247 - O Brasil subiu do terceiro para o segundo lugar no ranking mundial de juros reais (descontada a inflação) após o Comitê de Política Monetária (Copom), ligado ao Banco Central, aumentar a Selic para 15%. 
O país fica abaixo somente da Turquia. A taxa real brasileira aumentou de 8,65% ao ano, dado do levantamento anterior, para 9,53% ao ano. Na Turquia, os juros reais estão em 14,44% ao ano, mostrou um ranking elaborado pelo Portal MoneYou e pela Lev Intelligence, em 40 países. 
O Brasil tem juros reais mais altos que Rússia (7,63%), Argentina (6,70%) e África do Sul (5,54%).

Leonardo Lucena

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Economia

Com novo aumento da Selic, Brasil tem a segunda maior taxa de juros reais do mundo

247 - Com o corte promovido pelo Banco Central da Argentina em sua taxa básica de juros na noite desta quinta-feira (30), o Brasil assumiu a liderança global de juros reais, <a href="https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/01/31/argentina-corta-taxas-e-brasil-volta-a-ter-maior-juro-real-do-mundo.ghtml">informa</a> o portal G1. A decisão argentina reduziu a taxa nominal do país de 32% para 29% ao ano, em meio à desaceleração inflacionária observada em 2024. Enquanto isso, o aumento da Selic no Brasil, definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nesta semana, levou o país ao topo do ranking.
A taxa de juros real, que desconta a inflação esperada para os próximos 12 meses da taxa nominal, caiu para 6,14% na Argentina, tirando o país da primeira posição. Agora, o Brasil lidera com um juro real de 9,18%, seguido pela Rússia, com 8,91%.
A Argentina encerrou 2024 com uma inflação anual de 117,8%, ainda alta, mas inferior aos 211,4% registrados em 2023. Essa desaceleração permitiu que a autoridade monetária do país reduzisse sua taxa de juros nominal. Em nota, o Banco Central argentino justificou o corte com base na "consolidação observada nas expectativas de menor inflação".
A Selic e o custo do crédito no Brasil - O Brasil, por outro lado, elevou a Selic em 1 ponto percentual nesta quarta-feira (29), alcançando 13,25% ao ano. Essa foi a quarta elevação consecutiva da taxa básica de juros, decidida na primeira reunião do Copom sob a presidência de Gabriel Galípolo.
A decisão mantém o Brasil na liderança mundial de juros reais, mas atrai críticas de setores políticos e econômicos. O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) classificou a situação como uma "armadilha criada por Roberto Campos Neto", presidente anterior do Banco Central, que teria comprometido a nova gestão ao "contratar" aumentos nas reuniões de janeiro e março.

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