247 - O anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso em flagrante após ser filmado estuprando uma paciente durante um parto em 2022, foi condenado nesta segunda-feira (9) a 30 anos de prisão em regime fechado. A decisão é da 2ª Vara Criminal de São João de Meriti (RJ) e foi divulgada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, conforme noticiado pelo <a href="https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2025/06/09/medico-preso-por-estuprar-paciente-durante-parto-no-rj-e-condenado.htm">UOL.</a>
O médico, que estava preso preventivamente desde julho de 2022, também foi condenado a pagar R$ 50 mil de indenização a cada uma das duas mulheres vítimas dos abusos. A Justiça negou o pedido da defesa para que ele recorresse em liberdade. Além do caso filmado, Giovanni também foi acusado de ter abusado de outra paciente no mesmo dia, o que elevou o grau de gravidade dos crimes.
O episódio que motivou a prisão do anestesista chocou o país. Durante uma cesariana realizada no Hospital da Mulher, em Vilar dos Teles, zona norte da Baixada Fluminense, o médico foi filmado colocando o pênis na boca da paciente enquanto ela estava sedada. A gravação foi feita por profissionais da equipe de enfermagem, que já desconfiavam da conduta do anestesista devido à quantidade de sedativos utilizada em outros atendimentos.
A denúncia partiu de enfermeiras da unidade, que esconderam um celular na sala de cirurgia para registrar o crime. O vídeo foi entregue diretamente à polícia, o que permitiu a prisão de Giovanni em flagrante.
Desde então, o caso tem sido considerado um dos episódios mais emblemáticos de violência sexual em ambiente hospitalar no Brasil. A condenação representa um marco importante, segundo especialistas em direitos das mulheres, por evidenciar a possibilidade de responsabilização de profissionais da saúde que abusam de sua autoridade e da vulnerabilidade de pacientes.

Laís Gouveia

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Médico que estuprou paciente durante parto é condenado a 30 anos de prisão

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Médico que estuprou paciente durante parto é condenado a 30 anos de prisão

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