247 – Em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o advogado Walfrido Warde, presidente do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), que é um dos principais think-tanks do Brasil, e integrante do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável do governo Lula, analisou o lugar do Brasil na disputa geopolítica entre as grandes potências, logo após a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.
Warde afirmou que o Brasil de Luiz Inácio Lula da Silva atua com pragmatismo entre os dois polos estratégicos, preservando sua autonomia decisória. Ao tratar do novo ambiente de diálogo com Washington e da centralidade de Pequim para a economia brasileira, ele foi taxativo: “No embate de interesses entre americanos e chineses, devem prevalecer o interesse brasileiro e eu tenho certeza absoluta de que o presidente Lula assim fará”.
O jurista contrastou as visões de mundo do presidente Lula e de Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos. Segundo ele, Lula expressa a defesa do multilateralismo, da soberania dos povos e do respeito ao direito internacional, ao passo que Trump dá voz a segmentos que se ressentem da perda de protagonismo americano: “Trump não pode ser menosprezado na sua maneira de exprimir uma visão de mundo que tem aderência no coração de muita gente”.&nbsp;
Ao descrever a estatura internacional do líder brasileiro, Warde destacou a sua capacidade de representar valores civilizatórios: “O presidente Lula é a quintessência, talvez o último bastião, o último político do Ocidente que empolga ao expressar essas ideias”.
Ao avaliar a recente reaproximação entre Brasília e Washington, após gestos de Trump em relação a Lula durante a Assembleia Geral da ONU, Warde sustentou que o eixo das relações deve ser de benefício mútuo, sem submissão, e que essa dinâmica também envia sinais claros a Pequim: “Se os americanos perseguem interesses americanos, nós, brasileiros, prosseguiremos interesses dos brasileiros”. Para ele, a disputa por influência na América Latina pode ser positiva se o Brasil souber negociar contrapartidas concretas em comércio, investimentos e tecnologia.
<h2>Parcerias entre Brasil e China</h2>
O advogado também examinou as consequências econômicas da Operação Lava Jato, que desorganizou o setor de infraestrutura e abriu espaço a competidores estrangeiros. Na leitura de Warde, o episódio inseriu-se em uma lógica de guerra comercial que não produziu, para os Estados Unidos, os efeitos pretendidos: “Na verdade, como é de fato, o FCPA (legislação americana que investigou corrupção em outros países) já nasce como instrumento de guerra comercial”. Diante do estrago, ele vê nas parcerias entre construtoras brasileiras e grupos chineses uma ponte para a recuperação de competências e empregos.
Em temas estratégicos, Warde propôs que o país deixe de ser mero exportador de matérias-primas e passe a capturar valor em cadeias industriais de alta tecnologia. Ao falar de terras raras, defendeu política industrial e tecnológica consistente para verticalizar produção e inovação. E, sobre a corrida global por capacidade computacional, apontou que a instalação de data centers deve vir acompanhada de exigências: “Não podemos ser meros armazenadores de dados das potências. Precisamos exigir transferência de tecnologia”.
No setor automotivo, Warde ponderou que a transição tecnológica ainda está em disputa, com diferentes rotas energéticas em avaliação. Por isso, além de atrair fábricas e P&amp;D, o Brasil deve condicionar acesso ao mercado a compromissos robustos de produção local e inovação, mantendo margem de manobra para decidir entre eletrificação por bateria, hidrogênio e biocombustíveis avançados, conforme maturidade tecnológica e custo ambiental.
<h2>Cooperação no campo militar</h2>
Warde também abordou defesa e soberania em um contexto de rearmamento global, observando que parcerias, inclusive com a China, podem fortalecer a capacidade brasileira, desde que orientadas pelo interesse nacional. Para ele, treinar e equipar as Forças Armadas é função de Estado e precisa estar apartada de polarizações circunstanciais.
Ao destacar o papel do IREE, Warde lembrou que o think tank foi concebido para “pensar e defender políticas públicas”, promovendo debate plural sobre segurança, geopolítica e desenvolvimento, com participação de diplomatas, militares, juristas, economistas e lideranças civis. Sua atuação no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do governo Lula reforça essa agenda: Warde foi reconduzido por decreto presidencial ao colegiado, com mandato até março de 2027, o que valoriza sua contribuição institucional e o papel do IREE no diálogo entre Estado e sociedade.
No plano político, Warde sugeriu que a superação das divisões internas é condição para um projeto nacional robusto. Em tom conciliador, destacou a liderança histórica de Lula e a importância de superar preconceitos e ressentimentos: “A fala do presidente Lula empolga e atinge o coração das pessoas no mundo todo, e esse homem é brasileiro e presidente do Brasil. Isso deve ser valorizado por todos”. Assista:
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Redação Brasil 247

