<p><b>247 –</b> A diretora do BNDES e ex-ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, apresentou uma visão ousada e transformadora sobre o legado da Conferência do Clima durante o seminário <i>“A transição energética e a sustentabilidade do futuro”</i>, realizado no dia 9 de julho, no Rio de Janeiro, com apoio do <i>Brasil 247</i> e do portal chinês <i>Guancha</i>. Em sua fala, Campello anunciou que o banco está liderando um conjunto de investimentos estruturais em Belém e revelou que a procura por crédito para projetos de restauração florestal ultrapassou R$ 4 bilhões — uma cifra inédita no Brasil.</p>
<p>“Belém não vai ser a mesma depois da COP”, afirmou. “Estamos com obras estruturais de adaptação, preparando Belém não para a COP, mas para ser uma cidade diferente.” De acordo com ela, o BNDES está recuperando doze canais de drenagem urbana, beneficiando diretamente cerca de 500 mil pessoas que hoje vivem em áreas de risco. “O mais importante: nenhuma dessas obras está na rota dos turistas. Isso não é maquiagem, é transformação real.”</p>
<h3>Orgulho nacional e contraste com a cobertura da imprensa</h3>
<p>Tereza destacou o entusiasmo dos participantes do evento em torno da atuação brasileira na agenda ambiental e criticou o tratamento dado pela grande imprensa ao processo de preparação para a COP 30. “A imprensa só fala de preço de hospedagem e da falta de estrutura. Mas nós estamos trabalhando desde o início de 2023, junto com o governo do estado, para mudar a realidade da cidade.”</p>
<p>Segundo ela, o presidente Lula não escolheu Belém à toa. “Ele sabia dos desafios logísticos e históricos. Quis que o mundo enxergasse a Amazônia de verdade, com seus contrastes e suas urgências. E é isso que estamos mostrando: o Brasil tem soluções concretas.”</p>
<h3>Uma nova fase para o BNDES e para o país</h3>
<p>A diretora revelou que a atuação do banco em Belém marca o início de uma nova abordagem para os investimentos públicos. “Estamos falando de drenagem, urbanização integrada, combate a enchentes. A adaptação climática não é um tema menor, é estratégico. E os bancos públicos voltaram a cumprir seu papel.”</p>
<p>Campello ressaltou que o BNDES lidera um processo de reconstrução da capacidade de financiamento dos estados e municípios, especialmente voltado para as mudanças climáticas. “Estamos investindo em adaptação porque sabemos que os países pobres são os mais atingidos e os que menos têm recursos para enfrentar os efeitos do clima extremo.”</p>
<h3>Avanço histórico na agenda de florestas</h3>
<p>A diretora do banco também apresentou novidades importantes na área de restauração florestal. “Temos hoje quase R$ 4 bilhões em pedidos de crédito para projetos de restauro. Isso nunca aconteceu antes. É um bom problema: precisamos de mais recursos.”</p>
<p>Segundo ela, o BNDES está reformulando sua forma de operar para tornar essa agenda viável e atrativa para o setor privado. “Estamos assumindo riscos, convencendo empresas de que restauração florestal é economicamente viável. E o Brasil tem tudo para ser líder mundial nesse tema. Temos área, temos gente, temos conhecimento.”</p>
<h3>Leilão de crédito de carbono e modelo inovador</h3>
<p>Tereza Campello também anunciou uma nova iniciativa do BNDES, construída em parceria com a Petrobras: um leilão que conecta ofertantes e compradores de créditos de carbono. “Vamos colocar inicialmente R$ 50 milhões no mercado, com alto padrão de credibilidade. Isso vai ajudar a impulsionar ainda mais o restauro florestal e será uma grande vitrine para o Brasil na COP.”</p>
<p>Ela destacou que o banco está criando as condições para que o crédito de carbono brasileiro seja confiável, com rastreabilidade e transparência. “É mais uma frente em que queremos ser referência internacional.”</p>
<h3>Legado da COP 30 para além do evento</h3>
<p>Para Tereza, o trabalho que está sendo feito em Belém não é para inglês ver, e sim para transformar vidas. “Estamos fazendo obras onde a população mais precisa, não nas áreas por onde vão passar os visitantes. E queremos levar esse modelo para outras cidades do Brasil.”</p>
<p>Encerrando sua fala com firmeza e entusiasmo, ela resumiu o que está em jogo: “A adaptação é um dos maiores diferenciais que o Brasil pode apresentar ao mundo nesta COP. E o BNDES está fazendo a sua parte, com coragem, inovação e compromisso com o futuro.” Assista:</p>
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Redação Brasil 247

