247 - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) pediu cautela diante da escalada da disputa comercial entre Brasil e Estados Unidos, após o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizar a abertura de consultas para aplicar a Lei da Reciprocidade Econômica. A medida, anunciada nesta quinta-feira (28) pelo Palácio do Planalto, busca reagir ao tarifaço de 50% imposto pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. As informações são do jornal <a href="https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2025/08/29/cni-pede-prudencia-apos-governo-lula-autorizar-o-uso-da-lei-da-reciprocidade-contra-tarifaco-de-trump.ghtml">O Globo.</a>
Em nota, a CNI afirmou que considera “prematuro” acionar a lei e defendeu a via diplomática. “O setor industrial continuará buscando os caminhos do diálogo e da prudência, e avalia que não é o momento para a aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica”, destacou a entidade. Segundo a confederação, as economias de Brasil e EUA são complementares e a parceria de mais de dois séculos deve ser preservada.
Na tentativa de reforçar o diálogo, mais de 100 líderes empresariais brasileiros, organizados pela CNI, embarcam na próxima semana para Washington. A missão prevê encontros com autoridades americanas, representantes do setor privado e participação em audiência pública marcada para 3 de setembro, no âmbito da investigação aberta pelo governo dos EUA com base na Seção 301 da Lei de Comércio.
Apesar de ter autorizado a abertura do processo de reciprocidade, o governo brasileiro mantém interesse em negociar. O Itamaraty estima que o trâmite pode se estender por até sete meses, incluindo fases de consulta e espaço para manifestação da parte americana. Paralelamente, o Brasil acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC) e contratou um escritório de advocacia nos EUA para defender os interesses nacionais.
Ricardo Alban, presidente da CNI, reforçou que a entidade pretende contribuir para uma solução negociada. “Nosso propósito é abrir caminhos para contribuir com uma negociação que possa levar à reversão da taxa de 50% e/ou buscar obter mais rapidamente o aumento de exceções ao tarifaço sobre produtos brasileiros”, disse Alban, de acordo com a reportagem, .
Durante entrevista à Rádio Itatiaia nesta sexta-feira (29), Lula ressaltou que não há pressa na adoção de medidas retaliatórias. “Eu não tenho pressa de fazer qualquer coisa com a reciprocidade contra os Estados Unidos. Tomei a medida porque eu tenho que andar o processo”, afirmou.
O presidente reforçou que a abertura formal do procedimento é um instrumento de pressão para acelerar o diálogo, mas destacou sua disposição para negociar. “Nós estaremos dispostos a negociar 24 horas por dia. Até agora nós não conseguimos falar com ninguém. Então eles não estão dispostos a negociar”, disse Lula.

Paulo Emilio

Lula, Donald Trump e a indústria brasileira

original

610x380

1280x490

300x400

500x240

321x200

square

320x320

thumbnail

viewImage

Economia

CNI recomenda cautela após Lula autorizar lei da reciprocidade contra tarifaço dos EUA

Tag: exoportacoes

CNI recomenda cautela após Lula autorizar lei da reciprocidade contra tarifaço dos EUA

Cortes 247

Revista Brasil 247

Tag: exoportacoes

CNI recomenda cautela após Lula autorizar lei da reciprocidade contra tarifaço dos EUA

247 nas Redes Sociais

Cortes 247

Revista Brasil 247