247 - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta um impasse interno em relação ao projeto de lei que propõe a legalização dos jogos de azar no Brasil. A votação da proposta, que tramita no Senado Federal, foi adiada nesta quarta-feira (8), após decisão do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), por falta de quórum, informa o <a href="https://www.metropoles.com/colunas/paulo-cappelli/governo-se-divide-sobre-legalizacao-de-bingos-e-cassinos">Metrópoles</a>.
O texto autoriza a instalação de cassinos em polos turísticos e complexos de lazer integrados, além de revogar a legislação que, desde 1946, criminaliza o jogo do bicho. Embora tenha apoio da área econômica do governo, a proposta encontra resistência entre ministros da área social e enfrenta forte oposição da bancada evangélica no Congresso Nacional.
Apoio econômico x preocupação social - Nos bastidores do Palácio do Planalto, os ministérios da Fazenda e do Turismo veem com entusiasmo o avanço da proposta, argumentando que ela pode ampliar significativamente a arrecadação tributária e impulsionar o turismo em diversas regiões do país. Por outro lado, as pastas da Saúde e do Desenvolvimento Social expressaram preocupação com os impactos sociais da medida, especialmente no que diz respeito ao risco de vício em jogos — a chamada ludopatia — e ao comprometimento da renda das famílias beneficiárias do Bolsa Família.
“Quem segura isso?”, questiona Lula - O presidente Lula já se manifestou sobre o tema. Em junho do ano passado, declarou que não se opõe à legalização e que sancionaria a medida, caso fosse aprovada pelo Congresso. Na ocasião, ele criticou a proibição seletiva dos jogos e comparou o jogo do bicho com as apostas esportivas:
<blockquote>“Sempre achei que o jogo do bicho era o que mais distribuía dinheiro. O cara acorda de manhã e vai apostar. Isso é considerado uma contravenção, proibido. Mas e a jogatina que tem hoje na televisão? No esporte? Criança com celular na mão fazendo aposta o dia inteiro? Quem segura isso?”, disse Lula.</blockquote>
Pressão da bancada evangélica - O principal obstáculo à aprovação do projeto está na oposição liderada por parlamentares conservadores, especialmente os ligados à bancada evangélica. No último dia 2 de julho, líderes religiosos divulgaram uma carta em que ameaçam expor os senadores que apoiarem a legalização dos jogos de azar.
O relator da proposta, senador Irajá (PSD-TO), também enfrenta resistência interna em seu partido, principalmente de correligionários evangélicos como Vanderlan Cardoso, Eliziane Gama e Zenaide Maia.
Diante do impasse e da ausência de consenso, o presidente do Senado retirou o projeto da pauta. Ainda não há uma nova data definida para a votação.

