247 - O ator Wagner Moura foi premiado no festival de Zurique pelo papel como protagonista do filme "O Agente Secreto", longa dirigido pelo cineasta Kleber Mendonça Filho. Ambientado no Brasil em 1977, durante a Ditadura Militar (1964-1985), a obra conta a história de um professor que se muda de São Paulo para Recife (PE) numa tentativa de deixar o passado e recomeçar a vida. A vivência dele na capital pernambucana não sai como o planejado.
"Wagner Moura recebeu o Golden Eye Award por sua carreira e performance extraordinária em O Agente Secreto de Kleber Mendonça Filho. Ele é o primeiro ator sul-americano a receber este prêmio", afirmou a organização do evento na Suíça. O relato foi publicado na <a href="https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2025/09/wagner-moura-recebe-premio-em-zurique-por-o-agente-secreto.shtml">Folha de S.Paulo</a>.
O artista comentou a conquista em vídeo divulgado no perfil oficial do festival. "É um reconhecimento que eu carrego, e entendo que não se trata apenas de mim e do que faço, mas do cinema sul-americano. Isso me deixa muito orgulhoso".
O cineasta elogiou o ator. "Wagner é alguém que eu amo. Ele é um bom amigo. É incrivelmente carismático. É uma estrela de cinema. Um grande ator e uma pessoa incrível. Ou seja, é o pacote completo".
Antes de O Agente Secreto, Kleber Mendonça dirigiu o documentário Retratos Fantasmas (2023), a ficção distópica Bacurau (2019), codirigido com Juliano Dornelles; Aquarius (2016), protagonizado por Sônia Braga; O Som ao Redor (2012) e Crítico (2008).

Leonardo Lucena

Com O agente secreto, Kleber Mendonça Filho reafirma seu compromisso com obras que combinam crítica social

original

1250x600

610x380

1280x490

300x400

500x240

321x200

square

360x640

320x320

thumbnail

viewImage

Cultura

Wagner Moura recebe prêmio em Zurique por atuação no filme 'O Agente Secreto', de Kleber Mendonça Filho

Agência Brasil - A Academia Brasileira de Cinema anunciou nesta segunda-feira (15) que o filme O Agente Secreto, de Kléber Mendonça Filho, será o representante brasileiro no Oscar 2026, na categoria Melhor Filme Internacional. &nbsp;
Protagonizado pelo ator Wagner Moura, o filme é ambientado em 1977, durante a ditadura militar. O longa acompanha Marcelo, um professor de tecnologia que tenta recomeçar a vida no Recife, mas acaba mergulhado em um universo de espionagem e paranoia.&nbsp;
O Agente Secreto, que ainda não estreou em circuito nacional, já levou vários prêmios internacionais, entre eles, o de Melhor Diretor, para Kleber Mendonça Filho, e de Melhor Ator, para Wagner Moura, no Festival de Cannes, uma das mais importantes premiações do cinema mundial.&nbsp;
<h2>Passo a passo da disputa&nbsp;</h2>
Ter sido escolhido como o representante brasileiro ao Oscar não significa que o filme já terá garantida uma indicação ao prêmio.&nbsp;
Cada país indica um filme como seu representante para a disputa. A partir dessas indicações, o Oscar faz uma seleção dos filmes que, de fato, vão concorrer ao prêmio mais famoso do cinema mundial. A cerimônia que entregará as estatuetas do Oscar está marcada para acontecer somente no dia 15 de março de 2026.&nbsp;
Os outros filmes que estavam na lista dos pré-selecionados eram Baby, de Marcelo Caetano; Kasa Branca, de Luciano Vidigal; Manas, de Marianna Brennand; O Último Azul, de Gabriel Mascaro e Oeste Outra Vez, de Erico Rassi.&nbsp;
No início deste ano, o Brasil conquistou seu primeiro Oscar, com o filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, na categoria de Melhor Filme Internacional.&nbsp;