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Entrevistas

“Entre China e Estados Unidos, Lula vai defender o interesse nacional", diz Walfrido Warde

247 - O primeiro dia do 2º Seminário Internacional de Segurança Pública, Democracia e Direitos Humanos será dedicado à análise dos principais desafios estruturais enfrentados pelo Brasil no combate ao crime organizado e na construção de um modelo de segurança pública alinhado aos princípios democráticos. Os debates ganham ainda mais relevância diante do papel estratégico da segurança pública e do avanço das organizações criminosas em diversas partes do mundo, que desestabilizam e colocam em risco democracias.
O evento é uma realização do IREE (Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa) e do IDP (Instituto Brasileiro de Ensino Desenvolvimento e Pesquisa). O seminário é gratuito e aberto ao público, e acontecerá dos dias 26 a 29 de maio, em São Paulo.
O presidente do IREE, Walfrido Warde, destacou que a segurança pública é a questão mais importante para os brasileiros. "Vamos debater soluções no combate ao crime organizado no Brasil, olhar para o que se tem feito no país e as melhores ideias para combater o crime organizado aqui no Brasil e fora do Brasil, em outros modelos internacionais", disse.&nbsp;
Com o tema “Um modelo brasileiro de combate às máfias e à insegurança nas cidades e no campo”, o evento reunirá autoridades, especialistas e acadêmicos do Brasil e do exterior para os uatro dias de debates.&nbsp;
Conheça os coordenadores acadêmicos do 2º Seminário Internacional de Segurança Pública, Democracia e Direitos Humanos, responsáveis pela condução científica do evento:
Integram o time Walfrido Warde, presidente do IREE; Lincoln Gakiya, promotor de Justiça com atuação destacada no combate ao crime organizado; Francisco Mendes, diretor-geral do IDP; e Raul Jungmann, presidente do IREE Defesa &amp; Segurança e ex-ministro da Segurança Pública. Também compõem a coordenação Benedito Mariano, coordenador do Núcleo de Segurança Pública na Democracia do IREE; Rafael Valim, diretor do IREE; Marco Antonio Marques da Silva, desembargador aposentado e professor titular da PUC-SP; Arnaldo Hossepian, procurador de Justiça aposentado e conselheiro do CNJ entre 2015 e 2019; Fernando Hideo, professor de Direito Penal; e Atalá Correia, professor do IDP e juiz de Direito do TJDFT.
Confira a programação completa e inscreva-se em <a href="https://iree.org.br/sisp/">iree.org.br/sisp</a>.&nbsp;

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Brasil

IREE e IDP promovem seminário em São Paulo para debater segurança pública, democracia e direitos humanos