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Brasil Sustentável

“Belém não vai ser a mesma depois da COP30”, diz Tereza Campello

<p><b>247 –</b> A ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira fez duras críticas à condução da agenda climática mundial durante o evento <i>“A transição energética e a sustentabilidade do futuro”</i>, realizado pelo BNDES em 9 de julho, no Rio de Janeiro, com apoio do <i>Brasil 247</i> e do portal chinês <i>Guancha</i>. Em uma fala provocativa e repleta de referências à geopolítica internacional, ela apontou a lentidão na transição energética e defendeu que o Brasil assuma papel de liderança na construção de uma nova governança sobre recursos naturais.</p>
<p>“Da COP 29 para a COP 30 o mundo mudou. E da Rio 92 para a COP 30, mudamos de século”, afirmou. Para Izabella, é urgente “parar com essa reedição do passado” e enfrentar os desafios atuais com coragem e criatividade. Em tom bem-humorado, saudou Aloizio Mercadante, presidente do BNDES: “Você é o MAGA do Brasil. ‘Melhore Aloízio de novo’. Estou impressionadíssima.”</p>
<h3>Clima, poder e a reorganização mundial</h3>
<p>Izabella destacou que as mudanças climáticas estão hoje no centro das disputas globais de poder. “A política climática está andando junto com a política de poder. E essa incerteza, tanto geopolítica quanto científica, estará cada vez mais presente nas soluções que tentarmos construir.”</p>
<p>Segundo ela, a presidência brasileira da COP 30 deve coordenar os interesses internacionais, mas também afirmar a posição do Brasil diante dos desafios para os próximos 10, 20 e 30 anos. “O risco climático está na sala. Não é algo homogêneo. A natureza tem um tempo diferente da política. E estamos trazendo variáveis novas para a mesa de negociação internacional.”</p>
<h3>A ilusão da transição energética</h3>
<p>Com forte senso crítico, Izabella afirmou que a ideia de transição energética está sendo usada de forma enganosa. “Não vejo transição, vejo adição. Se há 40 anos a matriz energética mundial era 86% dependente de combustíveis fósseis e hoje é 80%, me desculpem, mas há um cinismo climático em achar que estamos avançando.”</p>
<p>Ela ainda criticou a centralização das decisões nas mãos dos ministérios do meio ambiente: “Ou trazemos novos atores para a mesa ou continuaremos no faz de conta. Estamos vivendo a era do ‘desejo de parecer verde’, enquanto o que de fato vale no mundo é o verde do dinheiro.”</p>
<h3>O peso da desigualdade</h3>
<p>Izabella também fez duras críticas à indiferença das classes médias diante do aumento da fome e da pobreza no Brasil nos governos neoliberais de Temer e Bolsonaro. “Esse país erradicou a fome. A fome voltou. E eu não vi ninguém da classe média gritar. Vocês acham que vou passar a vida falando de carbono enquanto a sociedade ignora o sofrimento ao seu lado?”</p>
<p>Segundo ela, a descarbonização precisa ser tratada com responsabilidade social e visão estratégica. “Leva tempo. E exige diálogo, pacto, investimento e risco. Banco público tem que assumir risco. Não basta alocar dinheiro. É preciso mudar a cultura.”</p>
<h3>Um novo pacto global pelo clima</h3>
<p>Para a ex-ministra, é fundamental que a COP 30 deixe como herança um espaço político permanente de negociação sobre uso da terra e segurança dos recursos naturais. “Essa discussão não pode continuar nas mãos apenas dos países desenvolvidos. Os países detentores de florestas, biodiversidade e minerais estratégicos precisam ter protagonismo.”</p>
<p>Izabella defendeu que os países do BRICS ampliado e do grupo BASIC (Brasil, África do Sul, Índia e China) assumam uma nova agenda de cooperação, voltada para soluções reais. “Sem o BASIC, não teria havido o Acordo de Paris. O grupo foi decisivo, liderado pelo presidente Lula.”</p>
<h3>A nova disputa geopolítica</h3>
<p>Para ela, a questão climática já ultrapassou os fóruns tradicionais como a ONU. “As grandes potências estão redesenhando a ordem mundial. Temos que reorganizar o sistema internacional para garantir que a alocação de recursos naturais e minerais estratégicos seja feita de forma justa, com soberania e cooperação.”</p>
<p>E encerrou com um convite carregado de ironia e esperança: “O resto é conversa fiada de quem vive de relatório. Eu prefiro beber uma caipirinha de baixo carbono. E espero vocês no futuro.”</p>
<p>Com sua fala, Izabella Teixeira chamou a atenção para a urgência de uma nova arquitetura política e econômica que respeite a soberania dos países em desenvolvimento e priorize justiça climática. A COP 30, segundo ela, será o momento decisivo para virar essa chave. Assista:</p>
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Izabella Teixeira denuncia cinismo climático global e propõe nova governança sobre recursos naturais

<p><b>247 –</b> Durante o seminário <i>“A transição energética e a sustentabilidade do futuro”</i>, realizado no dia 9 de julho no Rio de Janeiro, a diretora do BNDES, Luciana Costa, fez um forte apelo pela alocação eficiente de capital global na luta contra a mudança climática. O evento foi promovido pelo BNDES com apoio do Brasil 247 e do portal chinês Guancha.</p>
<p>Luciana ressaltou o compromisso do banco com a agenda de sustentabilidade e usou como referência a declaração final da cúpula dos BRICS, classificando o documento como uma “bússola” para um futuro ambientalmente responsável. “Se um pouco do que tá ali acontecer, o mundo caminha na direção correta”, afirmou. Mas alertou: “O aquecimento global não é igualitário. Países tropicais e produtores de commodities agrícolas, como o Brasil, vão ser muito mais impactados”.</p>
<h3>A urgência da justiça climática e o papel dos BRICS</h3>
<p>A diretora enfatizou a necessidade de uma transição justa, uma vez que os países mais vulneráveis são também os que menos contribuíram para a crise climática. “Se a Amazônia chegar no tipping point, o Cerrado vira deserto. O alerta para um país como o nosso é muito grande”, alertou. Luciana destacou que muitos países dos BRICS compartilham essas mesmas vulnerabilidades climáticas por estarem em zonas tropicais, o que reforça a urgência da cooperação entre eles.</p>
<p>Ela também reafirmou o compromisso do BNDES e dos demais bancos dos BRICS com o Acordo de Paris, mesmo diante do ceticismo global quanto à sua plena implementação: “Isso é urgente. A gente sabe que é muito difícil, muita gente já não acredita que a gente vai cumprir, mas é urgente”.</p>
<h3>Capital global existe — o desafio é de escolha</h3>
<p>Luciana chamou atenção para a enorme disponibilidade de capital no mundo e a contradição entre essa abundância e a escassez de investimentos efetivos em sustentabilidade. “O mundo tem mais de 350 trilhões de dólares em ativos financeiros e precisamos de 10 trilhões por ano até 2050 para a transição climática. Não é falta de dinheiro, é uma questão de alocação e escolha”, pontuou.</p>
<p>A diretora defendeu que o sistema financeiro global precisa mudar. “A arquitetura financeira atual dificulta a alocação de recursos onde eles são mais necessários. Países do Sul Global enfrentam ratings ruins e, por isso, pagam juros mais altos. Isso encarece os investimentos em energia limpa nesses países.”</p>
<p>Luciana apontou os bancos públicos como instrumentos essenciais para reverter essa lógica. “Mesmo que não tenhamos a maior parte dos recursos, temos o poder de catalisar o capital privado. Essa é a função do BNDES e dos bancos dos BRICS: atrair recursos para onde o retorno social e ambiental é mais necessário.”</p>
<h3>O papel estratégico do BNDES</h3>
<p>Luciana lembrou que o BNDES foi responsável por financiar boa parte da infraestrutura energética do Brasil nas últimas décadas, incluindo usinas hidrelétricas, projetos de etanol, energia eólica e solar. “O Brasil só é uma potência energética hoje porque o BNDES financiou a base disso tudo. O custo da energia renovável brasileira é metade da média da OCDE.”</p>
<p>Agora, o desafio é outro: apoiar o desenvolvimento de novas tecnologias como hidrogênio verde, baterias de armazenamento, fertilizantes verdes e HBI verde. “Essas tecnologias são caras no início e têm riscos elevados. O mercado não entra sozinho. Precisamos de política pública e bancos públicos atuando juntos”, defendeu.</p>
<p>Ela citou o exemplo da energia solar, que antes da sua escalada em larga escala, custava dez vezes mais do que hoje. “O que não é viável hoje pode ser extremamente rentável no futuro. Temos que cumprir nossa função catalítica de atrair o setor privado agora.”</p>
<h3>Projetos, programas e geração de valor</h3>
<p>A diretora também destacou iniciativas recentes do BNDES como prova da capacidade do banco de unir política pública e eficiência financeira. Entre os projetos mencionados estão o Fundo Amazônia — classificado por ela como o maior fundo REDD+ do mundo —, o recém-criado BNDES Azul, o programa Sertão Vivo e a operação de recursos do Ecoinvest.</p>
<p>“O BNDES entrou no mercado de capitais, estruturou produtos inovadores, é um banco premiado no Brasil e no exterior. E mais: dá lucro. Em 2023, teve o terceiro maior lucro do sistema financeiro”, disse Luciana, para concluir: “A gente faz política pública com eficiência e gerando valor”.</p>
<h3>Uma questão de decisão política</h3>
<p>Encerrando sua fala, Luciana Costa foi direta ao apontar que o verdadeiro debate não está na escassez de capital, mas na vontade de direcioná-lo corretamente. “O mundo não discute falta de recurso. O mundo discute alocação e escolha. Se queremos um futuro sustentável, temos que escolher investir nele agora”. Assista:</p>
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Luciana Costa defende alocação estratégica de capital para financiar a transição climática global