Paulo Emilio

Cena do filme 'O Agente Secreto' , com Wagner Moura

Filme O Agente Secreto será o representante brasileiro no Oscar 2026

Anna Karina de Carvalho - Repórter da Agência Brasil
Na próxima segunda-feira (15), o Brasil vai conhecer qual será o longa-metragem escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para disputar uma vaga na categoria de melhor filme internacional no Oscar de 2026.
A expectativa é maior do que em outros anos porque o país vive um momento histórico por causa da estatueta recebida este ano pelo Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, vencedor inédito do prêmio.
Com obras plurais, o cinema brasileiro mostra força, pluralidade e criatividade. Entre os seis filmes que buscam a indicação, dois se destacam pelo viés político, abordando períodos de repressão e resistência.
Um dos mais cotados é O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, aclamado no Festival de Cannes em 2025, onde conquistou os prêmios de Melhor Filme da Crítica e Melhor Ator para Wagner Moura.
Ambientado em 1977, durante a ditadura militar, o longa acompanha Marcelo, um professor de tecnologia que tenta recomeçar a vida em Recife, mas acaba mergulhado em um universo de espionagem e paranoia.
Outro forte candidato é O Último Azul, vencedor do Prêmio da Crítica em Berlim este ano. O longa propõe uma alegoria distópica sobre regimes autoritários, sem situar a narrativa em uma época específica. Na trama, idosos são condenados ao isolamento, enquanto a história revela um ambiente de opressão e resistência.
<h2>Manas e Kasa Branca</h2>
Histórias de denúncia social também disputam a indicação brasileira. A diretora Mariana Brennand concorre com Manas, inspirado nos casos de exploração sexual infantil na Ilha do Marajó, no Pará.
Exibido também em Cannes, o filme foi premiado por sua relevância social. Ele acompanha Tielle (Jamilli Corrêa), uma menina de 13 anos que vive com a família em uma palafita, enfrentando pobreza e vulnerabilidade.
Do Rio de Janeiro vem Kasa Branca, de Luciano Vidigal, que já coleciona prêmios em festivais nacionais. Inspirado em histórias reais, retrata a vida na Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense. O longa acompanha três adolescentes: Dé, Adrianim e Martins e a relação afetiva de Dé com sua avó Dona Almerinda (Teca Pereira), que enfrenta o mal de Alzheimer.
<h2>Retratos urbanos e sertanejos</h2>
Outro concorrente é Baby, de Marcelo Caetano, ambientado em São Paulo. O filme, exibido em uma mostra paralela em 2024, rendeu a Ricardo Teodoro o prêmio de Melhor Ator. A trama aborda juventude, masculinidade e crítica social em cenários urbanos.
Fechando a lista está Oeste Outra Vez, de Érico Rassi, um faroeste sertanejo ambientado no interior de Goiás. O longa retrata homens rudes e frágeis em conflito, com rivalidades violentas que remetem à tradição dos filmes do gênero, mas com sotaque e identidade brasileiros.
A Academia Brasileira de Cinema divulgou na segunda-feira (8) a lista dos seis filmes finalistas para vaga de representante do Brasil ao Oscar 2026.

