247 - Um avião com 199 venezuelanos deportados pelos Estados Unidos pousou na madrugada desta segunda-feira (24) no Aeroporto Internacional de Maiquetía, em Caracas, capital da Venezuela. O voo, fretado pela companhia estatal venezuelana Convasia, partiu de Honduras e marca a retomada das repatriações após um mês de interrupção. A informação foi divulgada pela agência <a href="https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/rfi/2025/03/24/aviao-com-199-migrantes-deportados-dos-eua-chega-a-venezuela-e-marca-retomada-de-expulsoes.htm">AFP</a>.
“Hoje estamos recebendo 199 compatriotas”, declarou o ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello, que acompanhou a chegada dos migrantes. De acordo com ele, a Venezuela está pronta para acolher seus cidadãos: “Se as viagens foram irregulares, não é por causa da Venezuela. Estamos prontos para receber os venezuelanos onde quer que estejam.”
Este foi o quarto voo oficial com deportados da Venezuela vindos dos Estados Unidos. A operação havia sido suspensa após o ex-presidente Donald Trump, insatisfeito com o ritmo das deportações, revogar no fim de fevereiro a licença concedida por Joe Biden à Chevron para operar no país. Desde então, Caracas acusa o Departamento de Estado norte-americano de “bloquear” os voos de repatriação.
A retomada ocorre em meio a um novo episódio de tensão diplomática. Uma semana antes, 238 venezuelanos foram enviados pelos EUA a uma prisão de segurança máxima em El Salvador. O presidente Nicolás Maduro classificou a ação como um “sequestro”. “Gostaríamos que o próximo telefonema (dos Estados Unidos) fosse favorável à libertação dos cidadãos sequestrados em El Salvador. Estamos aguardando uma resposta do governo de El Salvador”, disse Cabello.
Segundo o governo dos EUA, os migrantes deportados ao país centro-americano seriam integrantes da gangue Tren de Aragua, grupo venezuelano que Trump classificou como organização terrorista. Caracas, por sua vez, afirma que há uma campanha para criminalizar os migrantes e critica a legislação americana usada para justificar as expulsões.
Washington se apoia em uma lei de 1798, que permite a deportação de “inimigos estrangeiros” sem necessidade de julgamento. Para o governo venezuelano, trata-se de uma medida “antiquada” e considerada “problemática” até mesmo por magistrados nos Estados Unidos.
O rompimento diplomático entre os dois países teve início em 2019, ainda no primeiro mandato de Trump, após o governo norte-americano considerar ilegítima a reeleição de Maduro em 2018. As sanções econômicas e o embargo ao petróleo agravaram a crise venezuelana, levando à saída de quase 8 milhões de cidadãos desde 2014, segundo estimativas oficiais. Caracas responsabiliza diretamente as sanções americanas pela situação humanitária no país.
No domingo (23), a Casa Branca anunciou que vai deportar 532 mil migrantes latino-americanos, incluindo cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos que haviam ingressado legalmente nos EUA por meio de programas humanitários criados por Joe Biden. Com a publicação da nova diretriz do Departamento de Segurança Interna, esses migrantes perderão sua proteção legal em até 30 dias.
O governo venezuelano estima que cerca de 155 mil cidadãos possam ser afetados pelas novas medidas. Desde fevereiro, aproximadamente 1.119 venezuelanos já foram deportados de volta ao país, dos quais pelo menos 566 por ordem direta da gestão Trump. Os demais foram repatriados do México, onde ficaram retidos ao tentar chegar aos Estados Unidos.

Camila França

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América Latina

EUA retomam expulsão em massa de migrantes e deportam 199 venezuelanos a Caracas

247- Em discurso no Congresso na última terça-feira (4), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que seu governo atuará para que imigrantes ilegais deixem o país de forma rápida. A declaração faz parte de uma série de promessas que incluem a pressão sobre Canadá e México para conter o tráfico de fentanil e medidas econômicas voltadas para reduzir a inflação e beneficiar setores específicos da economia americana.
Trump afirmou que espera que "Canadá e México façam muito mais para conter a exportação de fentanil" para os Estados Unidos, destacando a preocupação do governo com o impacto da droga no país. Além disso, prometeu avanços na economia, com a previsão de um equilíbrio orçamentário "no futuro próximo" e medidas para proteger os idosos e colocar "mais dinheiro no bolso dos cidadãos", destaca o<a href="https://www.band.uol.com.br/noticias/trump-diz-que-fara-imigrantes-ilegais-deixarem-os-estados-unidos-rapidamente-202503050751"> Estadão Conteúdo</a>.
O presidente também anunciou a venda do "gold card", um visto especial para investidores dispostos a desembolsar US$ 5 milhões para morar nos Estados Unidos. Segundo ele, essa iniciativa ajudará a equilibrar o orçamento federal.
Outra promessa feita por Trump envolve cortes de impostos. "Vamos aprovar o corte de impostos logo no Congresso. Não vamos cobrar impostos para quem recebe gorjetas e aposentados idosos", declarou. O presidente também disse que pretende permitir a dedução de juros de financiamento de veículos para quem comprar carros fabricados no país, o que, segundo ele, impulsionará a indústria automotiva americana. "A Honda acabou de anunciar uma fábrica para produzir carros em Indiana", acrescentou.
Entre outras medidas econômicas, Trump garantiu que seu governo irá cortar taxas para a produção doméstica de manufaturados, estimulando o setor industrial nos Estados Unidos. As promessas fazem parte de sua estratégia para consolidar apoio em sua base eleitoral e reforçar sua plataforma econômica para os próximos anos.

