247 - O Ministério Público do Rio Grande do Sul, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), realizou nesta terça-feira (20) uma operação para investigar o atacante Ênio, de 24 anos, jogador do Juventude, por suspeita de envolvimento em esquema de manipulação de resultados em partidas da Série A do Campeonato Brasileiro. A ação também atinge outros investigados e foi solicitada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), informa a <a href="https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2025/05/ministerio-publico-faz-operacao-contra-jogador-do-juventude-por-suspeita-de-manipulacao-de-resultados.shtml?utm_source=bluesky&amp;utm_medium=social&amp;utm_campaign=bskfolha">Folha de S. Paulo</a>.
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão: um na residência do atleta e outro no estádio Alfredo Jaconi, especificamente no armário pessoal do jogador. A operação tem como objetivo reunir provas relacionadas aos crimes de organização criminosa e estelionato, em um contexto de manipulação de apostas esportivas que, segundo o MP, "prejudicaram centenas de pessoas para favorecer algumas".
Clube colabora e acompanha investigação - Em nota oficial, o Esporte Clube Juventude confirmou que foi informado da ação do Gaeco e que colaborou com o fornecimento de todos os acessos solicitados, tanto no estádio quanto no centro de treinamento. A direção da equipe destacou que "permanece atenta aos desdobramentos da ação" e reforçou seu "total interesse em acompanhar o completo esclarecimento dos fatos".
A defesa de Ênio ainda não havia sido localizada até a publicação da matéria.
Apostadores teriam informações privilegiadas - De acordo com as investigações, o suposto esquema envolvia informações privilegiadas sobre momentos específicos em que o jogador receberia cartões amarelos, o que despertou alertas em plataformas de apostas. O primeiro indício surgiu ainda na estreia do Juventude na Série A, em partida contra o Vitória. O segundo alerta ocorreu em 10 de maio, no jogo contra o Fortaleza.
Após esse segundo episódio, o clube gaúcho voltou a se manifestar publicamente, reafirmando seu "total e irrestrito compromisso com a integridade" e anunciando que adotaria medidas internas. Desde então, Ênio foi afastado e não participou do jogo seguinte, contra o Fluminense, no último domingo (18).
Atleta nega irregularidades - Na ocasião do primeiro alerta, Ênio usou suas redes sociais para negar qualquer conduta imprópria. “Sempre tive uma conduta correta e trabalhei muito ao longo dos anos para voltar a um clube da Série A”, afirmou o jogador na época.
Na temporada 2025 do Campeonato Brasileiro, o atacante já recebeu cinco cartões amarelos. O Gaeco segue investigando o caso em conjunto com a CBF para verificar a existência de um esquema maior envolvendo casas de apostas e a manipulação de eventos esportivos.