Guilherme Levorato

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Turismo

Governo Lula se divide sobre legalização dos jogos de azar e Senado adia votação

247 - O Instituto de Pesquisa DataSenado realizou pesquisa nacional, a pedido do Senador Irajá (PSD/TO), para ouvir a opinião dos brasileiros a respeito da legalização de jogos, tais como casas de bingo, cassinos e o jogo do bicho e, assim,subsidiar a deliberação do Projeto de Lei n° 2234, de 2022 , já aprovado pela Câmara dos Deputados em 3 de março de 2022.
Entre os dias 21 de fevereiro e 1º de março de 2025, 5.039 cidadãos foram entrevistados por telefone, selecionados por meio de amostragem aleatória estratificada da população brasileira com 16 anos ou mais, ou seja, entre mais de 170 milhões de pessoas (170.859.100).
A pesquisa nacional entrevistou brasileiras e brasileiros, com 16 anos ou mais (170.859.100 pessoas), sobre o Projeto de Lei n° 2234, de 2022 , em debate no Senado Federal, que trata da legalização, regulamentação e fiscalização de jogos, tais como casas de bingo e vídeo bingo, jogo do bicho e cassinos.
Ao final das entrevistas, já cientes do contexto e das principais medidas propostas, a maioria (60% ou 102.231.519 pessoas) dos brasileiros se mostrou favorável ao projeto de lei em debate no Senado Federal. Do outro lado, outros 34% da população são contrários ao projeto de lei.
Foi possível estimar a população interessada em frequentar ou participar destes jogos, tais como casas de bingo e vídeo bingo, cassinos e o jogo do bicho, caso fossem autorizados e regulados.
Este é o grupo mais diretamente afetado e beneficiado por esta proposta legislativa, caso aprovada, e corresponde a mais de um quarto (26% ou 44.256.347 pessoas) da população brasileira com 16 anos ou mais, considerando a união das três modalidades avaliadas, visto que uma mesma pessoa pode se interessar por mais de uma modalidade.
Ao avaliar a opinião da população sobre o quanto a proibição de casas de bingo, cassinos e do jogo do bicho reduz a oferta destes jogos, apenas um quarto (25% ou 42.066.746 pessoas) da população diz que a proibição é capaz de reduzir “Muito” a oferta destes jogos ilegais.
Outros 70% se dividem entre os 29% (49.420.969 pessoas) que opinam não reduzir “Nada” a oferta destes jogos ilegais, outros 21% dizem reduzir “Pouco” e apenas 20% “Moderadamente”.
Na avaliação de 58% (99.804.109 pessoas) dos brasileiros, a legalização de jogos e cassinos iria aumentar a arrecadação de impostos do Brasil. Já para outros 22% isso não faria diferença nesta arrecadação e para apenas 9% poderia haver redução nos valores arrecadados.
Na opinião de 44% (75.822.521 pessoas) da população, a legalização de jogos e a permissão para instalação de cassinos iria aumentar o número de empregos no Brasil. Já para outros 36% dos brasileiros isso não faria diferença no número de empregos e para apenas 11% poderia haver redução neste número.
Mais de oito em cada dez (82% ou 139.682.540 pessoas) brasileiros consideram ser “Muito importante” (65%) ou ao menos “Importante” (17%) a adoção de regras para evitar que as empresas de jogos e cassinos possam ser usadas para lavagem de dinheiro e financiamento do crime organizado.
Há, contudo, um pequeno grupo de 3% da população que considera esta uma ação “Pouco importante” e outros 12% que a consideram “Nada importante”.
A maioria (62% ou 105.869.236 pessoas) dos brasileiros avalia como positiva a proposta do projeto de lei de fiscalizar os jogos e máquinas disponíveis em cassinos, como as chamadas caça níqueis, para garantir que sejam honestos e informem as regras claramente, outros 24% entendem que a medida não faria diferença para a honestidade destas máquinas e apenas 10% dizem entender a ação como negativa.
A maioria (54% ou 91.998.080 pessoas) da população considera como “Positiva” a proposta do projeto de lei de criação de um cadastro nacional, SIGILOSO, de pessoas com VÍCIO em jogos e cassinos, para que sejam impedidas de jogar e frequentar estes locais.
Quase outros um terço (29%) acreditam que a proposta “Não faria diferença” e apenas 13% consideram a proposta “Negativa”.
Mais de três quartos (77% ou 131.331.141 pessoas) da população opinam ser “Muito importante” (52%) ou ao menos “Importante” (25%) a adoção de regras para evitar que pessoas se endividem com jogos.
Há, contudo, um pequeno grupo de 5% da população que considera esta uma ação “Pouco importante” e outros 16% que a consideram “Nada importante”.
As amostras do DataSenado são totalmente probabilísticas. Nas entrevistas, são feitas perguntas que permitem estimar a margem de erro para cada um dos resultados divulgados, calculados com nível de confiança de 95%. Dessa forma, não existe uma única margem de erro para toda a pesquisa, aproximação usual em pesquisas que não são totalmente probabilísticas, ao contrário desta.&nbsp;
No entanto, a margem de erro média observada para as respostas, sem considerar os cruzamentos, foi de 1,72 pontos percentuais, com desvio-padrão de 1,36 pontos percentuais. As entrevistas foram distribuídas proporcionalmente por todas as unidades da Federação, por meio de ligações para telefones fixos e móveis.

