247 - Em uma coletiva de imprensa realizada no Salão Oval nesta sexta-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que Elon Musk “na verdade não está deixando” o governo.&nbsp;
A declaração, registrada pelo Financial Times, foi feita durante um evento que deveria marcar a saída do bilionário da chefia do Departamento de Eficiência Governamental (Doge), criado para implementar cortes de gastos e desregulamentações na administração pública federal.
Musk, que apoiou financeiramente a campanha de Trump com mais de US$ 250 milhões no ano passado, foi elogiado pelo presidente como responsável pela “mais ampla e consequente reforma do governo em gerações”. Apesar de ter encerrado sua atuação antes do previsto, o empresário, que apareceu com um hematoma visível no rosto, afirmou que o Doge continua ativo, com integrantes de sua equipe ainda inseridos em várias agências federais.
<h3>Choques com o governo e recuos nos negócios</h3>
Designado inicialmente para liderar o Doge até meados do ano que vem, Musk deixou o cargo após divergências com políticas centrais da Casa Branca. Em especial, ele criticou abertamente o programa de tarifas comerciais e o pacote de cortes de impostos, considerado por ele como prejudicial aos esforços do Doge. Ao longo dos quatro meses à frente do órgão, Musk também entrou em conflito com integrantes do gabinete, como o secretário do Tesouro, Scott Bessent.
Além das divergências políticas, o empresário alegou que suas empresas começaram a sofrer “retaliações” por sua associação com o governo. A Tesla, fabricante de veículos elétricos da qual é CEO, registrou queda nas vendas no último trimestre, especialmente na Europa — onde a imagem da atual administração norte-americana é altamente negativa.
<h3>Doge virou “bicho-papão”, diz Musk</h3>
Durante o pronunciamento ao lado de Trump, Musk fez questão de defender seu legado à frente do Doge. “Isso não é o fim do Doge, mas realmente o começo”, declarou. Segundo ele, o programa “está se espalhando por todo o governo”. O bilionário também lamentou que a iniciativa tenha sido responsabilizada por cortes que nem sequer executou: “Nos tornamos o bicho-papão do Doge, qualquer corte era atribuído ao Doge”.
O programa, de perfil abertamente ideológico, promoveu cortes em setores como a Agência para o Desenvolvimento Internacional dos EUA e encerrou contratos relacionados a ações de diversidade e equidade — ou, nas palavras do próprio Musk, “causas woke”.
Questionado sobre um artigo do New York Times que o acusa de uso de drogas durante a campanha eleitoral de 2024, Musk se recusou a comentar. Em relação aos resultados de sua gestão, ele alegou que o Doge já teria identificado US$ 175 bilhões em economia — valor que uma apuração do Financial Times apontou como inflado e repetido em várias frentes. Ainda assim, Musk declarou: “Estou confiante de que, com o tempo, veremos uma economia de US$ 1 trilhão. O Doge está no caminho certo para isso até meados do próximo ano”.
<h3>Trump sustenta apoio e exalta tarifas</h3>
Mesmo após as críticas, o presidente manteve o tom elogioso ao aliado e evitou confrontos. Trump disse acreditar que as economias promovidas pelo Doge “vão crescer muito com o tempo” e que “os números podem dobrar ou triplicar”. Também aproveitou o momento para reiterar sua defesa das tarifas comerciais: “As tarifas são tão importantes... sem as tarifas, nossa nação estaria em perigo”.
Apesar das controvérsias, Trump continua a contar com o apoio de Musk, que, por ora, se afasta da linha de frente em Washington, mas, segundo o próprio presidente, “vai e volta” entre seus negócios privados e o governo federal.

Luis Mauro Filho

O presidente dos EUA, Donald Trump, e Elon Musk participam de uma coletiva de imprensa no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, DC, EUA, em 30 de maio de 2025

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Trump diz que Musk “na verdade não está deixando” o governo dos EUA