Guilherme Levorato

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Esporte

Ministério Público faz busca e apreensão contra Ênio, atacante do Juventude

247 - A Polícia Federal indiciou o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por suspeita de envolvimento em um esquema de manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro de 2023. Outras nove pessoas também foram indiciadas, entre elas, parentes e amigos do jogador. As informações são do <a href="https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/04/15/pf-indicia-bruno-henrique-do-flamengo-e-outros-nove-por-suposta-manipulacao-em-jogo.ghtml">G1.</a>
De acordo com a investigação, Bruno Henrique teria provocado intencionalmente uma falta durante a partida contra o Santos para receber um cartão amarelo. A ação teria beneficiado apostadores ligados ao jogador, incluindo seu irmão, cunhada e dois amigos. O lance ocorreu nos acréscimos do segundo tempo e resultou na expulsão do atleta.
Em novembro de 2024, a Polícia Federal realizou 12 mandados de busca e apreensão em diferentes cidades: Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG). Na ocasião, Bruno Henrique não se manifestou publicamente. O Flamengo, em nota, reiterou apoio ao atleta e afirmou confiar em sua conduta.
<blockquote>&nbsp;“O Clube ainda não teve acesso aos autos do inquérito, uma vez que o caso corre em segredo de justiça, mas é importante registrar que, ao mesmo tempo em que apoiará as autoridades, dará total suporte ao atleta Bruno Henrique, que desfruta da nossa confiança e, como qualquer pessoa, goza de presunção de inocência”, destacou o clube na nota divulgada em novembro.</blockquote>
O indiciamento indica que, na visão da Polícia Federal, há indícios suficientes da prática de crime por parte dos envolvidos. Agora, o caso será analisado pelo Ministério Público, que decidirá se apresenta ou não denúncia à Justiça.
<h3>Processo desportivo foi arquivado</h3>
Paralelamente à investigação criminal, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) analisou o mesmo episódio e decidiu, em setembro de 2024, arquivar o processo disciplinar contra Bruno Henrique. No relatório, o tribunal apontou que o lance “foi um lance comum” e poderia ser “interpretado como lance normal, sem falta”.
O documento também considerou que o lucro com as apostas suspeitas foi considerado “ínfimo”. Os valores das apostas variavam entre R$ 1,5 mil e R$ 3,05 mil, com lucros que chegavam a no máximo R$ 6,1 mil.
Veja os principais valores das apostas:
<ul>
 <li>&nbsp;R$ 3,05 mil para ganhar R$ 9,150 mil (lucro de R$ 6,1 mil)</li>
 <li>&nbsp;R$ 2,3 mil para ganhar R$ 7 mil (lucro de R$ 4,7 mil)</li>
 <li>&nbsp;R$ 1,5 mil para ganhar R$ 4,55 mil (lucro de R$ 3,05 mil)</li>
</ul>
Além disso, o STJD considerou que a prática de forçar cartões é comum no Campeonato Brasileiro, especialmente quando um jogador está “pendurado” e há um jogo de maior relevância na sequência. No caso, Bruno Henrique cumpriu suspensão contra o Fortaleza e ficou livre para enfrentar o Palmeiras, adversário direto na briga pelo título.
A defesa do atacante também utilizou esse argumento em sua defesa, alegando que a condição de “pendurado” era pública e que o aumento nas apostas se deu de forma natural por esse motivo.
Apesar do arquivamento na esfera esportiva, o STJD pode reabrir o caso caso sejam apresentadas novas evidências pela Polícia Federal ou pelo Ministério Público.
Bruno Henrique segue treinando normalmente com o elenco do Flamengo e foi relacionado para a viagem a Belo Horizonte nesta terça-feira (15).

Laís Gouveia

PF indicia Bruno Henrique, do Flamengo, e outros nove por suposta manipulação em jogo

Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil
Após quase um ano de funcionamento, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas aprovou, nesta quarta-feira (19), o relatório final, encerrando os trabalhos do colegiado.
No documento, conhecido desde fevereiro - quando a leitura do texto foi adiada - o relator, senador Romário (PL-RJ), pede o indiciamento dos empresários William Pereira Rogatto e Thiago Chambó Andrade, e ainda de Bruno Tolentino, tio do jogador de futebol profissional Lucas Paquetá.
Aprovado com um único voto contrário, do senador Girão (Novo-CE), o relatório sugere aprimoramentos na legislação brasileira para torná-la mais efetiva no combate à manipulação de resultados e fraudes no mercado de apostas.
“O cenário atual do futebol brasileiro encontra-se em um momento delicado e preocupante, no qual a integridade do esporte mais popular do planeta está sendo constantemente questionada”, diz o documento, ao tecer considerações sobre a sistemática adotada no futebol brasileiro.
Em maio de 2024, a Federação Inglesa de Futebol (FA) acusou Paquetá de cometer faltas durante partidas de seu time, o West Ham, com o único objetivo de permitir a pessoas próximas, previamente informadas de suas intenções, manipulassem o mercado de apostas.
O meio-campista, que já jogou pelo Flamengo, Milan e pela seleção brasileira, e cujo julgamento na Inglaterra começou ontem (18), nega as acusações. O relatório da CPI do Senado, contudo, aponta que o tio de Paquetá integra a lista de apostadores suspeitos investigados ao longo do último ano, identificando movimentações financeiras suspeitas.
O documento indica que o ex-jogador e empresário Bruno Lopez de Moura, também investigado, não só admitiu aos membros da comissão que participava do esquema de manipulação de jogos, como afirmou ter recebido informações privilegiadas sobre os jogos de que Paquetá participou – e nos quais ele apostou.
Moura não foi indiciado pela CPI devido a um acordo de não persecução (perseguição) assinado com o Ministério Público (MP). Em depoimento à CPI, William Rogatto chegou a se identificar como um dos maiores e mais bem organizados manipuladores de resultados do Brasil.
“Eu só sou uma ferramenta, uma ferramenta para que as coisas aconteçam, [para] que essas coisas venham a tomar uma proporção grande”, teria afirmado Rogatto, segundo o relatório que o relator apresentou.
Rogatto foi preso pela Interpol, em novembro de 2024, em Dubai, nos Emirados Árabes, onde permanece detido. Um dos investigados, Chambó Andrade.é apontado como integrante de “organização criminosa destinada à obtenção de vantagens, inclusive pecuniária, mediante a reiterada prática de infrações penais como corrupção ativa em competições esportivas” e um dos “responsáveis por assegurar a existência de verbas [dinheiro] a serem usadas no pagamento dos jogadores aliciados”.
Andrade não compareceu em nenhuma das duas vezes que foi convocado a prestar depoimento à CPI.
<h2>Aperfeiçoamentos</h2>
Com a aprovação do relatório, os membros da CPI endossam as propostas legislativas do relator.
Entre elas, uma emenda constitucional para obrigar qualquer cidadão, mesmo que autoridade pública, a atender à convocação de qualquer comissão parlamentar de inquérito, e de três projetos de lei para coibir a manipulação de jogos, incluindo o que tipifica o crime de fraude ao mercado de apostas, hoje inexistente, e a sugestão de que atletas condenados sejam suspensos ou banidos do esporte.
A comissão também recomenda a limitação das chamadas apostas simples (ou single bets), modalidade que, para o relator, facilita a manipulação de resultados, já que permite a aposta em um único evento, como a marcação de uma falta ou pênalti e eventuais punições a atletas.
“O problema é que, quanto mais atrativos os produtos de apostas se tornam, mais fácil fica prever o resultado, e mais facilmente os produtos podem ser explorados para manipulação. Por exemplo, as casas de apostas tradicionalmente têm preferido apostas múltiplas (multiple bets), relacionadas a diversos eventos simultaneamente, dado que é mais difícil prever o resultado, além de tornar mais difícil e custosa a manipulação. Contudo, para atrair e segurar consumidores, as single bets são cada vez mais comuns”, destaca o documento.
De acordo com informação divulgada pela Agência Senado, toda a documentação produzida pela CPI será compartilhada com a Polícia Federal e o Ministério Público da União para prosseguimento das investigações. As informações também serão enviadas para outras instituições, como Casa Civil e ministérios da Fazenda, da Justiça, do Esporte e da Saúde, para medidas específicas.