Redação Brasil 247

Brasil

Maioria dos brasileiros apoia legalização de jogos e cassinos, aponta pesquisa do DataSenado

247 - A Secretaria da Segurança Pública do Ceará deflagrou, na manhã desta quinta-feira (20), uma operação para desarticular uma organização criminosa de influenciadores digitais acusados de divulgar jogos de azar ilegais. A ação ocorreu simultaneamente no Ceará, Maranhão, Minas Gerais e Bahia, e resultou na prisão de três pessoas, além da apreensão de um veículo e itens de luxo, como joias. As informações são do <a href="https://g1.globo.com/ce/ceara/cariri/noticia/2025/03/20/operacao-cumpre-mandado-de-prisao-contra-influenciadores-por-divulgar-jogos-de-azar-ilegais.ghtml">g1</a>.
De acordo com a investigação, os detidos são Victória Oliveira, Milena Peixoto e Janisson Moura, residentes de Juazeiro do Norte, no interior do Ceará. Segundo a Secretaria da Segurança, os suspeitos estão envolvidos em crimes como estelionato, lavagem de dinheiro e infração contra a economia popular.
Conforme apuração da TV Verdes Mares, os influenciadores eram recrutados por grupos criminosos chineses que ofereciam quantias expressivas para a divulgação de jogos de azar ilegais, como o chamado "jogo do tigrinho". Para convencer seguidores a apostarem, os suspeitos utilizavam contas demo, manipuladas para sempre apresentar resultados vitoriosos.
O delegado Geovane Morais, que coordena a operação, explicou como a fraude funcionava. "Os influenciadores utilizam uma conta demo programada para mostrar ganhos fáceis no jogo de cassino. No entanto, quando o público faz qualquer aposta, o resultado é sempre a perda de dinheiro", afirmou.
Ainda segundo o delegado, os investigados ostentavam um padrão de vida luxuoso, financiado pelo dinheiro recebido para promover as apostas ilícitas. "E essa ostentação se manifesta de diversas formas. São viagens internacionais, passeios pelo Brasil em destinos turísticos, restaurantes sofisticados. É um estilo de vida que a população comum não tem acesso. E isso acaba sendo uma maneira de iludir os seguidores, que veem naquele influenciador um exemplo de sucesso", detalhou Morais.
O jogo ilegal
Conhecido como "Fortune Tiger", o chamado "jogo do tigrinho" é um cassino online que promete altos lucros para os apostadores. O funcionamento é simples: o jogador precisa formar uma combinação de três figuras iguais nas fileiras exibidas na tela. No Brasil, o jogo ganhou popularidade devido à massiva campanha de divulgação por influenciadores digitais, que propagavam estratégias supostamente eficazes para vencer.
Entretanto, especialistas alertam que esses jogos operam sem qualquer regulação e utilizam mecanismos que tornam praticamente impossível obter ganhos reais. As autoridades seguem investigando a rede criminosa e não descartam novas prisões nos próximos dias.

Camila França

Influenciadores são detidos em operação contra jogo do tigrinho em Juazeiro do Norte

Polícia prende três influenciadores que promoviam jogo do tigrinho: 'iludem os seguidores com vida de luxo'

