Por Che Pan e Brenda Goh
PEQUIM (Reuters) - A Huawei lançou dois novos notebooks nesta segunda-feira, os primeiros vendidos com seu próprio sistema operacional Harmony, em uma tentativa de enfrentar rivais ocidentais, mesmo com os Estados Unidos buscando limitar o acesso da companhia a chips sofisticados.
O MateBook Fold e o MateBook Pro são equipados com o HarmonyOS 5, a versão mais recente do sistema operacional que a Huawei começou a desenvolver em 2015 e lançou cinco anos depois nos smartphones da série Mate.
"O laptop Harmony dá ao mundo uma nova opção", disse Yu Chengdong, chefe do grupo de negócios de consumo da Huawei, durante um evento de lançamento das novas máquinas. "Continuamos fazendo as coisas difíceis, mas as coisas certas."
O modelo básico do MateBook Fold, que não tem um teclado físico e oferece uma tela dupla OLED de 18 polegadas quando totalmente estendida, será vendido por 23.999 iuans (US$ 3.328). O modelo MateBook Pro, que usa um teclado de laptop convencional, tem preço a partir de 7.999 iuans.
Washington começou a restringir o acesso da Huawei à tecnologia dos EUA em 2019 alegando questões de segurança nacional, o que pressionou a empresa a desenvolver sua própria capacidade de criar e produzir chips e sistemas operacionais.
A Huawei disse que o HarmonyOS para computadores oferece atualmente mais de 150 aplicativos, incluindo o WPS Office, da Kingsoft, uma alternativa ao Office da Microsoft, e um aplicativo de edição de fotos da Meitu.
Até o final de 2024, mais de 7,2 milhões de desenvolvedores individuais estavam criando aplicativos para o HarmonyOS, que foi instalado em mais de 1 bilhão de dispositivos, incluindo smartphones e TVs, de acordo com a Huawei.
A empresa não revelou qual chip equipa os novos notebooks. Mas disse que os preços relativamente altos dos computadores são resultado do custo da nova tecnologia de fabricação do chipset.
A Huawei não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre o chip.

Leonardo Sobreira

Servidor Atlas 800 da Huawei exibido em Hong Kong
 

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Mundo

Huawei lança primeiros notebooks com sistema operacional Harmony

247 – A Huawei deu um passo decisivo rumo à independência tecnológica com o lançamento oficial do Pura X, primeiro smartphone dobrável da marca equipado com o Harmony OS 5, seu sistema operacional nativo. A apresentação ocorreu na última quinta-feira (21), em Shenzhen, e foi acompanhada por veículos especializados como o <a href="https://www.shine.cn/biz/tech/2503205326/">Shanghai Daily (SHINE)</a>, que destacou as inovações do aparelho e as ambições da Huawei em consolidar um ecossistema próprio.
“Este é um novo começo para a era Harmony OS”, declarou Richard Yu, diretor executivo da Huawei, durante o evento. Segundo ele, o sistema será a base de todos os futuros dispositivos da marca e de seus parceiros, incluindo um computador com Harmony OS, previsto para maio.
O Pura X, batizado de modelo Wide Fold, conta com uma tela interna de 6,3 polegadas e uma tela externa de 3,5 polegadas, dobrando-se em formato de estojo compacto. Disponível a partir de 30 de março, o modelo tem preço inicial de 7.499 yuans (cerca de US$ 1.042). A Huawei aposta em uma experiência aprimorada de leitura, jogos e visualização de fotos graças à proporção de tela mais ampla quando o dispositivo está aberto.
Além do design, o Pura X incorpora inteligência artificial avançada, integrando o modelo Pangu da própria Huawei e o DeepSeek, ampliando suas capacidades de personalização, assistente virtual e desempenho de câmera.
Segundo Guo Tianxiang, pesquisador da consultoria IDC, a proposta estética e funcional do aparelho deve atrair um número maior de usuárias mulheres, tradicionalmente menos representadas no público de smartphones dobráveis.
Apesar da inovação, o lançamento não escapou de críticas online por conta do valor elevado, em contraste com uma campanha prévia que sugeria que o produto seria "acessível para todos".
<h3>Expansão do ecossistema Harmony OS</h3>
O lançamento do Pura X faz parte de um movimento mais amplo da Huawei para fortalecer o Harmony OS, que já opera em mais de 1 bilhão de dispositivos globalmente. A nova versão do sistema representa um marco ao reduzir a dependência da Huawei de tecnologias dos EUA, driblando os efeitos das sanções que restringiram o acesso da empresa a componentes e softwares norte-americanos.
Outro destaque do evento foi a apresentação do novo AITO M9, veículo elétrico desenvolvido em parceria com a montadora Seres, também equipado com Harmony OS e múltiplas funcionalidades baseadas em inteligência artificial. O preço do modelo começa em 469.800 yuans.
A expansão da Huawei no setor automotivo recebeu um impulso adicional com o anúncio de uma parceria com a BMW China, que integrará o ecossistema Harmony OS aos serviços digitais da montadora alemã no país asiático.
<h3>Desempenho no mercado</h3>
Em 2024, a Huawei alcançou a segunda colocação no mercado doméstico de smartphones, com 46 milhões de unidades vendidas e um crescimento anual de 37%, segundo dados da consultoria Canalys. A marca figura ao lado de Vivo, Apple, Oppo e Honor no topo da disputa pelo mercado chinês.
O Pura X sinaliza que a Huawei pretende manter o ritmo de inovação mesmo diante das adversidades, com foco em soluções próprias e integração total entre dispositivos. A aposta é ousada: transformar o Harmony OS em uma alternativa real aos sistemas dominantes da Apple (iOS) e do Google (Android).

