247 – Em uma edição especial do programa Judging Freedom, transmitido neste domingo (22), o juiz Andrew Napolitano e o ex-oficial de inteligência dos fuzileiros navais e ex-inspetor da ONU, Scott Ritter, classificaram como criminosa a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de ordenar ataques militares contra o Irã. A análise foi ao ar no canal do YouTube do juiz, que abriu o episódio com uma contundente declaração: “O que o presidente dos Estados Unidos fez foi profundamente inconstitucional, absolutamente ilegal, um crime de guerra e um motivo para impeachment.”
A entrevista denuncia o bombardeio conduzido por forças americanas — com apoio direto de Israel — a três instalações nucleares iranianas. Ritter, que tem larga experiência em avaliação de danos militares e combate à proliferação nuclear, declarou: “Foi um ato de agressão ilegal, um crime de guerra. É o pior tipo de crime, porque dele decorrem todos os outros.”
<h3>Ataques foram ensaiados e não atingiram objetivos militares</h3>
Ritter revelou que os alvos atacados — Isfahan, Natanz e Fordow — estavam todos evacuados. “Os locais estavam vazios. Tudo o que foi bombardeado já havia sido removido pelos iranianos há dias. Foi uma operação ensaiada com Israel desde os tempos do governo Biden, realizada apenas por razões políticas”, disse.
O ex-oficial explicou que os bombardeiros B-2 utilizaram armas de penetração profunda GBU-57, mas sem qualquer eficácia: “Foi jogada uma bomba de 14 toneladas em Natanz, mas tudo de valor já havia sido retirado. O ataque não comprometeu em nada o programa nuclear do Irã.”
Em Fordow, considerado o principal alvo da operação, o resultado foi igualmente inócuo. “Foram seis B-2 bombardeando o local, e o máximo que conseguiram foi danificar uma entrada. O Irã tem outras saídas e já havia removido todo o material sensível.”
<h3>“Atos de teatro político” e risco para tropas americanas</h3>
Ritter e Napolitano acusaram Trump de transformar o Exército dos EUA em ferramenta de propaganda. “Não havia qualquer ameaça iminente. Foi uma encenação. Isso não é liderança, é desespero político”, afirmou Ritter. Napolitano acrescentou que Trump ignorou tanto a Constituição quanto a Resolução de Poderes de Guerra, que exige notificação prévia ao Congresso: “Ele matou pessoas e destruiu propriedades sem justa causa.”
Os analistas alertaram ainda para o risco de retaliação contra soldados americanos na região. “Temos milhares de militares em bases espalhadas por Arábia Saudita, Kuwait, Bahrein, Iraque, Síria e Turquia. Agora todos estão sob ameaça real”, afirmou Ritter, lembrando que o Irã já demonstrou capacidade de retaliar com precisão, como após o assassinato do general Qassem Soleimani em 2020.
<h3>Comunidade internacional pode isolar os EUA</h3>
Na parte final do programa, Ritter sugeriu que Rússia, China, Índia e Paquistão buscarão conter a escalada do conflito e isolar diplomaticamente os Estados Unidos. “O mundo está assistindo a um ato de agressão ilegal contra um país que é signatário da Carta da ONU. O que Trump fez viola frontalmente o direito internacional e mina o sistema de não proliferação nuclear.”
Segundo ele, a retaliação iraniana tende a continuar, mas dentro do marco legal internacional: “O Irã está agindo com racionalidade, atacando apenas alvos militares e buscando apoio diplomático em Moscou e Pequim. Não vejo o Irã reagindo de forma precipitada, o que só daria munição para mais agressões dos EUA.”
<h3>“Iron Dome é uma farsa”, diz Ritter</h3>
Ritter também abordou os danos causados por ataques iranianos a Israel e criticou a eficácia do sistema de defesa Iron Dome: “Israel já está indefeso. A retórica de que só ficará vulnerável quando os mísseis acabarem é falsa. O sistema já falhou. Os ataques iranianos são precisos e estão minando a funcionalidade do Estado israelense.”
O programa, que chegou a reunir mais de 62 mil espectadores simultâneos, terminou com um apelo de Napolitano: “Escrevam e liguem para seus representantes no Congresso. Lembrem a eles que só o Congresso pode declarar guerra. É hora de agir.” Assista:
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Redação Brasil 247

