247 - O programa Escolas Conectadas, do Ministério das Comunicações, alcançou 82,2 mil escolas públicas de educação básica e já atende 60% da rede no país A estratégia nacional de conectividade escolar prevê internet de banda larga e wi-fi aberto para estudantes e professores em todo o território nacional.
De acordo com o Ministério das Comunicações, a meta é chegar a 137,8 mil instituições com acesso de qualidade, integrando infraestrutura e gestão para manter o serviço nas escolas públicas. A publicação oficial informa ainda que 21 das 27 unidades da Federação já têm mais da metade das escolas conectadas, com destaques para Mato Grosso do Sul (79,30%), Rio Grande do Norte (78,49%) e Goiás (77,07%).
Ao comentar o avanço, o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, afirmou: “Conectar uma escola é conectar sonhos, oportunidades e o futuro de milhares de crianças e jovens”. Para a pasta, o movimento consolida a conectividade como ferramenta pedagógica e de gestão, reduzindo desigualdades e ampliando o acesso a conteúdos digitais.
O investimento total estimado para o Escolas Conectadas é de R$ 8,8 bilhões — R$ 6,5 bilhões do Ministério das Comunicações e R$ 2,3 bilhões do Ministério da Educação (MEC). O governo federal trata a iniciativa como uma das vitrines de políticas públicas com potencial de impacto direto na aprendizagem e na inclusão digital de milhões de estudantes da educação básica.
Com a cobertura já majoritária em 21 estados e um cronograma de expansão até 2026, o programa busca consolidar a internet escolar como serviço essencial, associado a redes wi-fi abertas e estáveis dentro das unidades, de modo a viabilizar aulas, avaliações, plataformas educacionais e gestão escolar em tempo real.

Otávio Rosso

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Brasil

Programa Escolas Conectadas atinge 60% da rede pública e acelera inclusão digital

247 – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a aprovação de operações do programa BNDES Fust – Escolas Conectadas, iniciativa em parceria com os ministérios das Comunicações e da Educação. A ação, detalhada em comunicado oficial, disponibilizará R$ 56,7 milhões em recursos não reembolsáveis provenientes do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). O objetivo é conectar 1.396 escolas públicas localizadas em estados do Norte e Nordeste, beneficiando mais de 500 mil alunos.
Os recursos serão destinados às empresas Rix Internet (R$ 34,4 milhões), Norte Brasil Network (R$ 20,4 milhões) e Instituto Tecnológico Inovação (R$ 1,9 milhões), selecionadas por chamada pública em agosto deste ano. A Rix Internet ficará responsável pela implementação de infraestrutura, conexão e manutenção em estados como Amapá, Pará, Bahia, Maranhão e Paraíba. Já a Norte Brasil Network atuará no Acre e Amazonas, enquanto o Instituto Tecnológico Inovação monitorará remotamente a qualidade e velocidade da conexão, além de elaborar relatórios técnicos para o BNDES.
A iniciativa faz parte da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec), instituída pelo Decreto nº 11.713/2023, que prevê investimentos de R$ 6,5 bilhões até 2026 para promover a equidade digital no acesso à educação básica. De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a conectividade nas escolas públicas é uma prioridade no governo do presidente Lula.
<blockquote>“A conectividade é tão fundamental quanto a luz no século XXI. Queremos oferecer aos alunos da escola pública as mesmas condições de acesso à tecnologia que um estudante de escola particular possui”, destacou Mercadante.</blockquote>
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, também enfatizou a importância do Fust como ferramenta estratégica para ampliar a inclusão digital:
<blockquote>“Temos que investir em infraestrutura digital para garantir que a internet chegue a todos os estudantes. O Fust é um mecanismo essencial para alcançarmos essa meta.”</blockquote>
<h3>Desafios de conectividade nas escolas públicas</h3>
Embora 88% das escolas públicas tenham relatado acesso à internet no Censo Escolar de 2023, a qualidade e o escopo desse acesso ainda são muito desiguais. Instituições em regiões urbanas do Sudeste, por exemplo, possuem infraestrutura muito mais avançada do que escolas ribeirinhas na Amazônia, onde a conexão via satélite é a única alternativa.
O programa busca corrigir essas disparidades ao investir em infraestrutura e serviços que permitam o uso pedagógico significativo da tecnologia, contribuindo para a transformação digital nas escolas e ampliando as possibilidades educacionais para estudantes de áreas remotas.
<h3>O papel do Fust</h3>
Criado pela Lei nº 9.998/2000, o Fust tem como missão promover o desenvolvimento de redes de telecomunicação de qualidade e reduzir as desigualdades regionais no acesso a esses serviços. Além de financiar projetos como o Escolas Conectadas, o fundo busca fomentar o uso de tecnologias inovadoras que impactem positivamente o desenvolvimento social e econômico.
Com esta nova iniciativa, o BNDES reafirma seu compromisso com a educação como motor de inclusão e desenvolvimento. O programa não apenas conecta escolas, mas abre portas para um futuro em que todos os estudantes brasileiros possam ter as mesmas oportunidades de aprendizado, independentemente de sua localização geográfica.

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BNDES aprova R$ 56,7 milhões para conectar 500 mil alunos de escolas públicas no Norte e Nordeste

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