Redação Brasil 247

Pura X, o novo celular dobrável da Huawei

Mídia

Huawei inaugura era Harmony OS com lançamento do celular dobrável Pura X

247 – Em meio à intensificação das sanções impostas pelos Estados Unidos, a Huawei lançou o Mate 70, seu mais novo smartphone premium, equipado com o sistema operacional HarmonyOS Next, totalmente desenvolvido na China. O anúncio, reportado pela Exame, reforça a estratégia da gigante tecnológica em reduzir sua dependência de tecnologias ocidentais, como o Android, e marcar presença em um mercado global cada vez mais competitivo.
O lançamento do HarmonyOS Next simboliza um avanço significativo na independência tecnológica chinesa. Diferente das versões anteriores, que utilizavam o código aberto do Android, o novo sistema é inteiramente proprietário, destacando o esforço da Huawei em contornar restrições e consolidar sua posição como líder em inovação no país.
Inovação em meio às adversidades
A aposta da Huawei vem acompanhada de números impressionantes. Apenas nos primeiros nove meses de 2024, as vendas da empresa cresceram 30%, apesar das restrições impostas pelos EUA. O Mate 70, sucessor do bem-sucedido Mate 60, também surpreende ao incluir um processador desenvolvido internamente, capaz de atingir velocidades comparáveis às redes 5G – um feito que analistas ocidentais consideravam inalcançável para a companhia.
“A Huawei demonstrou que, mesmo sob pressão, é possível inovar e atender às expectativas de um mercado exigente. Estamos comprometidos com uma experiência tecnológica de ponta, que reflete nossa visão de independência e soberania digital”, declarou um representante da empresa.
Corrida para atrair desenvolvedores
Apesar da inovação, o sucesso do HarmonyOS Next dependerá da adesão de desenvolvedores de aplicativos. Atualmente, a Huawei conta com cerca de 15 mil aplicativos nativos compatíveis com o sistema, incluindo nomes populares na China, como WeChat, Taobao e Meituan. No entanto, desafios técnicos ainda precisam ser superados. Segundo desenvolvedores, há limitações em funcionalidades essenciais, como suporte ao WeChat Pay e à localização do Baidu.
Para estimular a adaptação, a Huawei tem investido em treinamentos e suporte técnico. Porém, o custo elevado de desenvolvimento continua sendo um entrave para empresas internacionais. De acordo com Rich Bishop, da AppInChina, adaptar um aplicativo para o HarmonyOS Next pode custar até 2 milhões de yuans (aproximadamente R$ 1,4 milhão).
Um futuro incerto, mas promissor
O lançamento do HarmonyOS Next representa uma jogada estratégica no contexto da disputa tecnológica entre China e Estados Unidos. Analistas apontam que o maior desafio será atrair desenvolvedores fora da China para criar aplicativos compatíveis, mas a Huawei aposta em sua sólida base de usuários domésticos, que pode impulsionar o crescimento da nova plataforma.
Se bem-sucedido, o sistema operacional pode não apenas redefinir o mercado global de smartphones, mas também simbolizar a crescente influência da China na indústria tecnológica.

Tag: harmony

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Para driblar sanções, Huawei lança celular com sistema operacional próprio

Cortes 247

Revista Brasil 247

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