247 - A influenciadora digital Gabi Cazimiro foi presa na manhã desta quinta-feira (20), durante a Operação Tigrinho, deflagrada pela Polícia Civil nos estados do Maranhão, Ceará, Bahia e Minas Gerais. A ação, que investiga crimes como exploração de jogos de azar, associação criminosa e lavagem de dinheiro, resultou na detenção da blogueira em Bacabal (MA), além de buscas e apreensões em cidades como Fortaleza (CE), Barbalha (CE), Juazeiro do Norte (CE), Feira de Santana (BA) e municípios mineiros. As informações são do <a href="https://www.metropoles.com/distrito-federal/na-mira/jogo-do-tigrinho-influenciadora-gabi-cazimiro-e-presa-por-estelionato">Metrópoles</a>.
De acordo com as investigações, Gabi Cazimiro e outros influenciadores promoviam vídeos nas redes sociais que exibiam ganhos falsos no chamado "jogo do tigrinho", com o objetivo de atrair seguidores a apostarem na plataforma ilegal. O esquema, que também servia para lavar dinheiro, teria causado prejuízos financeiros a inúmeras vítimas. A prisão da influenciadora foi decretada pela Justiça do Ceará.
Durante a operação, foram apreendidos veículos de luxo e equipamentos eletrônicos pertencentes à Gabi. O Instituto Gabi, vinculado à influencer, também foi alvo das buscas. O marido dela, Paulo Avião, foi levado para prestar esclarecimentos, e materiais promocionais utilizados por ele para divulgar o esquema nas redes sociais foram confiscados.
Gabi Cazimiro, que possui mais de 380 mil seguidores, é conhecida não apenas como blogueira, mas também como empresária, dona de duas lojas: uma de sapatos e outra de doces. Até o momento, a defesa da influenciadora não se manifestou publicamente sobre o caso.

Operação Tigrinho: Influenciadora Gabi Cazimiro é presa por estelionato em operação contra esquema de jogos de azar

247 - A manhã de quarta-feira (15) foi marcada por mais uma ação da Polícia Civil no combate aos jogos de azar online irregulares. A operação, batizada de Game Over 2, surpreendeu influenciadores digitais, com destaque para Rico Melquiades, que teve sua residência invadida pelos oficiais por volta das 5h30. O portal LeoDias confirmou que, além da busca e apreensão realizada na casa do ex-participante de A Fazenda 13, o influenciador também teve suas contas bancárias bloqueadas em Alagoas. A operação, que visa desmantelar esquemas de jogos de azar promovidos de forma ilegal, está focada em influenciadores de Maceió, Penedo e Arapiraca, mas ainda não há informações sobre a quantidade de mandados expedidos.
De acordo com as investigações, os alvos principais da operação são envolvidos na promoção de plataformas de jogos ilegais, como o popular "Jogo do Aviãozinho", apresentado pela empresa Blaze. O jogo, que tem gerado polêmica entre influenciadores e apostadores, já foi alvo de matérias investigativas, como uma exibida pelo programa Fantástico, que detalhou a prática do jogo no estado de São Paulo.
Em sua defesa, Rico Melquiades se manifestou sobre as acusações de estar incentivando o vício e causando prejuízos financeiros aos seus seguidores. "Desde que o mundo é mundo, existe jogo. Eu não fui a primeira pessoa, nem serei a última pessoa a divulgar jogo, a falar sobre jogo, o que mais tem no Brasil e no mundo afora são jogos", afirmou o influenciador, minimizando as acusações de induzir seus seguidores ao comportamento de risco. No entanto, a legalidade da divulgação de tais jogos no Brasil está sendo questionada, já que essas práticas não são permitidas no país e podem resultar em punições severas, tanto para os responsáveis pelas plataformas quanto para os influenciadores que promovem os jogos.
Além de Melquiades, outros influenciadores têm sido investigados por promoverem jogos de azar, cuja divulgação é ilegal no Brasil. A operação Game Over 2 reflete um esforço das autoridades em endurecer o combate a essa prática, que tem gerado crescente preocupação quanto aos impactos financeiros e psicológicos sobre os envolvidos.

