247 – Após a deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) ter a identidade de gênero alterada para "masculino" em um visto diplomático concedido pelos Estados Unidos, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta sexta-feira (18) que irá conversar com a parlamentar a respeito do caso.
“Eu vou recebê-la e conversar com a deputada esta semana. Depois vamos examinar, mas isso é uma decisão soberana dos Estados Unidos, mas vamos ouvi-la e conversar”, disse o ministro à <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/politica/mauro-vieira-se-reunira-com-erika-hilton-apos-decisao-dos-eua-sobre-visto/">CNN</a>.
Ainda na quinta-feira (17), Erika cobrou posicionamentos da Câmara dos Deputados e do Itamaraty diante do caso. Ela havia sido convidada para participar, neste mês, de eventos na Universidade de Harvard e no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), mas decidiu cancelar a viagem após o episódio.
“Donald Trump não é dono dos Estados Unidos, Donald Trump não é dono da identidade de pessoas trans”, afirmou a parlamentar à CNN na quinta-feira (17). “O que o governo americano faz é uma violação dos meus direitos como cidadã, ele viola os documentos do meu país”.
Em nota, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil respondeu que não comenta casos individuais, mas destacou que segue a política determinada pela Ordem Executiva 14168. De acordo com essa diretriz, os EUA reconhecem apenas dois sexos — masculino e feminino — considerados "imutáveis desde o nascimento".

Bianca Penteado

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Brasil

Itamaraty estuda resposta após EUA alterarem identidade de gênero de parlamentares brasileiras em visto

247 – A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) criticou, nesta quinta-feira (17), o governo dos Estados Unidos, após ter sua identidade de gênero alterada para "masculino" em um visto diplomático concedido pelo país. Convidada para participar neste mês de eventos na Universidade de Harvard e no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), a parlamentar decidiu cancelar a viagem após o episódio.
“Donald Trump não é dono dos Estados Unidos, Donald Trump não é dono da identidade de pessoas trans”, disse à <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/politica/trump-nao-e-o-dono-dos-eua-nem-da-identidade-de-pessoas-trans-diz-erika/">CNN</a>. “Os Estados Unidos que é, ou em tese, deveria ser a maior democracia do mundo, está se tornando um Estado ditatorial. Os Estados Unidos estão vivendo praticamente uma ditadura”.
“O que o governo americano faz é uma violação dos meus direitos como cidadã, ele viola os documentos do meu país”, enfatizou Erika.
Em nota, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil respondeu que não comenta casos individuais, mas destacou que segue a política determinada pela Ordem Executiva 14168. De acordo com essa diretriz, os EUA reconhecem apenas dois sexos — masculino e feminino — considerados "imutáveis desde o nascimento".
A parlamentar cobra posicionamentos da Câmara dos Deputados e do Itamaraty diante do caso.

Estados Unidos estão se tornando uma ditadura, diz Erika Hilton após ter identidade de gênero alterada em visto

247 - A Parada LGBT+ de São Paulo, no domingo (2), um evento que arrastou uma multidão às ruas para celebrar suas expressões de sexualidade e gênero, contou com a polêmica presença de crianças e adolescentes trans. Elas, inclusive, foram o abre-alas da Parada do Orgulho.&nbsp;
Rapidamente, influenciadores e políticos da extrema-direita foram ao X condenar o ato. O vereador de São Paulo Rubinho Nunes, por exemplo, chamou a marcha das crianças trans de "criminosa", e prometeu "colocar esses péssimos pais para se explicarem na cadeira dos réus".&nbsp;
Por sua vez, a jornalista Cynara Menezes escreveu em seu X: "Pedir respeito às crianças trans: errado. Fazer um vídeo expondo crianças e chamando elas de ABERRAÇÃO: certo. O MBL é um câncer".&nbsp;
ENTENDA - Cientificamente, a existência de crianças trans é reconhecida e estudada por diversas áreas, incluindo psicologia, psiquiatria, endocrinologia e estudos de gênero. A identidade de gênero é uma experiência profundamente pessoal e complexa, que começa a se formar desde cedo na vida de uma pessoa.
Identidade de gênero é a forma como uma pessoa se identifica internamente e pode ser diferente do sexo atribuído ao nascer. Crianças trans são aquelas que, desde cedo, expressam uma identidade de gênero diferente do sexo que lhes foi atribuído no nascimento.&nbsp;
No entanto, há controvérsias em torno da questão das crianças trans, especialmente em relação a como melhor apoiar essas crianças e as intervenções médicas ou psicológicas apropriadas.&nbsp;
Enquanto muitos profissionais de saúde e estudos acadêmicos apoiam a existência e o reconhecimento da identidade de gênero das crianças trans, alguns críticos questionam se as crianças têm a capacidade de compreender completamente sua identidade de gênero em idades muito jovens.
A utilização de bloqueadores de puberdade e hormônios para adolescentes trans é um ponto de debate. Alguns defensores argumentam que essas intervenções são cruciais para a saúde mental e bem-estar dos jovens trans, permitindo-lhes tempo para explorar sua identidade sem as pressões das mudanças físicas irreversíveis da puberdade. Outros, no entanto, expressam preocupações sobre os efeitos a longo prazo e a capacidade das crianças de tomar decisões informadas sobre tratamentos médicos.

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"Bloco das crianças trans" na Parada LGBT+ de São Paulo divide opiniões

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