247 - O Instituto para a Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE) e o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) realizam, entre os dias 26 e 29 de maio, o 2º Seminário Internacional de Segurança Pública, Democracia e Direitos Humanos, no Hotel Renaissance, em São Paulo. A iniciativa terá como tema central “Um modelo brasileiro de combate às máfias e à insegurança nas cidades e no campo”.
O seminário se propõe a ser um espaço de discussão estratégica sobre o enfrentamento às organizações criminosas, reunindo autoridades públicas, acadêmicos e especialistas nacionais e internacionais. A programação prevê quatro dias de atividades, com cerca de 30 painéis, sempre das 9h às 18h, voltados à análise das ameaças impostas pelo crime organizado e à elaboração de propostas legislativas e institucionais.
Temas e programação - Entre os assuntos em pauta, destacam-se o papel das instituições no combate ao crime organizado, a tramitação de propostas como a PEC da Segurança Pública e o Projeto de Lei Antimáfia, além de experiências internacionais de enfrentamento à criminalidade. Estão previstos painéis específicos para os modelos antimáfia aplicados na Itália, nos Estados Unidos, no México e na Argentina, bem como debates sobre a importância da cooperação internacional.
A participação será gratuita, mediante inscrição prévia, cuja abertura está prevista para os próximos dias.
Coordenação e curadoria científica - A coordenação-geral do evento está a cargo de Walfrido Warde, presidente do IREE; Lincoln Gakiya, promotor de Justiça do Gaeco/MPSP; e Francisco Mendes, diretor-geral do IDP. A curadoria científica envolve nomes de destaque no cenário jurídico e acadêmico: Benedito Mariano, Raul Jungmann, Rafael Valim, Marco Antonio Marques da Silva, Arnaldo Hossepian e Fernando Hideo.
Sobre os organizadores - O IREE é uma organização independente voltada à promoção de debates plurais sobre a relação entre os setores público e privado. Desde sua fundação em 2016, já realizou mais de 800 eventos e estabeleceu parcerias com universidades e centros de pesquisa de diversos países, como Itália, Argentina, França e Portugal. Também criou a KOPE, plataforma de ensino à distância, e é responsável pelo Prêmio IREE de Jornalismo, considerado uma das mais importantes premiações do setor.
Já o IDP, com sedes em Brasília e São Paulo, é reconhecido como uma das principais instituições de ensino superior do país. Criado há mais de duas décadas, o instituto oferece cursos em diversas áreas e é responsável por eventos de grande repercussão, como o Fórum Jurídico de Lisboa.
Retrospectiva da 1ª edição - A primeira edição do seminário ocorreu em junho de 2024, em Brasília, e consolidou-se como o maior evento sobre segurança pública já realizado no Brasil. Durante dois dias, mais de mil participantes acompanharam mais de 50 painéis na sede do IDP, que discutiram políticas públicas alinhadas à democracia e aos direitos humanos. Os painéis estão disponíveis no <a href="https://www.youtube.com/playlist?list=PLYMsFbmY839tYVliP1enGqoqxzU3bXjmQ">canal IREE TV, no YouTube</a>.
Serviço
<ul><li>Evento: 2º Seminário Internacional de Segurança Pública, Democracia e Direitos Humanos</li><li>Data: 26 a 29 de maio de 2025</li><li>Horário: Das 9h às 18h</li><li>Local: Hotel Renaissance – Alameda Santos, 2233 – São Paulo/SP</li><li>Realização: IREE e IDP</li><li>Mais informações: <a href="mailto:contato@iree.org.br">contato@iree.org.br</a></li></ul>

Combate ao crime organizado e à insegurança será foco do 2º Seminário Internacional de Segurança Pública IREE-IDP

247 – Durante a abertura do seminário Brasil e China, 50 anos de amizade, promovido pelo Brasil 247, pela TV 247 e pela <a href="https://www.vallya.com/">Vallya</a>, o advogado Walfrido Warde destacou a importância da coordenação estatal na economia para o sucesso da China desde o final dos anos 1970. Warde salientou que o crescimento econômico chinês, sustentado em não menos que 6% ao ano desde 1978, foi fruto de uma eficiente gestão estatal que incluiu a organização de empresas e a concepção de políticas públicas estratégicas.
Walfrido Warde também aproveitou a ocasião para fazer uma comparação com o Brasil, criticando a forma como o orçamento vem sendo gerido pelo Parlamento brasileiro. Segundo ele, desde a Emenda Constitucional 86 de 2015, uma parcela significativa do orçamento livre do país tem sido alocada ao Parlamento, comprometendo a capacidade do Executivo de desenvolver e implementar políticas públicas necessárias para o desenvolvimento do país. Warde chamou a atenção para a necessidade de uma maior harmonia e unidade entre os poderes do Estado no Brasil, citando o modelo chinês como exemplo a ser seguido. Assista:
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Economia

