247 – Em <a href="https://www.estadao.com.br/opiniao/a-saude-do-presidente-e-uma-questao-nacional/">editorial</a> publicado nesta quinta-feira (12/12), o jornal O Estado de S. Paulo abordou as implicações políticas e institucionais do estado de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que passou por uma cirurgia para drenagem de um hematoma intracraniano. A publicação destaca que a saúde do presidente, que completará 81 anos em 2026, é um tema inevitável no cenário político brasileiro. “A saúde de Lula será um tema nacional nos próximos dois anos”, afirma o texto, enfatizando a legitimidade de um debate público sobre o assunto.
O Estadão traçou um paralelo entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que enfrentou questionamentos sobre sua capacidade física e mental ao se candidatar à reeleição. O editorial relembra que os democratas tentaram minimizar o impacto da idade de Biden, mas que o tema acabou vindo à tona, especialmente durante debates e momentos de fragilidade pública. “Velhice não é sinônimo de senilidade, muito menos de doença. O que estará em questão é se Lula tem saúde e lucidez compatíveis com os desafios à sua frente”, reforça o texto.
A análise também aborda a dificuldade do Partido dos Trabalhadores (PT) em lidar com a possibilidade de uma sucessão interna. Para o jornal, a dependência da liderança de Lula é um fator que amplifica a relevância do debate. “Lula é o presidente da República, a maior liderança do PT e o principal nome da esquerda brasileira para enfrentar o bolsonarismo em 2026. É natural que sua saúde cause preocupação e exija transparência”, pontua.
Além disso, o editorial sugere que o Brasil deve encarar esse tema de forma madura e responsável, sem preconceitos ou acusações infundadas. “Não se trata de etarismo, mas de uma questão republicana: garantir que o chefe do Executivo tenha condições físicas e mentais para desempenhar suas funções, sobretudo em momentos de crise”, conclui.
A publicação ressalta que, embora a idade e os recentes problemas de saúde do presidente não devam ser tratados como impeditivos definitivos, eles requerem atenção e reflexão, tanto para o bem de Lula quanto para a estabilidade do governo e do país.

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