Obras do cinema nacional entram na corrida pelo Oscar

247 - O ator Wagner Moura e o diretor Kleber Mendonça Filho foram recebidos no "Cine Alvorada" pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, na noite de quinta-feira (7).&nbsp;
Em cartaz: "O Agente Secreto". O presidente Lula exaltou o filme, que "brilhou" no Festival de Cannes 2025, conquistando os prêmios de melhor direção, para Mendonça Filho, e melhor ator, para Moura. O filme ganhou data de estreia nos cinemas brasileiros para o dia 6 de novembro.
<blockquote>"Uma obra que mostra a força e o talento do cinema brasileiro", escreveu o presidente Lula nas redes sociais.&nbsp;</blockquote>
O presidente celebrou o evento com alegria, mas se emocionou ao lembrar das crianças de Gaza, vítimas do genocídio cometido por Israel.&nbsp;
<blockquote>"Cretinice", disse Lula, ao destacar que a "cultura é temida porque dá consciência política". "A cultura nos faz revolucionários, não de armas, mas de ideias", disse Lula.&nbsp;</blockquote>
A sessão especial no Palácio da Alvorada.foi a primeira exibição do filme no Brasil, que teve sua estreia mundial no 78º Festival de Cannes, na França, em maio, quando recebeu aplausos do público por aproximadamente 15 minutos.
Mendonça Filho afirmou que a exibição do filme no palácio presidencial mostra o respeito do atual governo pela cultura do país.
<blockquote>“Passamos por um momento muito ruim, onde a cultura era atacada, e hoje eu acho que a cultura ela é festejada, ela faz parte da nossa identidade”, disse, em referência ao governo Bolsonaro.</blockquote>
"O Agente Secreto é um filme que fala muito sobre o Brasil e a lógica do nosso país, e a lógica do nosso país em relação ao poder e a história. Então, eu estou muito ansioso para que esse filme seja visto pelo povo brasileiro”, acrescentou o cineasta.
O Agente Secreto, ambientado no Brasil de 1977, conta a história de Marcelo, um professor especializado em tecnologia, que foge do passado violento e misterioso, mudando da capital São Paulo para Recife (PE), em plena semana do carnaval. Ele descobre, então, que está sendo espionado pelos vizinhos.
O longa-metragem é uma coprodução entre Brasil, Alemanha, França e Holanda, e contou com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), vinculado à Agência Nacional do Cinema (Ancine), com apoio do Ministério da Cultura (MinC).
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, lembrou que o Brasil foi o homenageado no Festival de Cannes neste ano, sendo uma grande abertura para o mercado de filmes.
Ela contou que o governo trabalha na ampliação do número de salas de cinema no país, além das 5,4 mil existentes. Serão mais 100 até o fim do mandato, segundo a ministra.
“Estamos fazendo esse projeto, o projeto de nacionalizar as oportunidades, nacionalizar o acesso à cultura, está na Constituição e a gente está buscando cumprir”, disse.
Moura contou que se emocionou ao ver a ministra Margareth em Cannes e afirmou a felicidade em ver um governo que acredita na cultura como ferramenta para o desenvolvimento do país.
“Eu vi o Estado brasileiro se fazendo presente, apoiando um filme brasileiro, outros projetos brasileiros que estavam em Cannes, não só o nosso. E eu só quero dizer isso, como é emocionante, como é o presidente ligar para a gente para dizer parabéns, esses artistas brasileiros representam o povo brasileiro”, disse o ator, citando a recriação do Ministério da Cultura.
Em 2019, no primeiro ano da gestão Jair Bolsonaro, a pasta foi extinta e, em 2023, recriada pelo presidente Lula.&nbsp;
O "Cine Alvorada" vem ganhado destaque na agenda presidencial, à medida que cresce o interesse dos brasileiros e do público mundial nas produções nacionais.&nbsp;
No último mês, o filme "O Último Azul" foi exibido no Alvorada. A sessão especial reuniu, na ocasião, o presidente, a primeira-dama, autoridades; o diretor da obra, Gabriel Mascaro; as atrizes Denise Weinberg e Rosa Malagueta; e o ator Adanilo Reis da Costa.&nbsp;
Com apoio do Ministério da Cultura, a reinauguração do Cine Alvorada, no Palácio da Alvorada, foi realizada em novembro de 2023. A primeira sessão exibiu o filme 'Saudosa Maloca', dirigido por Pedro Serrano. O presidente, a primeira dama e a ministra da Cultura estiveram presentes na época.
A iniciativa também recebeu o premiado filme nacional "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles, em fevereiro de 2025. Além da presença da Presidência da República e do MinC, familiares de Rubens e Eunice Paiva compareceram à sessão especial, assim como parte do elenco. (Com agências).&nbsp;

Redação Brasil 247

Lula e Janja recebem Wagner Moura e Kleber Mendonça Filho no Cine Alvorada

Wagner Moura e Kleber Mendonça Filho foram os convidados exclusivos do último "Cine Alvorada"

