247 - O comércio brasileiro teve um avanço consistente na geração de empregos formais nos últimos três anos.&nbsp;
Segundo dados do Novo Caged e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o número de trabalhadores com carteira assinada no setor passou de 10.198.722 em dezembro de 2022 para 10.571.310 em dezembro de 2024 — um crescimento de 3,7%, equivalente a 372.588 novos postos de trabalho.
A tendência de alta segue em 2025. Até maio, o comércio já havia criado mais 23.258 vagas formais, consolidando-se como o segundo setor que mais contratou no país neste ano.
Vendas em alta impulsionam geração de vagas
O bom momento também se reflete no desempenho das vendas. De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 4,7% em 2024, o melhor resultado anual desde 2012. Já o comércio varejista ampliado, que inclui setores como veículos, peças, material de construção e atacado alimentício, registrou alta de 4,1%, a maior desde 2021.
Empresas médias puxam crescimento
As empresas de médio porte, com 250 a 499 empregados, foram as principais responsáveis pelo aumento de contratações formais no período de 2022 a 2024, com crescimento de 15% no número de vínculos.
Perfil dos trabalhadores
A força de trabalho no comércio segue marcada por maioria masculina: 55,2% dos trabalhadores eram homens, contra 44,8% de mulheres. Em relação à cor ou raça, 42% se declararam brancos, 41% pardos e 6,6% pretos. Apenas em maio de 2025, pessoas negras ocuparam 31,3% das novas vagas.
Quanto à idade, os dados de dezembro de 2024 apontam que a maioria dos postos de trabalho formais estava concentrada entre pessoas de 30 a 39 anos (27,2%), seguidas por jovens de 18 a 24 anos (21%) e adultos de 40 a 49 anos (19,7%).
Setores e estados com maior volume de empregos
O varejo de produtos alimentares liderava o número de vínculos formais em 2024, com 1.258.325 trabalhadores registrados. Em seguida, estavam o comércio de artigos e acessórios (642.882) e o setor farmacêutico (489.131).
Entre os estados, São Paulo lidera com 2.980.956 postos de trabalho no setor, seguido por <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Minas+Gerais">Minas Gerais</a> (1.082.970), Rio de Janeiro (835.008), Paraná (747.064), Rio Grande do Sul (660.638), Santa Catarina (549.063) e Bahia (506.987).
Maio em destaque
Em maio de 2025, o comércio registrou 56.708 admissões formais. Homens representaram 62,2% dos contratados no mês e mulheres, 37,8%. A faixa etária de 18 a 24 anos teve o maior crescimento nas contratações, com alta de 156,3%. Por outro lado, houve queda expressiva nos empregos para pessoas entre 30 e 39 anos (-40,5%) e entre 25 e 29 anos (-35,3%).

Luis Mauro Filho

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Economia

Comércio registra crescimento de 3,7% na geração de empregos formais nos últimos três anos

247 - A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), celebrou os novos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (30), que apontam um saldo positivo de 1,69 milhão de vagas formais criadas no Brasil em 2024. Segundo ela, os números refletem o compromisso do governo do presidente Lula (PT) com a geração de empregos e a melhoria das condições de trabalho no país.&nbsp;
"Trabalhadores e trabalhadoras conquistaram 1 milhão e 700 mil empregos com carteira assinada em 2024, aumento de 16% em relação a 2023. Em dois anos, já são 3 milhões e 150 mil novos empregos criados no governo do presidente Lula, que foi eleito para cuidar do povo em primeiro lugar. Mais empregos com direitos e proteção da lei e com aumento real de salário: esta é a notícia mais importante da economia e da vida real. É o trabalho que sustenta e impulsiona o crescimento do país. Vamos seguir em frente, presidente Lula", escreveu Gleisi em uma postagem nas redes sociais.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Trabalhadores e trabalhadoras conquistaram 1 milhão e 700 mil empregos com carteira assinada em 2024, aumento de 16% em relação a 2023. Em dois anos, já são 3milhões e 150 mil novos empregos criados no governo do presidente <a href="https://twitter.com/LulaOficial?ref_src=twsrc%5Etfw">@LulaOficial</a>, que foi eleito para cuidar do povo em…&mdash; Gleisi Hoffmann (@gleisi) <a href="https://twitter.com/gleisi/status/1885005512774730002?ref_src=twsrc%5Etfw">January 30, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
Setor de serviços lidera contratações - Após dois anos de desaceleração, o mercado de trabalho voltou a mostrar sinais de reaquecimento, com crescimento de 16,5% na geração de empregos em relação a 2023. Os dados apontam que todos os cinco grandes setores econômicos registraram aumento na contratação de trabalhadores com carteira assinada.
O setor de serviços, que historicamente concentra o maior número de empregos formais no país, foi responsável pela maior parte das novas vagas, com um saldo positivo de 929.002 postos de trabalho. O comércio aparece em seguida, com 336.110 novas contratações, seguido pela indústria (306.889), construção civil (110.921) e agropecuária (10.808).&nbsp;
O crescimento reflete a retomada da economia e o aumento na demanda por mão de obra em diferentes segmentos.&nbsp;
Dezembro registra retração - Apesar do saldo positivo no acumulado do ano, dezembro de 2024 apresentou uma queda de 535.547 postos de trabalho, resultado de 1.524.251 admissões contra 2.059.798 desligamentos. A retração, segundo o MTE, já era esperada, já que o último mês do ano tradicionalmente registra um alto volume de demissões, especialmente de contratações temporárias. “Em termos relativos, a variação para dezembro de 2024 foi de -1,12%, similar à observada em anos anteriores de crescimento do emprego”, informou o Ministério do Trabalho e Emprego.
Salário médio sobe - Os dados do Caged também apontam um aumento no salário médio real do trabalhador brasileiro. Em 2024, o rendimento médio foi de R$ 2.177,96, um crescimento de R$ 55,02 (+2,59%) em relação a 2023, quando o valor registrado era de R$ 2.122,94.&nbsp;
Porém, o levantamento revela que a desigualdade salarial entre trabalhadores com diferentes tipos de contrato ainda é expressiva. Enquanto os empregados com vínculos tradicionais receberam, em média, R$ 2.211,13 (1,5% acima da média geral), aqueles com contratos flexíveis ou informais tiveram uma remuneração de R$ 1.941,72, cerca de 10,8% inferior ao rendimento médio do mercado formal.
Os dados divulgados pelo Caged reforçam a tendência de crescimento do emprego formal no país e a recuperação da economia, alinhada às promessas do governo Lula de valorizar o trabalho e garantir direitos aos trabalhadores. Para 2025, a expectativa do governo é manter o ritmo de crescimento, apostando em novos investimentos e políticas públicas voltadas para o fortalecimento do mercado de trabalho.

Guilherme Levorato

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Gleisi celebra dados do Caged e diz que emprego "é a notícia mais importante da economia e da vida real"

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