Presidente dos EUA, Donald Trump, fala com repórteres, em Washington - 22/02/2025

Mundo

Trump anuncia medidas para acelerar a deportação de imigrantes ilegais e reforçar economia

247- Em mais uma medida para endurecer as políticas de imigração nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump assinou, nesta quarta-feira (20), um decreto que ordena a identificação e o corte de fundos federais destinados a imigrantes indocumentados. A informação foi divulgada pela Casa Branca, que destacou a iniciativa como parte dos esforços para "garantir que os recursos dos contribuintes não sejam utilizados para estimular ou apoiar a imigração ilegal".
O decreto, de acordo com informações do <a href="https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2025/02/20/trump-ordena-fim-do-financiamento-federal-para-migrantes-sem-documentos.htm">Uol</a>, "ordena aos departamentos e agências federais que identifiquem todos os programas financiados pelo governo federal que proporcionem benefícios financeiros a estrangeiros em situação irregular e que adotem medidas corretivas". Além disso, o texto busca "garantir que os fundos federais destinados aos Estados e municípios não sejam utilizados para reforçar políticas de ‘santuários’ ou para ajudar a imigração ilegal".
A medida também exige "melhorias na verificação da elegibilidade, para evitar que sejam concedidos benefícios a pessoas em situação irregular nos Estados Unidos". Desde o início de seu mandato, em janeiro de 2025, Trump tem anunciado uma série de ações para limitar a imigração, incluindo a promessa de realizar "a maior campanha de deportação de migrantes sem documentos da história dos Estados Unidos".
Imigrantes indocumentados geralmente não têm acesso a auxílios federais, exceto em casos de emergência. A nova ordem, no entanto, reforça as restrições e amplia o controle sobre o uso de recursos públicos, alinhando-se à agenda de Trump para conter a imigração irregular.
A decisão já gera debates entre defensores de direitos humanos e grupos pró-imigração, que criticam o impacto da medida sobre comunidades vulneráveis.

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump


Trump ordena corte de financiamento federal para imigrantes indocumentados

247 - O jornal <a href="https://elpais.com/us/migracion/2025-02-09/el-racismo-en-la-era-trump-no-hables-ese-espanol-de-mierda-en-mi-pais.html">El País</a> destaca em sua edição neste domingo (9) o "maquiavélico plano" do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a imigração irregular, bem como seus impactos na população latina.&nbsp;
O aumento das deportações e a retórica agressiva geraram medo nessa população, segundo o jornal espanhol. O objetivo de Trump é criar um "inimigo interno", despertando o vigilantismo no país, de acordo com os relatos. Diante da retórica agressiva anti-imigração, os imigrantes se preparam para o pior.
“Não fale essa merda de espanhol no meu país”, disse um homem de 33 anos aos ocupantes de um veículo que ele parou em uma rodovia da Carolina do Sul, em um vídeo divulgado pelas vítimas, conforme cita a reportagem.&nbsp;
“De onde você é? Você é do México? Volte para o México!”, continua o indivíduo, que foi preso por sequestro e por se passar por autoridade.
Após sua posse, que ocorreu em 20 de janeiro, Trump afirmou que faria esforços para impedir imediatamente a entrada de migrantes irregulares pela fronteira dos EUA e iniciaria o processo de deportação de milhões. Trump também declarou estado de emergência nacional devido à situação na fronteira sul dos EUA. Milhares de pessoas foram deportadas do país desde então.&nbsp;

Leonardo Sobreira

Bandeira dos Estados Unidos hasteada na Base Naval dos EUA na Baía de Guantánamo, Cuba. Sob Trump, EUA planejam enviar voos diários com imigrantes irregulares para o local, conhecido por aplicar punições severas, inclusive violando dos direitos humanos

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