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Janja da Silva irão receber, nesta quinta-feira (7), convidados no Palácio da Alvorada para uma sessão especial do longa-metragem O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho.&nbsp;
Segundo o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/08/07/lula-e-janja-vao-receber-wagner-moura-kleber-mendonca-e-mais-convidados-para-sessao-de-o-agente-secreto-no-alvorada.ghtml">O Globo</a>, entre os confirmados para o evento estão o diretor Kleber Mendonça Filho, o ator Wagner Moura — protagonista do filme —, além de Alice Carvalho, também integrante do elenco. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, acompanhará a exibição no palácio presidencial, que contará ainda com a presença de outros ministros do governo.
Considerado um dos principais lançamentos do cinema brasileiro em 2025, O Agente Secreto abrirá a 58ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que ocorrerá entre os dias 12 e 20 de setembro, celebrando os 60 anos do evento. A estreia comercial do filme no Brasil está prevista para 6 de novembro.
O longa é ambientado no final da década de 1970, período da ditadura militar no Brasil, e acompanha a trajetória de Marcelo (interpretado por Wagner Moura), um especialista em tecnologia que tenta fugir de um passado obscuro. Ao retornar ao Recife em busca de tranquilidade, ele se depara com uma atmosfera marcada por tensão e vigilância. Completam o elenco nomes como Gabriel Leone, Maria Fernanda Cândido, Hermila Guedes, Thomás Aquino e Udo Kier.
No circuito internacional, O Agente Secreto teve sua estreia mundial no prestigiado Festival de Cannes, onde conquistou os prêmios de melhor direção, para Kleber Mendonça Filho, e melhor ator, para Wagner Moura. A produção também foi exibida ao ar livre nos jardins do Museu do Louvre, em Paris, durante o festival Cinéma Paradiso Louvre, além de participar do Festival de Cinema New Horizons, em Wroclaw (Polônia), e do Festival de Cinema de Sydney, na Austrália.
O reconhecimento internacional impulsionou as expectativas para o lançamento nacional, e a sessão no Alvorada reforça o prestígio do filme não apenas no meio cultural, mas também no cenário político.

Guilherme Levorato

Lula e Janja exibem "O Agente Secreto" no Alvorada com presença de Wagner Moura e Kleber Mendonça

247 - O ator Wagner Moura e o cineasta Kleber Mendonça Filho estão entre os nomes brasileiros cotados para o Oscar de 2026, segundo a tradicional lista de previsões publicada pela revista Variety, informa a <a href="https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2025/06/wagner-moura-e-cotado-para-oscar-de-melhor-ator-em-previsao-da-variety.shtml">Folha de S. Paulo</a>. A publicação especializada em cinema incluiu Wagner Moura como possível indicado na categoria de melhor ator, enquanto o longa-metragem O Agente Secreto, dirigido por Mendonça Filho, aparece como forte concorrente na disputa por melhor filme internacional.
A análise da Variety aposta na força do cinema brasileiro na próxima temporada de premiações. “Wagner Moura, recém-premiado como melhor ator em Cannes, promete ser uma força em ‘O Agente Secreto’, thriller político brasileiro de Kleber Mendonça Filho”, escreveu a revista. Além do brasileiro, nomes como George Clooney (Jay Kelly), Dwayne Johnson (Coração de Lutador – The Smashing Machine), Michael B. Jordan (Pecadores) e Jesse Plemons (Bugonia) também aparecem entre os favoritos.
Estreia no Brasil e enredo do filme - Distribuído pela Vitrine Filmes, O Agente Secreto tem estreia marcada nos cinemas brasileiros para 6 de novembro. A informação foi confirmada por Silvia Cruz, diretora da distribuidora, que também anunciou sessões especiais e antecipadas programadas para os meses de setembro e outubro.
Premiado no Festival de Cannes com os troféus de melhor direção e melhor ator para Wagner Moura, o longa conta a história de um professor universitário que abandona sua vida em São Paulo após um conflito com um empresário. Ele retorna ao Recife, sua cidade natal, onde passa a viver com uma nova identidade, escondido por questões de segurança.
Repercussão internacional e elenco - Além de Wagner Moura, o elenco do filme conta com a atriz Maria Fernanda Cândido. A combinação de atuações potentes e a abordagem política do roteiro posicionam o longa como uma das principais apostas brasileiras para o circuito internacional de premiações. Ao lado de O Agente Secreto, a Variety também apontou como possíveis indicados na categoria de melhor filme internacional os títulos It Was Just an Accident, Nouvelle Vague, Sirât e Sentimental Value.
Com uma trajetória consolidada no cinema nacional e internacional, Wagner Moura se destaca mais uma vez no circuito de grandes festivais. Caso a indicação ao Oscar se concretize, será a primeira vez que o ator concorrerá ao prêmio mais prestigiado da indústria cinematográfica global.