<p><b>247 –</b> Durante o evento “A transição energética e a sustentabilidade do futuro”, promovido pelo BNDES com apoio do Brasil 247 e do site chinês Guancha, no último dia 9 de julho, no Rio de Janeiro, a diretora-executiva da COP30, Ana Toni, fez um discurso contundente sobre os desafios e as oportunidades do Brasil como sede da próx ima conferência do clima. A fala ocorreu a 124 dias da abertura oficial da cúpula global, que será realizada em Belém do Pará, e deixou claro que o momento exige ação concreta e cooperação internacional ampliada.</p>
<p>"A transição é inevitável, ela já está acontecendo, mas a geopolítica torna difícil negociar grandes acordos. A economia está puxando essa mudança", afirmou Ana Toni, ressaltando que a COP30 marcará uma nova fase da agenda climática global, voltada à implementação dos compromissos já firmados no Acordo de Paris e nas COPs anteriores.</p>
<h3>Da negociação à realidade: a economia lidera a transição</h3>
<p>Ana Toni relatou sua experiência em duas reuniões recentes — em Bonn, com negociações oficiais da ONU, e em Londres, na Climate Week — para ilustrar o descompasso entre a lentidão diplomática e a velocidade das transformações no setor privado e na sociedade civil. “O que vimos em Londres foi vida real. A COP30 será uma mistura dessa vida real com a diplomacia climática. Precisamos alinhar esses mundos”, declarou.</p>
<p>Ela reconheceu o papel histórico das convenções climáticas — como a Rio-92 e o próprio Acordo de Paris — na mobilização de políticas públicas e investimentos em fontes renováveis. No entanto, destacou que o foco agora precisa mudar: “Entramos na COP30 num momento de aceleração da implementação. O Acordo de Paris já tem seu livro de regras completo. O que falta é cumprir o que foi acordado”.</p>
<h3>O maior inimigo é o tempo</h3>
<p>Ana Toni fez um alerta sobre a urgência do cenário: “Infelizmente, as consequências da mudança do clima estão vindo muito mais rapidamente do que esperávamos. Já ultrapassamos o limite de 1,5°C no ano passado”. Por isso, ela defende ações que promovam mudanças exponenciais na economia para ganhar tempo e conter o agravamento da crise.</p>
<p>Ela apontou a China e o Brasil como protagonistas da transição energética: “Só o que a China produziu de energia renovável no ano passado equivale à produção total da Europa. O Brasil já é o país mais renovável em termos energéticos, mas precisa acelerar ainda mais”.</p>
<h3>Financiamento climático será eixo central</h3>
<p>Entre os principais pontos da agenda da COP30, Toni destacou o financiamento climático como elemento-chave. Ela lembrou que a COP29, no Azerbaijão, será voltada ao tema e deverá preparar um roteiro, junto com o Brasil, para mobilizar US$ 1,3 trilhão em investimentos para países em desenvolvimento.</p>
<p>“Esse será um dos grandes entregáveis da COP30. A questão é: como mobilizar esse valor junto ao setor privado e com reformas dos bancos multilaterais?”, questionou. Ela elogiou a atuação do BNDES e do Banco do Brasil nesse campo, mas cobrou maior engajamento do setor privado, especialmente no financiamento da adaptação climática.</p>
<h3>Soluções baseadas na natureza e adaptação</h3>
<p>Outro foco estratégico da COP30, segundo Toni, será a valorização das soluções baseadas na natureza — como reflorestamento, biocombustíveis, agricultura sustentável e o mercado de carbono. “O Brasil tem uma cesta de instrumentos econômicos e ambientais que pode ser um exemplo para o mundo. Precisamos empacotar isso da maneira certa e mostrar o que temos de melhor”.</p>
<p>Ela também defendeu mais atenção à adaptação climática, tema historicamente negligenciado nas COPs, mas cada vez mais urgente diante da frequência de eventos extremos. “A adaptação precisa de financiamento robusto, e o setor privado ainda é tímido nessa área. Esperamos que a COP30 mude isso”, disse.</p>
<h3>Multilateralismo, Brics e nova década de cooperação</h3>
<p>Por fim, Ana Toni destacou a importância da cooperação internacional e do multilateralismo, valores que o Brasil pretende reforçar como anfitrião da COP30. Ela celebrou o alinhamento com a China e os países do grupo BASIC (Brasil, África do Sul, Índia e China), que vêm defendendo reformas no sistema financeiro global e maior apoio aos países em desenvolvimento.</p>
<p>“A COP30 será a COP da aceleração. Vamos trabalhar para novas negociações, mas com o foco em garantir que a cooperação internacional seja o motor das mudanças que o planeta precisa”, concluiu.</p>
<p>A presença do Brasil como sede da conferência é, segundo Ana Toni, uma “oportunidade única para mostrar ao mundo as soluções que já estão em curso e inspirar um novo modelo de desenvolvimento baseado na nossa sociobiodiversidade”. Ela encerrou com um apelo à valorização do que o país já faz: “Talvez a gente não tenha contado nossa história na língua certa. Agora é hora de mostrar com orgulho o que o Brasil tem a oferecer”. Assista:</p>
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Entrevistas

