247 - A secretária de Direitos Humanos do governo do Ceará, Socorro França, afirmou que os passageiros do segundo voo com deportados dos Estados Unidos para o Brasil ficaram “acorrentados, com algemas”. A aeronave desembarcou na capital cearense com 111 pessoas.
“Quando desceram do avião, vieram totalmente livres, mas muitos estavam emocionalmente machucados. Disseram que sofreram muito, estavam presos, quase sem alimento”, disse a titular da pasta, conforme o <a href="https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/02/07/desceram-do-aviao-totalmente-livres-diz-secretaria-do-ceara-sobre-deportados-de-novo-voo.ghtml">jornal O Globo</a>.
“O governo do estado, por meio da Secretaria de Direitos Humanos, junto com o governo federal, otimizou a recepção dessas pessoas deportadas dos Estados Unidos. Graças a Deus, correu tudo bem. Recebemos com muita emoção, não foi fácil acolhê-los aqui.”
O primeiro voo chegou ao Brasil em janeiro e gerou repúdio do governo Lula devido ao tratamento dado às pessoas que estavam a bordo. Elas desembarcaram algemadas durante uma conexão em Manaus (AM).

Leonardo Lucena

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Nordeste

Brasileiros deportados chegaram a Fortaleza acorrentados e em sofrimento, diz secretária

247 - O Aeroporto de Fortaleza recebe, na tarde desta sexta-feira (7), 111 brasileiros deportados dos Estados Unidos, com a organização de equipes de apoio tanto do governo federal quanto do governo do Ceará. O acolhimento, segundo o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/02/07/governo-monta-centro-de-acolhida-a-deportados-que-chegam-dos-eua.ghtml">O Globo</a>, foi estruturado com pontos de distribuição de alimentos, água, internet e lugares para carregar aparelhos eletrônicos, além da presença de integrantes da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), que foram destacados para atender emergências de saúde.
Os deportados que desembarcarem no aeroporto da capital cearense poderão ser atendidos no Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante, instalado nas proximidades da área de desembarque internacional, coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos do Ceará. Além disso, postos de acolhida foram organizados dentro da área de embarque, e uma estrutura adicional foi montada na rodoviária de Fortaleza, para aqueles que decidirem permanecer no estado.
A coordenação da operação é liderada pela secretária-executiva do Ministério dos Direitos Humanos, Janine Mello, que está no local ao lado da secretária de Direitos Humanos do governo cearense, Socorro França. A Polícia Federal também está presente para cuidar dos serviços de imigração, enquanto o Ministério das Relações Exteriores mantém contato direto com o governo dos Estados Unidos para garantir o tratamento humanitário dos brasileiros repatriados.
De acordo com nota do governo federal, equipes especializadas estarão disponíveis para fornecer informações sobre serviços essenciais, como matrícula em escolas e regularização vacinal, assegurando um retorno seguro para os destinos finais dos deportados. A maioria dos imigrantes repatriados, aproximadamente 80%, é oriunda de Minas Gerais, com a previsão de que embarquem em voos adicionais para o aeroporto de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O trajeto até Fortaleza foi inicialmente planejado com Belo Horizonte como primeira parada, mas o governo brasileiro, sob orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, negociou com as autoridades dos Estados Unidos a alteração da rota. A escolha de Fortaleza, cidade litorânea, visou minimizar o tempo que os deportados passariam sobrevoando o Brasil, uma vez que o governo considerou inaceitável o incidente ocorrido no final de janeiro, quando 88 brasileiros foram deportados para Manaus, algemados e com correntes nos pés, além de relatarem maus-tratos durante o voo.&nbsp;
Diante disso, um diplomata brasileiro foi designado para acompanhar o embarque dos deportados, reforçando o compromisso do governo brasileiro em garantir um retorno seguro e tratamento digno para seus cidadãos.

Paulo Emilio

Brasileiros deportados dos Estados Unidos em Manaus (AM)

Brasil

Governo Lula monta estrutura para receber brasileiros deportados dos Estados Unidos

247 - O governador cearense, Elmano de Freitas (PT), defendeu em entrevista ao jornal <a href="https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2024/06/09/entrevista-a-esquerda-tem-que-atualizar-o-discurso-e-propor-acao-dura-contra-o-crime-diz-governador-do-ceara.ghtml">O Globo</a>, divulgada neste domingo (9), uma atualização das abordagens esquerdistas sobre a questão da segurança pública, e um pulso firme no combate às organizações criminosas.
Segundo ele, o crime tem origens sociais, mas é preciso entender que as organizações criminosas exigem um combate mais direcionado. "Nenhuma força política no país apresentou até agora uma proposta consistente. Mas a esquerda tem que se atualizar, porque por muito tempo enfatizamos que a injustiça social, a desigualdade e a pobreza são causas importantes da violência nos centros urbanos, e ainda acredito nisso. Só que não é a única causa. Se olharmos a nossa experiência no primeiro e segundo governos do presidente Lula, a vida do povo brasileiro melhorou muito, e nesse período a violência também aumentou. A vasta maioria de homicídios é por disputa de território de organizações criminosas", disse ele.&nbsp;
"A diferença que nós temos com a extrema-direita é que eles defendem uma política de segurança sem lei, em que pode tudo: torturar, matar, descer a um nível que o Estado civilizado não pode permitir. Mas a esquerda tem que atualizar o discurso e propor uma ação muito dura contra o crime. É defender claramente que as organizações criminosas são inimigas do povo no seu dia a dia, e que querem abalar nossas instituições. Precisamos de um projeto com oportunidades para a população, mas, se a pessoa resolver ir para o mundo do crime, vamos tratá-la como inimiga do povo e da democracia", complementou.&nbsp;

Elmano defende renovação das ideias da esquerda sobre segurança pública e tratar organizações criminosas como "inimigas do povo"

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