247 - O presidente francês Emmanuel Macron declarou nesta quarta-feira (7) que apoiará a suspensão progressiva das sanções da União Europeia contra a Síria, desde que o país "continue seguindo sua atual trajetória" nas decisões políticas. A afirmação foi feita durante encontro em Paris com o presidente sírio Ahmed al-Sharaa, marcando a primeira visita oficial do novo líder sírio à Europa. As informações são da agência Reuters.
"Disse ao presidente que, se ele continuar nesse caminho, faremos o mesmo. Ou seja, começando pela suspensão progressiva das sanções europeias, e também pressionaremos nossos parceiros americanos a seguirem o mesmo caminho", afirmou Macron.
A visita de al-Sharaa à França ocorre em meio a um contexto complexo. Ex-líder do grupo jihadista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), al-Sharaa assumiu a presidência da <a href="https://www.brasil247.com/search?term=s%C3%ADria">Síria </a>após a queda do regime de Bashar al-Assad em dezembro de 2024. Embora tenha se distanciado da Al-Qaeda desde 2016, o HTS ainda é classificado como organização terrorista por diversas nações ocidentais, incluindo os Estados Unidos .
Apesar das preocupações, a União Europeia já começou a aliviar algumas sanções setoriais, como as que afetam os setores de energia, transporte e reconstrução, para apoiar <a href="https://www.brasil247.com/search?term=s%C3%ADria">a recuperação ec</a>onômica da Síria. No entanto, as sanções específicas contra al-Sharaa e o HTS permanecem em vigor .
A comunidade internacional observa com cautela os desdobramentos na Síria, especialmente diante de relatos de violência sectária envolvendo minorias como os drusos e alauítas. <a href="https://www.brasil247.com/search?term=al+sharaa">Recentes confrontos</a> resultaram em centenas de mortes, levantando dúvidas sobre a capacidade do novo governo em garantir a segurança e os direitos de todas as comunidades.

Luis Mauro Filho

O presidente francês Emmanuel Macron e o presidente sírio Ahmed al-Sharaa chegam para participar de uma coletiva de imprensa conjunta após uma reunião no Palácio do Eliseu, em Paris, França, em 7 de maio de 2025

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Mundo

Macron condiciona alívio de sanções à Síria a avanços sob liderança de ex-líder jihadista

247 - Aprovada por consenso nesta sexta-feira (4) pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, uma nova resolução pede ao governo sírio que colabore com investigações sobre violações de direitos humanos cometidas durante os 13 anos de guerra civil no país. 
A medida marca uma mudança importante no posicionamento diplomático em relação à Síria, agora sob novo comando após a queda do presidente Bashar al-Assad, em dezembro do ano passado.
A informação é da agência Reuters, que destacou a recepção positiva da iniciativa por parte das autoridades sírias. "Esse apoio internacional serve como um forte incentivo para continuar o caminho da reforma", afirmou ao conselho o embaixador da Síria na ONU em Genebra, Haydar Ali Ahmad. 
Já o ministro das Relações Exteriores, Asaad al-Shibani, declarou na rede X: "Estamos orgulhosos da participação positiva e construtiva da Síria na elaboração da resolução pela primeira vez".
A resolução inclui a solicitação de que Damasco permita o funcionamento de uma Comissão de Inquérito para apurar crimes graves desde o início do conflito, em 2011.
 O documento não enfrentou resistência entre os 47 membros do conselho e foi interpretado como um sinal de aceitação internacional ao novo governo sírio, instalado após a tomada de Damasco por forças rebeldes lideradas por Ahmed al-Sharaa, em dezembro do ano passado.
<h3>Liderança sob questionamento</h3>
Apesar da adesão formal à proposta da ONU, o atual governo de transição enfrenta críticas devido à trajetória de seu principal dirigente. Ahmed al-Sharaa é conhecido por sua antiga liderança do grupo Hay'at Tahrir al-Sham (HTS), uma organização jihadista com raízes na al-Qaeda. Embora ele tenha se afastado formalmente da retórica extremista em anos recentes, o histórico do HTS — considerado grupo terrorista por diversas nações — levanta questionamentos sobre a isenção da atual administração para apurar os crimes do conflito sírio.
O governo anterior, comandado por Bashar al-Assad, é acusado por entidades internacionais como a Human Rights Watch e a Anistia Internacional de desaparecimentos forçados, uso de armas químicas contra civis e práticas sistemáticas de tortura. 
Agora, com a incumbência de apoiar uma comissão de inquérito sobre esses crimes, recai sobre o novo governo sírio a expectativa de transparência e compromisso com os padrões internacionais de justiça. No entanto, analistas alertam que a relação de al-Sharaa com grupos armados que também estiveram envolvidos em violações durante a guerra pode comprometer a credibilidade do processo.
Massacres de alauítas na Síria em março de 2025
Em março de 2025, a Síria testemunhou uma escalada de violência sectária nas províncias de Latakia e Tartus, resultando na morte de centenas de civis alauítas. Organizações como o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR) relataram que, entre os dias 7 e 8 de março, forças de segurança e combatentes aliados ao governo de transição executaram sumariamente civis em várias localidades, incluindo Al-Mukhtariya e Al-Shir. O SOHR documentou a morte de pelo menos 745 civis durante esses confrontos. ​
Esses ataques foram amplamente interpretados como atos de vingança contra a comunidade alauíta, que era associada ao regime deposto de Bashar al-Assad. O presidente interino, Ahmed al-Sharaa, reconheceu a gravidade da situação, afirmando que os massacres ameaçavam a unidade nacional e prometendo justiça contra os responsáveis.