Influencer que lucra com jogos de azar vira alvo de operação da Polícia Civil

247 – O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) encaminhou nesta segunda-feira (25) um pedido de arquivamento da investigação contra o cantor Gusttavo Lima no contexto da Operação Integration, que apurava suposta lavagem de dinheiro associada a atividades de jogos ilegais. A informação foi divulgada pela <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2024/11/promotoria-pede-arquivamento-de-investigacao-contra-gusttavo-lima-por-falta-de-provas.shtml">Folha de S. Paulo</a>.
Os cinco promotores que atuaram no caso concluíram que não há elementos suficientes para sustentar as acusações contra o artista, que havia sido indiciado pela Polícia Civil sob suspeita de envolvimento em crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Em parecer, a Promotoria enfatizou “a inexistência de elementos que demonstrem que os valores das operações suspeitas indicadas são provenientes de infração penal”.&nbsp;
A investigação também apontava a venda de uma aeronave por uma empresa do cantor à Esportes da Sorte, que devolveu o bem posteriormente, alegando problemas técnicos.
"A realização desses negócios, todos documentados e com as respectivas movimentações bancárias registradas, a toda evidência, não demonstram a prática de crimes de lavagem de dinheiro pelo investigado Nivaldo Batista Lima [nome do cantor]", diz o parecer.
Os promotores justificaram o pedido de arquivamento com base na ausência de “elementos que demonstrem: ocultação ou dissimulação de valores e/ou bens; o dolo, consistente no prévio conhecimento de que os valores pagos pelo investigado Darwin Henrique da Silva Filho [CEO da Esportes da Sorte] para aquisição da aeronave eram provenientes da infração penal; e o especial fim de agir, qual seja, o propósito de ocultar ou dissimular a utilização dos ativos".
Adicionalmente, o MP enfatizou que não foi identificada nenhuma relação entre as movimentações financeiras apuradas e Darwin Henrique da Silva Filho, suspeito de envolvimento com o jogo do bicho.

MP pede arquivamento de caso contra Gusttavo Lima por falta de provas

247 - A Justiça de Pernambuco manteve o bloqueio de cerca de R$ 20 milhões em bens da empresa Balada Eventos e Produções, que pertence ao cantor Gusttavo Lima. A Operação Integration apura lavagem de dinheiro relacionado a jogos ilegais que teria movimentado cerca de R$ 3,8 bilhões.
De acordo com informações publicadas na <a href="https://www.cartacapital.com.br/cartaexpressa/justica-nega-recurso-de-gusttavo-lima-e-mantem-bloqueio-a-bens-de-empresa/">Carta Capital</a>, a juíza Andréa Calado da Cruz afirmou haver “fortes indícios” de que a Balada Eventos e Nivaldo Batista Lima (nome real de Gusttavo Lima) estão envolvidos em “um extenso esquema de lavagem de dinheiro proveniente do jogo do bicho e outros jogos de azar, como apostas esportivas e cassinos online”.
O músico é investigado pela venda de uma aeronave à empresa Esportes da Sorte, de Darwin Henrique da Silva Filho. Segundo as investigações, o cantor negociou o avião com o casal José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta Henriques da Rocha, donos da Vai de Bet.&nbsp;

Nordeste

Justiça nega recurso feito pela defesa de Gusttavo Lima

247 - A Advocacia-Geral da União (AGU) notificou extrajudicialmente plataformas digitais &nbsp;cobrando esclarecimentos sobre medidas que adotaram para impedir a divulgação de anúncios de casas de apostas e jogos de azar que visem crianças e adolescentes, informa o <a href="https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2024/10/6960610-agu-cobra-restricao-ao-acesso-de-sites-de-apostas-por-criancas-e-adolescentes.html">Correio Braziliense</a>. A notificação foi enviada ao YouTube Brasil, ao TikTok, ao Kwai e à Meta, proprietária do Facebook e do Instagram.
A AGU afirma que o direcionamento dessas publicidades para crianças e adolescentes é ilegal, já que esse público não pode participar de casas de apostas. O documento distingue casas de apostas dos jogos de azar, que são considerados contravenções penais no Brasil. A instituição também questiona as plataformas sobre a existência de cláusulas nos chamados "termos de uso" que protejam o público jovem, e se há mecanismos específicos para denunciar a publicidade irregular dos jogos de azar.&nbsp;
As respostas obtidas após a notificação serão base para um processo administrativo, em andamento na AGU, originado por uma solicitação do Ministério da Saúde. A pasta deve investigar os efeitos dos jogos de apostas nas políticas públicas, cujo foco é a saúde mental da população.&nbsp;
Em uma nota publicada em setembro, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) destaca o perigo que apostas e jogos de azar podem causar na saúde mental de crianças. Segundo a organização, o público infanto-juvenil é mais vulnerável às publicidades e ao vício em apostas.

