<p><b>247 - </b>O presidente Lula (PT) adiantou, nesta quarta-feira (16), a intenção de lançar um programa nacional de incentivo para a formação de novos professores, com foco nos jovens que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A medida foi anunciada como resposta a uma das crises mais preocupantes do setor educacional: a falta de interesse pela profissão de professor, agravada pelas condições precárias de trabalho e baixa remuneração.</p>
<p>"Nós descobrimos outra coisa que vai entrar em discussão na minha pauta quando eu voltar dos BRICS, que é a questão dos professores. Eu lembro que quando aprovamos o piso salarial dos professores, muitos governadores não quiseram pagar porque diziam que não tinham dinheiro – e olha que é um salário merreca para alguém que toma conta de 40 crianças dentro de uma sala de aula", declarou Lula em meio à cerimônia de assinatura do Plano Nacional de Abastecimento Alimentar “Alimento no Prato” (Planaab) e do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo).</p>
<p>O presidente fez questão de lembrar como, no passado, a profissão era vista com grande respeito e prestígio, algo que se perdeu ao longo do tempo. "Essa profissão que já foi nobre está sendo destruída. Nós descobrimos que ninguém quer mais ser professor. Nós vamos ter que criar um programa de incentivo para os alunos que prestaram o Enem fazerem um curso para se transformarem em professores, porque ganham muito pouco, têm muito trabalho e as pessoas não querem", afirmou.</p>
<p>A fala de Lula destaca uma realidade preocupante no Brasil, onde a desvalorização do magistério contribui para a baixa adesão dos jovens à carreira docente. "Se há 40 anos ser professor era motivo de festa, era o jovem bem-sucedido de uma cidade do interior, a professora era motivo de música, de enredo para grandes músicas brasileiras, hoje não. Hoje ganha muito pouco e sofre muito, e muitas vezes não tem reconhecimento", ressaltou.</p>
<p>Além da remuneração inadequada, o presidente também frisou os desafios enfrentados pelas professoras e professores no ambiente escolar, que vão além do ensino. "Ela tem que saber se o aluno está alimentado, tem que saber as condições do aluno. Às vezes o aluno tem um monte de coisas que não é da [conta da] professora, mas ela tem que cuidar", completou Lula, destacando o papel social e emocional que os docentes acabam assumindo.</p>

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Brasil

Governo lançará programa de incentivo para formação de professores, antecipa Lula

<p><b>247</b> - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, anunciaram nesta sexta-feira (28) mais de R$ 200 milhões em obras e projetos do Patrimônio Cultural em 15 cidades mineiras, no âmbito do Novo PAC, sob responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Cidades como Ouro Preto, Mariana, Diamantina, Congonhas, entre outras, serão contempladas, incluindo aquelas que nunca receberam recursos do Governo na área, como Ouro Branco, Cataguases e Juiz de Fora.</p>
<p>O setor cultural do país vai contar com um orçamento de mais de R$ 1,3 bilhão do Novo PAC, lançado em agosto do ano passado. Por meio do programa, serão investidos R$ 1,7 trilhão em todos os estados do Brasil. Os investimentos previstos no Novo PAC com recursos do Orçamento Geral da União (OGU) somam R$ 371 bilhões; o das empresas estatais, R$ 343 bilhões; financiamentos, R$ 362 bilhões; e setor privado, R$ 612 bilhões.</p>
<p>“Não se trata apenas de recuperações de igrejas, teatros, museus, mas todo esse investimento vai gerar milhares de empregos. Vai devolver para as comunidades a autoestima, o sentimento de pertencimento, vai gerar turismo, promover oportunidades de novos negócios. Sobretudo para as populações locais, que vão ter mais chances de trabalho a partir da ativação desses lugares, desses imóveis que a gente está recuperando,” declarou Margareth Menezes.</p>
<p>O presidente Lula também comentou sobre o tema. “Eu duvido que houve um dia no estado de Minas Gerais que um presidente da República veio anunciar a quantidade de coisas que eu vim anunciar aqui. Eu vou cuidar de vocês como eu cuido do meu filho, como eu cuido da minha neta, como eu cuido das coisas que eu amo, porque eu só estou onde estou, só sou o que sou, um analfabeto nordestino que só tem curso de torneiro mecânico, chegar à Presidência da República, por duas coisas: obra de Deus e obra da coragem de vocês que tiveram o prazer de me eleger,” afirmou.</p>
<h3><b>CEUs das Artes</b></h3>
<p>A ministra também celebrou a retomada e entrega de quatro CEUs da Artes no estado, com recursos do Novo PAC. Ressaca foi inaugurado em 2023, e Nova Contagem neste ano, com investimentos de R$ 4 milhões e R$ 3 milhões, respectivamente. As unidades de Itabira e Betim têm conclusão prevista até o final de 2024.</p>
<h3><b>Educação</b></h3>
<p>No evento, foi divulgada a construção de oito novos institutos federais e reformas em outros, incluindo a inauguração das pedras fundamentais dos campi de São João Nepomuceno e Quilombo Minas Novas, além de um hospital universitário. A Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) em Ipatinga, no Vale do Aço, ganhará um novo campus, com investimento de mais de R$ 1 bilhão.</p>
<h3><b>Energia</b></h3>
<p>O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou um aporte de R$ 58 bilhões no estado através do Circuito Mineiro de Investimentos. Foram apresentados também investimentos em linhas de transmissão e no programa Luz para Todos Minha Vida, que levará energia limpa e renovável às moradias do programa habitacional.</p>
<h3><b>Infraestrutura</b></h3>
<p>O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou um investimento de R$ 1 bilhão nas rodovias federais de Minas Gerais, como a BR-040 e BR-381.</p>
<h3><b>Participantes</b></h3>
<p>Também participaram da agenda a primeira-dama, Janja da Silva, os ministros Camilo Santana (Educação), Jader Filho (Cidades), e Laércio Portela (Secom), além de parlamentares. Estiveram presentes o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, a reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sandra Regina Goulart Almeida, o presidente do Iphan, Leandro Grass, e dirigentes do Ministério.</p>

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