<p><b>247 - </b>A Educafro, associação civil voltada para a promoção da igualdade racial no Brasil, ingressou com uma ação civil pública contra o Flamengo, acusando o clube de adotar práticas de racismo estrutural em suas políticas internas e administrativas. O processo tramita desde a semana passada na Justiça Federal do Rio de Janeiro, com pedido de indenização de R$ 100 milhões por danos morais coletivos. A informação foi divulgada pelo<a href="https://oglobo.globo.com/blogs/ancelmo-gois/post/2025/08/educafro-processa-flamengo-por-racismo-estrutural-e-pede-indenizacao-de-r-100-milhoes.ghtml"> <i>g1</i>.</a></p>
<p>No documento de 38 páginas, a entidade apresenta exemplos que, segundo ela, revelam um histórico de racismo "velado" no rubro-negro. Entre os casos, cita a desvalorização de ídolos como Adílio e Andrade, além da elitização recente do acesso aos estádios, marcada por ingressos cada vez mais caros. O texto também traz episódios relacionados à atual diretoria.</p>
<p>"O nosso foco não é o Flamengo: são todos os times de futebol de todas as divisões e os órgãos administrativos do futebol brasileiro e do mundo. Temos certeza de que irão entender que, colocar frases antiracistas em camisas de jogadores, entrar no campo com faixas contra o racismo, não muda nada. Só faz cosquinha no racismo institucionalizado", declarou Frei David, diretor da Educafro.</p>
<h3>Declarações polêmicas citadas no processo</h3>
<p>A ação menciona falas recentes de dirigentes do clube. Em julho de 2025, o novo diretor da base do Flamengo teria feito comentários considerados discriminatórios, ao afirmar que "a África tem valências físicas" enquanto "a parte mental estaria em outras zonas da Europa, do globo".</p>
<p>Meses antes, o presidente do clube, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, apoiou a fala do presidente da Conmebol que minimizou os casos de racismo nos estádios da América do Sul. Para a Educafro, esses exemplos "demonstram que o racismo no Flamengo não é uma exceção, mas uma estrutura normalizada dentro do clube".</p>
<h3>Medidas cobradas pelo movimento</h3>
<p>Além da indenização milionária, a Educafro pede a criação de uma comissão de igualdade racial com participação da sociedade civil, a adoção de cotas raciais nos cargos de direção e liderança e a democratização do acesso às partidas, com a implementação de ingressos sociais no valor de R$ 10.</p>

Laís Gouveia

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Educafro processa Flamengo por racismo estrutural e pede indenização de R$ 100 milhões

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Educafro processa Flamengo por racismo estrutural e pede indenização de R$ 100 milhões

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