Leonardo Lucena

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Brasil

CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas aprova relatório final

247 - Nesta terça-feira (5), a Operação Spot-fixing, realizada pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro, trouxe à tona o nome de Bruno Henrique, atacante do Flamengo, como investigado em um esquema de manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro de 2023. A operação incluiu buscas no Ninho do Urubu, centro de treinamento do clube no Rio de Janeiro, e marca uma nova fase nas investigações sobre a máfia das apostas no futebol nacional e internacional. Conforme lembra o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/esportes/noticia/2024/11/05/bruno-henrique-paqueta-e-luis-henrique-veja-lista-de-craques-investigados-por-manipulacao-de-jogos.ghtml">O Globo</a>, nomes de peso como Lucas Paquetá e Luiz Henrique também foram alvos de investigações ao longo do ano.
Em uma das partidas suspeitas, disputada contra o Santos, Bruno Henrique teria, deliberadamente, forçado cartões amarelo e vermelho, movimentando apostas feitas por familiares. Fontes ligadas ao caso revelaram que parentes próximos do jogador abriram contas em casas de apostas na véspera do jogo para apostar que ele receberia um cartão durante a partida.
Lucas Paquetá e a Premier League - Além de Bruno Henrique, o caso de Lucas Paquetá também foi amplamente noticiado pela imprensa internacional. O jogador, que atualmente atua no West Ham, é investigado pela Federação Inglesa (FA) por supostamente ter manipulado cartões amarelos em jogos da Premier League para beneficiar amigos em apostas. Segundo o jornal britânico The Sun, Paquetá pode ser “banido para sempre” do futebol caso seja considerado culpado.
Jogos específicos, como partidas contra o Leicester City e Aston Villa, foram minuciosamente analisados pela FA, que identificou padrões suspeitos. A aposta de menor valor foi de sete libras, enquanto a maior chegou a 400 libras, gerando lucros de até 100 mil libras (aproximadamente R$ 670 mil) para os apostadores.
Luiz Henrique e a Conexão com a Máfia - Outro nome em destaque é Luiz Henrique, ex-jogador do Betis e atualmente no Botafogo. Ele foi investigado por seu suposto envolvimento com o empresário Bruno Lopez de Moura, apontado como chefe de uma quadrilha de manipulação de resultados. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) enviou informações sobre o caso às autoridades espanholas, que levaram à abertura de uma investigação em parceria com a La Liga e outros órgãos de regulação. Ao longo das investigações, uma movimentação atípica de apostas em cartões amarelos para Luiz Henrique e Paquetá chamou a atenção, com transações acontecendo em plataformas digitais.
A Máfia das Apostas e a Operação Penalidade Máxima - As investigações revelaram que o esquema de manipulação de jogos envolveu valores consideráveis. Segundo documentos obtidos pelo jornal O Globo, a quadrilha teria movimentado cerca de R$ 835 mil em apenas seis meses, entre setembro de 2022 e fevereiro de 2023, com jogadores recebendo quantias de forma disfarçada, através de familiares ou intermediários. Nino Paraíba, ex-jogador do Ceará, teria recebido R$ 70 mil por meio da conta bancária de sua mãe, em transações ligadas à BC Sports Management, empresa do casal Bruno Lopez e Camila Silva da Motta.
Entre os réus, nomes como Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota (Ypiranga-RS) e Victor Ramos (Chapecoense) respondem a processos, enquanto outros atletas aceitaram acordos financeiros para evitar condenações criminais.&nbsp;
O caso traz à tona questões urgentes sobre o combate à manipulação esportiva e a regulamentação de apostas no Brasil. Com um volume crescente de dinheiro em jogo e a participação de figuras públicas e atletas de alto escalão, o futebol se vê desafiado a proteger sua integridade em meio a um mercado de apostas cada vez mais influente.

