247 - O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (15) a anulação de todos os atos da operação Lava Jato contra o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. A informação foi divulgada pelo <a href="https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/08/15/toffoli-anula-todos-os-atos-da-lava-jato-contra-o-ex-tesoureiro-do-pt-joao-vaccari-netto.ghtml">g1</a>. A medida acolhe um pedido da defesa, que sustentou que houve atuação irregular do ex-juiz Sergio Moro e de integrantes do Ministério Público Federal durante as investigações e processos.
Segundo os advogados, mensagens obtidas pela defesa indicam que Moro e procuradores discutiram internamente a situação de Vaccari, o que, na avaliação da defesa, configurou afronta a princípios constitucionais como moralidade, impessoalidade, imparcialidade e legalidade. “O revelado macula a conduta do magistrado e da acusação”, afirmaram os representantes do ex-tesoureiro.
A equipe jurídica também destacou que Vaccari estava em situação processual idêntica à do advogado Guilherme Gonçalves — responsável por campanhas da atual ministra Gleisi Hoffmann no Paraná — que já havia sido beneficiado por decisão semelhante do STF, anulando atos da Lava Jato.
Ao analisar o caso, Toffoli reconheceu as nulidades apontadas e estendeu a decisão que já havia favorecido Gonçalves para incluir Vaccari. Na prática, todos os procedimentos, acusações e sentenças derivados das ações da força-tarefa de Curitiba contra o ex-tesoureiro do PT deixam de ter validade jurídica.
Essa decisão se soma a outras medidas recentes do STF que vêm questionando a condução da Lava Jato, especialmente no que diz respeito à parcialidade do ex-juiz Sergio Moro e a eventuais abusos cometidos pela força-tarefa no curso das investigações.

Otávio Rosso

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Brasil

Toffoli anula todos os atos da Lava Jato contra João Vaccari Neto

247 – O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto apresentou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a anulação das decisões proferidas pelo ex-juiz suspeito Sergio Moro nos processos da Lava Jato.
O pedido chegou na Corte em outubro de 2023 e aguarda análise do ministro Gilmar Mendes. A defesa de Vaccari busca que seja reconhecida a parcialidade de Moro, expandindo os efeitos da decisão que declarou o ex-juiz parcial em processos envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No documento apresentado, a defesa de Vaccari argumenta que a condenação do ex-tesoureiro resultou de uma estratégia coordenada entre Moro e os procuradores da Lava Jato em Curitiba, alegando uso indevido do processo para fins ilegítimos.
Em um despacho assinado em 23 de fevereiro, Gilmar Mendes reconheceu a admissibilidade do pedido de Vaccari e indicou que o STF deveria analisá-lo. Nesta semana, Mendes anulou todas as ações do ex-juiz contra José Dirceu relacionadas à Lava Jato, citando evidências de uma coordenação entre Moro e a força-tarefa para acusar e processar Dirceu.
“Embora seus esforços tenham se voltado particularmente contra a maior liderança do partido [Lula], o consórcio seguia uma cartilha mais ampla: a ideia era garantir que o juiz estivesse na dianteira de uma narrativa que culminaria na efetivação de um projeto de poder, cujo itinerário passava por deslegitimar o PT e suas principais lideranças, como José Dirceu, que, ao lado de Lula, fundou o partido em 1980”, escreveu em decisão.

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Ex-tesoureiro do PT pede ao STF que seja reconhecida parcialidade de Moro em condenação

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