247 - O ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales, foi condenado ao pagamento de uma multa de 10,8 mil euros (R$ 64,2 mil) por agressão sexual após o beijo forçado na jogadora Jenni Hermoso durante a celebração da Copa do Mundo Feminina de 2023. A decisão foi anunciada pela Audiência Nacional da Espanha nesta quinta-feira (20). Rubiales foi absolvido do crime de coerção, que envolvia acusações de pressão sobre Hermoso para minimizar o ocorrido, como destaca o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/esportes/noticia/2025/02/20/luis-rubiales-e-condenado-a-multa-por-agressao-sexual-pelo-beijo-nao-consentido-em-jenni-hermoso.ghtml">O Globo.</a>
O tribunal determinou que Rubiales cumpra 18 meses de multa, com uma taxa diária de 20 euros, além de proibi-lo de se aproximar de Jenni Hermoso em um raio de 200 metros ou de se comunicar com ela pelo período de um ano. A promotoria havia solicitado inicialmente dois anos e meio de prisão: um ano por agressão sexual e um ano e meio por coerção.
O caso ganhou repercussão mundial após o beijo não consentido durante a cerimônia de premiação da Copa do Mundo, em Sydney, no dia 23 de agosto de 2023. Rubiales, que estava ao lado de autoridades como o presidente da FIFA, Gianni Infantino, e a rainha consorte da Espanha, Letizia, segurou a cabeça de Hermoso e a beijou na boca. O gesto foi imediatamente criticado como machista e desrespeitoso.
Jenni Hermoso, artilheira da seleção espanhola e atualmente jogadora do Tigres, do México, afirmou durante o julgamento que o beijo "nunca deveria ter acontecido" e que não foi consentido. "Senti que não fui respeitada", declarou a jogadora, que se tornou um símbolo da luta contra o sexismo no esporte. Hermoso também relatou ter sido pressionada "inúmeras vezes" pela Federação Espanhola para minimizar o escândalo.
Rubiales, por sua vez, defendeu-se afirmando estar "totalmente seguro" de que Hermoso consentiu com o beijo. Ele alegou que a jogadora teria respondido "vale" quando perguntou se poderia "dar um beijinho". No entanto, a promotora Marta Durántez rebateu essa versão, afirmando categoricamente que o beijo foi "não consentido".
A defesa de Rubiales, liderada pela advogada Olga Tabau Martínez, pediu a absolvição do ex-presidente, argumentando que sua conduta foi "inadequada", mas não "criminosa". A defesa também negou qualquer tipo de coação sobre Hermoso, afirmando que não houve intimidação para que a jogadora se manifestasse sobre o ocorrido.
O caso gerou uma onda de indignação tanto na Espanha quanto internacionalmente, levando Rubiales a renunciar ao cargo em setembro de 2023. Durante uma assembleia-geral extraordinária da federação, ele chegou a afirmar que não deixaria o posto e que era vítima de um "falso feminismo". As declarações foram rebatidas por Hermoso, que, em um comunicado, descreveu o beijo como "uma agressão, um ato impulsivo, machista, fora de lugar e sem nenhum tipo de consentimento".

Camila França

Luis Rubiales beija, forçad, Jenni Hermoso, após título da Espanha na Copa do Mundo

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Esporte

Luis Rubiales é condenado a pagar multa de R$ 64,2 mil por agressão sexual após beijo forçado em Jenni Hermoso

247 - O ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, começou a ser julgado nesta quarta-feira (29) pelo beijo forçado na jogadora Jenni Hermoso durante a celebração da Copa do Mundo de 2023 e pela pressão subsequente para que a atleta justificasse o episódio. A informação é da <a href="https://oglobo.globo.com/esportes/noticia/2025/01/31/caso-rubiales-ex-dirigente-da-federacao-espanhola-vai-a-julgamento-por-beijo-forcado-em-atleta.ghtml">AFP</a>.
A Promotoria pede uma pena de dois anos e meio de prisão para Rubiales: um ano por agressão sexual e um ano e meio por coação. A legislação espanhola passou por uma reforma em 2022, que ampliou a definição de agressão sexual para incluir beijos não consentidos, enquadrando o caso na categoria de crimes de violência sexual.
Além de Rubiales, também são réus no julgamento, que ocorre na Audiência Nacional em San Fernando de Henares, próximo a Madri, o ex-técnico da seleção feminina, Jorge Vilda, e dois ex-dirigentes da RFEF, Rubén Rivera e Alberto Luque. Os três são acusados de coagir Hermoso para que ela minimizasse o ocorrido e podem pegar um ano e meio de prisão.
"Falso feminismo" e a reação de Hermoso
O caso teve repercussão mundial em 23 de agosto de 2023, quando, ao cumprimentar Hermoso no pódio após a conquista da Copa do Mundo pela seleção espanhola, Rubiales segurou sua cabeça e lhe deu um beijo nos lábios, antes de soltá-la com duas palmadas nas costas. O gesto gerou uma onda de indignação e foi amplamente condenado.
Rubiales, porém, minimizou o episódio, chamando o beijo de um "selinho entre amigos celebrando" e alegando que houve consentimento. Em meio à crescente pressão, ele convocou uma assembleia geral extraordinária da federação e se recusou a renunciar, afirmando ser vítima de um "falso feminismo".
Diante das declarações, Hermoso rompeu o silêncio e declarou publicamente: "Fui vítima de uma agressão, um ato impulsivo, machista, fora de lugar e sem nenhum tipo de consentimento".

Luis Rubiales beija Jenni Hermoso após título da Espanha na Copa do Mundo

Luis Rubiales, ex-presidente da federação espanhola de futebol, é julgado por beijo forçado em Jenni Hermoso

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