Bruno Henrique, Paquetá e Luiz Henrique: escândalo de manipulação expõe craques e máfia das apostas

247 - Em texto publicado nesta sexta-feira (5) no jornal <a href="https://jornalggn.com.br/economia/a-volta-a-normalidade-e-a-gang-da-faria-lima-por-luis-nassif/">GGN</a>, o jornalista Luís Nassif afirma que "um grupo de manipuladores" do mercado financeiro, classificado por ele como “a gang da Faria Lima”, atua "em sintonia ampla" com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para "planejar operações especulativas conjuntas, facilmente enquadráveis no crime de manipulação financeira e formação de cartel".
Segundo o jornalista, o funcionamento do esquema é o seguinte: "os manipuladores saem na frente, criando algum evento que permita movimentos bruscos dos ativos" A partir daí, "cria-se o movimento especulativo" e, à medida em que este se consolida, "há o efeito manada, a chamada profecia auto-realizada". "Passado determinado período há o disparo que reverte a situação: quem comprou antes da alta trata de vender, percebendo que o ativo já bateu no pico, e as cotações voltam ao patamar anterior", explica.
Leia a íntegra no <a href="https://jornalggn.com.br/economia/a-volta-a-normalidade-e-a-gang-da-faria-lima-por-luis-nassif/">GGN</a>.

Economia

Nassif: 'gang da Faria Lima' atua com Campos Neto em operações 'facilmente enquadráveis' como manipulação financeira e cartel

247 - A Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf) vai pedir à CBF o afastamento de Raphael Claus das competições organizadas pela entidade até a conclusão da CPI da Manipulação dos Resultados e Apostas Esportivas, do Senado.&nbsp;
De acordo com a Anaf, a "medida visa salvaguardar a categoria que segue acuada, com medo e exposta na mídia após uma sucessão de acusações, ainda sem provas que estimulam a paralisação imediata do Campeonato Brasileiro". O teor do comunicado foi publicado nesta quinta-feira (25) na <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2024/04/anaf-segue-botafogo-e-pede-afastamento-de-raphael-claus.ghtml">coluna de Lauro Jardim</a>.
O entendimento da Anaf, que rompeu com a CBF em 2022, é oposto ao da Associação de Árbitros de Futebol do Brasil. A Abrafut descartou a possibilidade de um "greve do apito" no Brasileirão.&nbsp;
Representantes do Botafogo (RJ) pediram o afastamento de Claus. Dono do time alvinegro, John Textor citou o árbitro na CPI e criticou o juiz por supostos erros em partida contra o Flamengo no Campeonato Brasileiro.
Senadores aprovaram nesta semana o convite a Claus para depor em uma reunião fechada com os membros do colegiado. A juíza Daiane Muniz também será chamada. Ela atuou em 11 das 38 rodadas do campeonato nacional na equipe de Claus. Atualmente, não existe prova contra a dupla após denúncias de manipulação de resultados.&nbsp;

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Associação pede afastamento do árbitro Raphael Claus

Cortes da TV 247