Wagner Moura entra no radar do Oscar por atuação em 'O Agente Secreto'

247 - A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) escreveu neste domingo (25) uma nota celebrando a vitória brasileira no Festival de Cannes, após o longa-metragem O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, conquistar dois prêmios oficiais e o título de melhor filme pela crítica internacional.
“O filme ‘O Agente Secreto’ ganhou dois prêmios oficiais no Festival de Cannes, um dos mais importantes do mundo: Kleber Mendonça Filho, como melhor diretor, e Wagner Moura, como melhor ator, na premiação oficial; a obra também recebeu o título da crítica como melhor filme, concedido pela Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica”, escreveu a ex-presidente.
Dilma ressaltou o orgulho que o cinema brasileiro desperta ao conquistar reconhecimento em um dos festivais mais prestigiados do mundo e associou a força da obra a um alerta contra o autoritarismo: “Assim como ‘Ainda Estou Aqui’, ‘O Agente Secreto’ é ambientado na ditadura militar e tem a força de um alerta e um grito contra o autoritarismo que ameaça o mundo”, afirmou.
A ex-presidente finalizou a nota com uma saudação à equipe responsável pelo filme: “Parabéns aos produtores e atores deste grande filme. É mais uma vitória da cultura brasileira.”
O Agente Secreto é inspirado em episódios da repressão política durante a ditadura militar no Brasil e reafirma o compromisso do diretor Kleber Mendonça Filho com obras de forte viés político e estético. O prêmio de melhor ator para Wagner Moura também foi celebrado amplamente por artistas e políticos nas redes sociais.

Guilherme Paladino

Dilma celebra prêmios de 'O Agente Secreto' em Cannes: "Vitória da cultura brasileira"

247 - A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), comemorou neste sábado (24) as conquistas do filme brasileiro “O Agente Secreto” no Festival de Cannes, na França. O brasileiro Wagner Moura conquistou o prêmio de Melhor Ator, enquanto Kleber Mendonça Filho levou o de Melhor Diretor. 

Gleisi destacou que o filme resgata ditadura militar, assim como “Ainda Estou Aqui”, que conquistou o Oscar de Melhor Filme Internacional. “Parabéns, Kleber Mendonça Filho e Wagner Moura, melhor diretor e melhor ator no Festival de Cannes! Orgulho para o Brasil este reconhecimento de mais um filme que resgata, para as gerações de hoje, o horror da ditadura. Viva o cinema brasileiro!”, escreveu a ministra em suas redes sociais.
A narrativa do longa se passa nos anos 1970 e acompanha Marcelo, um especialista em tecnologia vivido por Wagner Moura, que retorna ao Recife após anos de exílio em busca de tranquilidade, apenas para descobrir que a cidade continua marcada por tensões e fantasmas do passado.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Parabéns, Kleber Mendonça Filho e Wagner Moura, melhor diretor e melhor ator no Festival de Cannes! Orgulho para o Brasil este reconhecimento de mais um filme que resgata, para as gerações de hoje, o horror da ditadura. Viva o cinema brasileiro!&mdash; Gleisi Hoffmann (@gleisi) <a href="https://twitter.com/gleisi/status/1926380936054055011?ref_src=twsrc%5Etfw">May 24, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
&nbsp;