247 - A Academia Militar dos Estados Unidos em West Point enfrenta uma crise após a implementação de diretrizes do Secretário de Defesa, Pete Hegseth, que ordenam a remoção de conteúdos acadêmicos considerados "divisivos" ou "não americanos". Segundo reportagem do The New York Times, essas mudanças levaram à renúncia de professores e à revisão de currículos, afetando a liberdade acadêmica na instituição.
Em janeiro, <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Hegseth">Hegseth</a> emitiu um memorando instruindo as academias militares a eliminarem o ensino de teorias como a crítica racial e a ideologia de gênero, além de descontinuar programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI). A ordem também determinava que as instituições ensinassem que "a América e seus documentos fundadores permanecem como a força mais poderosa para o bem na história humana" .
Como resultado, West Point cancelou disciplinas que abordavam temas de raça, gênero e poder, incluindo cursos de história e sociologia. Autores renomados como Toni Morrison, James Baldwin e Ta-Nehisi Coates foram removidos dos programas de ensino. Além disso, clubes estudantis focados em diversidade foram desmantelados, e professores passaram a necessitar de aprovação para publicar ou falar publicamente sobre seu trabalho acadêmico .
O professor de filosofia Graham Parsons renunciou após 13 anos na academia, criticando as mudanças que, segundo ele, comprometem a missão educacional de <a href="https://www.brasil247.com/search?term=EUA">West Point</a>. Em artigo, Parsons afirmou: "Estou envergonhado de estar associado à academia em sua forma atual" .
Outros membros do corpo docente expressaram preocupações semelhantes, destacando a dificuldade de conciliar as novas diretrizes com o compromisso da academia com a liberdade acadêmica. A situação em West Point reflete um embate mais amplo entre políticas governamentais e princípios educacionais nas instituições militares dos Estados Unidos.

Cerimônia de formatura de 2023 na Academia Militar dos Estados Unidos (USMA), no Estádio Michie em West Point, Nova York, EUA, 27 de maio de 2023

Academia militar de West Point, nos EUA, enfrenta crise após ordens de Hegseth para eliminar conteúdos sobre raça e gênero

247 - Ucrânia e Estados Unidos firmaram um memorando de intenções visando um acordo sobre minerais estratégicos nesta quinta-feira (17), conforme anunciado por Yulia Svyrydenko, primeira vice-primeira-ministra e ministra da Economia da Ucrânia. O documento estabelece as bases para uma futura parceria econômica e a criação de um fundo de investimento para a reconstrução do país. No entanto, os detalhes específicos do acordo ainda não foram divulgados.​
Apesar do avanço, o Departamento de Estado dos EUA esclareceu que o acordo de minerais não está relacionado às negociações de cessar-fogo na Ucrânia. A porta-voz Tammy Bruce declarou à Fox News: “Isso é algo separado. Não faz parte das conversas de cessar-fogo. Não é um elemento dentro do acordo para parar essa catástrofe”. Ela acrescentou que o presidente Donald Trump “espera que isso seja assinado até o final da próxima semana”.​
O memorando surge após um impasse em fevereiro, quando uma reunião entre Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy terminou sem a assinatura do acordo, devido a divergências sobre os termos propostos.&nbsp;
Em março, Kiev recebeu uma nova versão do acordo, considerada significativamente mais rigorosa, exigindo o reembolso de mais de US$ 120 bilhões em ajuda e concedendo aos EUA supervisão sobre o fundo de reconstrução, financiado por receitas de licenças e concessões de extração. Desde então, autoridades ucranianas têm afirmado que ainda estão finalizando sua posição sobre o acordo, enquanto Zelenskyy criticou Washington por alterar os termos previamente acordados.​
O primeiro-ministro ucraniano Denys Shmyhal planeja viajar a Washington na próxima semana para concluir as discussões técnicas sobre o acordo. As equipes de negociação esperam finalizar os termos até 26 de abril, com a assinatura ocorrendo em seguida.​
O acordo proposto prevê que os EUA tenham acesso preferencial aos recursos minerais da Ucrânia, incluindo terras raras, petróleo e gás, como forma de reembolso pela ajuda militar fornecida. Além disso, estipula que os lucros provenientes da extração de recursos sejam compartilhados entre os dois países, com os EUA tendo direito a uma parte significativa das receitas.​
Apesar das críticas, Svyrydenko afirmou que o memorando representa um passo positivo na cooperação entre Ucrânia e EUA, ressaltando o desejo compartilhado de apoiar uma Ucrânia livre, soberana e segura. Ela enfatizou que o documento destaca a intenção dos povos americano e ucraniano de investir juntos na reconstrução do país.​
No entanto, o acordo ainda precisa ser ratificado pelos parlamentos de ambos os países, e as negociações continuam em curso. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, especialmente diante das exigências americanas e da ausência de garantias de segurança para a Ucrânia.​

A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tammy Bruce, discursa durante sua primeira coletiva de imprensa no Departamento de Estado em Washington, DC, EUA, em 6 de março de 2025

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Governo dos EUA afirma que acordo de minerais com a Ucrânia não tem relação com negociações de paz

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