247 - Pesquisadores afirmaram que um grupo de macacos-prego, uma espécie de primata relativamente distante dos humanos, atingiu um estágio evolutivo semelhante ao dos ancestrais do Homo sapiens que viveram há 3,3 milhões de anos: a Idade da Pedra Lascada. Estudiosos observaram o comportamento desses animais em uma mata dentro de uma fazenda na cidade de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. O relato saiu no <a href="https://oglobo.globo.com/brasil/meio-ambiente/noticia/2025/02/12/macacos-de-minas-gerais-atingem-estagio-de-evolucao-da-pedra-lascada.ghtml?utm_source=X&amp;utm_medium=Social&amp;utm_campaign=O%20Globo">jornal O Globo</a>. 
De acordo com as informações colhidas, os macacos foram capazes de produzir lascas de pedra, a forma mais rudimentar de ferramenta que os hominídeos (primatas) criavam na África, bem antes do surgimento do homem moderno. O Homo sapiens (homens modernos) apareceu no continente africano há cerca de 300 mil a 200 mil anos.
Os animais analisados pelos pesquisadores são da espécie Sapajus xanthosternos (macaco-prego-do-peito-amarelo). Eles não lascam (quebram) a pedra intencionalmente; o fenômeno é resultado de um comportamento já conhecido dos macacos-prego, que utilizam pedras para quebrar sementes e frutos secos.
O estudo foi publicado na revista PNAS, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. Os cientistas Tomos Proffitt e Lydia Luncz, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, lideraram a pesquisa, que contou com a participação dos brasileiros Paula Medeiros e Waldney Martins, da Universidade Estadual de Montes Claros.
A pesquisa levanta a reflexão de que a inteligência do Homo sapiens pode não ser algo tão exclusivo. O que ainda não foi abordado é se os macacos-prego poderão evoluir a ponto de se tornarem tão sofisticados quanto os seres humanos em alguns milhões de anos.
<h2>Períodos</h2>
A Idade da Pedra Lascada também é chamada de Período Paleolítico. Foi a primeira fase da Pré-História, compreendendo o período entre 3,5 milhões e 2,5 milhões de anos atrás até cerca de 10.000 a.C. Nessa época, predominava o nomadismo, e os seres humanos caçavam animais para sobreviver.
O segundo período da Pré-História foi o Neolítico, também chamado de Idade da Pedra Polida, que ocorreu aproximadamente entre 8000 a.C. e 5000 a.C. Durante esse período, foram desenvolvidos utensílios para a cozinha, ferramentas para construção de casas e instrumentos como enxadas e facas.
A Idade dos Metais ocorreu entre 5000 a.C. e o surgimento da escrita pelos sumérios, em 4000 a.C. Nesse período, materiais como cobre e ferro começaram a ser utilizados para suprir diversas necessidades humanas.

Leonardo Lucena

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Ideias

Em Minas Gerais, espécies de macacos atingem estágio de evolução da pedra lascada

247 - O juiz de Direito Marcos Francisco Batista, da vara criminal do Guará/DF, condenou uma mulher por injúria racial contra dois seguranças do ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino.
O caso aconteceu em dezembro de 2022, num shopping de Brasília (DF), onde Elisângela Rocha Pires de Jesus também fez ataques ao Maranhão, estado onde o ministro nasceu. 
Investigadores fixaram a pena em 1 e 5 meses de prisão, mas foi convertida em prestação de serviços à comunidade. Elisângela Rocha Pires de Jesus deverá indenizar os seguranças em R$ 5.680, além de prestar serviços comunitários.

Brasília

Justiça condena mulher que chamou seguranças de Flávio Dino de "macacos"

Por Leonardo Benassatto
CORUMBÁ, Mato Grosso do Sul (Reuters) - As carcaças incineradas de macacos, cobras e jacarés pontilham as extensões carbonizadas do outrora verdejante Pantanal, a maior área úmida tropical do mundo.
Ao cair da noite, uma torre de fumaça ilumina o céu. Não há descanso para o fogo ou para os animais que tentam fugir.
"Como a queimada é de uma proporção muito grande, não dá tempo de eles fugirem e às vezes nem têm para onde fugir", disse Delcio Rodrigues, diretor do Instituto ClimaInfo.
O padrão climático El Niño, sobrecarregado pelas mudanças climáticas, secou os rios da região e interrompeu suas inundações sazonais habituais, deixando o ecossistema vulnerável a incêndios.
Este ano está ameaçando superar 2020 como o pior ano já registrado de incêndios florestais no Pantanal, quando as chamas mataram cerca de 17 milhões de vertebrados, de acordo com um estudo publicado na Scientific Reports.
O patrimônio mundial da Unesco, que abrange uma área com mais de duas vezes o tamanho de Portugal, abriga a maior espécie de onça-pintada do mundo, além de espécies como a anta e o tamanduá-bandeira, ameaçados de extinção.
Os especialistas estão alertando sobre os riscos para essas populações no momento em que a região entra na estação mais arriscada para incêndios florestais, geralmente com pico em setembro.
"Tudo isso, quer dizer, a mudança climática mais as queimadas, eles acabam mudando completamente o ambiente e, a longo prazo, a redução da biodiversidade, perda de habitat, quer dizer, os animais selvagens não têm para onde ir", disse Rodrigues.
"Perda de qualidade do solo, consequências para a saúde humana, você tem vários impactos dessa situação", acrescentou.

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