Brasil quer liderar nova etapa da agenda climática com foco na cooperação internacional, diz Ana Toni

<p><b>247 – </b>A ex-ministra da Agricultura Kátia Abreu fez um discurso entusiasmado e repleto de dados durante o evento <i>“A transição energética e a sustentabilidade do futuro”</i>, realizado em 9 de julho no Rio de Janeiro, promovido pelo BNDES com apoio do Brasil 247 e do site chinês Guancha. Ela destacou a relevância dos bancos públicos para o desenvolvimento do agronegócio e defendeu o modelo brasileiro de produção sustentável como referência para o mundo.</p>
<p>“Quero agradecer ao Mercadante por organizar este evento tão importante e, sobretudo, por ter resgatado o papel histórico do BNDES. Como ouvi certa vez e faço questão de repetir: o BNDES está de volta — e está de volta com todas as honras e pompas”, afirmou, sendo calorosamente aplaudida. Kátia também cumprimentou toda a diretoria do banco.</p>
<h3>Apoio ao setor produtivo e valorização da agroindústria nacional</h3>
<p>Kátia Abreu relembrou sua trajetória como produtora rural desde os 25 anos de idade e fez um paralelo entre os desafios enfrentados no início da carreira e os avanços proporcionados pelo crédito público. Segundo ela, o financiamento de frigoríficos durante o governo Lula foi um divisor de águas na pecuária nacional.</p>
<p>“Era um temor vender boi gordo para frigorífico. A gente não dormia durante 30 dias sem saber se ia receber”, contou. “Quando o presidente Lula teve aquela visão de fazer com que o banco investisse nos frigoríficos, isso fez uma virada de chave na pecuária brasileira”.</p>
<p>Ela destacou que o apoio do BNDES não foi exclusivo a um grupo, mas abrangeu mais de 10 frigoríficos, transformando toda a cadeia produtiva. “Nunca mais ouvimos falar de frigorífico que quebrasse, que desaparecesse do mapa deixando os produtores sem receber”, afirmou.</p>
<p>Kátia também elogiou a atuação da presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, e celebrou o papel da instituição no fortalecimento de setores estratégicos como papel e celulose, biocombustíveis, cooperativas e traders nacionais. “Sem os bancos públicos, o Brasil não seria hoje o que é nesses setores”, disse.</p>
<h3>Agricultura brasileira: eficiência, tecnologia e sustentabilidade</h3>
<p>A ex-ministra ressaltou os ganhos de produtividade com menor uso de terra como um ativo ambiental do país. “Nos últimos 60 anos, aumentamos nossa produção em 321% e a utilização da terra em apenas 118%. Isso evitou um desmatamento três vezes maior”, explicou. Ela atribuiu esse salto à pesquisa e tecnologia da Embrapa e fez uma homenagem ao ex-ministro Alisson Paulinelli.</p>
<p>Kátia apontou que a nova fronteira agrícola está no trigo do cerrado. “Estamos desenvolvendo o trigo em uma região de clima quente. Isso será uma revolução”, afirmou. Ela também alertou para o potencial da biomassa como matriz energética e o aumento da demanda por madeira de reflorestamento.</p>
<p>“O metro cúbico da madeira passou de R$ 60 para R$ 280 em três anos. Plantar floresta é hoje um dos melhores negócios no campo”, disse. Segundo ela, empreendimentos financiados por bancos públicos devem ser condicionados à adoção de fontes renováveis para garantir viabilidade futura.</p>
<h3>Preservação ambiental e papel global do Brasil</h3>
<p>Ao final, Kátia Abreu fez um apelo pelo reconhecimento da agricultura brasileira como atividade sustentável. “Temos 280 milhões de hectares preservados dentro das fazendas, fruto do Código Florestal. Isso é obra dos produtores rurais”, afirmou.</p>
<p>Ela celebrou o respeito internacional ao agro brasileiro: “Lá fora, as pessoas olham para o Brasil com olhos arregalados e dizem: ‘vocês são um gigante na produção de alimentos’”, relatou. E concluiu: “Esse é o Brasil que devemos mostrar ao mundo — um país que produz muito, preserva muito e tem na agricultura uma de suas maiores riquezas”. Assista:</p>
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“O Brasil é gigante na produção de alimentos e na sustentabilidade”, diz Kátia Abreu