AGU exige restrição do acesso de casas de apostas por crianças e adolescentes

247 - A Advocacia-Geral da União (AGU) notificou as plataformas digitais YouTube Brasil, TikTok, Kwai e Meta (Instagram e Facebook), solicitando que informem quais medidas estão sendo tomadas para evitar a veiculação de publicidade de jogos de azar e apostas voltada ao público infantojuvenil, destaca o <a href="https://www.metropoles.com/brasil/agu-pede-as-plataformas-medidas-contra-publicidade-infantil-de-jogos">Metrópoles</a>. A ação faz parte de um esforço do governo federal para reforçar a proteção desse grupo contra conteúdos que possam causar danos à saúde mental e à economia familiar, visto que menores de 18 anos são legalmente proibidos de participar desse tipo de atividade.
No documento, a AGU ressalta a importância de as plataformas garantirem que suas políticas de uso incluam regras específicas para proteger crianças e adolescentes, além de disponibilizarem canais de denúncia para reportar publicidade irregular. A notificação acontece em meio a uma crescente preocupação do governo Lula com os efeitos negativos que as casas de apostas podem ter sobre a população jovem. O presidente já declarou que, apesar de as "bets" serem vistas como entretenimento, elas não podem ser promovidas como uma forma de investimento.
Além da questão publicitária, a AGU também destacou que os jogos de azar, aqueles cujo resultado depende exclusivamente da sorte, permanecem proibidos no Brasil e são classificados como contravenção penal. As casas de apostas de quota fixa, por sua vez, estão em processo de regulamentação, mas continuam sob vigilância devido a possíveis irregularidades, como lavagem de dinheiro e evasão de divisas, questões que estão sendo investigadas pela Polícia Federal.

Mídia

AGU cobra medidas das plataformas digitais contra propaganda de jogos de azar para crianças e adolescentes

247 - A irmã, o filho e o padrasto da advogada Deolane Bezerra seguem divulgando propagandas de ‘bets’, jogos de azar e do jogo do tigrinho nas redes sociais mesmo após as prisões da influenciadora e sua mãe, Solange,<a href="https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2024/10/familia-de-deolane-divulga-tigrinho-e-jogos-de-azar-mesmo-apos-prisoes.shtml"> informa o F5</a>. As duas são investigadas pelo suposto envolvimento com uma organização criminosa que atua em jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
O filho de Deolane, Giliard, aconselha em seus stories os seus mais de 30 mil seguidores a apostarem dinheiro em uma plataforma de jogos de azar com promessa de dinheiro fácil. Dayanne, irmã da influenciadora, também divulga jogos parecidos. Ela tem mais de 2 milhões de seguidores.
O padrasto de Deolane, Danilo Brito, sugeriu a participação de seus mais de 300 mil seguidores em plataformas semelhantes ao “tigrinho”. Ela ainda prometeu pagar R$50 a dez pessoas que fizeram a recarga mínima de R$10 no jogo. &nbsp;Deolane e Solange estão proibidas de frequentar qualquer empresa alvo da Operação Integration e de fazer publicidade para as plataformas de jogos.

