247 – O candidato republicano à reeleição, Donald Trump, venceu nesta quarta-feira (6) as eleições presidenciais dos Estados Unidos, derrotando a democrata Kamala Harris. De acordo com a <a href="https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2024/11/trump-e-eleito-presidente-dos-estados-unidos-diz-projecao.shtml">Folha de S. Paulo</a>, Trump foi oficialmente declarado vencedor após alcançar 276 votos no Colégio Eleitoral.
Com a vitória do republicano, o jornalista e analista político Breno Altman fez uma análise sobre o resultado das eleições estadunidenses, destacando em uma publicação na rede social X que os governos liberais "são a ante-sala da extrema-direita".
“A eleição de Trump confirma uma evidência histórica: governos liberais, em épocas de crise profunda do capitalismo, são a ante-sala da extrema direita. Como são incapazes de tomar medidas que resolvam os problemas das massas, produzem frustração e abrem flanco para o fascismo”, escreveu.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">A eleição de Trump confirma uma evidência histórica: governos liberais, em épocas de crise profunda do capitalismo, são a ante-sala da extrema direita. Como são incapazes de tomar medidas que resolvam os problemas das massas, produzem frustração e abrem flanco para o fascismo.— Breno Altman (@brealt) <a href="https://twitter.com/brealt/status/1854206195386507394?ref_src=twsrc%5Etfw">November 6, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Donald Trump em Palm Beach County, na Flórida, 6/11/2024 

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Mundo

"Governos liberais são a ante-sala da extrema direita", diz Altman sobre eleição de Trump

247 – A campanha do ex-presidente dos EUA e candidato à reeleição, Donald Trump, intensificou a disseminação da tese de fraude eleitoral. Com a estratégia de colocar em dúvida a integridade da eleição de 2024, a Justiça americana já teme a possibilidade de caos nas horas seguintes ao término da votação, que ocorrerá na próxima terça-feira (5).
Em declarações recentes, Trump tem dito a apoiadores que a única forma de ele perder as eleições seria se ocorresse “corrupção” no sistema de votação. Na última quinta-feira (31), ele ainda afirmou em redes sociais, sem apresentar evidências, que a campanha republicana “pegou [os democratas] roubando na Pennsylvania" e solicitou que fosse feita uma investigação.
Na eleição presidencial de 2020, por sua vez, a equipe de Trump chegou a entrar com mais de 60 ações judiciais alegando supostas fraudes em várias partes do país. Todas as denúncias foram rejeitadas pelos tribunais.
De acordo com o <a href="https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2024/11/03/trump-sinaliza-que-nao-reconhecera-derrota-e-aumenta-temor-de-violencia.htm">UOL</a>, os democratas receiam que Trump possa organizar uma coletiva de imprensa na madrugada de terça para quarta-feira, antecipando uma declaração de vitória antes mesmo que a contagem dos votos seja finalizada.
Diferentemente de 2020, democratas observam que a campanha de Trump parece ter adotado uma nova abordagem: começar a lançar suspeitas sobre o processo eleitoral antes do dia do pleito. Segundo o Uol, mais de cem "denúncias" já foram apresentadas à Justiça, questionando a legitimidade do sistema de votação em alguns estados.

Campanha de Trump intensifica discurso sobre fraude eleitoral e sugere questionar resultado da votação

(Reuters) - O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, manteve as alegações desmentidas de que imigrantes em Ohio estavam comendo animais de estimação, afirmando aos eleitores latinos durante um evento que ele estava "apenas dizendo o que foi relatado".
Nas últimas semanas, Trump ampliou uma alegação falsa que se tornou viral de que os imigrantes haitianos em Springfield, Ohio, estavam roubando os animais de estimação dos moradores ou levando animais selvagens de parques para comer.
Não há relatos confiáveis de haitianos comendo animais de estimação, e as autoridades de Ohio - inclusive os republicanos - têm dito repetidamente que a história é falsa.
Em um evento organizado pela TV em espanhol Univision, um eleitor latino republicano nascido no México e indeciso do Arizona, um Estado decisivo, perguntou a Trump em espanhol se ele realmente acreditava que os imigrantes estavam comendo animais de estimação.
"Eu estava apenas dizendo o que foi relatado... E também comendo outras coisas que não deveriam estar comendo. Tudo o que faço é informar", respondeu Trump durante o evento realizado em Miami. "Eu estava lá, vou estar lá e vamos dar uma olhada."
Trump acrescentou que "jornais" também haviam noticiado a alegação, sem citar nomes ou fornecer detalhes.
Trump, que ainda não viajou para Springfield, já disse anteriormente que realizaria deportações em massa de imigrantes haitianos da cidade de Ohio, embora a maioria deles esteja legalmente nos EUA.
A cidade tem sofrido ameaças de bomba desde que Trump começou a repetir as falsas acusações sobre os haitianos.
Nas últimas semanas antes da eleição de 5 de novembro, Trump está recorrendo cada vez mais a uma linguagem mais sombria e violenta sobre a imigração ilegal, uma questão que as pesquisas de opinião mostram que ressoa entre muitos eleitores, especialmente os republicanos.
Ele está competindo com a candidata democrata Kamala Harris por votos importantes da crescente população latina. Os eleitores latinos normalmente apoiam os democratas, mas a campanha de Trump espera conquistar mais deles, especialmente homens, devido ao descontentamento econômico.
Kamala estava à frente de Trump por oito pontos percentuais - 47% a 39% - entre os eleitores hispânicos na pesquisa Reuters/Ipsos realizada entre 11 de setembro e 7 de outubro. Kamala realizou evento latino na semana passada em Nevada, um Estado decisivo com uma população hispânica significativa.

Em evento latino, Trump repete alegação falsa de que imigrantes comem animais de estimação

247 - Kamala Harris, atual vice-presidente dos Estados Unidos, garantiu oficialmente a candidatura para disputar as eleições presidenciais de 2024 pelo Partido Democrata. O anúncio, feito pelo presidente do partido, Jaime Harrison, ocorreu nesta sexta-feira (2) durante um evento virtual com apoiadores, e sela a posição de Harris como a primeira mulher negra e asiático-americana a liderar uma chapa presidencial de um grande partido nos EUA, destaca a <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/eleicoes-nos-eua-2024/kamala-harris-consegue-numero-suficiente-de-votos-de-delegados-para-oficializar-candidatura/?utm_source=social&amp;utm_medi">CNN</a>.
A conquista dos votos necessários dos delegados, uma peça central no complexo sistema eleitoral americano, foi confirmada após uma votação iniciada na quinta-feira (1º). Esse processo continuará até a noite de segunda-feira (5), sendo conduzido virtualmente devido às novas normas partidárias. Kamala Harris emergiu como a única candidata capaz de reunir as 300 assinaturas de delegados exigidas para se qualificar, consolidando sua posição de destaque dentro do Partido Democrata.
Embora a votação para a nomeação democrata já esteja em andamento, a escolha do vice-presidente ainda não foi anunciada. No entanto, segundo as regras do partido, não é necessária uma votação separada para confirmar o candidato a vice-presidente, o que permite a Harris focar plenamente em sua campanha presidencial.
Os delegados realizarão uma chamada cerimonial durante a Convenção Nacional do Partido Democrata, que acontecerá em Chicago a partir de 19 de agosto, solidificando ainda mais a candidatura de Kamala Harris.

Kamala Harris visita restaurante histórico de propriedade de negros em Atlanta, Georgia
30/07/2024
Erin Schaff/Pool via REUTERS

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