<p><b>247 – </b>Durante o evento “A transição energética e a sustentabilidade do futuro”, promovido pelo BNDES, com apoio do Brasil 247 e do site chinês Guancha, no último dia 9 de julho, no Rio de Janeiro, o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Medronho, apresentou a visão da instituição para um desenvolvimento sustentável e soberano. Em sua fala, Medronho defendeu o papel central da universidade pública na transformação do Brasil por meio da educação, ciência e inovação.</p>
<blockquote>&nbsp;“O papel da universidade no desenvolvimento nacional é absolutamente crítico, fundamental”, afirmou o reitor logo no início de sua intervenção, elogiando as participações anteriores do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e do embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao.</blockquote>
<h3>Política de sustentabilidade e educação regenerativa</h3>
<p>Medronho destacou que uma de suas primeiras ações ao assumir a reitoria, em julho de 2023, foi a criação de uma política de sustentabilidade e educação regenerativa na UFRJ. O programa é coordenado pelo professor Francisco de Assis Esteves, do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade, e integra todas as unidades acadêmicas da universidade.</p>
<p>Com cerca de 70 mil alunos, 5 mil docentes e 12 mil técnicos-administrativos, a UFRJ se apresenta como um centro estratégico de articulação para projetos de transição energética e inovação tecnológica, incluindo experiências nacionais e internacionais em sustentabilidade.</p>
<blockquote>&nbsp;“Nossa missão não é apenas formar profissionais para o mercado de trabalho, isso é muito pouco. Nosso primeiro papel é formar cidadãos capazes de transformar a realidade”, pontuou Medronho.</blockquote>
<h3>Parque tecnológico, inovação e parceria com a China</h3>
<p>Outro eixo da fala do reitor foi a atuação do parque tecnológico da UFRJ, que busca consolidar um ecossistema de inovação alinhado ao desenvolvimento sustentável. Ele destacou a nomeação do professor Romildo Toledo, da COPPE, para liderar esse processo, e lembrou o papel histórico da universidade na descoberta e exploração do pré-sal — agora voltado à transição energética.</p>
<p>Entre os exemplos concretos apresentados por Medronho estão projetos com biomateriais, eficiência energética, construções com bambu, e mobilidade com hidrogênio verde, como as bicicletas e ônibus movidos a essa tecnologia já em operação em Maricá (RJ).</p>
<blockquote>&nbsp;“Nós temos uma produção muito interessante de bicicletas movidas a hidrogênio, e esse ônibus movido a hidrogênio verde já está em implantação em Maricá”, relatou.</blockquote>
<p>Além disso, a UFRJ tem aprofundado suas parcerias com a China, incluindo acordos com a empresa SINOC, que deverá instalar um centro de inovação em energia eólica offshore no parque tecnológico da universidade. Um túnel de vento está previsto nesse projeto, reforçando a vocação da UFRJ para liderar pesquisas em energia do futuro.</p>
<h3>Oceanos, bioeconomia e fertilizantes sustentáveis</h3>
<p>O reitor também destacou a importância dos oceanos para a regulação climática e a contribuição da universidade com o Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas. O tanque oceânico da UFRJ, um dos mais profundos do mundo, utilizado originalmente nas pesquisas sobre o pré-sal, agora serve a experimentos com energia eólica offshore.</p>
<p>Em parceria com o SENAI, a universidade atua em projetos de bioeconomia, descarbonização e rejeição de gases na exploração de petróleo. Um dos destaques é o desenvolvimento, junto à BRAP, de um Centro Nacional de Fertilização, com foco em reduzir emissões de CO₂ na produção de fertilizantes.</p>
<h3>Fortalecimento do Sul Global e inspiração chinesa</h3>
<p>Medronho concluiu sua fala com uma defesa firme da inserção da UFRJ e do Brasil no contexto do Sul Global, ressaltando a relevância do multilateralismo e das alianças entre países em desenvolvimento. Ele lembrou que a UFRJ sediou o segundo fórum de reitores das universidades dos BRICS, com participação de delegações da China, Indonésia e outros países do bloco, e já firmou um acordo de cooperação com uma das maiores universidades indonésias.</p>
<blockquote>&nbsp;“Estamos alinhados com o presidente Lula no fortalecimento do Sul Global, do multilateralismo e da construção de um mundo mais saudável, mais sustentável, mais fraterno e mais justo”, afirmou, sendo aplaudido pela plateia.</blockquote>
<p>A fala de Medronho reafirma o protagonismo da universidade pública como motor da inovação e da transformação social, articulando pesquisa científica, cooperação internacional e compromisso com o desenvolvimento sustentável. Assista:</p>
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Universidade pública, inovação e Sul Global: Medronho reafirma papel da UFRJ na transição energética

<p><b>247 – </b>O encontro dos países do BRICS, no Rio de Janeiro, entregou ao mundo uma ampla declaração com 126 pontos de consenso sobre temas como multilateralismo, desenvolvimento sustentável, nova arquitetura financeira internacional e inteligência artificial. Em paralelo, atores do mundo acadêmico e jornalístico também se reuniram para debater formas de aprofundar o intercâmbio entre meios de comunicação, universidades e think-tanks, de modo a solidificar a base intelectual necessária para a consolidação das vozes do Sul Global e de um mundo fundado na cooperação entre os povos.</p>
<p>Um desses encontros ocorreu na noite de ontem, no Rio de Janeiro, unindo representantes do Brasil 247, do site de notícias Guancha, sediado em Xangai, e do Beijing Club, um importante think-tank chinês. O coquetel foi uma consequência da Aliança de Mídia do Sul Global, lançada por Brasil 247 e Guancha, em março deste ano.&nbsp;</p>
<p>Representante do Guancha, Li Bo destacou sua alegria em participar não apenas da cúpula do BRICS, no Rio de Janeiro, mas também de um encontro com expoentes da mídia brasileira e com grandes intelectuais, como Paulo Nogueira Batista Júnior e Evandro Menezes de Carvalho, e disse se sentir “pertencente” ao Brasil. Helen Han, fundadora do Beijing Club, destacou o amplo espaço que enxerga para a cooperação acadêmica, jornalística, empresarial e na área de formulação de políticas públicas entre Brasil, China e os países do Sul Global. Leonardo Attuch, do Brasil 247, destacou sua alegria em promover a união de forças por um mundo mais justo e soberano.</p>
<p>No Brasil, o Beijing Club promoveu diálogos com intelectuais sobre os desafios do Sul Global em parceria com o Departamento de Relações Internacionais da PUC do Rio de Janeiro no formato Chatham House, em que os participantes debatem de forma mais aberta temas de interesse comum.</p>

Mídia

Guancha, Brasil 247 e Beijing Club se unem em torno do intercâmbio de ideias no Sul Global