"Estado foi fundamental para o sucesso chinês", diz Walfrido Warde

247 – O <a href="https://www.brasil247.com/">Brasil 247</a> e a <a href="https://www.youtube.com/brasil247">TV 247</a>, em parceria com a <a href="https://www.vallya.com/">Vallya</a> e o <a href="https://iree.org.br/">IREE – Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa</a>, promovem, no dia 1 de agosto, em Brasília, o evento <a href="https://sites.brasil247.com/brasil-e-china-50-anos-de-amizade-2/">"Brasil e China: 50 anos de amizade"</a>, que celebra os 50 anos da retomada de relações diplomáticas entre os dois países.
Há muito o que comemorar nesta relação que, desde 2012, no governo da presidente Dilma Rousseff, foi elevada a Parceria Estratégica Global. A China é hoje o maior parceiro comercial do País e também lidera o ranking de investimentos diretos em nossa economia. Além disso, os dois países compartilham valores comuns, como a defesa do multilateralismo e da cooperação pacífica entre os povos.
Na abertura do evento, estão confirmadas as palestras do embaixador chinês no Brasil, Zhu Qingqiao, do assessor especial da presidência da República, Celso Amorim, do ministro da Casa Civil, Rui Costa, do presidente da Apex, Jorge Viana, do presidente do IREE, Walfrido Warde, e da diretora da Wallya, Larissa Wachholz, com moderação do jornalista José Reinaldo Carvalho, editor-internacional do Brasil 247. 
A primeira mesa, que debaterá o tema "Finanças verdes, descarbonização e investimentos", será moderada pelo jornalista Leonardo Attuch, editor do Brasil 247 e da TV 247, tem as palestras confirmadas do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, do conselheiro especial da BYD, Alexandre Baldy, do Secretário de Desenvolvimento Industrial do MDIC, Uallace Moreira, do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, do CEO da Cedro Mineração, Lucas Kallas, e do diretor de Relações Institucionais da SPIC, Roberto Monteiro Júnior.
A segunda mesa, também moderada pelo jornalista Leonardo Attuch, terá foco no tema "Comércio bilateral e exportações brasileiras". Os palestrantes confirmados são o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o vice-presidente de Regulatory Science da Bayer, Geraldo Berger, o vice-presidente da Vale, Alexandre D'Ambrosio, o CEO da JBS, Gilberto Xandó, o vice-presidente do Bank of China, Hsia Hua Cheng, e o Secretário de Comércio do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa.
Como as vagas são limitadas, e já há muitos inscritos, pedimos que os interessados em novas presenças, sujeitas a confirmação, enviem um email para brasilchina@brasil247.com.br, informando nome completo, telefone celular e a organização que representa. Muito obrigado!