Otávio Rosso

Gleisi comemora conquistas do cinema nacional em Cannes: “orgulho para o Brasil”

247 - O cinema brasileiro brilhou no Festival de Cannes 2025. No último sábado (24), Kleber Mendonça Filho foi consagrado com o prêmio de melhor diretor, enquanto Wagner Moura recebeu o troféu de melhor ator por suas atuações no longa “O Agente Secreto”.
A produção nacional não parou por aí: o filme também foi laureado com outros dois prêmios importantes. “O Agente Secreto” foi escolhido como o melhor longa-metragem do festival pela Fipresci, a Federação Internacional da Imprensa Cinematográfica, e recebeu ainda o Prix des Cinémas Art et Essai, concedido pela Associação Francesa de Cinemas de Arte e Ensaio.
A estreia do longa ocorreu no domingo anterior (18) e foi marcada por uma calorosa recepção. A exibição arrancou uma ovação de pé que durou impressionantes 13 minutos — um dos aplausos mais longos desta edição do festival.
Apesar de não levar a cobiçada Palma de Ouro — entregue ao filme franco-belga “Un Simple Accident” —, o desempenho de “O Agente Secreto” foi amplamente celebrado como um marco para o cinema brasileiro na cena internacional. Kleber Mendonça Filho, já conhecido por obras como “Aquarius” e “Bacurau”, reafirma seu lugar como um dos grandes nomes do audiovisual contemporâneo.

Kleber Mendonça Filho é eleito melhor diretor em Cannes

247 - O cinema brasileiro voltou a brilhar no cenário internacional neste sábado (24), com Wagner Moura recebendo o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes, na França. Moura foi reconhecido por sua atuação no filme O Agente Secreto, dirigido por Kleber Mendonça Filho.
O ator superou nomes como o britânico Josh O’Connor (O Mestre do Crime) e o porto-riquenho Benicio del Toro (O Esquema Fenício) na disputa pela estatueta. Esta é a terceira vez que um artista brasileiro vence uma das categorias de atuação em Cannes. Antes dele, Fernanda Torres foi premiada em 1987 por Eu Sei Que Vou Te Amar e Silvia Corveloni recebeu o mesmo reconhecimento em 2008 por Linha de Passe.
Wagner Moura é o primeiro homem brasileiro a vencer essa categoria no festival, considerado o mais importante da Europa e um dos maiores do mundo. O Agente Secreto também é apontado como um dos favoritos à Palma de Ouro, principal prêmio do evento.

Wagner Moura faz história e vence prêmio de Melhor Ator em Cannes

247 - O longa-metragem O Agente Secreto, dirigido por Kleber Mendonça Filho, está na disputa pela Palma de Ouro, principal troféu do Festival de Cannes, cuja cerimônia de premiação acontece neste sábado (24), a partir das 13h40 (horário de Brasília).
<a href="https://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2025/05/24/caminho-vitorioso-de-o-agente-secreto-pode-comecar-neste-sabado-com-premiacao-em-cannes.ghtml">De acordo</a> com o portal g1, é a terceira vez que Kleber Mendonça Filho tem um filme selecionado para concorrer ao prêmio máximo do festival francês. Ele já esteve na competição principal com Aquarius (2016) e Bacurau (2019).
Entre os favoritos ao prêmio, O Agente Secreto figura entre os cinco mais cotados, embora enfrente uma concorrência forte. Estão no páreo obras como It Was Just an Accident, do iraniano Jafar Panahi; o alemão Sound of Falling; Nouvelle Vague, de Richard Linklater; e Sentimental Value, do norueguês Joachim Trier.
A Palma de Ouro costuma ser um termômetro importante para a temporada de premiações internacionais. Nos últimos anos, filmes consagrados em Cannes, como Triângulo da Tristeza (2022) e Anatomia de uma Queda (2023), chegaram ao Oscar de melhor filme. O mais recente vencedor da estatueta, Anora, também recebeu a Palma de Ouro.