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Mundo

Trump cometeu crime de guerra, dizem Scott Ritter e Andrew Napolitano

247 - A China suspendeu a compra de carne bovina de mais da metade dos fornecedores americanos em meio à crescente guerra tarifária que os Estados Unidos impõem ao gigante asiático. O Brasil, por sua vez, observa uma possível janela de oportunidade para ampliar suas exportações ao país. Em maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajará à China para um encontro com o presidente Xi Jinping.
Segundo a<a href="https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/04/china-ja-cortou-mais-da-metade-dos-fornecedores-de-carne-bovina-dos-eua.shtml"> Folha de S.Paulo</a>, atualmente, 654 empresas americanas estão registradas para vender carne bovina para a China. Porém, 392 desses estabelecimentos tiveram suas transações suspensas pela Administração Geral das Alfândegas da China, o que representa 60% dos fornecedores do setor.&nbsp;
Nos últimos dias, o número de suspensões tem aumentado, com fornecedores de carne de aves e suínos também sendo afetados. Nas últimas duas semanas, nove empresas tiveram suas habilitações não renovadas, incluindo a American Proteins, a Mountaire Farms of Delaware e a Coastal Processing, ligadas à exportação de carne de aves e farinha de ossos.
Em comunicado, o Departamento de Segurança Alimentar de Importação e Exportação da Administração Geral das Alfândegas da China explicou que as suspensões são uma medida preventiva para evitar riscos à segurança alimentar. A China alegou que tais ações estão em conformidade com as leis e regulamentos locais, bem como com os padrões internacionais, e visam garantir a segurança alimentar de forma científica e razoável.
Ainda de acordo com a reportagem, até o dia 18 de junho, 68 fornecedores terão habilitações que vencerão e precisarão solicitar novas autorizações. Entre eles, estão dez de carne bovina, 11 de carne suína e 47 de carne de aves. No momento, o veto chinês se concentra principalmente na carne bovina, com 590 fornecedores dessa categoria, dos quais apenas dez estão suspensos. Por outro lado, entre os 594 fornecedores de carne de aves, apenas três estão enfrentando restrições.
No cenário mais amplo de comércio internacional, as bolsas da Ásia e da Europa registraram forte alta nesta quinta-feira (10), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma pausa de 90 dias nas tarifas impostas a diversos países, excluindo a China desse recuo. Em resposta, a China aumentou suas tarifas sobre os produtos importados dos EUA, passando de 104% para 125%, em retaliação às medidas da administração Trump, que, por sua vez, havia imposto uma tarifa de 84% sobre produtos americanos.
A Embaixada do Brasil em Pequim tem enfatizado que, embora as medidas de suspensão de fornecedores estejam vinculadas a controles sanitários e de segurança alimentar, elas não podem ser dissociadas do contexto da guerra tarifária entre os dois países e da crise nas relações comerciais sino-americanas.
Roberto Perosa, representante do agronegócio brasileiro, que foi secretário de Comércio do Ministério da Agricultura até dezembro, participou de reuniões com autoridades chinesas na semana passada, enquanto as novas tarifas dos EUA e as respostas de Pequim eram anunciadas.&nbsp;
“As conversas foram muito positivas”, afirmou Perosa, destacando os encontros no Ministério do Comércio da China, na aduana e com empresas do setor alimentício. Ele ainda ressaltou: “Eles reiteraram que o Brasil é um parceiro estratégico, que as relações estão no melhor momento e que o presidente Lula vai estar em Pequim”, disse.&nbsp;
A China segue sendo o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina. Em 2024, as exportações para o país alcançaram mais de 1 milhão de toneladas, um aumento de 12,7% em relação ao mesmo período de 2023, gerando US$ 6 bilhões em negócios. As exportações de carne bovina só ficam atrás de soja, minério de ferro e petróleo no Brasil. De janeiro a março deste ano, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), o Brasil vendeu US$ 1,36 bilhão em carne bovina para a China, um crescimento de 11,3% em comparação com o primeiro trimestre de 2023.