<p><b>247 &nbsp;– </b>A cobertura da quarta reunião ministerial do Fórum China-CELAC, realizada em Pequim, rendeu ampla projeção internacional aos jornalistas Leonardo Attuch, fundador e CEO do <i>Brasil 247</i>, e Guilherme Paladino, correspondente da <i>TV 247</i>. O trabalho da dupla foi reconhecido por alguns dos principais veículos de comunicação chineses, como <i>Global Times</i>, <i>Guancha</i> e <i>China Daily</i>, que destacaram sua seriedade, independência editorial e compromisso com o jornalismo do Sul Global.</p>
<p>Entre os destaques, o influente <a href="https://enapp.globaltimes.cn/article/1333978">Global Times publicou a declaração de Leonardo Attuch</a> na íntegra, reconhecendo a relevância geopolítica de sua análise sobre o novo momento vivido pela América Latina e seu diálogo com a China:</p>
<p>“A China não exige reformas, nem cortes de direitos, nem privatizações em troca de investimentos, mas apenas defende cooperação e parceria. É por isso que a Declaração de Pequim pode ser o novo marco na orientação econômica e diplomática da América Latina no século XXI”, escreveu Leonardo Attuch, fundador e CEO do Brasil 247.</p>
<p>“O mundo que já está em formação, e que busca se consolidar por meio de eventos decisivos como a cúpula China-CELAC, não tolerará mais imposições. A Declaração de Pequim substituirá o Consenso de Washington — e com isso, a América Latina será reconstruída como protagonista de seu próprio destino”, declarou Attuch.</p>
<p>O jornal destacou que essas palavras representam um novo espírito da América Latina e ecoam entre os países que buscam autonomia estratégica, rompendo com décadas de subordinação aos interesses das potências hegemônicas.</p>
<p>Outro reconhecimento importante veio do site Guancha, um dos principais portais de análise geopolítica da China, que publicou um artigo exclusivo assinado por Attuch, intitulado <i>"</i><a href="https://m.guancha.cn/LeonardoAttuch/2025_05_14_775722.shtml"><i>A Declaração de Pequim substitui o Consenso de Washington na América Latina"</i></a>. No texto, ele analisa a transição de paradigma geoeconômico na região, destacando a importância de parcerias horizontais e respeitosas entre China e América Latina.<br/>
<br/>
A presença do <i>Brasil 247</i> e da <i>TV 247</i> também foi reconhecida pelo jornal estatal China Daily, que produziu um vídeo especial sobre a atuação de Attuch e Paladino, apresentado por Peng Yuxuan, uma de suas âncoras mais conhecidas. A reportagem audiovisual ressaltou a importância do jornalismo independente na construção de pontes entre os povos do Sul Global e destacou o papel do <i>Brasil 247</i> como veículo alinhado aos ideais de paz, soberania e multipolaridade. Assista:</p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><p lang="en" dir="ltr">The fourth ministerial meeting of the China-CELAC (Community of Latin American and Caribbean States) Forum was held in Beijing on Tuesday. Marking the 10th anniversary of the forum&#39;s establishment, China and Latin American and Caribbean countries have achieved fruitful outcomes… <a href="https://t.co/OxSQV1oUcN">pic.twitter.com/OxSQV1oUcN</a></p>&mdash; China Daily (@ChinaDaily) <a href="https://twitter.com/ChinaDaily/status/1922556243303948613?ref_src=twsrc%5Etfw">May 14, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<p>Durante o evento, que contou com a presença dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Gustavo Petro (Colômbia) e Gabriel Boric (Chile) e da presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff, a cobertura da <i>TV 247</i> trouxe transmissões ao vivo, análises e entrevistas que ajudaram o público brasileiro a compreender a importância estratégica da aproximação sino-latino-americana.</p>
<p>Com esse reconhecimento internacional, <i>Brasil 247</i> e <i>TV 247</i> consolidam-se como referências do jornalismo do Sul Global, valorizadas não apenas por seu conteúdo, mas por sua postura independente, crítica e comprometida com uma nova arquitetura de cooperação internacional. Em um mundo que se afasta da lógica da dominação e caminha para a solidariedade entre nações, essa voz brasileira foi ouvida — e respeitada — na China. Veja mais um vídeo da cobertura do 247:</p>
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Leonardo Attuch e Guilherme Paladino na estação Beijingnan em Pequim

Cobertura do Brasil 247 e da TV 247 ganha destaque nos grandes veículos de comunicação chineses

<p><b>247 – </b>O Japão negou oficialmente qualquer intenção de usar seus vastos títulos da dívida pública dos Estados Unidos como instrumento de pressão nas negociações comerciais com Washington. No entanto, rumores persistentes sobre uma venda maciça desses papéis alimentaram especulações de que a decisão do presidente Donald Trump de suspender tarifas impostas ao Japão tenha sido, na verdade, uma reação direta ao nervosismo dos mercados. A informação foi originalmente publicada pelo site <i>Guancha</i>, com base em reportagens do <i>Nikkei Asia</i> e da <i>Reuters</i>.</p>
<p>Itsunori Onodera, presidente do conselho de pesquisa de políticas do governista Partido Liberal Democrata (PLD), afirmou em entrevista à emissora pública NHK que o país não pretende usar seus títulos como retaliação. “Como aliado, não usaremos deliberadamente nossas participações em títulos do Tesouro dos EUA. Certamente não é uma boa ideia provocar caos nos mercados”, declarou.</p>
<h3>Títulos vendidos e mercados em alerta</h3>
<p>A declaração ocorreu poucos dias depois de os mercados globais presenciarem uma venda em larga escala de títulos do Tesouro dos EUA, movimento que elevou os rendimentos desses papéis ao maior nível desde a pandemia de COVID-19. A <i>Reuters</i> informou que, apenas nos últimos dias, os rendimentos dos títulos de 30 anos saltaram quase 60 pontos-base, ultrapassando brevemente a marca de 5%. Os títulos de 10 anos também tiveram alta expressiva, atingindo 4,488%.</p>
<p>Embora nenhuma confirmação oficial tenha sido dada, fontes do mercado e analistas apontaram para a possibilidade de que o Japão, maior credor estrangeiro da dívida pública americana, tenha iniciado as vendas. Alguns especularam que um fundo hedge japonês teria sido o responsável por iniciar o movimento, supostamente em pânico diante da instabilidade provocada pelas tarifas. Comentários de internautas japoneses chegaram a sugerir que essa ação "salvou o mundo", ao pressionar o governo Trump a recuar.</p>
<p>Segundo dados do Departamento do Tesouro dos EUA, o Japão detinha, em janeiro deste ano, US$ 1,079 trilhão em títulos estadunidenses, superando a China, que possuía US$ 760,8 bilhões.</p>
<h3>Suspensão de tarifas e pressões sobre o câmbio</h3>
<p>No último dia 9, o presidente Trump surpreendeu o mercado ao anunciar a suspensão, por 90 dias, das chamadas "tarifas recíprocas" aplicadas a vários países, incluindo o Japão. Durante esse período, apenas uma tarifa-base de 10% será mantida. O secretário do Tesouro dos EUA, Bessant, alegou que a medida já estava prevista na estratégia do governo. No entanto, fontes citadas pela <i>CNN</i> revelaram que a forte pressão do mercado e o receio de um colapso nos títulos do Tesouro foram fatores centrais para a mudança de postura.</p>
<p>Em paralelo, cresce a preocupação com o câmbio. Onodera apontou que a fraqueza do iene tem contribuído para a inflação no país. “A fraqueza do iene é um dos fatores que impulsionam os preços. Para reverter esse quadro, é necessário aumentar a competitividade das empresas japonesas”, afirmou.</p>
<p>Nos bastidores, há expectativa de que os EUA cobrem do Japão intervenções no câmbio para valorizar o iene, além de questionamentos à política monetária ultraflexível do Banco do Japão. O dólar caiu recentemente para 142,89 ienes, o menor valor desde setembro de 2024.</p>
<h3>Negociações bilaterais e foco no Sudeste Asiático</h3>
<p>As negociações comerciais entre Japão e Estados Unidos estão marcadas para o próximo dia 17. O ministro japonês da Revitalização Econômica, Ryomasa Akasawa, será o encarregado das conversas com o secretário do Tesouro norte-americano. Tóquio buscará isenções às tarifas, enquanto Washington exigirá concessões nos setores agrícola e de gás natural liquefeito.</p>
<p>Onodera defendeu que o Japão leve a questão tarifária à Organização Mundial do Comércio (OMC) e propôs ampliar os laços com os países da ASEAN como resposta ao protecionismo norte-americano. “Muitos países vizinhos também estão sendo atingidos por tarifas abusivas. Precisamos fortalecer a cooperação regional”, declarou.</p>
<p>A movimentação japonesa, mesmo sem confirmação oficial, expôs a vulnerabilidade do mercado de títulos norte-americanos diante de tensões geopolíticas e revelou a sensibilidade do presidente Trump à reação dos investidores. Caso se confirme, a venda de papéis por parte do Japão poderá ser vista como um recado sutil — e eficaz — de que a diplomacia econômica também pode passar pelas mesas de operação do mercado financeiro.</p>

