SÃO PAULO (Reuters) - A exportação de algodão do Brasil em 2024/25 foi estimada nesta terça-feira em um recorde de 2,90 milhões de toneladas, alta de 3,6% na comparação com a previsão do mês passado, segundo relatório da consultoria StoneX.
No ciclo passado, o Brasil, maior exportador global, embarcou 2,77 milhões de toneladas, segundo dados da StoneX.
"Caberá agora observar se o Brasil conseguirá manter o nível aquecido nas exportações, mesmo com uma apreciação do real nos primeiros dois meses de 2025", disse o analista de inteligência de mercado do grupo, Raphael Bulascoschi.
A consultoria havia apontado anteriormente que o câmbio em dezembro, com um patamar recorde do dólar frente ao real, esteve por trás de um máxima mensal da exportação do Brasil em janeiro.
Já a produção de algodão do Brasil em 2024/25 deve alcançar 3,75 milhões de toneladas, ante 3,79 milhões em estimativa anterior, após uma revisão de área em Mato Grosso, principal produtor.
"Por trás dessa redução de área pode-se citar principalmente o atraso da colheita da soja, que aumentou os riscos para as culturas de segunda safra, como o milho e o próprio algodão", disse em nota.
Na safra passada, o Brasil produziu 3,6 milhões de toneladas da pluma.

Guilherme Paladino

Fardos de algodão em lavoura de Luis Eduardo Magalhães

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Agro

StoneX eleva projeção de exportação de algodão do Brasil a recorde de 2,9 milhões de toneladas

SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de algodão do Brasil somaram 415,6 mil toneladas em janeiro, aumento de 66% em relação ao mesmo mês do ano passado, marcando um novo recorde para todos os meses com impulso do câmbio, avaliou nesta terça-feira a consultoria StoneX.
Além da última safra recorde e da demanda de países asiáticos como China, Vietnã e Bangladesh, o dólar favorável para negócios em dezembro impulsionou os volumes em janeiro do Brasil, maior exportador mundial de algodão, acrescentou a StoneX.
"Os motivos dessa força das exportações brasileiras são vários... No entanto, o fato que mais ajuda a explicar esse movimento foi relacionado a fatores cambiais. Com a forte desvalorização do real no mês de dezembro, os produtores viram uma vantagem em comercializar volumes maiores, o que, somado a uma situação mais tranquila nos portos, ajudou os embarques a ganharem força", afirmou a StoneX.
O recorde anterior, conforme números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), havia sido registrado em dezembro de 2020, com 370,5 mil toneladas da pluma.
O dólar caiu do patamar próximo de 6,30 reais em meados de dezembro para cerca de 5,80 reais atualmente
Os embarques de algodão seguiram firmes na primeira semana de fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo a Secex.
Os volumes aumentaram pela média diária de 14,6% ante fevereiro do ano passado, para 15,6 mil toneladas, mas estão abaixo de janeiro (18,9 mil toneladas).
A nova safra de algodão (2024/25) está sendo plantada, e a expectativa de ganhos de área de algodão se mantém, com possibilidade de novo recorde produtivo.
As estimativas mais recentes da StoneX apontam para uma área plantada de 2,1 milhões de hectares, o que poderia fazer o país colher 3,79 milhões de toneladas.
"Se concretizado, essa seria mais uma colheita recorde para a pluma no Brasil", disse a consultoria.
Nesta terça-feira, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) manteve a projeção de safra do Brasil em 17 milhões de fardos em 2025, estimando as exportações no período em 12,8 milhões de fardos, acima dos 11 milhões de fardos projetados para os embarques norte-americanos.

Bianca Penteado

Fardos de algodão em lavoura de Luis Eduardo Magalhães
20/11/2024


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