carney e Trump nos próximos dias.
Apesar de sua recente posse, Carney já enfrenta pressões políticas internas. Segundo fontes do Partido Liberal, ele deve convocar uma eleição antecipada nas próximas duas semanas. Caso contrário, os partidos de oposição ameaçam derrubar o governo minoritário liberal em um voto de confiança no final de março. Pesquisas de opinião indicam que a disputa eleitoral será acirrada, com os conservadores e os liberais empatados, sem perspectivas de maioria parlamentar.
Enquanto isso, Carney terá suas mãos atadas politicamente, já que as convenções eleitorais limitam suas ações como primeiro-ministro em campanha. A ex-ministra das Finanças Chrystia Freeland, cuja renúncia em dezembro passado desencadeou a crise que levou à saída de Justin Trudeau, assume agora o Ministério dos Transportes.
Com um cenário político e econômico desafiador, Carney promete liderar um governo ágil e experiente, mas seu futuro no cargo ainda é incerto, dependendo dos desdobramentos das próximas semanas.

Camila França

Mark Carney assume como primeiro-ministro do Canadá e enfrenta desafios com os EUA

Reuters - Mark Carney, futuro primeiro-ministro do Canadá, reuniu-se nesta segunda-feira com o atual líder do país, Justin Trudeau, para discutir os detalhes da transição de poder. Carney, que assumirá o cargo nas próximas semanas, prometeu uma transição rápida e eficiente, visando garantir a continuidade das políticas governamentais e a estabilidade do país em um momento de desafios econômicos e políticos.
A reunião ocorreu em meio a expectativas sobre como o novo governo lidará com questões urgentes, como as tarifas impostas pelos Estados Unidos sob a administração de Donald Trump e a preparação para as eleições gerais canadenses, previstas para o final do ano. Carney, ex-governador do Banco do Canadá e do Banco da Inglaterra, é visto como uma figura experiente para enfrentar os desafios econômicos globais e as tensões comerciais com os EUA.
Em declarações à imprensa após o encontro, Carney destacou a importância de uma transição ordenada. "Estamos comprometidos em garantir que a mudança de governo seja suave e que os interesses dos canadenses sejam protegidos", afirmou. Ele também enfatizou a necessidade de fortalecer as relações comerciais internacionais e de buscar soluções para as tarifas americanas, que têm impactado setores-chave da economia canadense.
Justin Trudeau, que está encerrando seu mandato, elogiou a experiência de Carney e expressou confiança em sua capacidade de liderar o país. "Estou certo de que o Canadá está em boas mãos com Mark Carney. Sua visão e experiência serão fundamentais para os desafios que enfrentamos", disse Trudeau.
A transição ocorre em um momento delicado para o Canadá, que enfrenta pressões tanto no cenário doméstico quanto internacional. Além das tarifas impostas por Trump, o país também lida com questões internas, como a recuperação econômica pós-pandemia e a necessidade de investimentos em infraestrutura e tecnologia.
Analistas políticos destacam que a experiência de Carney em instituições financeiras internacionais pode ser um trunfo para o Canadá, especialmente em negociações comerciais complexas. No entanto, ele também enfrentará o desafio de unir um país politicamente dividido e preparar-se para as eleições gerais, que prometem ser disputadas.
Enquanto isso, os canadenses aguardam ansiosamente os primeiros passos do novo governo, que terá a tarefa de equilibrar as demandas domésticas com as complexidades do cenário global.

Leonardo Lucena

Futuro primeiro-ministro do Canadá se reúne com Trudeau e promete transição rápida

247 - O ex-banqueiro central Mark Carney venceu a disputa para se tornar líder do Partido Liberal do Canadá e sucederá Justin Trudeau como primeiro-ministro, mostraram os resultados oficiais divulgados neste domingo (9). Carney deve realizar uma eleição geral até o prazo máximo de 20 de outubro.
O novo líder do Partido Liberal fez um discurso após o anúncio e rechaçou a fala do presidente dos EUA, Donald Trump, em anexar o Canadá como o 51º estado de seu país.
<blockquote>'O Canadá nunca fará parte dos EUA', afirmou.&nbsp;</blockquote>
Carney assumirá em um momento turbulento no Canadá, que está no meio de uma guerra comercial com seu aliado de longa data e precisa realizar uma eleição geral em breve. A votação pode ser convocada já nesta semana.
Ele obteve 86% dos votos para derrotar a ex-ministra das Finanças Chrystia Freeland em uma disputa na qual pouco menos de 152.000 membros do partido votaram.
Carney, um novato na política de 59 anos, argumentou que estava melhor posicionado para revigorar o partido e supervisionar as negociações comerciais com o presidente dos EUA, que ameaça impor tarifas adicionais que podem prejudicar a economia canadense. Ele é considerado um economista talentoso que conseguiu salvar a economia do Canadá do colapso durante a crise financeira de 2008.&nbsp;
Trudeau anunciou em janeiro que deixaria o cargo após mais de nove anos no poder, já que sua taxa de aprovação despencou, forçando o Partido Liberal a realizar uma rápida disputa para substituí-lo. (Com agências).&nbsp;

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