Wall Street, rua onde fica a Bolsa de Valores de Nova York (EUA)

Economia

Japão pode ter vendido em peso títulos estadunidenses para forçar Trump a recuar

<p><b>247 –</b> Em um movimento histórico, o site brasileiro <a href="https://www.brasil247.com/"><b><u>Brasil 247</u></b></a> e o chinês <a href="http://guancha.cn/"><b><u>Guancha.cn</u></b></a> formalizaram, nesta terça-feira (18 de março de 2025), a criação da <b>Iniciativa de Parceria de Mídia do Sul Global</b>. O acordo foi negociado em Xangai, no último dia 11, na China, e marca o início de uma aliança que visa fortalecer a cooperação entre organizações de mídia dos países do Sul Global, promovendo uma nova ordem na opinião pública internacional baseada em justiça, igualdade e respeito mútuo.</p>
<p>A iniciativa surge em um momento de profundas transformações globais, onde os países do Sul Global buscam maior protagonismo na narrativa internacional. Durante décadas, essas nações foram relegadas a um papel secundário, com suas vozes silenciadas, histórias distorcidas e verdades obscurecidas. Agora, a proposta é que o Sul Global se torne o narrador de suas próprias histórias e o protagonista de seu destino.</p>
<h3><b>Principais Compromissos da Aliança</b></h3>
<p>A Parceria de Mídia do Sul Global se baseia em quatro princípios fundamentais, que servirão como guia para a cooperação entre as organizações de mídia participantes:</p>
<ol><li><b>Multilateralismo</b>:<ul><li>A aliança se opõe ao unilateralismo e ao hegemonismo, defendendo o direito de cada país escolher seu próprio caminho de desenvolvimento. A iniciativa rejeita qualquer forma de intervenção neocolonialista e coerção econômica, promovendo o respeito à soberania dos Estados.</li></ul></li></ol>
<ol><li><b>Paz e Desenvolvimento Mundial</b>:<ul><li>A paz é considerada o maior objetivo da humanidade, e a disseminação de informações é vista como uma ferramenta crucial para promover o entendimento mútuo entre os povos e resolver conflitos de forma pacífica. A iniciativa também defende o direito ao desenvolvimento como um direito humano inalienável, exigindo acesso justo à tecnologia, mercados e financiamento climático.</li></ul></li></ol>
<ol><li><b>Comunidade com Futuro Compartilhado</b>:<ul><li>A aliança acredita que todos os povos formam uma comunidade com um futuro compartilhado, baseada na solidariedade, no respeito cultural e no diálogo entre civilizações. A disseminação de informações deve servir como uma ponte para conectar as nações e promover a cooperação e o entendimento mútuo.</li></ul></li></ol>
<ol><li><b>Justiça e Equidade</b>:<ul><li>A iniciativa se opõe à manipulação da opinião pública por meio de algoritmos e defende a criação de conteúdo noticioso descentralizado, aberto e centrado nas pessoas. O objetivo é utilizar a disseminação de informações para impulsionar a prosperidade econômica global, a responsabilidade tecnológica e a justiça social, além de reduzir a desigualdade digital.</li></ul></li></ol>
<h3><b>Áreas de Cooperação Prática</b></h3>
<p>Além dos princípios, a aliança estabeleceu áreas concretas de cooperação para alcançar seus objetivos:</p>
<ul><li><b>Definição de Agenda e Ação Conjunta</b>: As organizações de mídia participantes discutirão questões centrais para a humanidade, especialmente as que afetam os 6,3 bilhões de habitantes do Sul Global, e se posicionarão de forma unificada.</li><li><b>Criação de uma Rede de Mídia do Sul Global</b>: Será estabelecido um mecanismo de intercâmbio e cooperação entre plataformas de mídia, com o compartilhamento de recursos e a promoção de projetos midiáticos descolonizados.</li><li><b>Promoção de uma Nova Ordem Justa de Governança Global</b>: A aliança utilizará sua influência coletiva para pressionar instituições internacionais a adotarem uma nova estrutura de valores públicos globais alinhada com os interesses do Sul Global.</li><li><b>Defesa da Soberania Digital</b>: As organizações de mídia do Sul Global se unirão para combater a desinformação e os ataques cibernéticos, construindo um ecossistema digital justo e alinhado aos interesses dos povos do Sul Global.</li></ul>
<h3><b>Um Chamado à Ação</b></h3>
<p>A iniciativa conclui com um chamado à ação, convidando todas as organizações de mídia que compartilham desses princípios e objetivos a se unirem à aliança. "Quem controla a narrativa pública molda o mundo. Hoje, o Sul Global não é mais um receptor passivo das narrativas impostas pelo Norte Global, mas um protagonista ativo na construção de sua própria história", afirma o documento.</p>
<p>A Parceria de Mídia do Sul Global representa um passo importante na busca por uma representação mais justa e equilibrada no cenário internacional e a aliança promete ser uma força irresistível na redefinição do futuro global.</p>
<p><b>Assinam a iniciativa</b>:</p>
<ul><li><b>Guancha.cn</b> (China): Representado por He Shenquan, Editor-Chefe.</li><li><b>Brasil 247</b> (Brasil): Representado por Leonardo Attuch, Editor-Chefe.</li></ul>
<p>A aliança marca o início de uma nova era para a mídia do Sul Global, com o compromisso de amplificar vozes que há muito foram silenciadas.</p>

