<p><b>247 – </b>Em uma contundente entrevista à TV 247, a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) saiu em defesa de seu companheiro e colega de partido, Glauber Braga (PSOL-RJ), que enfrenta um processo de cassação na Câmara dos Deputados. Para Sâmia, o processo contra Glauber é uma manobra política motivada por vingança pessoal do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). "É uma vingança de Arthur Lira contra Glauber", denunciou.</p>
<p>Sâmia destacou a gravidade da situação, alertando que o processo contra Braga é um sinal perigoso de como as ações da extrema-direita estão sendo colocadas no mesmo patamar que as da esquerda. "O processo de cassação do Glauber Braga é muito grave porque iguala ações da extrema-direita às da esquerda", afirmou. Para ela, essa equiparação é inaceitável e reflete um esforço coordenado para enfraquecer as vozes progressistas no parlamento.</p>
<p>A deputada também foi categórica ao apontar que o verdadeiro alvo das críticas deveria ser Lira, a quem ela acusa de liderar uma gestão autoritária e marcada por interesses particulares. "Glauber deve ficar e quem deve sair é Arthur Lira", disparou, em um claro apelo para que as forças progressistas unam-se contra o que chamou de perseguição política.</p>
<p>Bomfim ainda ressaltou que, apesar das tentativas de silenciar Glauber, a esquerda não será facilmente derrotada. "Subestimaram a capacidade de resistência da esquerda", afirmou, fazendo referência ao apoio popular e à mobilização em torno da defesa do mandato de Glauber Braga. Ela frisou que essa resistência é um reflexo da força das bases e da militância que têm se mobilizado em defesa do deputado.</p>
<p>O contexto político por trás das declarações de Sâmia é a crescente tensão entre Glauber Braga e Arthur Lira, intensificada após Braga criticar abertamente a gestão do presidente da Câmara e suas ações políticas, que incluem o que o deputado do PSOL chama de "sequestro de bilhões de reais do orçamento público".&nbsp;</p>
<p>Durante um ato recente no Largo da Carioca, no Rio de Janeiro, onde Glauber Braga realizou uma prestação de contas ao público, o parlamentar reafirmou sua determinação em resistir à perseguição política que enfrenta. "Nós não vamos dar nenhum passo atrás", declarou, reforçando o apoio das bases e de colegas como Sâmia Bomfim e Marina do MST (PT-RJ), que também se manifestaram em sua defesa.</p>
<p>Sâmia concluiu sua entrevista ressaltando a importância da mobilização contínua em defesa de Glauber e de todos os parlamentares que resistem às ofensivas da direita e do governo Lira. Para ela, essa luta vai além do mandato de um deputado; trata-se de uma batalha pela manutenção da democracia e da representatividade popular no Brasil. Assista:</p>
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Entrevistas

"Glauber deve ficar e quem tem que sair é Arthur Lira", diz Sâmia Bomfim

<p><b>247 – </b>O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) acusou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de usar seu poder para articular pela cassação do mandato do parlamentar no Conselho de Ética da casa. Em entrevista, Glauber afirmou que Lira já o havia ameaçado anteriormente de tirá-lo da Câmara dos Deputados, e que essas ameaças se concretizaram durante as últimas movimentações no Conselho de Ética.</p>
<p>"Lira já tinha ameaçado já há algum tempo me tirar da Câmara dos Deputados, e fez isso nos microfones da Câmara, ainda no último ano do mandato anterior", disse Braga. Segundo ele, a estratégia de Lira era dificultar sua reeleição, o que falhou, pois o deputado foi reeleito "praticamente dobrando a votação".&nbsp;</p>
<p>Glauber relatou que, após sua reeleição, Lira tentou influenciar o seu silêncio em relação a denúncias que o parlamentar fazia sobre sua atuação: "Imaginando que a partir daquela ação, haveria da minha parte o silenciamento em relação aos pontos que eu considero fundamentais e importantes, que são de denúncias à atuação de Lira. Entre várias denúncias, a de que ele sequestra o orçamento público brasileiro."</p>
<p>O parlamentar também mencionou que foi o único deputado a questionar Lira sobre um conjunto de fazendas não declaradas, e que havia uma denúncia pública de que Lira estaria pressionando presidentes de comissões para desviar recursos públicos: "Na última semana antes de acontecer a votação no Conselho de Ética... questionei publicamente também a atuação de Lira na época do kit robótica."</p>
<p>Braga ainda acusou Lira de tentar influenciar a decisão do relator do seu processo no Conselho de Ética, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), que inicialmente teria se mostrado contrário à sua cassação, mas mudou de posição após pressão de Lira: "Recebo uma informação... de que Lira estava fazendo uma articulação, numa pressão para mudança do voto do relator, ou seja, para que o relator apresentasse admissibilidade da denúncia que foi apresentada e articulada pelo partido Novo pelo MBL."</p>
<p>Glauber Braga acusou o Conselho de Ética de alterar a data de julgamento do seu processo para coincidir com a decisão sobre o caso do deputado Chiquinho Brazão, que geraria grande repercussão. Segundo Glauber, "Eles sabiam que ia ter uma comoção pela condenação do deputado Chiquinho Brazão... o que eles estavam fazendo comigo, que era avançar na representação para cassação, não ganharia o foco do que estava acontecendo no Conselho." Assista:&nbsp;</p>
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“Lira sequestra o orçamento público brasileiro e está por trás da minha cassação”, diz Glauber Braga

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