China

Brasil e China: 50 anos de amizade – um evento histórico

247 – Na edição mais recente do programa "Forças do Brasil", transmitido pela TV 247, o advogado, jurista e escritor Walfrido Warde foi o convidado especial do jornalista Mario Vitor Santos. Nascido em 1973, Warde é conhecido por seu trabalho como advogado e empresário de sucesso. Ele possui uma sólida formação acadêmica com graduação e doutorado em Direito pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco da Universidade de São Paulo, além de um mestrado na Universidade de Nova York e formação em Filosofia pela FFLCH-USP. Sócio do escritório Warde Advogados, ele tem uma presença marcante em causas de grande relevância, tanto no Brasil quanto internacionalmente, além de uma atuação política cada vez mais abrangente, seja por meio de seu programa Reconversa, em parceria com o jornalista Reinaldo Azevedo, no Youtube, seja por meio do seu Instituto para a Reforma das Relações Empresa Estado (IREE), que ganhou proeminência depois da Lava Jato, cujos abusos Warde combateu abertamente.
Por meio do IREE, Warde reúne forças políticas muitas vezes antagônicas, da esquerda radical a setores militares. " Meu ímpeto é ver o Brasil se desenvolver, progredir e distribuir renda. Deixar de ser um país riquíssimo com uma massa de miseráveis à margem da afirmação de direitos sociais e dos direitos humanos. Um país que no dia a dia se vê cada vez mais nas mãos do crime organizado e basicamente se automutila, causando danos a si mesmo. Muitas vezes com o privilégio e os interesses de potências hegemônicas, justamente no contexto do embate entre forças políticas nacionais. Parece que no Brasil a gente prefere destruir o Brasil para ferir o inimigo político a convergir com o inimigo político para avançar os interesses do Brasil", disse ele. Em relação aos militares, Warde defendeu a necessidade de diálogo com as Forças Armadas como uma parte essencial do Estado brasileiro, apesar das críticas e teorias da conspiração que surgem de ambos os lados do espectro político.
Um ponto central da discussão foi a transformação pela qual Warde passou ao se engajar mais profundamente no debate político, um processo que ele atribuiu à sua formação acadêmica e ao contexto político turbulento do Brasil, especialmente durante a operação Lava Jato. Warde criticou fortemente a Lava Jato, afirmando que, apesar de parecer um combate técnico à corrupção, acabou sendo instrumentalizada para atacar inimigos políticos, prejudicando a democracia brasileira. Ele destacou que a operação teve um papel crucial na eleição de Jair Bolsonaro em 2018, ao inviabilizar o principal adversário político, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Sobre a atuação profissional, Warde enfatizou a importância de uma advocacia que vai além do mero conhecimento técnico-jurídico, destacando a necessidade de desenvolver estratégias e táticas adaptadas ao contexto de cada caso, muitas vezes envolvendo disputas empresariais complexas tanto dentro quanto fora do Brasil. "Sendo um dos maiores escritórios de direito empresarial, tivemos e temos causas de alguns bilhões de dólares envolvendo litígios entre empresas brasileiras e entre empresas brasileiras e estrangeiras não apenas no Brasil, mas também na América Latina. Para além do exercício das normas jurídicas, com o tempo você desenvolve um número de táticas e estratégias que te permitem trabalhar para além do ordenamento jurídico para o que você originariamente foi treinado", afirmou. "Temos escritórios em São Paulo e Brasília. Atuamos em litígios entre empresas, entre sócios de empresas, entre empresas e administradores e entre sócios e administradores dessas empresas. Hoje nós estamos envolvidos nos maiores litígios do país", acrescentou.
Em relação à conjuntura política, Warde expressou seu apoio ao deputado federal Guilherme Boulos, pré-candidato do Psol, para a eleição municipal em São Paulo, elogiando suas qualidades e a perspectiva de um governo ético e técnico. Ao concluir a entrevista, Warde refletiu sobre o papel do sistema de justiça na operação Lava Jato e a necessidade de disciplinar o lobby político no Brasil, defendendo uma maior transparência e regulação. Ele ressaltou a importância de um Brasil que proteja seus interesses estratégicos em negociações internacionais e políticas públicas. "Sempre gostei de política. Isso prosseguiu sobretudo pela influência que teve sobre mim o professor Fábio Konder Comparato, no meu doutorado. Em 2015, quando vi os danos que um combate irresponsável à corrupção poderiam causar à economia brasileira, politizando e fulanizando o sistema de justiça, passei da minha posição de advogado empresarial para alguém mais presente no debate público", afirma. "Quando a gente vê que de fato o mercado de infraestrutura foi destruído, decidi criar o IREE, o Instituto para Reforma das Relações Entre Estado e Empresa, um think-tank que tem atuado nos últimos sete anos com estudos, seminários, debates e lives, com as grandes personalidades do País", aponta. Por exemplo, no próximo dia 6 e 7 de junho, o IREE vai realizar em Brasília, em parceria com o Instituto de Direito Público, o maior seminário internacional de segurança pública jamais realizado no Brasil, com duzentos especialistas do Brasil e de fora para analisar esse tema que aflige as brasileiras e brasileiros e que ameaça, segundo Warde, transformar o país num narcoestado. Assista sua entrevista:
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"O Brasil precisa buscar convergências para se desenvolver plenamente", diz Walfrido Warde

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