Ministro das Relações Exteriores da Síria, Asaad Hassan al-Shibani
30/12/2024


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ONU aprova resolução para investigar crimes de guerra na Síria com apoio de de novo governo extremista

247 - Pelo menos 237 pessoas morreram na região costeira da Síria desde a última escalada militar, que começou na quinta-feira (6), de acordo com números de vítimas divulgados por um observatório de conflitos nesta sexta-feira (7). Militantes liderados pelo grupo terrorista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que tomou o poder em dezembro passado, realizaram execuções sumárias contra a minoria étnico-religiosa alauita, de acordo com o canal PressTV.&nbsp;
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos informou que militares, combatentes da oposição e civis estão entre os mortos, enquanto as forças do governo continuam sua repressão contra remanescentes das facções militares do antigo governo de Bashar al-Assad nas províncias de Latakia, Tartous e Hama.
Os confrontos começaram após homens armados emboscarem forças militares, postos de controle e quartéis-generais ao longo da costa, disse o Observatório.
Com confrontos violentos e emboscadas persistindo em toda a região, o número de mortos desde quinta-feira subiu para 237, incluindo 142 não combatentes, de acordo com o Observatório. O balanço também inclui 50 soldados e oficiais dos Ministérios da Defesa e do Interior da Síria e 45 combatentes da oposição.
O Observatório indicou que reforços adicionais e armamento pesado foram enviados para pontos críticos de tensão, enquanto os combates continuam nas áreas rurais de Latakia e Tartous.
O Observatório afirmou que os confrontos representam a escalada mais mortal desde a queda do governo anterior em dezembro do ano passado.
Em meio ao caos, o novo líder sírio, chefe do grupo terrorista HTS, Abu Mohammed al-Julani, disse: "Alguns remanescentes do regime derrotado tentaram testar a Síria". "A Síria permanece una, unida do leste ao oeste, do norte ao sul", acrescentou. (Com agências).&nbsp;

Leonardo Sobreira

Fumaça sobe enquanto membros das novas forças regulares sírias viajam em um veículo enquanto lutam contra uma insurgência incipiente de combatentes aliados ao líder deposto Bashar al-Assad, em Latakia, Síria, 7 de março de 2025

Número de mortos sobe para 237 no litoral da Síria em meio a confrontos com militantes pró-Assad

247 - Pelo menos 70 pessoas foram mortas em intensos confrontos na região costeira da Síria, após uma nova escalada de violência entre o grupo terrorista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), atualmente no poder, e forças de oposição pró-Assad. Os embates ocorrem alguns meses após o grupo ligado à Al Qaeda assumir o controle de Damasco e a fuga do ex-presidente Bashar al-Assad para a Rússia.
Entre os mortos, ao menos 16 agentes de segurança foram vítimas de ataques coordenados pelos opositores armados. Na província de Latakia, no noroeste do país, manifestantes anti-HTS tomaram uma base militar, alimentando temores de que a guerra civil síria possa se reacender a qualquer momento, de acordo com o canal Press TV.&nbsp;
Em resposta, comboios de forças do HTS e do exército turco foram enviados a Latakia para conter os protestos contra o novo regime. Há relatos de que os militantes anti-HTS recebem apoio de potências regionais e de remanescentes do antigo governo sírio.
O ataque foi o mais mortal contra as forças da nova administração desde a queda de Assad, em dezembro do ano passado, aumentando a instabilidade no país e o risco de um novo ciclo da guerra civil.&nbsp;
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Jolani has resorted to handing out guns to random criminals to attack resistance against his regime. What happened next was a gangs of armed men storming through the streets of the coast chanting sectarian slogans against allawites. What could go wrong?<a href="https://t.co/kLE2ygSjeC">pic.twitter.com/kLE2ygSjeC</a>&mdash; Syrian Girl (@Partisangirl) <a href="https://twitter.com/Partisangirl/status/1897872508881338514?ref_src=twsrc%5Etfw">March 7, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
@Partisangirl: Julani recorreu à distribuição de armas para criminosos aleatórios para atacar a resistência contra seu regime. O que aconteceu depois foi uma gangue de homens armados invadindo as ruas da costa entoando slogans sectários contra os allauítas. O que poderia dar errado? (Com agências).&nbsp;

Redação Brasil 247

Abu Mohammed al-Julani, líder do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS)

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