247 - A estação Ambuitá, localizada na linha 8-Diamante, foi inaugurada nesta segunda-feira, 5 de maio, em Itapevi, na Região Metropolitana de São Paulo. A obra faz parte do grande projeto de expansão e modernização das linhas 8 e 9 do sistema metroferroviário paulista, que conta com um financiamento de R$ 3,4 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A inauguração da estação ocorreu durante as comemorações pelos 66 anos de fundação de Itapevi. A estação já havia começado a funcionar há cerca de 30 dias, em regime de operação assistida pela concessionária ViaMobilidade, com o apoio da prefeitura local. Durante esse período inicial, os trens circulavam com intervalos de 30 minutos e sem cobrança de tarifa para os passageiros das estações Ambuitá, Amador Bueno e Santa Rita.
As obras, que começaram em abril de 2024, receberam um investimento total de R$ 26,5 milhões. A estação deverá atender, em média, 2,1 mil passageiros por dia, beneficiando especialmente moradores dos bairros Jardim Santa Rita, Amador Bueno e Ambuitá, proporcionando uma alternativa de transporte mais eficiente, segura e ágil. Espera-se também uma redução no tráfego de ônibus e outros veículos na região, trazendo maior fluidez ao trânsito.
Durante a cerimônia de inauguração, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a importância da parceria entre os entes públicos para o avanço de projetos estratégicos de infraestrutura. "Toda a luta pela democracia é para respeitar o voto e permitir que os entes federados trabalhem em conjunto: união, estado e município", afirmou Mercadante. Ele também enfatizou o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o estado de São Paulo, ressaltando que o BNDES é o banco que mais investe em obras de infraestrutura no estado.
O evento contou com a presença de diversas autoridades, entre elas o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado André do Prado, o prefeito de Itapevi, Marcos Godoy, e o presidente da Motiva Trilhos, Márcio Hannas.
A Estação Ambuitá - A nova estação Ambuitá foi projetada para oferecer comodidade e acessibilidade. Ela conta com duas plataformas de embarque e desembarque, cada uma com 120 metros de comprimento e 3,5 metros de largura. O local ainda dispõe de um saguão de entrada, bilheteiras, sanitários acessíveis e uma área administrativa no andar superior. Para acomodar os ciclistas, a estação oferece um paraciclo no térreo, além de garantir total acessibilidade com elevadores, corrimãos, piso tátil e banheiros adaptados. O sistema de sinalização e energia é moderno, e a estação está integrada ao sistema metroferroviário de São Paulo.
A estação Ambuitá substitui a antiga Parada Iracema, inaugurada em 1949 pela Estrada de Ferro Sorocabana. A antiga estação foi desativada em 2010, já sob a gestão da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), gerando protestos da população local.
Expansão das Linhas 8 e 9 - A expansão das linhas 8 e 9 inclui a construção de novas estações, reforma de estações existentes, além de melhorias na infraestrutura de circulação, como a modernização das vias e redes aéreas. O projeto também inclui a implantação de novas subestações de energia e cabines seccionadoras, além da construção de uma quarta via permanente na estação Osasco. A modernização visa ampliar a capacidade de transporte e melhorar a eficiência do sistema, beneficiando milhões de passageiros.
A linha 8 interliga a estação Júlio Prestes, no centro de São Paulo, aos municípios da Região Metropolitana, como Itapevi, Jandira, Barueri, Carapicuíba e Osasco, atendendo importantes bairros paulistanos, como Campos Elíseos, Barra Funda e Vila Leopoldina. Já a linha 9 conecta a estação Osasco à Bruno Covas/Mendes–Vila Natal.
Além disso, o projeto contempla a aquisição de 36 novos trens fabricados no Brasil, todos entregues pela Alstom, com 75% das obras já concluídas até o final do ano passado.
Investimentos em Mobilidade Urbana - Nos últimos 25 anos, o BNDES aprovou R$ 37 bilhões em financiamentos para a mobilidade urbana no estado de São Paulo, o que resultou em R$ 62 bilhões em investimentos. Os projetos apoiados pelo banco incluem a construção e modernização de 89 km de trilhos, 63 novas estações e a aquisição de 268 novos trens. Além disso, a melhoria nas linhas de transporte por trilhos tem beneficiado cerca de 4 milhões de passageiros diariamente, com redução do tempo de viagem, maior acessibilidade e menor emissão de CO2.
Atualmente, o BNDES apoia a implantação das linhas 6, 8/9, 7 e Trem Intercidades Eixo Norte (TIC Norte), que, juntas, vão atender a 1,8 milhão de novos usuários até a sua conclusão.

Paulo Emilio

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Com apoio do BNDES, Itapevi ganha nova estação de trens metropolitanos

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