He Shenquan e Leonardo Attuch formalizam aliança em Xangai

Sul Global

Brasil 247 e Guancha lançam a Iniciativa de Parceria de Mídia do Sul Global

<p><b>247 – </b>Em um momento de profundas transformações globais, o site de notícias chinês <a href="https://www.guancha.cn/"><b>Guancha.cn</b></a> e o brasileiro <a href="https://www.brasil247.com/"><b>Brasil 247</b></a> anunciaram a criação da <a href="https://www.brasil247.com/midia/brasil-247-e-guancha-lancam-a-iniciativa-de-parceria-de-midia-do-sul-global"><b>Iniciativa de Parceria de Mídia do Sul Global</b></a>. A iniciativa visa fortalecer a cooperação entre organizações de mídia dos países do Sul Global, promovendo uma nova ordem na opinião pública internacional baseada em justiça, igualdade, multilateralismo e respeito mútuo. A seguir, confira a íntegra da carta de princípios que guiará essa aliança:</p>
<p><b>Um Chamado à Ação: Iniciativa de Parceria da Mídia do Sul Global</b></p>
<p>Nós, do site de notícias chinês Guancha.cn e do Brasil 247, anunciamos a criação da “Parceria da Mídia do Sul Global”. O objetivo dessa iniciativa é fortalecer o intercâmbio de informações, compartilhar recursos e definir agendas globais entre organizações de mídia do Sul Global. No debate da opinião pública internacional, buscamos promover os princípios de justiça, igualdade, multilateralismo e respeito mútuo.</p>
<p>Os países do Sul Global têm sido sistematicamente relegados a um papel subordinado na arquitetura do poder internacional por mais de meio século. Fomos submetidos a investigação, julgados e definidos pelo Norte Global. Nossas vozes foram silenciadas, nossas histórias distorcidas e a verdade obscurecida.</p>
<p>Diante deste momento histórico de profundas transformações globais, nós, do Sul Global, devemos nos tornar os narradores de nossas próprias histórias e os protagonistas de nosso destino. Propomos que as organizações de mídia do Sul Global se unam para amplificar uma voz coletiva poderosa e pôr fim ao desequilíbrio na representação da opinião pública global.</p>
<h3><b>Princípios da Parceria</b></h3>
<p><b>◆ Multilateralismo</b><br/>
Somos contra o unilateralismo e o hegemonismo e defendemos o multilateralismo. Defendemos o direito de todos os países de escolherem seus próprios caminhos de desenvolvimento de forma independente e nos opomos a qualquer forma de intervenção neocolonialista e coerção econômica.</p>
<p><b>◆ Paz e Desenvolvimento Mundial</b><br/>
Consideramos a paz mundial como o maior objetivo da humanidade e reconhecemos o papel fundamental da disseminação de informações para promover o entendimento entre os povos, resolver conflitos pacificamente e construir um ambiente internacional harmonioso e cooperativo. O direito ao desenvolvimento é um direito humano inalienável, e a justiça econômica não é negociável. Exigimos acesso justo à tecnologia, aos mercados e ao financiamento climático.</p>
<p><b>◆ Uma Comunidade com Futuro Compartilhado para a Humanidade</b><br/>
Acreditamos que todos os povos formam uma comunidade com um futuro compartilhado, baseada na solidariedade, no respeito cultural, no diálogo entre civilizações e na resposta coletiva aos desafios globais. A disseminação de informações deve servir como uma ponte essencial para conectar as nações e promover a cooperação e o entendimento mútuo.</p>
<p><b>◆ Justiça e Equidade</b><br/>
Somos contra a manipulação da opinião pública por meio de algoritmos ou outros meios, e defendemos a criação de conteúdo noticioso descentralizado, aberto e centrado nas pessoas. Buscamos utilizar a disseminação de informações para impulsionar a prosperidade econômica global, a responsabilidade tecnológica e a justiça social, além de reduzir a desigualdade digital.</p>
<h3><b>Áreas de Cooperação</b></h3>
<p><b>◆ Definição de Agenda e Ação Conjunta</b><br/>
Discutiremos em conjunto questões centrais para a humanidade, especialmente as que impactam os 6,3 bilhões de habitantes do Sul Global, e nos posicionaremos de forma unificada.</p>
<p><b>◆ Criação de uma Rede de Mídia do Sul Global</b><br/>
Estabeleceremos um mecanismo de intercâmbio e cooperação entre plataformas de mídia, compartilharemos recursos, daremos destaque às pautas do Sul Global, fomentaremos a descolonização nos projetos midiáticos e disseminaremos os estudos produzidos no âmbito da “Parceria da Mídia do Sul Global”.</p>
<p><b>◆ Promoção de uma Nova Ordem Justa de Governança Global</b><br/>
Utilizaremos a inteligência coletiva dessa parceria e a influência da mídia do Sul para pressionar instituições internacionais a adotarem um novo marco de valores públicos globais alinhado com os interesses dos países do Sul Global.</p>
<p><b>◆ Defesa da Soberania Digital</b><br/>
Lutaremos contra a distorção de informações e a desinformação, enfrentaremos campanhas manipulativas e ataques cibernéticos dirigidos contra organizações de mídia do Sul Global, e construiremos um ecossistema digital justo e alinhado aos interesses dos povos do Sul Global.</p>
<h3><b>Conclusão</b></h3>
<p>Quem controla a narrativa pública molda o mundo. Hoje, o Sul Global não é mais um receptor passivo das narrativas e definições impostas pelo Norte Global, nem um mero espectador dos acontecimentos, mas um protagonista ativo na construção de sua própria história. Não estamos mais confinados às margens da história — estamos destinados a liderar o futuro.</p>
<p>Das cordilheiras dos Andes aos Himalaias, das margens do Nilo às correntezas do Mekong, nossas vozes se tornarão uma força irresistível, redesenhando o destino do mundo.</p>
<p>Convidamos todas as organizações e entidades de mídia que compartilham desses princípios e objetivos a se juntarem a nós nessa missão!</p>
<p><b>Parceria da Mídia do Sul Global</b></p>
<ul>
  <li><b>Guancha</b> (<a href="http://www.guancha.cn/" target="_blank">www.guancha.cn</a>)<br/>
Representante: He Shenquan, Editor-Chefe</li>
  <li><b>Brasil 247</b> (<a href="http://www.brasil247.com/" target="_blank">www.brasil247.com</a>)<br/>
Representante: Leonardo Attuch, Editor-Chefe</li>
</ul>
<p><b>11 de março de 2025, Xangai</b></p>
<p>A carta de princípios da Iniciativa de Parceria de Mídia do Sul Global representa um marco na luta por uma representação mais justa e equilibrada no cenário internacional, com o compromisso de amplificar as vozes do Sul Global e redefinir o futuro da narrativa mundial.</p>

Leonardo Attuch e a equipe do Guancha celebram a nova aliança

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