Paulo Emilio

Economia

China suspende mais da metade dos fornecedores de carne bovina dos EUA e Brasil vê oportunidade

247 - Novos documentos não censurados dos arquivos sobre o assassinato do presidente John F. Kennedy, divulgados recentemente pela gestão Donald Trump nos EUA, revelam que a CIA suprimiu informações sobre estreita ligação entre James Jesus Angleton, ex-chefe do departamento de contrainteligência da agência, e o serviço secreto israelense.&nbsp;
Reconhecido como uma das figuras mais influentes e controversas da história da inteligência americana, Angleton teria desempenhado papel central na subversão das políticas externas do governo Kennedy, especialmente em relação ao programa nuclear israelense. As informações são do Wikileaks pelo X.&nbsp;
"Os diretores da CIA permitiram que Angleton executasse vários projetos de inteligência, muitos dos quais com o serviço de inteligência israelense. Ele recebeu autoridade da CIA para lidar com esses projetos e se reportar apenas ao diretor, CIA. Ele recebeu autoridade para disseminar ao FBI todos os assuntos de interesse para nós", destaca um trecho do documento.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">CIA suppressed top officer James Jesus Angleton&#39;s connection to Israeli intelligence as shown by this newly unredacted JFK assassination records file. Angleton had subverted JFK&#39;s policy of preventing Israel from acquiring nuclear weapons and was praised by Mossad head Meir… <a href="https://t.co/68La055aZY">pic.twitter.com/68La055aZY</a>&mdash; WikiLeaks (@wikileaks) <a href="https://twitter.com/wikileaks/status/1902344051766260192?ref_src=twsrc%5Etfw">March 19, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
James Angleton comandou a contrainteligência da CIA entre 1954 e 1975, período no qual estabeleceu fortes laços com o Mossad, o serviço de inteligência isarelense. Segundo o WikiLeaks, o líder da agência israelense à época, Meir Amit, descreveu Angleton como "o maior sionista de todos". Os documentos agora divulgados apontam que Angleton sabotou diretamente a política do presidente Kennedy, que buscava impedir que Israel adquirisse armas nucleares.
A atuação de Angleton na CIA foi marcada por controvérsias. Reconhecido por sua profunda desconfiança e obsessão pela segurança interna, Angleton liderou a agência na busca por supostos infiltrados soviéticos, uma caça às bruxas que gerou críticas por seu impacto destrutivo na estrutura da CIA.&nbsp;
Os documentos sobre Angleton já haviam sido divulgados anteriormente, em 2017, 2018 e 2022, mas em versões censuradas, impedindo uma compreensão completa do papel desempenhado pelo ex-oficial na história recente americana. As revelações mais recentes, contudo, revelam a extensão da influência estrangeira dentro da CIA, bem como os limites da transparência governamental em casos considerados sensíveis .

Luis Mauro Filho

Documentos revelados indicam que agente chefe da CIA sabotou política nuclear de JFK em favor de Israel

247 - O número de contratos de parcerias público-privadas (PPPs) assinados na segunda década da modalidade (2014-2024) apresentou um aumento quase 300% em comparação com os primeiros dez anos alcançando 314 contratos, em relação aos 80 firmados de 2004 a 2014, de acordo com dados do relatório iRadarPP, da consultoria Radar PPP, segundo a <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/contratos-de-ppps-avancam-quase-300-em-segunda-decada-de-parcerias-no-brasil/">CNN Brasil</a>.&nbsp;
A Lei nº 11.079, que instituiu o marco regulatório das PPPs no Brasil, completou 20 anos em 2024, e os resultados mostram um acelerado crescimento, especialmente após 2020. Em 2024, até novembro, o Brasil registrou 88 editais publicados e 44 contratos assinados. Guilherme Naves, sócio da Radar PPP, atribui o avanço das parcerias ao amadurecimento da capacidade dos entes federativos em lidar com esses projetos.
“Na primeira década, as PPPs estavam ainda criando a infraestrutura necessária para os contratos e profissionais. Com o tempo, as experiências começaram a gerar resultados, o que fez o modelo ganhar escala”, explica Naves.
Outro fator importante para esse crescimento foi o ajuste regulatório, que favoreceu a participação do setor privado. A transferência dos ativos de iluminação pública para os municípios, concluída em 2014, e o marco legal do saneamento, em 2020, foram mudanças chave para impulsionar as PPPs, permitindo maior flexibilidade para a iniciativa privada.&nbsp;
Além disso, as dificuldades fiscais e financeiras enfrentadas pelos governos nos últimos anos também motivaram o uso das PPPs como alternativa para investimentos que o setor público não tem condições de realizar, como aponta Frederico Ribeiro, também sócio da Radar PPP.
Se na primeira década os estados foram os principais responsáveis pelos contratos, com destaque para áreas como saneamento, saúde e mobilidade, na segunda década os municípios passaram a liderar, especialmente no setor de iluminação pública, que atualmente possui 127 contratos. Ainda conforme a reportagem, o setor de resíduos sólidos também foi relevante, com 55 contratos. Essa mudança reflete a diversificação dos projetos, que agora abrangem uma gama mais ampla de serviços e infraestrutura.
O relatório da Radar PPP funciona como uma espécie de indicador para avaliar os mais de 5,4 mil projetos de concessões e parcerias público-privadas em andamento no país, envolvendo a União, estados e municípios.