Solange Alves (na frente) e Deolane Bezerra 

Tá nos Trends

Família de Deolane Bezerra faz propaganda de jogos de azar mesmo após prisões

247 - O governo Lula (PT) se prepara para intervir diretamente no crescente mercado das apostas online, com foco em questões de saúde mental e restrições publicitárias. A medida, que deverá ser anunciada pelo presidente Lula na próxima semana, segundo Lauro Jardim, do jornal <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2024/09/lula-vai-anunciar-pacote-de-restricao-as-bets.ghtml">O Globo</a>, visa conter os impactos negativos das chamadas "bets" entre a população, em especial aqueles relacionados ao vício em jogos de azar.&nbsp;
O Ministério da Fazenda está finalizando os detalhes do pacote, em colaboração com os ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social. Entre as medidas em destaque está o veto ao uso de cartões de crédito e do cartão do Bolsa Família para realizar apostas online. Além disso, haverá um esforço para reforçar as campanhas de "propaganda responsável", impedindo, por exemplo, anúncios que sugerem que é possível enriquecer rapidamente com apostas, uma prática comum entre as plataformas de jogos.
A decisão de Lula não é acidental. A partir de 1º de outubro, apenas as 113 empresas de apostas que solicitaram autorização para operar no Brasil poderão continuar suas atividades. O governo dará um prazo de 30 dias para a análise desses pedidos, e as empresas que forem aprovadas terão que desembolsar R$ 30 milhões para manter suas operações no país. Estima-se que cerca de 500 empresas de apostas, que atuam hoje de forma irregular, terão que interromper suas atividades já na próxima semana.
Essa nova regulamentação chega em um momento crítico, quando o governo busca uma maior supervisão sobre o mercado de apostas, que cresceu exponencialmente nos últimos anos. A iniciativa de restringir a publicidade também tem o objetivo de proteger grupos vulneráveis, como jovens e pessoas em situação de vulnerabilidade social, que podem ser atraídos pela promessa ilusória de ganhos fáceis.&nbsp;
O tema é considerado polêmico, pois envolve interesses de grandes empresas e jogadores que movimentam bilhões de reais anualmente. No entanto, a gestão Lula acredita que, sem uma regulamentação rígida, o impacto social e econômico das apostas online pode ser devastador.&nbsp;
Em meio a debates acalorados sobre o assunto, a expectativa é que as novas regras tragam mais transparência e responsabilidade para o setor, ao mesmo tempo em que protejam os cidadãos dos riscos associados ao vício em jogos.

'Bets': Lula deve anunciar na semana que vem pacote para proteger apostadores

Agência Brasil - A advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra Santos foi solta nesta terça-feira (24). Ela estava presa na Colônia Penal Feminina de Buíque (PE) e foi beneficiada por um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
Deolane foi presa em função das investigações da Operação Integration. A influenciadora é acusada de criar um site de apostas para lavar dinheiro de jogos ilegais, de acordo com a Polícia Civil de Pernambuco. A ação foi desencadeada contra uma quadrilha suspeita de movimentar cerca de R$ 3 bilhões num esquema de lavagem de dinheiro de jogos de azar.
A decisão foi proferida pelo tribunal a partir de um pedido do Ministério Público. O órgão solicitou a soltura de Deolane e outros investigados mediante o cumprimento de medidas cautelares diversas da prisão.
Antes de ter a liberdade concedida pelo TJPE, Deolane <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-09/influenciadora-deixa-prisao-no-recife-mas-usara-tornozeleira" target="_blank">chegou a ser beneficiada por outro habeas corpus</a>, mas foi <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2024-09/influenciadora-deolane-bezerra-volta-ser-presa-no-recife" target="_blank">presa</a> na quarta-feira (11), um dia após descumprir a medida cautelar que a proibia de se manifestar por meio de redes sociais e a imprensa. Ao deixar a prisão, ela deu entrevistas e conversou com fãs em frente ao presídio em que estava detida.
<h2>Gusttavo Lima</h2>
No âmbito da mesma investigação, o cantor sertanejo Gusttavo Lima teve <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2024-09/justica-de-pernambuco-decreta-prisao-do-cantor-gusttavo-lima" target="_blank">mandado de prisão expedido </a>nesta segunda-feira (23) pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal de Recife. Lima é acusado de ter ligação com pessoas investigadas na operação. Ele está nos Estados Unidos em uma viagem com sua família.&nbsp;
Em nota à imprensa, a defesa do cantor disse que ele não tem envolvimento com os fatos investigados pela operação.&nbsp;
“O cantor Gusttavo Lima jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela polícia pernambucana”, declarou a defesa. &nbsp;

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