Caminho para o Oscar: 'O Agente Secreto' concorre ao maior prêmio de Cannes neste sábado

247 - O Festival de Cannes foi palco neste domingo (18) da estreia de gala de O Agente Secreto, novo longa-metragem de Kleber Mendonça Filho, que participa da competição oficial da 78ª edição do evento. A informação é da revista <a href="https://veja.abril.com.br/coluna/em-cartaz/o-agente-secreto-e-ovacionado-em-cannes-com-thriller-sobre-ditadura/">Veja</a>. Ambientado no Recife de 1977, durante a ditadura militar brasileira, o thriller foi aplaudido de pé por oito minutos, em uma sessão que contou com a presença do cineasta, elenco e jurados do festival, que definem o vencedor da prestigiada Palma de Ouro.
Com forte carga atmosférica, o filme evita mencionar diretamente o regime militar, mas mergulha o espectador em um clima sufocante de medo, vigilância e tensão. A narrativa se desenvolve como uma fusão de memória e pesadelo, inspirada nas recordações de infância do próprio diretor, que tinha nove anos na época retratada. O thriller caminha por entre silêncios, olhares e suspeitas, construindo um retrato sombrio de uma sociedade corroída pela desconfiança, onde todos parecem ter algo a esconder.
Wagner Moura retorna em grande estilo - Protagonizado por Wagner Moura, que retoma os sets brasileiros após projetos internacionais, O Agente Secreto apresenta o ator no papel de Marcelo, um especialista em tecnologia que se refugia no Recife na tentativa de reconstruir a relação com o filho, que vive com os avós. Em sua estadia, ele interage com figuras femininas marcantes como Elza (Maria Fernanda Cândido), Claudia (Hermila Guedes) e Tereza Victoria (Isabél Zuaa), moradoras do mesmo edifício, compondo um mosaico da vida cotidiana no Brasil sob a opressão da ditadura. Marcelo é alvo de perseguição, mas logo o público percebe que os segredos não são privilégio de um só — cada personagem carrega suas próprias sombras.
Mais do que um thriller político, o longa é uma meditação sobre o trauma coletivo e a persistência da memória. A repressão retratada, embora situada nos anos 1970, continua a reverberar nas estruturas sociais brasileiras. Nesse sentido, o filme dialoga com obras como Ainda Estou Aqui, reforçando o papel fundamental do cinema na preservação da memória histórica e na denúncia de períodos autoritários.
Momento de ouro do cinema nacional - A seleção de O Agente Secreto para a principal mostra de Cannes reforça o prestígio crescente de Kleber Mendonça Filho no cenário internacional e simboliza o atual vigor do cinema brasileiro. Em 2024, o Brasil já havia sido representado na competição por Motel Destino, de Karim Aïnouz. O longa Ainda Estou Aqui conquistou o prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza, além de troféus internacionais, como um Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, e um inédito Globo de Ouro de melhor atriz para Fernanda Torres. O país também brilhou com Manas, de Marianna Brennand, vencedor da Giornate degli Autori em Veneza, e O Último Azul, de Gabriel Mascaro, laureado com o Grande Prêmio do Júri em Berlim.
Maria Fernanda Cândido expressou à Veja o sentimento de representar o Brasil com uma obra tão significativa: “eu estou sentindo muito orgulho de poder mostrar esse filme que é tão brasileiro, tão nosso, para esse público aqui do Festival de Cannes”. Ela ainda destacou o momento simbólico vivido pelo cinema nacional: “além de tudo, é o Ano do Brasil na França”.
Já Gabriel Leone, que também integra o elenco, comentou a emoção de participar pela primeira vez do festival com uma produção brasileira: “é muito especial para mim e também por ser um ano de um momento tão bonito depois de Ainda Estou Aqui, um ano em que o Brasil está sendo homenageado também, estar com esse filme incrível me deixa muito feliz".

Tudo sobre kleber-mendonca-filho