Parcerias público-privadas no Brasil crescem quase 300% em 20 anos e atingem recorde em 2024

ANSA - As autoridades norte-americanas identificaram nesta quinta-feira (2) o homem que dirigia a picape Cybertruck da Tesla que explodiu em frente ao Trump International Hotel, em Las Vegas, e deixou ao menos um morto.
Segundo fontes policiais, citadas pela CBS, trata-se do soldado americano Matthew Alan Livelsberger, que serviu na Alemanha, mas estava de férias no Colorado no momento do incidente.
Relatos de um parente destacam que a esposa de Livelsberger não tinha notícias sobre ele há vários dias.
Ontem (1º), um cybertruck pegou fogo e explodiu do lado de fora do Trump Hotel, matando o motorista, logo após o atropelamento de uma multidão em Nova Orleans, que causou 15 mortes e foi perpetrada pelo ex-militar Shamsud-Din Bahar Jabbar. Ao todo, sete pedestres sofreram ferimentos leves em Las Vegas.
As autoridades investigam os dois casos como possíveis atos de terrorismo e expandiram sua busca por evidências para o Colorado e três outros estados, além do exterior, confirmaram fontes federais à ABC News. 
O bilionário Elon Musk, proprietário da Tesla, garantiu que tal explosão nunca tinha ocorrido com um veículo pertencente à sua empresa.
Uma possível conexão entre o suspeito do atropelamento em Nova Orleans e Livelsberger também é investigada.

Cybertruck da Tesla em chamas em frente a Hotel Trump em Las Vegas
01/01/2025
Alcides Antunes/via REUTERS

Motorista de Tesla que explodiu em Las Vegas é identificado como soldado das Forças Armadas dos EUA

Reuters - Teerã continua aberta a retomar as negociações com Washington para restaurar sua participação em um acordo nuclear, disse o ministro interino das Relações Exteriores do Irã à revista Newsweek em uma entrevista publicada na terça-feira.
As falas de Ali Bagheri Kani foram feitas enquanto ele se preparava para falar ao Conselho de Segurança das Nações Unidas em Nova York.
Os Estados Unidos, sob o comando do ex-presidente Donald Trump, retiraram-se em 2018 do acordo nuclear entre o Irã e seis potências mundiais que restringiam os programas nucleares de Teerã.
As negociações indiretas entre os EUA e Teerã para retomar o acordo foram paralisadas. O Irã ainda faz parte do acordo, mas diminuiu seus compromissos devido às sanções impostas pelos EUA.
A Newsweek afirmou: "Sobre política externa, ele (Bagheri Kani) disse que Teerã permanecia aberta a retomar as negociações com Washington para restaurar a participação mútua em um acordo nuclear".
No entanto, o Irã também pretende promover o aprofundamento de seus laços com China, Rússia e as nações vizinhas, segundo a publicação. O Irã também pedirá uma ação maior contra Israel em vista da guerra de Gaza, disse ele.
O governo Biden afirmou na semana passada que os Estados Unidos não estavam prontos para retomar as negociações nucleares com o Irã sob seu novo presidente.
Bagheri Kani tornou-se o ministro interino das Relações Exteriores depois que o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian, morreu em um acidente de helicóptero junto com o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, em maio.
Os iranianos então elegeram Masoud Pezeshkian como presidente, um moderado que disse que promoverá uma política externa pragmática e aliviará as tensões com as potências envolvidas no pacto nuclear de 2015.

Chanceler interino do Irã Ali Bagheri Kani em Nova York
 16/7/2024    REUTERS/Eduardo Munoz

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